Seis em cada dez mulheres já tiveram uma ideia de negócio, mas só 11% a concretizou

Metade das mulheres em Lisboa não chegou a avançar com a ideia de negócio, devido a desafios a nível financeiro, falta de segurança, conhecimento e desmotivação, aponta o “Women & Wealth".

Seis em cada dez mulheres em Lisboa já tiveram uma ideia de negócio, mas apenas 11,4% conseguiu concretizar o projeto. Metade nem chegou a avançar com a ideia. Motivos? Desafios a nível financeiro, falta de segurança, conhecimento e desmotivação.

Uma esmagadora maioria das mulheres (81,9%) está aquém das suas ambições financeiras e 42% admite ter conhecimentos básicos de literacia financeira, conclui a 2ª edição do relatório “Women & Wealth – Literacia Financeira no Feminino”, da Portuguese Women in Tech.

“A baixa literacia financeira das mulheres em Portugal leva a um maior risco de endividamento, menor capacidade de planeamento a longo prazo e maior dependência de terceiros nas decisões financeiras. Estes pontos contribuem também para uma menor segurança e menos ambição no momento de criação de negócios“, aponta Inês Santos Silva, cofundadora da Portuguese Women in Tech, ao ECO.

Baixa literacia financeira

Depois de no ano passado ter sido inquirida uma amostra de cerca de 100 mulheres na região Norte, nesta edição do relatório “Women & Health” foram questionadas, entre 20 de maio a 19 de julho, 138 mulheres entre os 23 e 57 anos, no distrito de Lisboa.

“É interessante verificar que, apesar de os dois inquéritos terem sido efetuados em anos diferentes e considerado dois diferentes perfis geográficos, os resultados no geral são muito semelhantes aos mais diversos níveis, nomeadamente no que diz respeito aos níveis de literacia e segurança financeiras destas mulheres. Isto valida o nosso entendimento de que se trata de uma questão que é urgente trabalhar a nível nacional”, defende Inês Santos Silva.

“Uma das principais diferenças verificadas neste novo inquérito passa pelo facto de o bolo estar mais dividido no que toca à autoperceção que as mulheres, em Lisboa, têm acerca da sua literacia financeira, sendo que a maioria afirma ter conhecimentos intermédios (44,9%). No Porto, a maioria afirmava ter conhecimentos básicos (53,9%). Ainda assim, continua a ser significativa a fatia correspondente às mulheres, em Lisboa, que afirmam ter conhecimentos básicos neste âmbito (42%)”, detalha.

Outra das diferenças, “tem a ver com a existência de mais mulheres a contribuírem para as decisões financeiras no seu contexto profissional (31,2% vs 18,8% no Porto, em 2023)“, aponta ainda.

Mais de 30% nunca tentou negociar salário

No que toca ao tema “negociar salário” destaca-se igualmente diferenças entre as duas regiões. “Em Lisboa, há muito mais mulheres a afirmarem já ter tentado negociar o seu salário (71% vs 48,7% no Porto, em 2023)“, refere.

Neste campo da remuneração, quase quatro em cada dez inquiridas considera injusto o seu salário atual, tendo em conta as suas capacidades/conhecimentos/função. Destas, duas em cada dez sentem que ser mulher pesou nesta questão. Mas, dentro do grupo de mulheres que não consideram o seu salário justo, 37% confessa nunca ter tentado negociá-lo.

Entre as duas regiões há diferenças no que toca a investimentos, “com 58,7% das mulheres em Lisboa a afirmar ter dinheiro investido em um ou mais produtos financeiros e a fazer a total gestão desse investimento. No Porto, estas mulheres representavam 42,2% do total”, sintetiza Inês Santos Silva.

Mulheres e empreendedorismo

Num ano, verifica-se igualmente diferenças no que se refere a ideias de negócio e a sua concretização. Em Lisboa, 63,8% das mulheres vs 51,3% de há um ano no Porto diz ter tido, pelo menos, uma ideia de negócio, com pouco mais de um terço (36,2%) a admitir que nunca teve nenhuma. Há um ano esse valor era de 48,7%.

Mas da ideia à sua concretização vai uma larga distância. “Das mulheres que afirmam já ter tido uma ideia de negócio, exatamente metade (50%) confirma não ter avançado de todo com essa ideia”, pode ler-se no estudo. Das que decidiram avançar 22,7% ainda a estão a concretizar e 15,9% não chegou a concretizar. “Apenas uma em cada 10 (11,4%) destas mulheres avançou com a sua ideia de negócio e conseguiu concretizá-la“, detalha o relatório.

No Porto, a percentagem de mulheres que não avançou de todo com a sua ideia de negócio era ligeiramente superior (53,2%), com 17,6% das que avançaram com a ideia a não o conseguirem concretizar; 12,7% ainda a estavam a concretizar e 16,5% conseguiram concretizar.

Avançou de algum modo com a ideia de negócio?

Quando questionadas acerca das razões pelas quais nunca chegaram a concretizar ou a avançar de todo com a sua ideia de negócio, metade (53,4%) das mulheres inquiridas em Lisboa “alega desafios a nível financeiro, 51,7% falta de segurança e 43,1% falta de conhecimento”. Mas não só. Desmotivação é a razão apontada por 32,8% destas mulheres e falta de apoio do mercado é referida por 20,7% delas. “Ainda há quem afirme que não foi levada a sério por ser mulher (10,3%)”, aponta o estudo.

Há um ano, no Porto, mais de metade (64,3%) das mulheres “confessava falta de segurança, 58,9% desafios a nível financeiro e 44,6% falta de conhecimento” e “falta de apoio do mercado (26,8%) e desmotivação (21,4%) eram outras das razões apontadas”.

Mais de 80% aquém das ambições financeiras

Uma larga maioria (81,9%) das inquiridas em Lisboa diz estar aquém das suas ambições financeiras vs 79,2% no Porto; com apenas 11,6% em Lisboa admitir ter atingido essas ambições (vs 11% no Porto) e 5,1% estar além delas, valor ligeiramente há um ano a Norte, 6,6%.

Em Lisboa, “dentro da fatia das mulheres que concretizaram a sua ideia de negócio, 80% continua a assumir-se aquém das suas ambições financeiras”, refere o inquérito.

“Já olhando para as mulheres que dizem ter atingido as suas ambições financeiras ou estar além destas, 91,3% tem dinheiro investido em um ou mais produtos financeiros. De notar ainda que, considerando a amostra de mulheres que afirmam ter conhecimentos avançados de literacia financeira, 92,9% não só tem dinheiro investido em algum produto financeiro, como faz a total
gestão desse investimento”, destaca o estudo relativamente aos resultados em Lisboa.

Já entre as mulheres que afirmam ter conhecimentos básicos ou nenhuns de literacia financeira, 40,3% não tem qualquer dinheiro investido.

“Os números do nosso estudo são um pouco melhores do que a média nacional, uma vez que a conferência Women & Wealth se dirige a mulheres com formação superior, a trabalhar em tecnologia. Mas o potencial de progresso é enorme”, conclui Inês Santos Silva.

“Em Portugal, a baixa literacia financeira não está circunscrita a mulheres. Ainda recentemente, Portugal foi considerado o segundo pior país da União Europeia em termos de conhecimento financeiro”, lembra a cofundadora da Portuguese Women in Tech.

Outro estudo do Doutor Finanças, levado a cabo este ano, “concluía que mais de metade da população (64%) tem baixos níveis de conhecimento financeiro. Isto é evidente, uma vez que 45% da população nunca realizou qualquer tipo de investimento, quase metade dos portugueses não possui um fundo de emergência e Portugal tem consistentemente apresentado taxas de poupança equivalentes a metade da média da Zona Euro“, elenca.

Face as estes baixos valores de literacia financeira do país, mais do que medidas dirigidas ao público feminino, “Portugal precisa, acima de tudo, de iniciativas dirigidas a todos”, defende a Inês Santos Silva.

“Precisamos de aumentar os nossos conhecimentos financeiros, uma vez que este é um dos fatores que nos mantêm mais pobres do que os nossos congéneres europeus. Para isso, a introdução de conteúdos de literacia financeira nas escolas é essencial. Para os mais velhos, acredito que as empresas podem ter um papel importante de capacitar os seus trabalhadores com estes conhecimentos, uma vez que beneficia todos”, diz. “É urgente aumentar a literacia financeira dos portugueses.”

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Arábia Saudita reforça o seu compromisso com a sustentabilidade na Conferência da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação

  • Servimedia
  • 5 Dezembro 2024

Riade torna-se o epicentro do debate mundial sobre a desertificação e a sustentabilidade, reunindo delegados de 196 países e da UE para a COP16.

A Arábia Saudita está a acolher a 16ª Conferência das Partes (COP16) da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) até 13 de dezembro. Este evento, realizado pela primeira vez na região do Médio Oriente e Norte de África, reúne delegados de 196 países e da União Europeia, consolidando o papel do país como líder na agenda global da sustentabilidade.

A cimeira visa chegar a acordo sobre medidas concretas para combater a seca, recuperar terras degradadas e atenuar o impacto das alterações climáticas nos ecossistemas terrestres. Atualmente, 40 por cento das terras do mundo estão degradadas, afetando cerca de 3,2 mil milhões de pessoas. A frequência das secas aumentou 29% desde 2000 e, até 2050, prevê-se que as secas afetem três em cada quatro pessoas no mundo. Perante este cenário, a Arábia Saudita assume um papel estratégico como anfitriã para promover uma ação imediata e coordenada.

Com esta reunião, a ONU culminará em 2024 as cimeiras dos três tratados ambientais nascidos na Cimeira da Terra no Rio de Janeiro (Brasil) em 1992, conhecidos como as Convenções do Rio, que tratam das alterações climáticas, da desertificação e da perda de biodiversidade. Cada reunião é conhecida como Conferência das Partes (COP) e conta com a participação de representantes de cerca de 200 países de todo o mundo.

A Arábia Saudita está a passar por uma transformação histórica rumo à sustentabilidade através de projetos como o programa Visão 2030, que se centra particularmente na proteção do ambiente, na recuperação dos ecossistemas e na transição para uma economia verde. Iniciativas como a Saudi Green Initiative e a Middle East Green Initiative são indicativas dos esforços do país para liderar a luta contra as alterações climáticas na região, incluindo projetos maciços de reflorestação, a expansão de áreas protegidas e a promoção de soluções de energia limpa.

As autoridades do país indicam que, no âmbito da COP16, a Arábia Saudita procura não só proporcionar uma plataforma de diálogo para a cooperação internacional, mas também posicionar-se como um modelo de como os países podem integrar a sustentabilidade nas suas estratégias de desenvolvimento económico e social. Pela primeira vez este ano, a COP16 introduz uma abordagem dupla com uma “via de negociação” e uma “agenda de ação”, ambas interligadas para alcançar resultados arrojados nas negociações formais e facilitar a implementação das decisões da COP.

A 16ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação é um evento internacional fundamental, onde os Estados membros e as organizações se reúnem para discutir os esforços globais de combate à desertificação. Também novidade para 2024, as três cimeiras realizar-se-ão entre outubro e dezembro do mesmo ano. Primeiro a COP16 sobre biodiversidade em Cali (Colômbia), que decorreu entre 21 de outubro e 1 de novembro; depois a COP29 sobre clima em Baku (Azerbaijão), que decorreu de 11 a 22 de novembro, e agora a COP16 sobre desertificação em Riade, que começou a 2 de dezembro e decorrerá até 13 de dezembro.

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LALIGA Studios, Blend Studios e MContent vão desenvolver “Veleta”, o filme biográfico da primeira futebolista espanhola

  • Servimedia
  • 5 Dezembro 2024

Nos anos 20 e 30 do século passado, Nita Carmona ‘Veleta’ teve de se fazer passar por homem para seguir a sua paixão e enfrentar acusações de perturbação da ordem pública.

LALIGA Studios, a joint venture entre Banijay Iberia e LALIGA, anunciou um acordo com Blend Studios, uma produtora andaluza fundada pelo realizador Paco Torres e M Content, a produtora da showrunner Amaya Muruzábal, para realizar o filme “que retratará a fascinante história de Nita Carmona ‘Veleta’, a primeira futebolista espanhola que, nos anos 20 e 30 do século passado, teve de se fazer passar por homem para seguir a sua paixão e enfrentar acusações de perturbação da ordem pública”, segundo um comunicado.

‘Veleta’ centra-se numa história de sobrevivência e coragem num mundo de homens, ambientada na Málaga dos anos 20, que conta a vida de Nita, desconhecida até 2020, quando o autor, jornalista e colecionador desportivo Jesús Hurtado, após a morte da protagonista, “a sua identidade permaneceu um mistério, uma vez que os adeptos do Málaga, a equipa onde jogava, fizeram um pacto de silêncio tácito com um único objetivo: mantê-la a jogar”, segundo o comunicado.

O realizador Paco Torres comenta que o objetivo “é fazer um filme que comova, mobilize e conte ao mundo inteiro a história praticamente desconhecida de Anita Carmona”. Por seu lado, Amaya Muruzábal sublinha que “Veleta é uma personagem excecionalmente combativa e determinada, uma figura raramente vista no grande ecrã, uma vez que foi a primeira mulher futebolista do mundo”.

Chalo Bonifacino Cooke, Diretor Executivo dos Estúdios LALIGA, salienta que “falamos sempre das histórias que merecem ser contadas. O mundo do desporto está cheio delas. Estamos aqui para falar das questões que todos sabemos que precisam de ser faladas. O futebol ainda arrasta coisas como o racismo, o sexismo, a homofobia… e, por vezes, a ficção é o melhor veículo para contar a verdade”.

A LALIGA Studios, a Blend Studios e a M Content estão a trabalhar em vários projectos. A LALIGA Studios anunciou dois projetos, um com a Little Spain (propriedade do artista C. Tangana) para criar uma série de ficção ambientada no universo LALIGA; e outro acordo com a produtora de Hollywood MTP, liderada por Mike Tollin, produtor executivo da aclamada série documental The Last Dance.

A Blend Studios está a produzir a série de animação Jesterina em conjunto com a produtora indiana Toonzstation, com distribuição pela Digitoonz. Entre os projetos já desenvolvidos está a curta-metragem Leviticus 20:13, um thriller criminal selecionado para festivais como o Seville European Film Festival (SEFF), o Elche Film Festival, Islantilla, Flickers, Sombras e BARS (Buenos Aires Rojo Sangre). Assim, Paco Torres enfrenta a sua segunda longa-metragem depois da sua interessante estreia com “El vuelo del tren”, e após o lançamento no Festival de Cinema de Cork do seu filme experimental rodado em 14 horas na Irlanda, “Saol”, e das suas curtas-metragens multi-premiadas “The Rattle of Benghazi”, “Halowin” e “Setenta”.

A produtora M Content, fundada em março de 2023, encontra-se em fase avançada de desenvolvimento dos seus dois primeiros filmes, sob a batuta da showrunner Amaya Muruzábal como produtora executiva, após o sucesso internacional da série Red Queen no início deste ano. A M Content – uma marca de ficção que nasceu da Mandarina Contenidos, criadora de outro êxito argentino, El amor después del amor (Netflix) – está empenhada em criar conteúdos sociais de grande impacto, em espanhol, em ambos os lados do Atlântico.

Desde a sua recente fundação, em março de 2023, a M Content encontra-se em fase avançada de desenvolvimento dos seus dois primeiros filmes, sob a batuta de Amaya Muruzábal como produtora executiva, após o sucesso internacional da série “Reina Roja” (Rainha Vermelha) no início deste ano. A M Content – uma marca de ficção que nasceu da Mandarina Contenidos, criadora de outro êxito argentino, “El amor después del amor” (Netflix) – está empenhada em criar conteúdos sociais de grande impacto, em espanhol, em ambos os lados do Atlântico.

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Prepare a carteira. Bacalhau, peru e chocolate estão mais caros este Natal

  • ECO
  • 5 Dezembro 2024

Cabaz alimentar com 16 produtos essenciais na mesa de Natal dos portugueses pode custar 52,89 euros, mais 4% do que no ano passado. Matérias-primas inflacionam também o preço do bolo-rei.

As famílias portuguesas vão ter de abrir os cordões à bolsa quando forem às compras para prepararem a ceia de Natal. Face há um ano, as maiores subidas de preços verificam-se nas tabletes de chocolate culinário (44%) e no bacalhau graúdo e na perna de peru (18%).

As contas foram feitas pela Deco Proteste, que analisa um cabaz composto por 16 produtos habitualmente utilizados nesta época festiva e que inclui ainda artigos como azeite, couve, vinho, arroz carolino, batata-vermelha, ovos, óleo, leite, farinha para bolos ou açúcar branco.

Recuando mais na comparação, em relação a janeiro de 2022, a análise regista os aumentos mais significativos de 114% no azeite, 72% na tablete de chocolate culinária, 58% no arroz carolino, 48% na farinha para bolos e 46% na batata e nos ovos.

Feitas as contas, este pequeno cabaz alimentar com 16 produtos essenciais na mesa de Natal dos portugueses pode este ano custar 52,89 euros, mais 6,52 euros (14%) do que a 21 de dezembro de 2022 e mais 2,11 euros (4%) do que a 20 de dezembro de 2023.

Como o ECO noticiou no mês passado, o aumento dos preços do cacau, da manteiga e do açúcar já está a ter um impacto significativo nos preços da pastelaria em Portugal. Com o Natal à porta, os pasteleiros vão ter de ajustar os preços, o que vai acabar por pesar na carteira dos consumidores.

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Nadal apresenta as chaves e os valores para o sucesso na indústria do desporto na Escola de Desporto UAX Rafa Nadal

  • Servimedia
  • 5 Dezembro 2024

Defende a importância da formação para promover o desporto numa visita aos alunos da Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX.

Rafa Nadal reuniu-se com os alunos da Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX e demonstrou mais uma vez o seu compromisso com a excelência educativa. Recentemente retirado do ténis profissional, visitou o campus da UAX Madrid Chamberí para participar no evento “Rafa Nadal: Beyond Tennis”, um evento que serviu de inspiração para os futuros profissionais que apostam na formação especializada para impulsionar o seu desenvolvimento e crescimento nas áreas do desporto, negócios e saúde na indústria desportiva.

Numa entrevista conduzida pela apresentadora Susana Guasch, Rafa Nadal destacou a importância de cultivar uma liderança baseada em valores como a capacidade de melhoria constante, a resiliência e a confiança na equipa. Estes valores são indispensáveis para o sucesso não só na esfera desportiva de competição, mas em todos os aspetos profissionais da indústria do desporto.

“Não creio que haja uma receita, mas há coisas que ajudam, como ter uma boa educação, rodear-se de pessoas que tenham um impacto positivo na sua vida, bem como determinação, perseverança, ter a humildade de ouvir e querer continuar a aprender com pessoas mais experientes. E, obviamente, a disciplina e a capacidade de trabalhar”, afirmou.

Foi o que fez perante um fórum constituído pelo corpo docente da universidade e por mais de uma centena de alunos do MBA em Gestão do Desporto, do Mestrado em Comunicação Desportiva, do Mestrado em Desempenho e Saúde Desportiva e do Mestrado em Fisioterapia Desportiva, ministrados na Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX, o projeto pioneiro que o próprio Nadal desenvolveu juntamente com a sua equipa e a Universidad Alfonso X el Sabio (UAX). Reconhecida pelo COI como Centro de Estudos e Investigação Olímpica (CEIO), a universidade destacou que promove um modelo multidesportivo nas três áreas de conhecimento que impulsionam a indústria do desporto: saúde, desporto e negócios.

TECNOLOGIAS

Durante o encontro, Rafa Nadal também destacou o papel da tecnologia para a saúde, os negócios e o desporto, tanto para a experiência completa do espetador como para o desempenho das carreiras dos atletas. “A tecnologia muda o desporto. No meu caso, foi com pouca tecnologia que cresci, mas ela teve uma evolução muito grande no mundo do desporto. Hoje em dia, é possível obter a informação de todos os adversários, o que faz com que o jogo evolua. Embora eu tenha continuado a confiar nas minhas sensações devido à forma como entendo o ténis, devido à forma como o aprecio de uma forma muito mais profunda”, afirmou.

Na entrevista, em que os alunos puderam fazer perguntas ao tenista, Rafa Nadal sublinhou o seu compromisso com uma educação de qualidade e a sua importância para promover uma carreira profissional na indústria do desporto, que está atualmente a passar por uma grande transformação. Uma missão promovida pela Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX: “Sempre acreditei que a educação e o desporto andam de mãos dadas. O nosso futuro está nas mãos da evolução da indústria do desporto e da tecnologia. Temos de ser suficientemente bons e visionários para antecipar o que a indústria vai exigir. E estou convencido de que temos uma equipa no projeto pronta a adaptar-se a estas novas necessidades”, afirmou.

Com este encontro, os alunos da Escola de Desporto da UAX Rafa Nadal puderam aprender com o atleta as chaves e os valores para impulsionar a sua carreira profissional. “A indústria do desporto, em constante evolução, exige uma formação de qualidade adaptada às necessidades de talento necessárias em todos os momentos e em todas as áreas. Uma missão que cultivamos a partir da Escola de Desporto UAX Rafa Nadal, abrangendo todas as áreas-chave em todos os desportos e o envolvimento de empresas, tecnologia e profissionais para melhorar a aprendizagem e a futura empregabilidade dos nossos alunos”, explicou Miguel Palencia, diretor da Escola de Desporto UAX Rafa Nadal.

Um objetivo que se concretiza graças à participação dos alunos em estágios reais com empresas relevantes na indústria do desporto, como as que recentemente tiveram a experiência de colaborar na organização de um grande evento desportivo como a Taça Davis e, em breve, na Taça Hexagonal.

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Principais bancos portugueses devem fechar o ano com lucros recorde de 5.000 milhões de euros

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2024

A menos de um mês do final de 2024, a previsão é que este ano os lucros suplantem os de 2023, uma tendência em Portugal mas também na Europa. Conheça a opinião dos analistas

A banca deverá terminar 2024 com lucros históricos em Portugal, que podem ascender a 5.000 milhões de euros no agregado dos principais bancos, contrariando a ideia de que 2023 tinha sido um ano excecional.

No início do ano, após os bancos terem apresentado resultados de 2023, em vários casos os maiores de sempre, os mercados consideraram que tinha sido atingido um ‘pico’ excecional (a DBRS apelidou de “tremendo” os lucros da banca europeia). Para este ano, previam, o setor continuaria fortemente lucrativo mas a níveis inferiores devido à descida das taxas de juro e a uma situação económica e geopolítica incerta.

Contudo, a menos de um mês do final de 2024, a previsão é que este ano os lucros suplantem os de 2023, uma tendência em Portugal mas também na Europa. Só até setembro, os lucros agregados dos cinco maiores bancos a operar em Portugal (Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novo Banco, BPI e Santander Totta) foram de 3.900 milhões de euros, mais 19% face aos primeiros nove meses de 2023. “Dizíamos que 2023 ia ser o melhor e afinal…”, disse o analista da agência de ‘rating’ DBRS Jason Graffam contactado pela Lusa.

Segundo o analista, o principal fator a justificar os lucros continua a ser a margem financeira (a principal rubrica de receitas de um banco, que é a diferença entre juros recebidos no crédito e juros pagos nos depósitos), pois ainda que em alguns casos tenha estabilizado devido à descida gradual das taxas de juro mantém-se significativamente elevada.

Há ainda outro fator a ajudar: a reversão de imparidades e provisões, sobretudo para crédito. Segundo Jason Graffam, em 2023 os modelos internos dos bancos levaram a um reforço das provisões devido a estar prevista uma deterioração da economia. Como não se materializou, os bancos puderam reverter provisões melhorando o lucro.

Questionado sobre se os os bancos estarão a aproveitar as reversões para fazer mais lucro e assim pagarem mais dividendos aos acionistas, o analista considerou uma situação normal quando há resultados e se percecionam menos riscos. Admitiu ainda que o setor – na Europa mas também em Portugal – entre num período de compras e fusões, pois com lucros elevados e “a casa em ordem” torna-se atrativo.

O economista e presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia, estimou à Lusa que os cinco maiores bancos fechem este ano com lucros agregados de 5.000 milhões de euros, um valor que não teve dúvidas em considerar “excessivo”.

“Tendo em conta a evolução da economia, e todo este contexto, não é uma mensagem fantástica ter este tipo de lucros e este tipo de pagamento de dividendos. Bem sei que não é só em Portugal, mas os lucros da banca em Portugal serão sensivelmente 2% do PIB [Produto Interno Bruto] e eu, que até sou de mercados, discuto se os acionistas dos bancos devem receber 2% do PIB. Parece-me um valor bastante exagerado”, vincou.

Tendo em conta a evolução da economia, e todo este contexto, não é uma mensagem fantástica ter este tipo de lucros e este tipo de pagamento de dividendos.

Filipe Garcia

Presidente da IMF - Informação de Mercados Financeiros

Filipe Garcia considerou que os lucros são feitos à custa dos clientes de uma maneira que não considera proporcional, desde logo pela baixa remuneração de depósitos que – recordou – seriam menores se não tivessem sido feitas alterações aos certificados de aforro e pelas elevadas comissões (que subiram durante o período de taxas de juro negativas e não desceram agora).

O economista defende que era importante os resultados serem usados “para capitalizar a banca, para fazer um setor mais forte, com mais capacidade de investimento, para se houver crise ter capacidade de resiliência”, e não sobretudo para remunerar acionistas.

Sobre se a distribuição de dividendos também tem como objetivo valorizar os acionistas e proteger os bancos de ofertas de aquisição (OPA) menos amistosas, considerou que não os protegerá tanto quanto pretendem.

“O que protege um banco de uma OPA é uma instituição grande, quanto maior for mais defendida está porque mais necessidade de capital é preciso para a comprar. Agora, se o que se tem é uma máquina muito limpinha, sempre a gerar ‘cash flow’ [receitas], mas que não fica mais cara então é-se mais facilmente alvo de uma OPA. Nesse sentido não me parece que seja uma boa tática”, afirmou.

O Jornal de Negócios calculou, recentemente, que os dividendos que CGD, BCP, Santander e BPI irão entregar em 2025, relativos a 2024, poderão ascender a 2.900 milhões de euros, acima dos 2.400 milhões de euros pagos este ano relativos a 2023.

Nestas contas não está o Novo Banco, que ainda pode vir a distribuir dividendos caso feche antecipadamente o mecanismo de capital contingente com o Fundo de Resolução que o impede de remunerar os acionistas.

O Banco de Portugal, assim como autoridades europeias, têm alertado os bancos que devem usar parte significativa dos lucros para reforçar as reservas de capital e assim estarem mais bem preparados para futuras crises.

É normal [os bancos] distribuírem dividendos pelos acionistas, principalmente aqueles que estiveram vários anos sem o conseguir fazer.

Henrique Tomé

Analista da XTB

Para o analista da XTB Henrique Tomé “é normal [os bancos] distribuírem dividendos pelos acionistas, principalmente aqueles que estiveram vários anos sem o conseguir fazer” até porque “isso não significa que não estejam a fazer reservas de capital”.

O analista considera que se os bancos têm pouco potencial para investir e fazer crescer o negócio, então “o ideal será distribuir parte dos lucros” até porque o facto de os remunerarem melhor também “proporciona aumentos nas avaliações das suas ações”, o que “os protege em parte de uma tentativa de OPA, pois para a outra empresa fica mais dispendioso e menos atrativo”.

Sobre os lucros deste ano, Henrique Tomé também diz que se suportam, sobretudo, na margem financeira, já que o “atual contexto de taxas de juro altas continua a beneficiar o setor”. Para 2025, tendo em conta que a previsão é que as taxas de juro se mantenham altas devido à resiliência da inflação, estima que “o potencial do lucro dos bancos continue alto dado que conseguem emprestar o capital a taxas de juro muito mais altas do que pagam para se financiar”.

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Hoje nas notícias: imigrantes, Efacec e fundos europeus

  • ECO
  • 5 Dezembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ministro António Leitão Amaro deu uma entrevista em que faz o balanço dos processos em andamento e dos processos rejeitados pela AIMA nos últimos seis meses. O Observador noticia que o PSD vai votar a favor da proposta da IL para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à nacionalização e privatização da Efacec, o que, a juntar-se aos votos favoráveis do Chega, CDS e liberais, garante a aprovação. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Regularização de imigrantes: 108 mil rejeitados em seis meses

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, revelou que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) tem “a andar” os processos de regularização de 113 mil pessoas e, simultaneamente, está “a avançar com a notificação para a rejeição” de 108 mil imigrantes. Isto nos últimos seis meses, em que, segundo o governante, “o Estado multiplicou por seis a sua capacidade de atendimento”. “O Estado atendia 800 imigrantes ou pessoas que procuravam a AIMA por dia. Neste momento, está a atender 5 mil por dia”, assinala, em entrevista ao Público e à Renascença.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Parlamento avança com comissão de inquérito sobre nacionalização e privatização da Efacec

A comissão parlamentar de inquérito à nacionalização e privatização da Efacec, proposta na quarta-feira pela Iniciativa Liberal (IL), vai contar com os votos favoráveis do PSD, do CDS e do Chega. O voto destes partidos é suficiente para aprovar a comissão de inquérito, embora a esquerda também abra a porta à sua viabilização. O PS, que quando era Governo foi responsável pela nacionalização e privatização da empresa vendida aos alemães da Mutares, já revelou que vai votar contra.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Empresas obrigadas a devolver fundos europeus por falhas na entrega de certificação PME

Várias empresas portuguesas estão a ser notificadas para devolverem dinheiro de fundos comunitários por não terem entregado a certificação que comprova que eram pequenas e médias empresas (PME), uma das condições necessárias para serem elegíveis. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e a Associação Empresarial de Portugal (AEP) confirmam que têm sido contactadas por diversos associados. Sem revelar quantas empresas estão a ser alvo destas notificações e os montantes em causa, o Ministério da Economia, por sua vez, garantiu que está “já a ser operacionalizada uma solução”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Arquiteto de Montenegro vai ser ouvido no julgamento da ‘Operação Vórtex’

O arquiteto responsável pelo projeto da casa de Luís Montenegro em Espinho vai ser ouvido como testemunha no julgamento da “Operação Vórtex”, que decorre no tribunal daquela cidade. O nome de Diogo Lacerda é referido numa escuta telefónica entre dois dos arguidos que estão a ser julgados — o empresário Francisco Pessegueiro e o arquiteto João Rodrigues — como alguém que “mexia na Câmara” e que “injetava” projetos na autarquia local. Diogo Lacerda, atualmente vice-presidente do PSD/Espinho, vai depor no processo a pedido da defesa de Francisco Pessegueiro.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Dois satélites portugueses vão ser lançados em janeiro pela SpaceX de Elon Musk

Dois satélites portugueses, o PoSAT-2 e o Prometheus-1, vão ser lançados para o espaço em janeiro e vão entrar em órbita através de um foguetão da SpaceX, a companhia espacial de Elon Musk. Enquanto o PoSAT-2, cujo investimento total ascende a 15 milhões de euros, foi concebido pela equipa do físico Fernando Carvalho Rodrigues e vai chegar ao espaço carregado por um foguetão Falcon 9 da SpaceX, o Prometheus-1 é um satélite experimental e académico da Universidade do Minho.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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MERCO publica classificação dos líderes da indústria farmacêutica com melhor reputação em Espanha em 2024

  • Servimedia
  • 5 Dezembro 2024

A MERCO apresentou o “Monitor de Reputación Sanitaria (MRS) 2024”, que avalia a reputação das empresas farmacêuticas em Espanha. Esta décima edição foi liderada pela Pfizer, Novartis e AstraZeneca.

A MRS fornece uma análise independente e exaustiva do panorama dos cuidados de saúde em Espanha. As suas análises incluem a classificação dos líderes da indústria farmacêutica mais valorizados no nosso país. No topo da lista estão o presidente cessante e o atual presidente da associação patronal Farmaindustria, Jesús Ponce, presidente da Novartis; Fina Lladós, presidente da Amge, seguida de Cristina Henríquez de Luna, presidente da GlaxoSmithKline; Rick Suárez, presidente da AstraZeneca; e Carlos Murillo, presidente da Pfizer.

Jesús Ponce, de Burgos, diretor da Farmaindustria entre 2022 e 2024 e presidente e CEO da Novartis Espanha desde 2019, está no topo da lista. Ponce define-se como um apaixonado pela utilização da ciência e da tecnologia para enfrentar os desafios de saúde mais complexos da sociedade. Promove uma abordagem centrada nas pessoas e no valor da inovação e está a impulsionar o compromisso da empresa com a medicina de precisão e a liderar a introdução de plataformas terapêuticas de ponta.

A presidente da Amgen Espanha, Fina Lladós, atual presidente da associação patronal Farmaindustria, subiu para o segundo lugar do ranking. Com uma carreira de mais de 25 anos na empresa, dos quais sete como presidente, a sua gestão é marcada por uma visão inclusiva e colaborativa.

Em terceiro lugar está a presidente da GlaxoSmithKline (GSK) em Espanha, Cristina Henríquez de Luna. Com uma vasta experiência internacional, reforçou a posição da GSK como um dos líderes do sector, expandindo o seu portfólio em vacinas e tratamentos respiratórios.

Rick R. Suárez, que subiu para a quarta posição e é o único não espanhol a estar entre os 5 principais líderes, faz parte da AstraZeneca há mais de 25 anos, principalmente nos Estados Unidos, e em 2020 assumiu a presidência em Espanha. Desde a sua chegada, reforçou significativamente a presença da empresa no país, que atualmente ultrapassa os 2.000 funcionários, e as suas relações com o ecossistema de saúde, defendendo firmemente a colaboração público-privada. Também estabeleceu com sucesso o AstraZeneca Global Hub em Barcelona, um centro internacional de investigação clínica que atingirá 1,3 mil milhões de euros de investimento nos próximos quatro anos e criará 2.000 postos de trabalho até 2025. Suárez é um membro ativo da comunidade LGBTI+ e, a partir do seu cargo, promove fortemente a diversidade, a inclusão e a saúde mental.

A fechar o top 5 está o presidente da Pfizer em Espanha, Carlos Murillo, que está na empresa há mais de 18 anos em importantes cargos de liderança, incluindo o de presidente regional para a América Latina. O seu foco é a inovação, o acesso a medicamentos avançados e a colaboração com profissionais de saúde para melhorar a saúde dos doentes.

Para esta 10ª edição da MRS, foram realizadas 11 avaliações e 43.910 inquéritos a profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, associações de doentes, informadores de saúde, gestores hospitalares, gestores de enfermagem, membros da administração pública de saúde, gestores de farmácias hospitalares e executivos de empresas farmacêuticas. Para além destas avaliações, foi realizada uma análise digital (Merco Digital), tendo sido analisadas mais de 124.825 menções e publicações. Por sua vez, para analisar a atratividade como empregador, foram realizados 37.382 inquéritos a diferentes públicos. Além disso, foi efetuada uma avaliação dos méritos reputacionais de 38 empresas.

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Governo tem “margem limitada” por decisões que Parlamento “não devia ter tomado” no OE2025

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2024

Ministro das Finanças "não tem pressa" em privatizar a TAP, prevista para 2025, com Joaquim Miranda Sarmento a alegar que é "preferível demorar um pouco mais e garantir que objetivos" são assegurados.

O ministro das Finanças reitera que o Governo se viu limitado na margem orçamental por “decisões executivas que o Parlamento não devia ter tomado”, acusando o PS de “achar que se podia substituir ao Governo”.

Joaquim Miranda Sarmento considerou, em entrevista na RTP3, que o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) aprovado na semana passada é um “bom orçamento”, mas defendeu que “a margem de atuação do Governo foi limitada por decisões do Parlamento antes da entrega e depois na discussão na especialidade”.

As medidas aprovadas pela oposição, nomeadamente antes do OE2025, como o fim das portagens nas ex-Scut, a redução do IVA da eletricidade e a descida do IRS não foram negociadas, destacou o ministro, mas sim “decisões unilaterais porque o PS acha que se podia substituir ao Governo e não é essa a função do Parlamento”.

O governante considerou então que este OE “responsabiliza o PS e o Chega, porque juntos aprovaram mil milhões de euros de despesa para o próximo ano”.

O ministro foi também questionado sobre os alertas do governador do Banco de Portugal para o aumento da despesa corrente inscrito neste Orçamento, ao que respondeu que a maioria desse crescimento “são decisões tomadas pelo anterior Governo”, que já era projetada em 9%. “Se consultar o relatório para o Orçamento de 2024 está lá um crescimento da despesa de 9%, não vi esse alerta na discussão para 2024″, atirou o ministro.

Na negociação com os bombeiros está em cima da mesa uma valorização remuneratória de 360 euros em 2027, a que depois se somam os aumentos acordados com a função pública.

Joaquim Miranda Sarmento pronunciou-se ainda sobre as negociações com os bombeiros, que foram suspensas depois de uma manifestação ter utilizado petardos numa ação de protesto junto ao edifício-sede do executivo, sinalizando que o que o Governo tem em cima da mesa é uma valorização remuneratória de 360 euros em 2027, a que depois se soma os aumentos acordados com a função pública.

O governante admite que os bombeiros “pretendem um conjunto adicional, mas neste momento a proposta do Governo é já muito significativa quando se olha para os acordos com outras carreiras”, apontando que deve existir equilíbrio nomeadamente para com profissões que têm “alguma proximidade”.

Já sobre a TAP, o responsável pela pasta das Finanças assegurou que se mantém a perspetiva da privatização em 2025, mas que o Governo “não tem pressa”, porque é “preferível demorar um pouco mais e garantir que os objetivos” estão assegurados.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de dezembro

  • ECO
  • 5 Dezembro 2024

Ao longo desta quinta-feira, 5 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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José Costa Pinto pondera candidatura a bastonário da Ordem dos Advogados

O ex-presidente da ANJAP, sócio da Costa Pinto Advogados e membro da direção do Instituto Português de Corporate Governance está a ser desafiado por muitos advogados, muitos até publicamente.

José Costa Pinto deverá ser um dos prováveis candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados. Segundo o ECO/Advocatus apurou, o advogado tem sido desafiado por muitos advogados – muitos até publicamente – para se candidatar a bastonário, cenário que segundo fontes ligadas ao processo está a ser ponderado pelo próprio. Até agora, e a confirmar-se a candidatura de Costa Pinto, serão dois os candidatos às eleições que terão de ser realizadas até 31 de março, já que a bastonária já fez saber que será recandidata.

Um dos advogados que defendeu publicamente o apoio a uma eventual candidatura é Paulo Sá e Cunha, atual presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados e reconhecido penalista no mercado da advocacia portuguesa.

Sócio fundador da Costa Pinto Advogados, José Costa Pinto presta assessoria jurídica principalmente nas áreas de fusões & aquisições, direito societário, direito comercial e direito imobiliário e é atualmente Vogal da Direção do Instituto Português de Corporate Governance, Vice-Presidente da Comissão de Jurisprudência da Sociedade de Geografia de Lisboa e Vogal da Direção Executiva do Observatório Português de Compliance e Regulatório.

É também vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da GALP, desde maio de 2023, e ainda secretário da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, desde 2018. É também presidente da mesa da assembleia geral de várias sociedades e fundos de investimento.

José Costa Pinto, de 42 anos, foi Associado Sénior da Uría Menéndez – Proença de Carvalho e estagiário na Simmons & Simmons. e presidente da Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses (ANJAP) entre 2014 e 2018.

José Costa Pinto, sócio fundador da Costa Pinto AdvogadosHugo Amaral/ECO

Na semana passada, a bastonária da OA, Fernanda de Almeida Pinheiro, anunciou a convocação de eleições antecipadas para todos os órgãos da instituição, incluindo o que lidera, o Conselho Geral (CG). “Este novo estatuto impunha a criação de novos órgãos e naturalmente esses dois órgãos tinha um regime transitório da norma previa duas opções: podíamos designar o órgão ou convocar eleições antecipadas até 31 de março de 2025”, diz a bastonária. A OA optou, à data, designar e dar posse ao Conselho de Supervisão e ao Provedor do Beneficiário dos Serviços.

“Como é de conhecimento público, o novo Estatuto da Ordem dos Advogados, aprovado pela Lei n.º 6/2024, de 19 de janeiro, trouxe mudanças estruturais profundas, incluindo a criação de novos órgãos e a necessidade de adaptação regulamentar. Perante o curto prazo imposto para a implementação do novo Estatuto, o Conselho Geral deliberou designar o Conselho de Supervisão, para cumprir a obrigação legal de criação deste órgão. Esta deliberação foi tomada no enquadramento da norma transitória do Estatuto, não só com o objetivo de permitir que os mandatos em curso chegassem tranquilamente ao fim, como também de evitar a entrada imediata de membros externos para outros órgãos, de acordo com a nova composição estatutariamente prevista”, explica a bastonária, em comunicado.

“Porém, tal decisão gerou alguma divisão na nossa classe, com críticas públicas àquela designação (incluindo de titulares de órgãos da Ordem), apresentação de recursos daquela deliberação e ameaças públicas de ações judiciais. A Ordem dos Advogados não pode viver refém de controvérsias internas, litígios judiciais ou debates infindáveis sobre a regularidade de atos administrativos. O cenário atual não só cria desconfiança e insegurança quanto aos atos praticados pelo Conselho de Supervisão, como compromete a capacidade da Ordem de se focar nos verdadeiros desafios da advocacia”, acrescenta.

O artigo 5.º, n.º 5, das disposições transitórias da Lei n.º 6/2024 permite à Ordem optar, no prazo de um ano, por antecipar o calendário eleitoral. Esta possibilidade visa assegurar a designação simultânea de todos os órgãos. Perante este contexto, o Conselho Geral deliberou convocar eleições antecipadas (a realizar em data a anunciar posteriormente), “por entender ser atualmente a única solução possível para clarificar e estabilizar a nossa Ordem”, disse a líder dos advogados.

“Mal sabia o Conselho Geral que iria criar uma celeuma imensa que deu origem a que vários advogados viessem a público criticar a legalidade desta decisão, alguns deles com responsabilidades dentro da nossa casa, e que ameaçam agora o CG com ações judiciais e de impugnação”, acusa a líder dos advogados, num vídeo enviado aos advogados, a que o ECO/Advocatus teve acesso. “O CG está seguro da sua deliberação mas também não queremos esta situação de constante acusação”.

A líder dos cerca de 37 mil advogados anunciou que se vai recandidatar nessas mesmas eleições, que terão de ser realizadas até o dia 31 de março de 2025. Segundo os estatutos, as eleições não poderiam ser apenas para os novos órgãos mas também para os restantes de toda a estrutura da OA, eleitos em janeiro de 2023.

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Em plena crise, Stellantis continua a aumentar vendas em Portugal

A Stellantis, que detém marcas como a Peugeot e Citröen, continua a liderar as vendas no mercado nacional, com vendas acumuladas de 54.444 veículos em 2024.

Em plena crise marcada pela saída do CEO, o português Carlos Tavares, a Stellantis Portugal continua a crescer e a aumentar as vendas no país, reforçando a liderança no mercado nacional. A fabricante automóvel, que detém marcas como a Peugeot e a Citröen, aumentou as vendas em 12,7%, no penúltimo mês do ano, um crescimento quatro vezes superior ao registado pelo mercado.

A Stellantis, que tem uma fábrica em Mangualde, comercializou um total de 4.010 unidades em novembro, garantindo uma quota de 21,2% e um crescimento de 1,8 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023, avança a empresa em comunicado enviado às redações, que dá nota ainda que a empresa liderou a venda de veículos de passageiros e comerciais.

O grupo automóvel adianta ainda que o crescimento registado pela Stellantis, de 12,7%, compara com um aumento de 3,2% do setor nacional, citando estatísticas da ACAP.

“Particularizando, o conjunto das marcas Stellantis à venda em Portugal registaram 2.879 Veículos de Passageiros e 1.146 Veículos Comerciais Ligeiros, gerando-se quotas de mercado de 17,5% e de 44,8%, respetivamente”, detalha o mesmo comunicado.

No acumulado dos 11 meses, a Stellantis acumula um volume total de 55.444 unidades, que lhe assegura um quarto do mercado total em Portugal, reforçando o seu estatuto de líder no mercado nacional.

Em termos de modelos, o grupo tem 5 dos 9 modelos mais vendidos em Portugal: Peugeot 2008, o modelo que em novembro foi o mais vendido do mercado; o citadino 208; o furgão Partner; o Citroën C3; e o Peugeot 308.

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