Atletas olímpicos Fernando Pimenta e Teresa Bonvalot são a cara da nova campanha da Allianz

  • + M
  • 5 Agosto 2024

A campanha com os embaixadores da marca conta com a criatividade do Allianz Studio, a agência criativa interna da Allianz, e com a produção da Grumpy Panda. A agência de meios é a EssenceMediacom.

O canoísta Fernando Pimenta e a surfista Teresa Bonvalot são os protagonistas da nova campanha da Allianz Portugal, dedicada aos seguros de casa e automóvel.

O campeão do mundo de canoagem (na vertente olímpica K1 1000 metros) é o rosto da campanha do seguro Allianz Auto, “um seguro automóvel completo e flexível que inclui assistência em viagem 24h, rede de oficinas parceiras em todo o país, oferta da pré-inspeção em oficinas aderentes e gestão do seguro através da app myAllianz”.

Já a surfista é a protagonista da campanha do seguro Allianz Casa, que “inclui proteção contra danos por água, incêndio e catástrofes naturais, linha de assistência 24h e gestão do seguro através da aplicação da Allianz”, refere-se em nota de imprensa.

“A ligação da Allianz Portugal a estes atletas não é uma parceria meramente promocional, é uma parceria que assenta em valores comuns de confiança, de excelência e de segurança. É a partilha destes valores olímpicos e desta forma de estar que nos une. Além disso, temos ainda em comum o facto de fazermos questão de estar sempre preparados para o melhor. Até os mais destemidos jogam pelo seguro”, diz José Francisco Neves, diretor de marketing da Allianz Portugal, citado em comunicado.

A campanha com os também embaixadores da marca conta com a criatividade do Allianz Studio, a agência criativa interna da Allianz, e com a produção da Grumpy Panda. Marca presença até 15 de setembro em televisão e digital, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da EssenceMediacom.

Esta surge na sequência da campanha “Prepare-se para o melhor”, lançada no início do ano a propósito da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024, evento em que a Allianz é a seguradora oficial.

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Portugal foi o segundo país da UE com mais dentistas formados por 100 mil habitantes em 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Agosto 2024

Dados do Eurostat indicam que havia 9,05 dentistas por 100 mil habitantes em Portugal no ano de 2022. Taxa de médicos formados no país no mesmo período era a 13.ª mais elevada da União Europeia.

Portugal registou a segunda maior taxa de dentistas diplomados em 2022 na União Europeia (UE). Nesse ano, de acordo com o Eurostat, 9,05 por 100 mil habitantes no país concluíram a formação em Medicina Dentária, um rácio superior ao observado em 2021 (8,41 por 100 mil habitantes).

No que diz respeito ao número de médicos, os dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete estatístico revelam que havia 16,04 médicos licenciados por 100 mil habitantes em Portugal no ano de 2022, a 13.ª taxa mais elevada entre os 27 Estados-membros da UE. Contudo, representa uma descida face ao rácio registado em 2021, de 16,29 médicos formados por 100 mil habitantes.

Rácio de médicos formados na UE em 2022

Fonte: Eurostat

Ao todo, formaram-se 69.279 médicos e 14.313 dentistas no bloco comunitário em 2022. Em termos relativos, significa que havia 15,47 médicos licenciados — uma “ligeira diminuição” comparativamente ao rácio de 2021 (15,65 por 100.000 habitantes) — e 3,20 dentistas diplomados por cada 100.000 habitantes — um “ligeiro aumento” face aos 3,12 registados em 2021. Em ambos os casos, Portugal ficou acima da média europeia.

As taxas mais elevadas de médicos licenciados em 2022 verificaram-se na Bulgária (29,49 por 100 mil habitantes), em Malta (27,66) e na Letónia (27,51), enquanto a Eslovénia surge no fim da tabela, com 11,36 médicos formados por 100 mil habitantes — quase um terço da taxa da Bulgária –, seguindo-se a Estónia (12,16) e a Alemanha (12,38).

na formação de dentistas, Portugal foi superado apenas pela Roménia, que teve uma taxa de 9,86 por 100 mil habitantes em 2022. A Bulgária (7,80) tinha o terceiro rácio mais elevado.

Em contrapartida, Malta (menos de 0,1), Itália (1,43) e Países Baixos (1,47) registaram as taxas mais baixas de dentistas diplomados em 2022.

Rácio de dentistas formados na UE em 2022

Fonte: Eurostat

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Inflação na OCDE desacelera para 5,6% em junho

Taxa de inflação na média da OCDE situou-se em junho no nível mais baixo desde outubro de 2021, tendo desacelerado em 24 dos 38 países da organização.

A taxa de inflação na OCDE, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), desacelerou em junho para 5,6%, face aos 5,9% em maio registados em maio, de acordo com dados da instituição divulgados esta segunda-feira.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) destaca que este é o nível mais baixo desde outubro de 2021, embora já se tenha aproximado várias de uma taxa semelhante desde o início deste ano (5,7%).

Fonte: OCDE

A inflação desacelerou em 24 dos 38 países da OCDE e situou-se abaixo de 2% em nove países em junho, contra seis em maio. Em contrapartida, a inflação manteve-se acima de 5% na Colômbia e na Islândia e acima de 70% em Turquia.

Na zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) manteve-se globalmente estável em 2,5% em junho, o que compara com 2,6% em maio. Com base no IHPC, três países da zona euro (Lituânia, Itália e Finlândia) registaram uma inflação igual ou inferior a 1%, enquanto se situou em 3% ou superior em cinco outros Bélgica, Espanha, Países Baixos, Áustria e Portugal.

A inflação nos produtos energéticos da OCDE também desacelerou para 2,3% em junho, face a 2,5% em maio, com quedas em 24 países, continuando-se a registar diferenças significativas entre os países da OCDE. Já a inflação subjacente da OCDE (que desconta os produtos energéticos e alimentares) situou-se abaixo de 6% pela primeira vez desde março de 2022.

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Proteção do ambiente marinho sem incentivos financeiros em 2023

Fundo Azul vai usar totalidade dos 2,78 milhões de euros para monitorização e proteção do ambiente marinho este ano e no próximo: 1,6 milhões em 2024 e 1,1 milhões em 2025.

No ano passado não foi alocada qualquer verba ao eixo estratégico “monitorização e proteção do ambiente marinho” do Fundo Azul, criado em 2016 para apoiar as políticas do mar para a prossecução dos objetivos de desenvolvimento sustentável. A razão? A alteração do regime jurídico do fundo e consequente alteração da sua entidade gestora.

A política de investimentos do Fundo Azul para o triénio 2023-2025 foi aprovada através de um despacho do Ministro da Economia e do Mar, a 23 de agosto de 2023, e de um despacho do Ministro das Finanças, de 14 de novembro de 2023. “No âmbito desta mesma política de investimentos, estava previsto para o eixo estratégico “monitorização e proteção do ambiente marinho” um montante total de 2,78 milhões repartido pelos três anos. “Sucede que, no ano de 2023, devido à alteração do regime jurídico do fundo e consequente alteração da entidade gestora do mesmo, não foi alocada qualquer verba ao eixo estratégico referido”, lê-se na portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República.

Agora é necessário fazer uma reprogramação dos encargos plurianuais para os adaptar à execução prevista para os anos de 2024 e 2025. Assim, o Fundo Azul vai usar a totalidade dos 2,78 milhões de euros este ano e no próximo: 1,6 milhões em 2024 e 1,1 milhões em 2025. Com a ressalva de que no próximo ano poderão ser usados os saldos que sobrarem de 2024.

Estes incentivos financeiros que visam contribuir para o “cumprimento de metas e compromissos nacionais e internacionais, incluindo o desenvolvimento da economia do mar, a literacia do oceano e a promoção do conhecimento do mar, a investigação científica e tecnológica, a proteção e monitorização do meio marinho e a segurança marítima” são suportados por “verbas adequadas inscritas ou a inscrever no orçamento do Fundo Azul”.

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Abreu Advogados assessora a RAH na aquisição de 80% da Rio Ave Futebol SAD

A equipa da Abreu Advogados envolvida na operação foi coordenada pelo sócio Fernando Veiga Gomes e o sócio contratado José Carlos Vasconcelos.

A Abreu Advogados assessorou a RAH Sports Investments, Limited, uma sociedade de investimento desportivo sediada no Chipre, na aquisição de 80% da Rio Ave Futebol SAD.

A equipa da Abreu envolvida na operação foi coordenada pelo sócio Fernando Veiga Gomes e o sócio contratado José Carlos Vasconcelos. O sócio Ricardo Henriques, a sócia contratada Sofia Silva e Sousa, as consultoras Maria de Deus Botelho e Patrícia Saraiva de Aguilar, os associados sénior Inês Cortez Elói e José Maria Alves Pereira, o associado Francisco Côrte-Real e o solicitador Rui Gonçalves estiveram também envolvidos nesta operação.

“A assessoria da Abreu consistiu no apoio no desenvolvimento da due diligence e em negociações relacionadas com a aquisição e questões de regulamentação desportiva”, explicou o escritório em comunicado.

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A ver sempre a “chávena meio cheia”. Mónica Oliveira, da Delta Cafés, na primeira pessoa

Há 14 anos no Grupo Nabeiro, Mónica Oliveira, diretora de marketing e da Delta Cafés, considera que a Delta tem um papel a desempenhar na manutenção do legado do café enquanto agregador social.

Muito positiva, que consegue sempre ver a chávena sempre meio cheia” – é assim que Mónica Oliveira, diretora de marketing e comunicação da Delta Cafés, se define enquanto pessoa, vendo-se também como “muito empática” e alguém que “gosta de conversar e de estar perto de pessoas”.

Já enquanto profissional, diz ser uma líder exigente mas que gosta de ter proximidade com as equipas e as pessoas com quem trabalha. “Não temos de ser sisudos para sermos exigentes, mas acho que algo que me caracteriza é também esta energia positiva de ver a chávena meio cheia, algo que depois é transportado para a equipa”, afirma em conversa com o +M.

E, falando em chávenas – e na marca Delta –, o café é precisamente algo que sempre esteve presente na vida de Mónica Oliveira. “Adoro café, sempre sem açúcar. Lembro-me de beber café desde sempre, já quando estudava bebia muito café. E sempre tive muito o hábito de ir beber café com os amigos, era um ritual que acabava por ser um momento social, de proximidade e de afetos entre amigos. Atrás do café vem uma conversa, e portanto adoro café“, diz.

Para a diretora de marketing da Delta, o café, além de uma bebida, é também uma fonte de energia e de estímulo para se enfrentar um novo dia “com uma energia positiva”. Mas, além disso, é também “um momento social“, principalmente em Portugal.

Os portugueses têm muito esta cultura do café, desde sempre. Muitas coisas em Portugal foram decididas a beber café, e é engraçado esse papel social que o café tem, quase como centro da comunidade e de discussão e proximidade social, de uma forma transversal a várias faixas da sociedade. É curioso esse papel social do café e é algo que devia manter-se. E acho que a Delta enquanto marca próxima tem um papel a desempenhar na manutenção desse legado do café enquanto agregador social“, entende Mónica Oliveira.

Isto até tendo em conta que “a Delta é uma marca que tem quase 100% de awareness em Portugal”, sendo “uma marca de grande proximidade com os portugueses”, que “tem este lado muito emocional também, associado ao legado do nosso fundador [Rui Nabeiro], bem como um papel social também muito relevante”, refere.

Já quando questionada se prefere café de grão ou de cápsulas, a responsável de marketing diz que existem momentos para cada um deles, e até para outros tipos de extração de café. Se é mais prático o sistema de cápsulas, “que permite fazer a extração de um café sempre com parâmetros perfeitos”, também há outros momentos indicados para tomar um café de grão, entende Mónica Oliveira.

“Ou até com outras formas de extração, por exemplo um café de balão, que é um ritual mais reservado para os fins-de-semana mas que envolve ali toda uma preparação e sequência de atos mais demorados e que permitem saborear o café de outra forma e ter aqui um ‘slow coffee‘”, acrescenta.

Natural de Lisboa, a diretora de marketing da Delta Cafés sempre viveu no centro da capital até à mudança, há alguns anos, para Azeitão, uma “terra muito simpática”. “É uma vila muito interessante, muito próxima à serra da Arrábida, muito verde e próxima ao mar que é algo que me tranquiliza muito”, diz, acrescentando que viver perto da natureza é algo que valoriza “imenso” e que acaba por “contrabalançar um pouco a azáfama e dinâmica do dia-a-dia”.

É em Azeitão, portanto, que vive com o marido e as duas filhas – Constança, de oito anos, e Laura, de três –, sendo que os momentos que passa em conjunto com a família são o que mais valoriza na vida.

Mas para além disso e para lá da paixão pelo marketing, pelo trabalho das marcas e por gerir equipas, Mónica Oliveira gosta muito de viajar e de conhecer outras culturas (a sua formação de base é em Relação Internacionais), atividade que considera que enriquece qualquer pessoa, tanto pessoal como profissionalmente. “Trazemos sempre algo das viagens que fazemos”, diz a diretora de marketing da Delta Cafés, que nestas férias vai até Marrocos.

Gosta também muito de jardinagem, algo que faz principalmente ao fim de semana. “Gosto muito do contacto com as plantas, com a natureza. É algo que me ajuda muito a relaxar”, afirma.

Além de dançar, gosta também muito de música, algo que esteve sempre presente na sua vida através do seu pai, que era jornalista e que sempre lhe incutiu o gosto e curiosidade pelo conhecimento e espírito crítico, bem como pela música. De entre o seu gosto musical “muito eclético”, elenca entre os seus artistas preferidos nomes como Miles Davis, Amália Rodrigues, Samuel Úria e Arcade Fire.

O percurso profissional foi iniciado na área do grande consumo, onde trabalhou cerca de uma década e que lhe deu a oportunidade para contactar “muito de perto” com a realidade empresarial, algo que a ajudou a “perceber o papel de cada área e que papel cada uma deve ter na cadeira de valor até chegar ao mercado”.

Passou depois pela Killine Optical, uma empresa multinacional, onde trabalhou uma carteira de clientes da Europa e dos Estados Unidos da América e onde teve de identificar “aquilo que seriam as tendências”, trabalhando de forma próxima com as equipas comerciais, numa área muito diferente da sua experiência anterior mas que lhe deu uma “abrangência internacional” e uma “visão global”.

Ingressou no Grupo Nabeiro em 2010, enquanto product manager numa área onde estavam representadas todas as marcas do grupo que não eram cafés (como de águas, cervejas ou sumos). Em 2012 assumiu a responsabilidade pelo marketing da Adega Mayor, onde trabalhou a área de negócio do vinho, percebendo hoje que “há muitas semelhanças entre o vinho e o café“, na medida em que ambos são produtos “muito sensoriais, com foco na origem e naquilo que é o cuidado em preservar todas as caraterísticas do produto (e destacando-as), e no blend, pois tal como se faz a mistura de uvas para o vinho, o mesmo que se faz com o café”.

Em 2015 assumiu a direção de marketing e comunicação da Delta Q, uma “área core” do Grupo Nabeiro, e que “de alguma forma se conseguiu assumir naquilo que é o mercado de cafés em Portugal, como uma marca muito relevante e que democratizou o acesso ao café”.

Desde janeiro deste ano, é responsável pela direção de marketing e comunicação de todas as marcas de café do Grupo Nabeiro, naquele que é um “grande desafio” e uma “grande responsabilidade” ou não fosse a Delta uma marca com um “legado gigante” e que tem uma “afinidade emocional muito grande com os portugueses, com os consumidores e com a comunidade”.

Mónica Oliveira em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Internacionalmente, destaco a campanha “1984” da Apple, que apresentou o Macintosh. É uma campanha genial a todos os níveis e que teve um impacto muito forte na marca, pelo rasgo criativo, pela adequação ao momento social e político que se vivia, pela realização de Riddley Scott, pela inovação mas, sobretudo, pelo que significou para a história da Apple.
A nível nacional, elejo a campanha da Expo 98, “Oceanos, um património para o futuro”. Foi uma campanha marcante para todos os portugueses pelo momento histórico que se viveu, por ajudar a posicionar Portugal como um país relevante na Europa, capaz de organizar eventos à escala mundial. A campanha teve o mérito de destacar a posição geopolítica de Portugal, com os oceanos a desempenharem uma dupla função: como uma parte importante da nossa história e, mais importante, como um elemento chave para o futuro, numa narrativa de preservação dos oceanos. Gerou um sentimento de orgulho em todos nós.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Manter-se fiel aos valores das suas marcas, sem ceder a acontecimentos pontuais que podem ser muito populares, mas que muitas vezes são hypes. É obviamente importante acompanhar tendências, escutar a comunidade e ser relevante enquanto marca, mas é fundamental manter uma coerência que, a longo prazo, se traduza numa perceção de solidez, autenticidade e confiança. Conjugar objetivos de curto prazo e mais táticos com a permanente necessidade de construção de marca é, talvez, um dos maiores desafios que um marketeer pode enfrentar.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

Em primeiro lugar está a marca, é o maior ativo de qualquer organização. Preservar, cuidar e expandi-la, sobretudo quando a responsabilidade recai sobre uma marca como a Delta Cafés, com um património de afetividade junto dos portugueses e com um legado de mais de 60 anos,é uma prioridade.

4 – O briefing ideal deve…

Ser muito objetivo, conciso, identificar claramente os objetivos a alcançar e quais são os resultados esperados são aspetos muito importantes a definir num briefing. O briefing ideal deve também conter, adicionalmente, dois elementos chave: em primeiro lugar deve desafiar a agência e, depois, deve inspirar o envolvimento da agência com a marca.

5 – E a agência ideal é aquela que…

É um prolongamento da equipa de marketing. É cada vez mais importante existir uma relação próxima e de parceria entre as marcas e as agências, sejam elas criativas, de meios, digitais, de comunicação ou outras. Uma agência tem, também, de se deixar desafiar pelo cliente. O cliente é quem melhor conhece a sua marca, o seu negócio e os objetivos a alcançar. Uma agência que consegue ser ágil, estar orientada para os objetivos, ter em conta a estratégia da marca, e não estar focada apenas no processo criativo em si mesmo, torna-se num importante aliado e tem um contributo ativo para o sucesso da marca. A agência ideal é aquela que trabalha com o seu cliente, mas também entende a mais valia de trabalhar em rede com as outras agências do cliente, numa complementaridade e numa abordagem colaborativa e multidisciplinar que muito acrescentam a um projeto ou a uma campanha.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Ambas as atitudes são necessárias. Em determinadas situações é fundamental jogar pelo seguro e trazer racionalidade para a marca. Noutros momentos, é importante arriscar, gerar emoção e deixar marca. Da publicidade espera-se impacto, que crie emoções, que desperte consciências para temas atuais e que alerte para causas sociais. Certamente que estas são áreas que podem
representar riscos para uma marca. É crucial que uma marca evolua e se expanda no sentido de acompanhar as expetativas do consumidor e a evolução da sociedade. É importante, também, que a marca consiga inovar na sua oferta, bem como na forma como comunica e chega às pessoas, mas deverá fazê-lo mantendo-se fiel aos seus valores e cumprindo o seu propósito. Uma marca não deve arriscar apenas para fazer algo novo.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Não são os orçamentos que determinam a qualidade da criatividade, dos projetos ou das campanhas. Um insight criativo pode ser bastante simples e, mesmo assim, ter um grande impacto, e provocar emoções. O foco tem de estar na relação da marca com o consumidor e a comunidade. Eventualmente arriscaria lançar uma campanha à escala global, um momento, uma hora de coffee break mundial.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Uma indústria de muitos talentos, reconhecidos e premiados internacionalmente. O Festival Internacional de Criatividade de Cannes é um excelente exemplo da qualidade do nosso talento e dos nossos profissionais. Portugal é dos países mais reconhecidos, mas a nossa dimensão enquanto país condiciona sempre os investimentos das marcas nestas áreas.

9 – Construção de marca é?

Um trabalho nunca concluído, um processo de longo prazo que tem como objetivo criar relações duradouras entre a marca, a sua comunidade e os seus consumidores. Um trabalho diário em todos os touchpoints da marca, que deve promover a proximidade e a conexão. É fundamental que toda a organização seja costumer centered e que se sinta parte integrante da experiência de marca que queremos proporcionar aos nossos clientes e consumidores.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Provavelmente uma profissão ligada a música. A música faz parte da minha vida desde sempre, é algo que une, liga e aproxima, é uma linguagem universal e intemporal. Provavelmente seria bailarina ou tocaria algum instrumento musical.

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Apoio de 2,5 milhões vai formar mil imigrantes no setor do turismo

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

O Governo prevê que a dedicação de 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal à formação de imigrantes para trabalharem no setor vai abranger mil pessoas numa primeira fase.

O apoio de 2,5 milhões de euros, retirados do orçamento do Turismo de Portugal, à criação de um “programa de integração de migrantes e refugiados”, conforme anunciado pelo Governo no âmbito da apresentação do plano Acelerar a Economia, vai permitir formar mil pessoas na sua primeira fase, segundo uma estimativa avançada por fonte oficial do Ministério da Economia ao jornal Público.

Sem adiantar datas, a mesma fonte refere que a “formação de mil imigrantes” prevê o “recurso à rede de escolas de hotelaria e turismo do Turismo de Portugal” e “a subsequente realização de estágio numa das empresas de turismo que venham a aderir ao programa”. Mas, enquanto “a disponibilidade e frequência da formação por parte dos imigrantes será paga pelo Turismo de Portugal”, o estágio “será pago pelas empresas”.

O programa, apresentado pelo Executivo a 4 de julho, destina-se a “acolher profissionais, ou não profissionais, para um projeto de formação-integração, visando contribuir para a melhoria das condições de integração dos refugiados e dos migrantes em Portugal”, e a prepará-los para entrarem no setor do turismo. Entre os objetivos deste plano consta ainda o desenvolvimento de “parcerias estratégicas para qualificação e integração de jovens” nos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Hoje nas notícias: Imigrantes, turismo e Livro Verde

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo prevê que o apoio de 2,5 milhões de euros, retirado do orçamento do Turismo de Portugal, irá permitir a formação de “mil imigrantes” para trabalharem no setor, pelo menos numa primeira fase. Uma greve dos tripulantes da easyJet entre 15 e 17 deste mês e uma provável paralisação na Groundforce a 31 e 1 de setembro ameaçam o turismo em agosto, o mês mais movimentado nos aeroportos portugueses. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Apoio de 2,5 milhões vai formar mil imigrantes no setor do turismo

A adjudicação de 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal à criação de um “programa de integração de migrantes e refugiados”, conforme anunciado em julho pelo Governo no âmbito da apresentação do plano Acelerar a Economia, vai formar mil pessoas na sua primeira fase, segundo uma estimativa avançada por fonte oficial do Ministério da Economia. Sem adiantar datas, a mesma fonte refere que a “formação de mil imigrantes” prevê o “recurso à rede de escolas de hotelaria e turismo do Turismo de Portugal” — o que será pago por esta entidade –, assim como “a subsequente realização de estágio numa das empresas de turismo que venham a aderir ao programa”, a ser pago pelas próprias empresas.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Greve na easyJet e provável paralisação na Groundforce ameaçam turismo em agosto

A greve marcada pelos tripulantes de cabine da easyJet para os dias 15, 16 e 17 deste mês, a par de uma provável paralisação na Groundforce a 31 de agosto e 1 de setembro, ameaçam o turismo em Portugal em agosto. De acordo com a companhia aérea low cost, não serão realizados 164 dos seus 308 voos programados para os três dias de greve. Já a cumprir-se a greve admitida pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) — o segundo mais representado na Groundforce, depois do SITAVA –, existe o potencial para afetar muitas mais transportadoras, dado o caráter transversal desta empresa.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Peritos propõem majoração no IRC de custos com planos de reforma

Os autores do Livro Verde da Segurança Social recomendam que os gastos das empresas com contribuições voluntárias para planos de pensões individuais, detidos pelos seus trabalhadores, passem a ser majorados para efeitos de determinação da matéria coletável em IRC. O objetivo é incentivar as entidades patronais a apostarem mais neste tipo de produtos, obtendo em contrapartida uma vantagem fiscal que não existe atualmente e, dessa forma, reforçar o sistema complementar de pensões na sua componente de planos de pensões individuais, o chamado terceiro pilar.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo e Parlamento com nota positiva dos portugueses

Numa escala de 0 a 5, o Governo e a Assembleia da República tiveram uma nota positiva de 3,1 no barómetro de julho da Intercampus, realizado numa altura em que o Executivo e os partidos iniciaram a negociação do próximo Orçamento do Estado. Ainda assim, não superam a avaliação dos inquiridos ao primeiro-ministro, que teve uma nota de 3,2 e é a que mais cresceu em julho em relação ao mês anterior.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Mais de 9,2 milhões de dias perdidos por absentismo no SNS até junho

Os casos de absentismo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) na primeira metade do ano provocaram o equivalente a mais de 9,2 milhões de dias perdidos, dos quais perto de metade devido a doença. Com os serviços de urgência do país a continuarem a encerrar por falta de recursos humanos, enquanto alguns funcionam com equipas mínimas, e várias classes profissionais do setor a denunciarem exaustão, o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho diz que os gestores “devem tirar conclusões” destes números.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Galp assina contrato de compra de gás natural com americana Cheniere

Petrolífera assinou um acordo de compra e venda de gás natural liquefeito com com a Cheniere para a aquisição, durante 20 anos, de meio milhão de toneladas por ano.

A Galp assinou um acordo com a Cheniere para ter acesso, ao longo de 20 anos, a gás natural norte-americano, anunciou a empresa esta segunda-feira ao mercado. O objetivo é garantir acesso aos competitivos volumes de gás dos EUA, aumentando a flexibilidade e diversidade ao portfólio da petrolífera.

“A Galp assinou um acordo de compra e venda de gás natural liquefeito (GNL) com com a Cheniere Marketing (Cheniere) para a aquisição, durante 20 anos, de meio milhão de toneladas por ano (mtpa)”, lê-se no comunicado publicado na CMVM.

O acordo está sujeito à tomada da decisão final de investimento da segunda unidade de liquidificação do projeto de expansão da unidade Sabine Pass, no Louisina, que está atualmente em desenvolvimento.

De acordo com a Galp, este também inclui acesso a “um número limitado de cargas antecipadas, a partir de 2027 e até ao início da segunda unidade de liquidificação”.

“Os volumes da Galp serão adquiridos numa base FOB (Free on Board) e cotados indexados ao Henry Hub mais uma taxa fixa de liquefação”, acrescenta o mesmo comunicado.

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Os autarcas congratulam-se com o facto de ter sido cumprida a vontade dos municípios onde será instalado o parque eólico do Cluster de Maestrazgo

  • Servimedia
  • 5 Agosto 2024

Os presidentes das Câmaras Municipais de El Maestrazgo e Gúdar-Javalambre manifestaram a sua satisfação pela aprovação da Autorização Administrativa de Construção do parque eólico de Teruel.

Numa declaração institucional, os presidentes destes municípios afirmam que “se cumpre assim a vontade dos municípios onde se desenvolverá o projeto e da grande maioria dos seus vizinhos”, e recordam que o modelo de projetos de energias renováveis foi apoiado nas urnas, tanto nas eleições locais e regionais, como nas eleições europeias. Além disso, afirmam que é “a forma de revitalizar as nossas cidades e aldeias e a única e última alternativa viável para garantir o seu futuro e evitar o seu desaparecimento”.

Os municípios festejam, por isso, a aprovação em Conselho de Ministros, a 23 de julho, de um projeto que permitirá aos seus vizinhos não só “ver os moinhos de vento das aldeias vizinhas, mas também usufruir dos recursos económicos que este projeto trará”. Não é de estranhar que o parque eólico traga aos municípios onde está instalado benefícios importantes e milionários através de impostos e taxas municipais, que serão utilizados em “serviços e equipamentos que melhorarão significativamente a vida de todos os habitantes”.

Os autarcas estão convencidos de que o projeto “vai gerar emprego e riqueza nas regiões de Maestrazgo e Gúdar-Javalambre” e que vai ajudá-los a “fixar e atrair população, bem como novas empresas e projetos para o território”.

Estes autarcas afirmam ainda que irão garantir que o projeto se desenvolva nos termos que negociaram “durante anos, procurando sempre o melhor” para os seus municípios e vizinhos.

SESSÃO PLENÁRIA DO TERUAL

Os conselheiros que fazem parte da associação Viento Alto (La Iglesuela del Cid, Cantavieja, Mirambel, Bordón, La Cuba, Tronchón, Fortanete, Villarluengo e Puertomingalvo) também estiveram presentes na sessão plenária do Conselho Provincial na semana passada, na qual a proposta de rejeição da decisão do Conselho de Ministros de autorizar o Cluster de Maestrazgo teve apenas três votos a favor, correspondentes aos três deputados de Teruel Existe.

Assim, tanto os seus próprios parceiros de governo (PP e PAR) como a oposição (PSOE) apoiaram a construção deste parque eólico, votando contra a proposta. Uma decisão que foi aplaudida por estes autarcas e que subscreve a vontade das câmaras municipais.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de agosto

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

Wall Street abriu a sessão desta segunda-feira a afundar até 5%, no seguimento da pressão vendedora que está a castigar as bolsas em todo o mundo, perante os receios dos investidores com uma recessão.

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Verbas do fundo de compensação incentivam empresas a dar formação aos trabalhadores

Dos oito milhões já levantados do FCT pelos empregadores, maior parte serviu para apoiar formação. Diretor-geral da escola FLAG revela que há maior abertura das empresas para investir em formação.

Os empregadores portugueses estão a usar as verbas do Fundo de Compensação do Trabalho, sobretudo, para dar formação aos seus trabalhadores. Os dados disponibilizados ao ECO pelo Ministério do Trabalho já o tinham sinalizado e agora o diretor-geral da FLAG – uma escola dedicada à formação em design, marketing digital e comunicação – vem adiantar que, à boleia deste fundo, tem notado uma “crescente interesse e capacidade” das empresas em investir na formação dos seus trabalhadores.

“As empresas estão mais disponíveis para dar formação aos seus profissionais, cientes da importância destas ações para o sucesso do negócio, para a inovação da organização, para a capacidade de respostas aos grandes desafios que se levantam. A forma como estão a aceder ao Fundo de Compensação do Trabalho é bem exemplificativa desta dinâmica e motivação“, sublinha Gabriel Augusto, em declarações ao ECO.

Na visão deste especialista, a formação começa a ser percebida como um trunfo não apenas para que as empresas sejam mais produtivas e competitivas, mas também para atrair e reter talento.

Além disso, o diretor-geral avança que muitas empresas têm procurado não só atualizar as competências de que os profissionais já dispõem, como também muni-los de novas habilidades, preparando-os para os desafios do futuro. “Dessa forma, garante-se uma força de trabalho mais qualificada e adaptada às exigências do mercado”, argumenta o responsável.

Quanto às competências mais destacadas, neste momento, Gabriel Augusto ressalva que “tudo depende do setor e da dimensão da organização“, daí a importância dos programas feitos à medida que a FLAG tem disponibilizado às empresas.

Ainda assim, há a realçar, avança, que há áreas mais quentes transversais em termos de formação, como a liderança, a resolução de problemas com design thinking, a gestão de projeto, a inovação e gestão e mudança, bem como o marketing digital, a análise de dados e a inteligência artificial.

Quando toda a equipa tem acesso a novas competências, a capacidade de inovação da empresa é significativamente otimizada. Com uma formação diversificada, a empresa torna-se mais resiliente.

Gabriel Augusto

Diretor-geral da FLAG

O diretor-geral acrescenta também que a formação tem sido dada não apenas às lideranças, mas à globalidade da força de trabalho, de modo a “garantir que todos os membros da organização estão capacitados e alinhados com as novas competências e tecnologias”.

“Ao garantir uma ampla formação transversal, as empresas garantem que toda a equipa está devidamente atualizada, com uma clara cultura de colaboração onde todos os membros da equipa podem contribuir de maneira mais eficaz e integrada. A capacidade de inovação da empresa é significativamente otimizada“, salienta Gabriel Augusto.

O responsável afirma ainda que a formação é uma forma de reforçar a resiliência das empresas, admite que há custos associados que não podemos ignorar, mas atira: “O reconhecimento da formação como um investimento com retorno e não apenas um custo tem vindo a crescer, destacando-se cada vez mais a sua importância numa estratégia viável e de futuro.”

O Fundo de Compensação do Trabalho foi criado durante o período da troika para cobrir uma parte das compensações por despedimento. Foi, contudo, convertido recentemente. E os 600 milhões que aí estavam têm estado agora à disposição dos empregadores que para ele descontaram.

Segundo adiantou ao ECO o Ministério do Trabalho, desde fevereiro foram levantados mais de oito milhões de euros, dos quais 5,1 milhões de euros para apoiar a formação dos trabalhadores.

Cheque de formação digital com “procura bastante elevada”

Gabriel Augusto é diretor-geral da escola FLAG.

Fora do âmbito das empresas, os trabalhadores podem por eles próprios apostar na sua formação com o apoio, nomeadamente, do cheque de formação digital, que lhes garante até 750 euros a quem faça programas em áreas como cibersegurança e o marketing digital.

Aquando da abertura das candidaturas desta medida, o diretor-geral da FLAG já tinha adiantado ao ECO que a procura estava a ser forte e agora, quase um ano depois, garante que tem sido mesmo “bastante elevada“. “Acreditamos que tem permitido o acesso a formação a muitos indivíduos que, de outra forma, poderiam ficar excluídos dado a constrangimentos financeiros”, declara o responsável, deixando elogios a esta iniciativa.

Apesar de ter gerado muito interesse, o cheque de formação digital tem afastado alguns candidatos por causa dos custos, isto é, o tal cheque de 750 euros só chega às mãos do trabalhador após a conclusão da ação de formação, o que significa que este tem de adiantar a verba e só depois é reembolsado.

Esses constrangimentos nunca são positivos, em especial junto dos interessados que tenham maiores dificuldades financeiras para fazer face a ações deste cariz.

Gabriel Augusto

Diretor-geral da FLAG

“Esses constrangimentos nunca são positivos, em especial junto dos interessados que não exercem atualmente quaisquer funções profissionais ou de baixo perfil, ou seja, que tenham maiores dificuldades financeiras para fazer face a ações deste cariz”, comenta Gabriel Augusto.

Do lado do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), numa conferência no final de outubro, Luís Manuel Ribeiro avisou os candidatos que não precisam de correr qualquer risco, uma vez que podem apresentar uma candidatura para uma ação de formação ainda por iniciar e só avançar com ela quando tiverem o “sim”, que tem de ser dado até 30 dias após a apresentação da candidatura.

Também o então secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, realçou os riscos diminutos deste modelo e explicou que o Governo de António Costa escolheu não avançar com o pagamento prévio das ações uma vez que tal exigiria uma estrutura burocrática bem mais robusta.

Os dados mais recentes disponibilizados ao ECO revelam que só 1.417 candidaturas ao cheque de formação digital receberam “luz verde” até agora. A meta era chegar aos 25 mil formandos até setembro do próximo ano, de acordo com o acordado com Bruxelas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, que financia a medida.

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