OCDE desafia Portugal a cortar mais na burocracia

Portugal tem avançado na simplificação do seu quadro regulatório, mas ainda enfrenta desafios que limitam a concorrência e o crescimento sustentável, refere uma análise da OCDE.

Portugal tem feito progressos significativos na melhoria do seu ambiente regulatório, mas ainda enfrenta desafios importantes para promover uma economia mais dinâmica e competitiva. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo a atualização dos indicadores de Regulação do Mercado de Produtos (PMR), publicados esta quarta-feira.

Os indicadores PMR da OCDE medem as barreiras regulatórias à concorrência e à entrada de empresas nos mercados. São uma ferramenta valiosa para os decisores políticos identificarem áreas onde a regulação pode estar a prejudicar a competitividade e o crescimento económico.

Segundo a OCDE, Portugal destaca-se como um dos países que mais evoluiu nos indicadores PMR, refletindo os esforços em reformar o ambiente regulatório. “Portugal tem feito progressos significativos na redução da burocracia e na simplificação de procedimentos para as empresas”, lê-se no relatório. Porém, continua relativamente longe da média dos países da Zona Euro.

Os técnicos da OCDE destacam que Portugal tem feito avanços notáveis na simplificação administrativa, na redução da burocracia e na abertura da economia a investimentos estrangeiros.

Também referem que o país implementou reformas para aumentar a transparência e a eficiência na gestão das empresas estatais. No entanto, ressalvam que persistem alguns obstáculos que dificultam uma maior e desejável concorrência no tecido empresarial que possam promover um maior crescimento sustentável.

Os técnicos da OCDE referem, por exemplo, que “alguns serviços profissionais como a advocacia e a contabilidade ainda enfrentam regulações restritivas que limitam a concorrência.”

Além disso, o documento destaca também que a complexidade do sistema regulatório continua a ser um desafio, especialmente para as pequenas e médias empresas (PME), e que o Estado ainda mantém uma presença significativa em alguns setores-chave da economia que pode limitar a concorrência.

A OCDE revela ainda que, na área da governação, foram implementadas “reformas para aumentar a transparência e a eficiência na gestão das empresas públicas”, mas sublinham que há espaço para melhorias, já que “em muitos países, as empresas estatais comerciais continuam parcialmente isoladas da disciplina do mercado e, muitas vezes, não são efetivamente protegidas de interferências políticas”.

Entre os principais desafios, a OCDE destaca três grandes áreas em que Portugal deveria apostar:

  • Barreiras administrativas: Os técnicos da OCDE referem que Portugal poderia beneficiar de uma simplificação dos requisitos administrativos para a criação de novas empresas. “A redução da burocracia e a adoção de ferramentas digitais são essenciais para incentivar a entrada de empresas inovadoras e fomentar a criação de empregos.”
  • Transparência no lobbying: A OCDE considera que a regulação das atividades de lobbying em Portugal é insuficiente, apresentando poucas exigências de divulgação das interações entre funcionários públicos e lobistas. Esta falta de transparência pode favorecer as grandes empresas estabelecidas em detrimento das mais jovens e inovadoras, ressalvam os técnicos, alerta o relatório.
  • Gestão das empresas estatais: A governação das empresas estatais em Portugal é também apontada pelo relatório como uma área em que poderia estar mais alinhada com as melhores práticas da OCDE para garantir um campo de jogo nivelado com as empresas privadas. A interferência política e a falta de disciplina de mercado são preocupações que precisam ser abordadas.

O relatório da OCDE refere que Portugal tem demonstrado um compromisso positivo ao nível do seu ambiente regulatório, que é refletido nos progressos dos indicadores PMR identificados pela OCDE.

As reformas implementadas para reduzir a burocracia, simplificar procedimentos e aumentar a transparência na gestão das empresas estatais são passos relevantes na direção certa da competitividade da economia nacional.

No entanto, persistem desafios que necessitam de atenção contínua, como a complexidade do sistema regulatório, especialmente para as PME, e a regulação restritiva em alguns serviços profissionais.

Para alcançar uma economia mais dinâmica e competitiva, a OCDE salienta a necessidade de Portugal continuar a simplificar os requisitos administrativos, seja capaz de adotar ferramentas digitais e melhorar a transparência nas atividades de lobbying.

Além disso, salienta que a gestão das empresas estatais deve ser alinhada com as melhores práticas internacionais para garantir um nível equiparado com o que é praticado nas empresas privadas.

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Ordem dos Advogados apresenta queixa à provedora da Justiça sobre inconstitucionalidade de normas na CPAS

A Ordem dos Advogados apresentou uma queixa à provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, a pedir a verificação da inconstitucionalidade de algumas normas do regulamento da CPAS, como da parentalidade.

A Ordem dos Advogados (OA) apresentou uma queixa à provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral. Em causa está um pedido de verificação da inconstitucionalidade de algumas normas do regulamento da Caixa de Previdência de Advogados e Solicitadores (CPAS). A OA pretende que a provedora utilize os seus poderes e fiscalize as normas em causa, como as relativas aos apoios à parentalidade e doença.

Em comunicado, a OA explica que o pedido de fiscalização abstrata sucessiva pedido visa normas que “impedem a advocacia de aceder aos apoios na parentalidade, doença e quebra de rendimentos e ainda aquelas que obrigam a classe a efetuar pagamentos de contribuições de acordo com rendimentos presumidos e não reais”. “Normas essas que na nossa opinião violam de forma grosseira os princípios da universalidade, da igualdade, da capacidade contributiva, do livre acesso à profissão previstos na Constituição da República Portuguesa, enquanto baluartes em que se sustenta o regime dos direitos fundamentais”, lê-se no comunicado.

A queixa foi entregue na passada segunda-feira, dia 8 de julho, pela bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, e pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados.

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Ministro admite que descer IVA da construção de casas para 6% “é uma medida difícil” de aplicar

No pacote Construir Portugal, o Governo prevê reduzir o imposto para a taxa mínima. Contudo, Joaquim Miranda Sarmento não se compromete com prazos e duvida da sua eficácia sobre os preços dos imóveis.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, reconheceu esta quarta-feira que a redução do IVA da construção de casas para a taxa mínima, de 6%, “é uma medida difícil de modelar”, e duvida da sua eficácia.

O pacote Construir Portugal que o Governo aprovou, em maio, prevê a redução de IVA para a taxa mínima de 6% para as obras de reabilitação e construção de habitação, com limites em função dos preços até ao fim da legislatura. No entanto, Joaquim Miranda Sarmento não se compromete com prazos.

“A descida do IVA na habitação é um objetivo do Governo, mas é uma medida difícil de modelar porque tem de ter uma efetiva repercussão nos preços da habitação”, afirmou durante a audição regimental que decorreu esta quarta-feira na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

O governante explicou que “a teoria económica diz que depende da elasticidade do mercado e nem sempre as descidas do imposto são repercutidas nos preços sobre os consumidores”.

“É uma medida que gostaríamos de implementar o mais rapidamente possível, mas temos de avaliar quando será possível nos quatro anos da legislatura para ser o mais eficiente possível”, sublinhou.

No final de maio, a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa, admitiu alargar a taxa reduzida do IVA a projetos de construção. “Tivemos uma conversa com os vários partidos, e estamos neste momento a estudar o alargamento do IVA a 6% também para os projetos que são 23%”, afirmou a governante, na Advocatus Summit, uma iniciativa do ECO.

Mas agora o ministro das Finanças considera que é uma medida de difícil aplicação, uma vez que é preciso garantir que a redução do imposto se reflita na descida dos preços das casas.

(Notícia atualizada às 13h01)

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Bruxelas aprova ajudas estatais à Air France-KLM após tribunal as anular

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

Tribunal Geral da União Europeia tinha anulado os auxílios de Estado de 10,4 mil milhões à companhia aérea. Comissão Europeia voltou a aprová-los, após reavaliação.

A Comissão Europeia aprovou hoje as ajudas estatais de 10,4 mil milhões de euros à Air France-KLM, que haviam sido concedidas devido ao impacto da covid-19 e foram anuladas pelo Tribunal Geral da União Europeia (UE).

A Comissão Europeia aprovou, ao abrigo das regras da UE em matéria de auxílios estatais, medidas de apoio neerlandesas e francesas no valor de 10,4 mil milhões de euros a favor do Grupo Air France-KLM. As duas medidas foram inicialmente aprovadas a 04 de maio de 2020 e a 13 de julho de 2020 pela Comissão ao abrigo do Quadro Temporário relativo aos auxílios estatais à covid-19, mas estas decisões foram posteriormente anuladas pelo Tribunal Geral em 20 de dezembro de 2023 e 07 de fevereiro de 2024″, indica a instituição em comunicado de imprensa.

Em causa estão ajudas públicas referentes a uma garantia sobre empréstimos bancários de quatro mil milhões de euros e a um empréstimo de três mil milhões de euros por parte de França e a uma garantia sobre empréstimos bancários de 2,4 mil milhões de euros e a um empréstimo de mil milhões de euros por parte da Holanda.

As medidas foram, porém, recentemente anuladas pelo Tribunal Geral da UE (primeira instância), que argumentou que o executivo comunitário cometeu um erro ao considerar a Air France e a KLM como os únicos beneficiários das medidas de auxílio estatal francesas e neerlandesas, respetivamente, dadas as filiais das transportadoras aéreas.

A instituição recorreu de ambos os acórdãos do Tribunal Geral e voltou a avaliar as ajudas públicas, chegando à conclusão de que, como hoje divulgado, “estas continuam igualmente compatíveis” com o Quadro Temporário relativo aos auxílios estatais à covid-19 e com os tratados da UE e que “contribuíram para gerir o impacto económico do coronavírus em França e nos Países Baixos”.

Vincando que os apoios foram por isso “necessários, adequados e proporcionais para sanar uma perturbação”, a Comissão Europeia adianta à imprensa ter-se certificado que “a combinação de todas as medidas holandesas e francesas não conduziu a uma cumulação incompatível de auxílios, uma vez que os montantes combinados permanecem abaixo dos limites máximos relevantes estabelecidos no Quadro Temporário”.

Por norma, este tipo de apoios públicos são vedados pelas regras europeias para concorrência equitativa, mas tais normas foram aliviadas durante a pandemia para facilitar a recuperação de importantes empresas da UE, como as companhias aéreas comunitárias, que ficaram paradas durante algum tempo.

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Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos divergentes. A Euribor desceu a três meses, mas subiu nos prazos a seis e a 12 meses.

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos divergentes esta quarta-feira. A Euribor desceu a três meses, mas subiu nos prazos a seis e a 12 meses.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 3,683%, mais 0,015 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou para 3,602%, mais 0,009 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou para 3,704%, menos 0,004 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Mais otimista, Governo prevê crescimento da economia acima de 2% este ano

Ministro das Finanças está mais otimista sobre o desempenho da economia, apontando para um crescimento acima de 2% este ano e no próximo. Cenário macro do OE está a ser desenhado.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, está mais otimista sobre o crescimento da economia portuguesa e estima agora uma taxa acima de 2% este ano e o próximo.

Os números que temos indicam que, quer em 2024, quer em 2025, teremos um crescimento superior a 2% em termos reais”, disse esta quarta-feira na audição regimental na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), acrescentando, contudo, que ainda existe “muita informação até outubro para incorporar no modelo” de previsão.

Miranda Sarmento respondia ao líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, indicando que o cenário macroeconómico e orçamental do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) está a ser desenhado.

A previsão do Executivo foi, assim, revista em alta face às previsões iniciais de 1,5% para este ano e 1,9% para 2025, inscritas pelo Governo no Programa de Estabilidade (num cenário de políticas invariantes). A previsão para este ano alinha com a do Banco de Portugal (BdP) e com a do Fundo Monetário Internacional (FMI), também de 2%.

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) aponta para uma taxa de 1,6%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 1,6% e a Comissão Europeia de 1,7%.

O ministro das Finanças indicou esta quarta-feira também que a previsão de excedente orçamental de 0,2% ou 0,3% do PIB.

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Exportações e importações diminuem 1,5% e 3,4% em maio

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

As exportações e importações de bens diminuíram 1,5% e 3,4%, em maio, em termos nominais e homólogos, com destaque para a queda de 10% nas exportações de material de transporte, segundo dados do INE.

As exportações e importações de bens diminuíram 1,5% e 3,4%, em maio, em termos nominais e homólogos, com destaque para a queda de 10% nas exportações de material de transporte, segundo dados do INE divulgados esta quarta-feira.

De acordo com as estatísticas do comércio internacional, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em maio, excluindo combustíveis e lubrificantes, registaram-se decréscimos de 2,4% nas exportações e de 4,2% nas importações (+12,2% e +12,4%, respetivamente, em abril de 2024).

No mês em análise, os preços mantiveram-se inalterados nas exportações e desceram 2% nas importações (-1,8% e -3,8%, respetivamente, em abril de 2024; -2,8% e -6,9% em maio de 2023).

Já excluindo os produtos petrolíferos, registaram-se descidas de 0,8% nas exportações e de 3,2% nas importações (-2,4% e -4,5%, respetivamente, em abril de 2024; +2,1% e -3,1% em maio de 2023).

O défice da balança comercial atingiu 2.234 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 216 milhões de euros, em termos homólogos, mas excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou 1.695 milhões de euros, refletindo um decréscimo de 194 milhões de euros.

No trimestre terminado em maio de 2024, as exportações e as importações diminuíram 1,2% e 2,6%, respetivamente, em termos homólogos (0,0% e -0,8%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em abril de 2024).

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Ministro das Finanças afasta novas privatizações além da TAP

"Com exceção da TAP, que o Governo tem intenção de privatizar, não temos sinalizado mais nenhum processo dessa natureza", afirmou Joaquim Miranda Sarmento.

O Governo afasta novas privatizações além da TAP, revelou esta quarta-feira o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, durante a audição regimental na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), no Parlamento.

O governante indicou que o Executivo vai “melhorar a gestão das empresas públicas”. “Mas não temos nenhuma intenção de revisitar as participações sociais, com exceção da TAP, que o Governo tem intenção de privatizar, não temos sinalizado mais nenhum processo dessa natureza”, afirmou em resposta às perguntas do deputado da IL, Bernardo Blanco.

“A seu tempo, o Governo dirá o timming e as condições da privatização da TAP”

Quanto ao processo de venda da companhia aérea, Miranda Sarmento não se quis “comprometer com prazos e condições”. “A seu tempo, o Governo dirá o timming e as condições da privatização da TAP”, afirmou.

Sobre o encaixe financeira que o Estado terá com essa operação, o ministro das Finanças explicou que “as receitas da privatização de qualquer empresa pública não são receitas públicas em contas nacionais”, que são as que importam para Bruxelas no âmbito do procedimento por défices excessivos. Porém, indicou, a alienação da TAP “melhora a posição da dívida pública”.

O anterior Governo de António Costa já tinha posto em marcha a venda de até 100% do capital da companhia aérea. O decreto-lei foi, no entanto, vetado pelo Presidente da República, que quis mais garantias sobre a influência futura do Estado nos destinos da companhia. O Governo apresentou entretanto a demissão e o processo parou.

A Aliança Democrática (AD) pretende retomar o processo. O programa eleitoral prevê a privatização e Luís Montenegro defende a venda da totalidade do capital, mesmo que de forma faseada.

A intenção pode, no entanto, vir a ser travada no Parlamento. Esta possibilidade foi deixada no ar pelo secretário-geral do PS, quando numa entrevista de segunda-feira à CNN Portugal levantou dúvidas sobre a venda da companhia aérea. “Não sei se vai avançar ou não. Têm de ter uma maioria para a aprovar”, afirmou Pedro Nuno Santos, acrescentando que a AD “não” pode contar com o PS.

(Notícia atualizada às 12h29)

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LG Portugal procura talentos musicais emergentes com o “Life’s Good Music Contest”

  • + M
  • 10 Julho 2024

O concurso procura dar palco e oportunidade a novos talentos e artistas nacionais, explica o marketing director da LG Portugal.

A LG Portugal e a Big Appetite 4 Music voltam a promover a inicaitiva #OneStep4MusicFest, com o Life’s Good Music Contest, onde procuram descobrir artistas musicais emergentes. As inscrições estão abertas até ao dia 31 de julho.

Tendo como mote “inspirar as pessoas a enfrentar os desafios do presente com uma atitude positiva, confiança e apoio mútuo“, a edição deste ano desafia “os jovens talentos escondidos a criar uma música cuja letra inspire os ouvintes a abraçar o dia-a-dia com otimismo, encarar a beleza da vida e atingir todos os objetivos, mesmo que pareçam impossíveis”.

“Atualmente, a LG está a promover o otimismo e a coragem a nível global, duas atitudes extremamente positivas e necessárias para encarar tempos de alguma incerteza. Por essa razão, quisemos trazer estes valores e esta forma de estar para este concurso que, há mais de cinco anos, tem vindo a dar palco e oportunidade a novos talentos e artistas nacionais que assim conseguem deixar a sua marca no panorama musical do país”, diz Hugo Jorge, marketing director da LG Portugal, citado em comunicado.

O concurso é aberto a bandas e cantores a solo, sendo que a Big Appetite 4 Music apela à participação no Life’s Good Music Contest de “todos aqueles que acreditam no poder da música para transformar o mundo num local maravilhoso”, lê-se em nota de imprensa.

Também neste âmbito, a banda RichFellaz (vencedora de uma das edições anteriores do #OneStep4MusicFest) associou-se ao Life’s Good Music Contest com uma nova versão e letra exclusivas de um tema da sua autoria: Feel So Good (Life’s Good). Recorde-se que “Life’s Good” é o slogan da marca LG.

As candidaturas e o regulamento à participação estão disponíveis aqui. Ao vencedor da iniciativa é concedida a produção, gravação, mistura e masterização do tema nos Estúdios da Blim Records e a sua edição e distribuição digital através da Big Appetite 4 Music, bem como a produção de um videoclip e uma sessão fotográfica profissional.

Além disso, o vencedor pode contar com a integração no coletivo de artistas Sounds of All Colors e com um produto da LG no valor de dois mil euros. No final, vai também atuar, em nome próprio, no “ODE For A State of Good”, um evento que a LG está a criar e que deve decorrer no concelho de Oeiras em setembro.

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Descida de IRS do PS “viola a lei travão”, diz Miranda Sarmento

Governo aguarda pela promulgação ou pedido de fiscalização preventiva do diploma pelo Presidente da República antes de decidir se avança este ano com a redução das tabelas de retenção.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, insiste que a decida do IRS aprovada pelo Parlamento “viola a lei travão”, mas ressalvou: “É a minha opinião.” Por isso, o Governo aguarda pela promulgação ou pedido de fiscalização preventiva do diploma pelo Presidente da República antes de decidir se avança este ano com a redução das taxas de retenção na fonte, afirmou esta quarta-feira, durante uma audição regimental na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), no Parlamento.

“Na minha opinião, a proposta que o Parlamento aprovou viola a lei travão. E nós esperaremos pela decisão do Presidente da República, se promulga ou se pede a fiscalização preventiva da constitucionalidade do diploma“, indicou.

Assim, só depois da decisão de Marcelo Rebelo de Sousa o Executivo avaliará se reduz, já este ano, os descontos para o IRS sobre os rendimentos de trabalho e pensões.

De recordar que PS, BE, PCP e Livre rejeitaram a proposta de PSD e CDS, partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática, com a abstenção do Chega. Esse projeto previa um alívio fiscal até ao 8.º escalão de rendimentos, que abrange salários brutos até cerca de 6.500 euros. Em contrapartida, a esquerda e a IL aprovou, com abstenção do Chega, o projeto dos socialistas, em votação final global a 12 de junho, que dita uma redução das taxas do imposto até ao 6.º escalão, que corresponde a ordenados brutos até cerca de 3.200 euros.

A proposta do PS prevê uma redução das taxas entre 0,25 pontos percentuais (p.p.) e 1,5 p.p. até ao 6.º escalão face à tabela em vigor, não pressupõe uma diminuição da receita no corrente ano relativamente ao que estava orçamentado, uma vez que o impacto da medida só se irá sentir em 2025, aquando da liquidação do imposto. Esta tabela vai aplicar-se a todo o ano de 2024, assim que entrar em vigor.

Porém, cabe ao Governo decidir se reduz, já este ano, as tabelas de retenção na fonte. Caso a proposta do Governo fosse aprovada, a medida teria um custo 348 milhões de euros. A bancada do PS garante que o diploma aprovada pela Assembleia da República está dentro da margem apresentada pelo Executivo.

Contudo, Miranda Sarmento considera que o projeto viola a norma travão que impede que o Parlamento aprove despesa acima da que estava orçamentada para o corrente ano.

O diploma seguiu para Belém no dia 3 de julho. Marcelo Rebelo de Sousa tem, desde essa data, oito dias para solicitar a fiscalização preventiva da constitucionalidade da descida do IRS. Ou seja, até esta quinta-feira, 11 de julho, o Chefe do Estado pode enviar a lei da Assembleia da República para o Palácio de Ratton.

Questionado ainda pelo deputado da IL, Bernardo Blanco, sobre uma possível descida das taxas de retenção na fonte sobre os rendimentos dos trabalhadores independentes, vulgo recibos verdes, Joaquim Miranda Sarmento começou por explica que “as taxas de retenção e os pagamentos por conta da categoria B têm uma lógica subjacente ao funcionamento do imposto”. Mas admite revisitar o mecanismo: “Não excluo a revisitação, podemos analisar em sede de Orçamento do Estado para 2025 ou num próximo Orçamento até 2028”.

(Notícia atualizada às 12h17)

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Embarcação do Técnico movida a energia solar conquista segundo lugar no Mónaco

O Técnico Solar Boat conquistou o segundo lugar na classe solar entre 48 participantes a concurso no Monaco Energy Boat Challenge.

O Projeto Universitário Técnico Solar Boat, liderado por uma equipa do Instituto Superior Técnico (Lisboa), conquistou o segundo lugar entre um total de 48 participantes no Monaco Energy Boat Challenge, uma competição destinada a embarcações elétricas movidas a energias renováveis e organizada pelo Yacht Club do Mónaco.

É com imenso orgulho que temos a oportunidade de representar Portugal e o Instituto Superior Técnico mais uma vez nesta competição de grande relevância para a promoção da mobilidade elétrica e das energias renováveis“, refere Miguel Gil, team leader do Técnico Solar Boat, citado num comunicado.

“Continuamos empenhados em demonstrar a excelência e a inovação que caracteriza a nossa equipa, sendo que este é apenas mais um passo naquele que é um caminho emocionante para o Técnico Solar Boat, à medida que estabelecemos objetivos cada vez mais ambiciosos para um futuro sustentável”, completa Miguel Gil.

O Técnico Solar Boat obteve o segundo lugar na classe solar, igualando assim o resultado conquistado em 2019 com o antecessor do São Rafael 03. Adicionalmente, a equipa ganhou o prémio de Eco-Conception Prize pelo design do São Miguel 02, um protótipo de embarcação movido a hidrogénio.

Esta é a oitava participação da equipa do Técnico Solar Boat no evento, tendo já alcançado anteriormente o segundo lugar a nível mundial em 2019, com o São Rafael 02, e um terceiro lugar também com o São Rafael 03 em 2022 de protótipos de embarcações movidos a energia solar.

Fundado em 2015, o Técnico Solar Boat é um projeto uuniversitário constituído por alunos de diversos cursos de Engenharia do Instituto Superior Técnico, especializado na construção de embarcações de competição movidas a energias renováveis.

O Monaco Energy Boat Challenge é uma competição de embarcações elétricas movidas a energias renováveis que decorre no Mónaco e que reuniu um total de 48 equipas de 25 países.

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Suplemento remuneratório dos médicos para assegurar urgências vai vigorar “até ao final do ano” 

Ana Paula Martins, ministra da Saúde, indicou que esta medida só estará em vigor até dezembro e que será dirigida a "todos os médicos que fazem urgência".

A ministra da Saúde adiantou esta quarta-feira no Parlamento que o suplemento remuneratório para as horas extraordinárias dos médicos aprovado na semana passada está nas mãos do Presidente da República para ser promulgado e que só vai vigorar “até ao final do ano”.

Na semana passada, o Governo aprovou um suplemento remuneratório para as horas extraordinárias dos médicos de caráter temporário e excecional. “O montante do suplemento vai aumentando progressivamente, com incentivos de mais 40% a 70% da remuneração base de cada médico, por cada bloco de 40 horas de trabalho realizado, a acrescer ao pagamento das horas de trabalho efetivamente prestadas”, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.

Ana Paula Martins, que esta quarta-feira está a ser ouvida no Parlamento no âmbito de uma audição regimental, indicou que esta medida “replicou, no fundo”, outras medidas “já existentes no passado” e que o Decreto-Lei “está para promulgação do Presidente da República”.

Segundo a governante, este incentivo estará em vigor “até ao final do ano”, é “voluntário” e dirigido a “todos os médicos que fazem urgência”, não apenas os de urgência externa. É uma forma de recompensar estes profissionais pelo “esforço adicional” para assegurarem as urgências para lá das 150 e 250 horas obrigatórias anuais.

A ministra da Saúde referiu ainda que “é prioritário” para o Governo que se iniciem negociações tendo em vista a valorização das carreiras especiais do setor da saúde, pelo que indica que “o tema das tabelas salariais” destas carreiras está incluído nos protocolos negociais assinados com o sindicatos dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos para poder haver “uma conversa aprofundada”. “É inequívoco que queremos valorizar os profissionais”, garantiu.

Quanto ao registo eletrónico de saúde (RES) Portugal estará em condições de o disponibilizar no SNS “até agosto do próximo ano”. A ministra recorda ainda que serão asseguradas todas as “cautelas” e que serão seguidas “regras” para alargar esta possibilidades também ao setor social e privado, como previsto pela diretiva europeia que força os Estados-membros a aplicarem esta medida até 2028.

Neste momento, em relação ao que são camas de cuidados continuados e cuidados paliativos, no total, estamos abaixo da meta do PRR em 2.400 camas.

Cristina Vaz Tomé

Secretária de Estado da Gestão da Saúde

Já sobre as metas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no agregado de camas de cuidados continuados e de cuidados paliativos, a secretária de Estado da Gestão da Saúde que tem esse pelouro, adiantou que o Governo está “a acelerar o processo de adjudicação”.

“Neste momento, em relação ao que são camas de cuidados continuados e cuidados paliativos, no total, estamos abaixo da meta do PRR em 2.400 camas”, revelou Cristina Vaz Tomé.

Perante este atraso, o Ministério da Saúde garante que vai “relançar novos avisos” e “tornar a abrangência dos cuidados continuados e cuidados paliativos maior e mais direciono para determinadas zonas do país que ficaram sem resposta, de acordo com a metas que estavam previstas”, detalha a secretária de Estado da Gestão da Saúde aos deputados.

(Notícia atualizada com mais informação às 11h48)

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