Governo relança venda do banco da Caixa no Brasil

Paulo Macedo, CEO do banco público, já havia revelado que a Caixa Brasil tinha atraído interessados depois de falhadas as últimas duas tentativas de venda.

O Governo relançou a venda do banco da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Brasil, isto depois de o presidente do banco público, Paulo Macedo, ter revelado recentemente que havia interessados. É a terceira tentativa desde 2017.

O relançamento do processo foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, cuja resolução especifica que serão alienadas “as ações detidas pela Caixa, representativas de 100% do capital social do Banco Caixa Geral – Brasil, bem como da totalidade ou parte do capital social das sociedades por este e dos respetivos ativos”

Há dois meses, na apresentação dos resultados do semestre, Paulo Macedo adiantou que queria retomar este dossiê. “Voltamos a ter entidades interessadas, pelo que gostaríamos de retomar o processo. Mas há questões processuais antes de chegar à fala com eventuais interessados”, explicou no final de julho aos jornalistas.

Desde 2017 que a Caixa tenta vender a sua unidade brasileira, que era uma das exigências do programa de reestruturação que o banco público já concluiu, entretanto.

Esta será a terceira tentativa de venda, depois dos processos que caíram em 2020 e 2023.

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Swiss Re nomeia nova liderança com impacto em Portugal

A resseguradora suíça nomeou como diretor de Resseguros P&C para o sul da Europa executivo com mais de 30 anos de experiência na Swiss Re. O novo cargo será assumido a 1 de outubro.

A Swiss Re anunciou esta sexta-feira a nomeação de Hernan Fatone como diretor de Resseguros P&C para o sul da Europa – função na qual ficará responsável também pelo mercado português – em substituição de Santiago Arechaga, que foi promovido a presidente de Resseguros para a América Latina e Caraíbas.

Hernan Fatone será o novo diretor de Resseguros P&C para o sul da Europa, ocupando o cargo deixado por Santiago Arechaga, que será presidente de Resseguros para a América Latina e Caraíbas.

Ambos os executivos assumirão os novos cargos a 1 de outubro deste ano. Hernan Fatone assumirá ainda a função de presidente nacional e gestor da filial da Swiss Re Europe S.A. em Espanha, sujeita a aprovações corporativas e regulamentares.

Com mais de 30 anos de carreira na Swiss Re, Hernan Fatone continuará a reportar a Nikhil da Victoria Lobo, diretor de Resseguros P&C para a Europa Ocidental e Meridional, Médio Oriente e África.

Licenciado em Técnica e Organização de Seguros pela UADE, Fatone iniciou a sua carreira na companhia como consultor sénior de subscrição e, um ano depois, foi promovido a diretor de Subscrição de Vida e Saúde. Ocupou ainda cargos como diretor e gestor de contas principais na unidade Global da Swiss Re.

Já Santiago Arechaga, licenciado em Ciências Financeiras e Atuariais pela Universidad Pontificia Comillas ICAI-ICADE, bem como em Economia e Administração de Empresas, iniciou a sua carreira na Swiss Re em 2018, como CEO para a Ibéria, e desde 2023 liderava os negócios de P&C da Swiss Re no Sul da Europa.

Com mais de 25 anos de experiência no setor segurador, antes de integrar a resseguradora, desempenhou funções de direção na Aegon Seguros Espanha, enquanto diretor técnico e de riscos, foi ainda consultor na Tillinghast – Towers Perrin, nas áreas de assessoria financeira, gestão de risco, fusões e aquisições e Solvência II.

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Philomène da Costa Dias integra administração da Aicep

A nova vogal executiva do conselho de administração da Aicep já pertencia à agência. Vai ficar responsável pela angariação de investimento, apurou o ECO.

Philomène da Costa Dias é a nova vogal executiva do conselho de administração da Aicep, revela o comunicado do Conselho de Ministros divulgado esta sexta-feira. O anúncio é feito depois de a responsável ter recebido luz verde da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap). Vai ficar responsável pela angariação de investimento, apurou o ECO.

O novo elemento da equipa executiva já pertencia à agência, desempenhava o cargo de diretora do investimento, desde novembro de 2019, mas entrou em 2007 como key account manager. A sua carreira começou como project manager na Agência de Inovação, a antecessora da Agência Nacional de Inovação.

A equipa executiva da Aicep estava incompleta, tendo em conta que Madalena Oliveira e Silva, agora presidente da agência, fazia parte da direção de Ricardo Arroja, que foi afastado pelo novo ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, apesar de ter sido nomeado por Pedro Reis, que por sua vez afastou Filipe Santos Costa, numa decisão que o próprio classificou como “politização da Aicep”.

A equipa que já vem desde Ricardo Arroja é ainda composta por Joana Gaspar, diplomata e ex-embaixadora, era coordenadora do Centro de Estudos e Análise Estratégica do Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros e que tem a ser cargo a rede externa e ficou com a pasta da Expo em Osaka, no Japão. Já Francisco Catalão, tem o pelouro financeiro e da direção de informação. E Paulo Rios de Oliveira, advogado e consultor de empresas nas áreas de gestão e comunicação, e ex-deputado à Assembleia da República, tem a direção comercial e a Academia cuja iniciativa mais conhecida é o programa Inov Contact.

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Startup de Coimbra Ethiack vence Tech Innovator In Portugal

A startup de 'hacking ético' vai representar Portugal na final internacional do Tech Innovator da KPMG, a decorrer em novembro, na Web Summit Lisboa.

A startup de Coimbra Ethiack é a vencedora da quinta edição do Tech Innovator In Portugal da KPMG. A startup de ‘hacking ético’ vai representar Portugal na final internacional, a decorrer em novembro, na Web Summit Lisboa.

“Somos hackers éticos e ‘atacamos’ empresas de forma a descobrir as suas vulnerabilidades, os seus riscos. A nossa distinção no mercado tem sido principalmente tecnológica, sendo que estamos a recorrer continuamente a Inteligência Artificial para fazer aquilo que um humano faria na posição do atacante. Esta distinção significa que estamos a ir pelo caminho certo, que o trabalho que temos feito nos últimos anos tem sido admirado, e que é importante para o mundo termos este tipo de soluções”, diz Jorge Monteiro, cofundador e CEO da Ethiack, citado em comunicado.

A startup venceu a quinta edição da competição, competindo com as finalistas BloodFlow, Cleocare, Eliot, Enline, HyCarb, Manie e Sunshine+Kittens, e sucede à Bhout a vencedora da anterior edição. Rauva (2023), Musiversal (2022) e Defined.AI (2021) venceram as edições anteriores.

“O Tech Innovator in Portugal tem vindo a crescer de forma consistente desde a sua primeira edição, refletindo a maior maturidade do ecossistema empreendedor em Portugal. Este ano recebemos candidaturas de enorme qualidade, com ideias disruptivas em áreas que são determinantes para o futuro da sociedade”, diz João Sousa Leal.

“Na KPMG, acreditamos no potencial transformador do ecossistema das startups no nosso país e na sua importância na criação de soluções que possam responder aos desafios dos nossos tempos, pelo que continuaremos a apoiar ativamente o seu desenvolvimento, ajudando-as a ganhar escala e visibilidade a nível nacional e internacional, através desta e de outras iniciativas”, diz o head of advisory da KPMG Portugal, citado em comunicado.

Além da participação na final global, onde irá competir com os vencedores nacionais de 22 geografias, a startup portuguesa terá apoio da KPMG Portugal, durante 12 meses, na área de Advisory, e de consultoria fiscal e contabilística.

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Tesouro anuncia leilões de dívida a dez e 17 anos para se financiar até 1.250 milhões de euros

  • ECO
  • 13:29

O Estado pretende obter até 1.250 milhões de euros através de duas emissões obrigacionistas a 10 e 17 anos na próxima quarta-feira, pelas quais deverá pagar cerca de 3,1% e 3,7%, respetivamente.

Portugal volta ao mercado de dívida soberana na próxima quarta-feira com um apetite renovado dos investidores. O Instituto de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou esta sexta-feira que irá realizar dois leilões de Obrigações do Tesouro a dez e 17 anos, visando captar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.

A linha de obrigações com vencimento a 15 de junho de 2035 (leilão a 10 anos) está atualmente a negociar com uma yield de 3,12%, já a linha com maturidade mais alargada, vencendo a 11 de abril de 2042 (17 anos), negocia com uma taxa média de 3,7%.

Comparativamente às últimas operações com características semelhantes — realizadas ainda este ano –, Portugal deverá ver um incremento no custo do financiamento da dívida.

No último leilão comparável de dívida a dez anos, realizado a 11 de junho, o IGCP conseguiu colocar 677 milhões de euros com uma yield de 3%, beneficiando de uma procura que superou em 1,79 vezes a oferta. A diferença de 12 pontos base entre as condições atuais de mercado e aquele leilão evidencia o endurecimento das condições de financiamento que Portugal enfrenta.

Para a linha a 17 anos, o último leilão comparável remonta a 12 de fevereiro, quando o IGCP colocou no mercado 489 milhões de euros a uma taxa de 3,24%. Nessa operação, a procura superou a oferta em 1,9 vezes. Com a atual yield a 3,7%, a diferença de 46 pontos base poderá influenciar significativamente a dinâmica do leilão de quarta-feira.

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Governo aprova caderno de encargos para privatização de 49,9% da TAP

Conselho de Ministros deu 'ok' ao caderno de encargos necessário para avançar no processo de reprivatização de 49,9% da companhia aérea.

O Governo aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos da privatização de 49,9% da TAP, que era a etapa seguinte neste processo e onde constam os detalhes e requisitos de participação dos interessados neste negócio.

O Conselho de Ministros “provou uma Resolução do Conselho de Ministros que define os termos e condições do processo de reprivatização do capital social da TAP — Transportes Aéreos Portugueses, S.A., através da aprovação do respetivo caderno de encargos”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros esta sexta-feira.

O decreto-lei, publicado em Diário da República, havia confirmado a reserva de uma parcela de 5% para os trabalhadores e esclarecia que, caso os colaboradores não quiserem a totalidade desta percentagem, o remanescente iria para o investidor de referência que comprar 44,9% da companhia aérea.

O calendário com o qual o Governo está a trabalhar aponta para que a venda de 49,9% da TAP esteja concluída até julho do próximo ano, que é o tempo previsto para terminar todas as etapas, nomeadamente a apreciação parlamentar, as diferentes datas para receber propostas não vinculativas e vinculativas e uma negociação final, como noticiou o ECO.

O Governo avançou a 10 de julho com o processo de privatização de até 49,9% do capital da TAP. A decisão “incorpora a abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,9% e 5% aos trabalhadores”, segundo o primeiro-ministro, que garantiu ainda que o processo salvaguarda o hub de Lisboa e que caso não sejam atingidos os objetivos do Governo, o processo pode ser suspenso sem qualquer indemnização.

Em meados de agosto, os três maiores grupos de aviação da Europa, a Lufthansa, a Air France-KLM e a IAG, confirmaram o interesse em adquirir uma participação na TAP, mas alertaram que ainda iriam analisar as condições.

No primeiro semestre deste ano, a TAP viu os prejuízos aumentarem de 24,8 milhões de euros, registados na primeira metade de 2024, para 70,7 milhões de euros. Já as receitas caíram 1% para 1.955 milhões de euros, apesar de ter transportado mais 2,2% de passageiros. Ainda que o resultado líquido semestral tenha sido negativo, entre os meses de abril e junho, a companhia aérea teve lucros de 37,5 milhões de euros.

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⛽ Combustíveis vão ficar mais caros. Gasóleo sobe dois cêntimos e gasolina 1,5 cêntimos

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,568 euros por litro de gasóleo simples e 1,713 euros por litro de gasolina simples 95.

Aproveite o fim de semana para abastecer a sua viatura porque, na próxima semana, os combustíveis vão ficar mais caros. O preço do gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deve subir dois cêntimos, a partir desta segunda-feira, e o da gasolina 1,5 cêntimos, avançou ao ECO fonte do mercado.

Será a terceira semana consecutiva de aumentos dos preços, num momento em que os preços da matéria-prima caminham para a primeira queda semanal em três semanas.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,568 euros por litro de gasóleo simples e 1,713 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Assim, desde o início do ano, os preços do diesel já desceram 6,5 cêntimos e os da gasolina 3,3 cêntimos, caso se confirmem estes valores.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo subiu 0,3 cêntimos e a gasolina 0,1 cêntimos. O mercado que apontava para uma subida mais expressiva do gasóleo (0,5 cêntimos) e uma descida dos preços da gasolina em 0,5 cêntimos.

Os contratos futuros do brent, que servem de referência para o mercado europeu, estão esta sexta-feira a cair 0,41%, para 66,71 dólares por barril, caminhando para uma perda semanal pela primeira vez em três semanas. O aumento das expectativas de oferta e o aumento surpreendente dos stocks de crude dos EUA alimentam as preocupações com a procura.

Crescem as expectativas do mercado de que a OPEP+ vai injetar mais barris no mercado para recuperar a quota de mercado perdida para os produtores de xisto dos EUA nos últimos anos, apontam os analistas citados pela Reuters.

A Reuters noticiou na quarta-feira que oito membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados como a Rússia – a OPEP+ – estão a considerar aumentar ainda mais a produção em outubro, uma decisão que será tomada na reunião de domingo.

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China impõe taxas antidumping na importação de carne de porco europeia

  • Lusa e ECO
  • 12:19

As taxas alfandegárias, que variam entre 15,6% e 62,4%, vão entrar em vigor a partir de 10 de setembro. Bruxelas promete adotar medidas para defender produtores e indústria das tarifas provisórias.

A China anunciou esta sexta-feira a imposição de taxas antidumping provisórias sobre as importações de carne de porco e subprodutos suínos provenientes da União Europeia (UE), após uma investigação preliminar.

Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio chinês, as taxas alfandegárias, que variam entre 15,6% e 62,4%, entrarão em vigor a partir de 10 de setembro e serão cobradas sob a forma de cauções junto das Alfândegas.

A investigação foi lançada em junho passado, pouco depois de Bruxelas anunciar a intenção de aplicar tarifas adicionais sobre veículos elétricos chineses, no contexto do agravamento das tensões comerciais entre a UE e o país asiático.

“O organismo responsável pela investigação determinou, de forma preliminar, que as importações de carne de porco e subprodutos suínos da UE são objeto de dumping“, que consiste na venda a preço inferior ao custo de produção, justificou o ministério.

As medidas são, por enquanto, provisórias, uma vez que a investigação deverá prolongar-se até dezembro, altura em que serão anunciadas as conclusões finais.

Entretanto, a Comissão Europeia já veio assegurar medidas para defender produtores e indústria das tarifas provisórias de até 62,4% sobre carne de porco e subderivados suínos que a China decidiu impor a partir de quarta-feira.

“Vamos analisar os detalhes, decidir sobre os próximos passos, mas posso garantir categoricamente que tomaremos todas as medidas necessárias para defender os nossos produtores e a nossa indústria”, referiu o porta-voz do executivo comunitário para o Comércio, Olof Gill, na habitual conferência de imprensa diária da instituição.

Gill destacou ainda que a Comissão Europeia acompanhou “integralmente e de perto todas as fases” da investigação antidumping que antecedeu a imposição das tarifas anunciada por Pequim, “em plena cooperação com os produtores exportadores da UE e as autoridades dos Estados-membros”.

“Segundo a nossa avaliação, essa investigação baseou-se em acusações duvidosas e provas insuficientes e, por conseguinte, não estava em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio”, referiu ainda o porta-voz.

As relações entre a China e a UE têm-se deteriorado nos últimos anos, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. Ainda esta semana, Pequim manifestou apoio ao Irão no conflito com a Europa por causa do programa nuclear de Teerão.

Apesar de se apresentar como parte neutra e potencial mediador no conflito, Pequim nunca condenou Moscovo publicamente, sendo acusada por várias capitais europeias de ajudar a Rússia a contornar sanções ocidentais, nomeadamente através do fornecimento de componentes tecnológicos utilizados na indústria militar.

(Notícia atualizada às 14h25 com reação da Comissão Europeia)

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Carris “intensificou” recurso a manutenções externas a partir de 2009 por “redução do pessoal”

Empresa que gere o Ascensor da Glória admitia em 2009 a "intensificação do recurso à externalização de atividades ligadas à manutenção e reparação" devido à "redução do pessoal".

Há 16 anos, em 2009, a Carris procedeu a “uma reparação geral” do Ascensor da Glória, tendo acelerado a externalização da manutenção de parte da sua frota: “Prosseguiu-se à intensificação do recurso à externalização de atividades ligadas à manutenção e reparação dos carros elétricos, em consequência da progressiva redução do pessoal oficinal que se tem verificado nos últimos anos”, admitia a empresa no relatório e contas desse ano, consultado pelo ECO.

A externalização da manutenção desta infraestrutura pela Carris ao longo da última década e meia tem sido um tema em foco, depois de, na quarta-feira à tarde, por volta das 18h do dia 3 de setembro de 2025, uma falha no sistema do ascensor ter causado a destruição de um dos dois veículos, bem como a morte de 16 pessoas, deixando ainda cinco em estado grave e dezenas de feridos. Entre as pessoas que morreram estão cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um americano e um francês.

Como noticia o Público esta sexta-feira, o ascensor tinha sido vistoriado durante 30 minutos na manhã do dia do acidente, não tendo sido identificada nenhuma anomalia por parte da empresa externa responsável, a Main (nome comercial), de acordo com o relatório técnico. Contudo, até 2007, a Carris tinha 24 técnicos responsáveis 24 horas por dia, com dois operários em turnos de oito horas em cada um dos ascensores.

O relatório anual de 2009 indica ainda quais os serviços externalizados nessa altura, que iam desde a reparação dos motores de tração à reparação das pinças de frenagem. Para efeitos de reporte, a Carris agrupava numa categoria os elétricos, ascensores e elevadores, separando-os dos autocarros.

Prosseguiu-se à intensificação do recurso à externalização de atividades ligadas à manutenção e reparação dos carros elétricos, em consequência da progressiva redução do pessoal oficinal que se tem verificado nos últimos anos.

Carris

Relatório e Contas de 2009

Ascensor reabriu ao sabor de pastéis de Belém

Em 2009, era também um período de crescimento para o Ascensor da Glória, depois de uma paralisação prolongada, entre 16 de abril de 2006 e 18 de setembro de 2007, devido a trabalhos de reabilitação no túnel do Rossio, que tinha encerrado em outubro de 2004 por ameaça de ruir a qualquer momento. Para esse dia de reabertura, contou o Diário de Notícias, esperava-se “uma manhã de festa, com personalidades públicas e a distribuição de quatro mil pastéis de Belém”.

Antes desse encerramento, os dois ascensores transportavam 1,2 milhões de pessoas por ano, uma média de 100 mil pessoas por mês, gerando receitas médias anuais de mais de 400 mil euros, avançou a empresa ao DN nessa altura. O relatório e contas de 2008 nota, aliás, que “a rede de ascensores apresenta um acréscimo significativo relativamente ao ano anterior, dado que o Ascensor da Glória apenas foi reativado em setembro de 2007, após paragem prolongada”.

O ECO tentou também consultar o Relatório e Contas de 2007, mas o documento não está disponível para consulta no site da empresa. Nesses anos, era presidente da Carris José Manuel Silva Rodrigues, pelo que terá sido a sua administração a decidir seguir a via da externalização.

Como era o Ascensor da Glória antes do acidenteWikimedia Commons

“Constatações iniciais” do acidente divulgadas esta sexta-feira

Regressando ao presente, em que a empresa vive um dos piores momentos da sua longa história, espera-se que o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) publique esta sexta-feira à tarde a prometida nota informativa com “constatações iniciais” sobre a tragédia desta semana, bem como a “orientação que a investigação irá prosseguir”.

Numa conferência de imprensa esta quinta-feira, o atual presidente, Pedro de Brito Bogas admitiu a externalização de serviços de manutenção por parte da Carris ao longo dos anos: “A manutenção está externalizada desde, pelo menos, 2007, segundo os dados que apurámos. Desde 2019 que é essa empresa que referiu [MNTC] que usa a denominação comercial Main, que está a assegurar a manutenção dos ascensores e do elevador. Foi um concurso público que ocorreu em 2019 e foi a proposta vencedora”, explicou, em resposta aos jornalistas.

“Em 2022 houve um novo concurso público e essa empresa voltou a apresentar a proposta vencedora. Já este ano, em 2025, lançámos um novo concurso em que atualizámos o preço-base. De acordo com as regras de atualização que temos, o preço base subiu de 995 mil euros para 1,2 milhões de euros. Mesmo assim, não foram apresentadas propostas abaixo do preço-base, portanto as propostas apresentadas foram excluídas”, continuou o gestor.

“O concurso ficou deserto”, continuou. “Precisamente porque não podíamos ficar sem manutenção dos ascensores e do elevador, de imediato, celebrámos um ajuste direto com a empresa que está a assegurar essa manutenção, pelo prazo de cinco meses, que é o tempo de que necessitamos para lançar um novo concurso público. Aliás, temos tudo preparado – e vamos – para o lançar no início deste mês”, avançou Pedro de Brito Bogas.

Na conferência de imprensa, o líder da Carris garantiu ainda que a empresa municipal irá investir num novo Ascensor da Glória em Lisboa, porque o funicular que descarrilou não é recuperável. “O veículo, como está, não é recuperado, mas vamos continuar a ter o Elevador da Glória na cidade de Lisboa. Vamos ter um novo elevador, com ainda maior segurança e atendendo a todos os aspetos que resultarem do inquérito. Vamos fazer um investimento para a cidade de Lisboa voltar a ter”, explicou Pedro de Brito Bogas.

Acidente no Elevador da Glória, em Lisboa - 04SET25
Um dos ascensores ficou completamente destruído na sequência do acidenteHugo Amaral/ECO

Manutenções custaram 3,5 milhões de euros em 2024

Pedro de Brito Bogas revelou ainda que os custos de manutenção mais do que duplicaram em dez anos, entre 2015 e 2025. Entre 2022 e este ano, subiram 25%. “Tem havido um aumento progressivo dos custos com a manutenção e haverá outra vez com o novo contrato”, disse.

No Relatório e Contas de 2024, a Carris assinala que continuou, ao longo do ano passado, o plano de reparações gerais dos carros elétricos (quatro foram remodelados) e de reparação intermédia do Ascensor da Glória.

No total, os custos totais de manutenção da frota dos elétricos, dos três ascensores e do Elevador de Santa Justa aumentaram 3,78% para 3,5 milhões de euros.

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Startup Portugal com nova liderança

Execução dos fundos PRR, o apoio à internacionalização e a captação de investimento para o setor de empreendedorismo estão entre as prioridades da nova direção.

Da esquerda para a direita: Alexandre Santos (presidente) e Miguel Aguiar (diretor executivo) da Startup Portugal.

A Startup Portugal acaba de nomear uma nova direção para a associação de utilidade pública para a promoção do empreendedorismo nacional. Alexandre Santos é o novo presidente, acompanhado por Filipe Alves e José Antão.

Miguel Aguiar, antigo adjunto do secretário de Estado da Economia, assume a direção executiva, até aqui sob a liderança de António Dias Martins. Execução dos fundos PRR, o apoio à internacionalização e a captação de investimento para o setor do empreendedorismo estão entre as prioridades.

“É com grande sentido de responsabilidade que assumimos a liderança da Startup Portugal. O nosso compromisso é dar continuidade ao excelente trabalho realizado, reforçando ainda mais a proximidade ao ecossistema e promovendo iniciativas que respondam de forma concreta às necessidades das startups e scaleups portuguesas. Em nome da Startup Portugal, agradecemos ao trabalho incansável do Miguel Carvalho e do António Dias Martins”, salienta Alexandre Santos, o novo presidente, citado em comunicado.

General partner na Chamaeleon, antigo responsável pela área de investimento da Bright Pixel e business angel, Alexandre Santos assume a presidência da Startup Portugal até aqui presidida por Miguel Carvalho.

Alexandre Santos é acompanhado na nova direção da Startup Portugal por Filipe Alves, head of equity no Banco Português de Fomento, com cerca de 20 anos de experiência em finanças e investimento, tendo passado pela PME Investimentos e BDO Portugal, e por José Antão, head of innovation policy na Agência Nacional de Inovação (ANI), especialista em políticas de inovação e colaboração internacional, e também coordenador-adjunto da Estratégia Nacional de Especialização Inteligente.

Foco na execução do PRR e internacionalização do setor

Miguel Aguiar, profissional com mais de duas décadas de experiência no setor privado em empresas como PwC, Portugal Telecom, Nos e Cuf, tendo sido nomeado em 2024 adjunto do secretário de Estado da Economia, assume a direção executiva da Startup Portugal. Substitui António Dias Martins, há cerca de quatro anos no cargo.

“Foi um enorme privilégio liderar a Startup Portugal desde 2021 e contribuir para o fortalecimento do ecossistema empreendedor português. Nos quatro anos conseguimos criar bases sólidas para que o País seja reconhecido internacionalmente, como a Lei das Startups e a SIM Conference, entre tantas outras iniciativas. A minha saída foi uma decisão pessoal — é a altura de passar o testemunho e estou certo de que a nova direção continuará este trabalho com dedicação e visão estratégica”, afirma António Dias Martins, citado em comunicado.

António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal, em entrevista ao ECO.Hugo Amaral/ECO

Execução dos fundos PRR para o setora Startup Portugal tem sob a sua alçada os 90 milhões de vouchers para startups e incubadoras, dos quais até maio 22,5 milhões tinham sido canalizados para o ecossistema —, o apoio à internacionalização — entre as várias iniciativas contam-se as business abroad, que apoiam a ida de startups nacionais a feiras ou cimeiras internacionais como a Web Summit Rio de Janeiro ou de Toronto —, “alinhando-se com as prioridades do setor e com a estratégia do Governo para consolidar Portugal como um dos principais hubs de inovação da Europa” estão entre as prioridades da nova direção nos “próximos meses”.

A nova direção pretende ainda “reforçar a captação de investimento, promover o talento e a inovação, e posicionar a entidade como um ponto de encontro entre empreendedores, investidores e parceiros estratégicos”.

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Taxas do crédito da casa descem em todos os prazos

  • Lusa
  • 11:26

Taxas Euribor, que servem da base para o cálculo da prestação mensal da casa, desceram a três, seis e 12 meses.

As taxas Euribor, que são usadas no cálculo da prestação mensal da casa, desceram nos prazos de três, seis e 12 meses face a quinta-feira.

  • A taxa a três meses baixou 0,025 pontos para 2,053%, o que compara com 2,078% na véspera.
  • A taxa Euribor a seis meses baixo para 2,100%, contra 2,103% na sessão anterior.
  • No caso da Euribor a 12 meses, por sua vez, recuou para 2,178%.

Em agosto, a Euribor a três meses atingiu uma média de 2,021%, a seis meses de 2,084% e a 12 meses 2,114%, contra, respetivamente, 1,986%, 2,055% e 2,079% em julho.

Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Já são conhecidas as nacionalidades das 16 vítimas mortais no acidente do Elevador da Glória

Entre as vítimas mortais estão cinco portugueses, dois sul coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um americano e um francês.

A Polícia Judiciária esclareceu esta sexta-feira que, no âmbito do trágico acidente no Elevador da Glória, estão confirmadas as nacionalidades das 16 vítimas mortais, depois de identificadas cientificamente, com a colaboração do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

As vítimas são cinco portugueses (o guarda-freios do elevador, André Marques, e quatro colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, entre os quais o ex-árbitro da Associação de Voleibol de Lisboa e dirigente da entidade, Pedro Trindade), dois sul coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um americano e um francês.

O cidadão alemão (pai da criança de três anos) dado, ontem, como sendo uma das vítimas mortais, veio a apurar-se, durante a noite, que se encontra internado no Hospital de São José. A criança alemã de três anos foi resgatada dos escombros do ascensor da Glória e está fora de perigo. A mãe do menino está internada no hospital de Santa Maria em Lisboa em estado grave, mas estável.

De acordo com a Proteção Civil, do acidente resultaram 23 feridos, sendo que dez estão em estado grave, incluindo a mãe do menino de três anos. Quatro foram para o hospital pelos seus próprios meios e 19 foram transportados de ambulância.

Na sequência do trágico acidente Elevador da Glória, os responsáveis políticos pedem uma investigação célere e já anunciaram a realização de duas auditorias, enquanto o presidente da Carris – empresa responsável pela gestão do ascensor – revelou que, após o concurso público para manutenção do equipamento ter ficado deserto, avançou com um ajuste direto de cinco meses à MNTC – Serviços técnicos de engenharia, conhecida sob o nome comercial de Main.

Fique a par de tudo o que já se sabe sobre o acidente que o primeiro-ministro definiu como “uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente”.

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