Estratégia “Água que une” em consulta pública até 25 de abril

  • Lusa
  • 25 Março 2025

Até às 14:30 desta terça, a “Água que une”, que é promovida pelos ministérios da Agricultura e do Ambiente, contava com 13 participações.

A estratégia “Água que une”, que contém perto de 300 medidas que visam a gestão eficiente dos recursos hídricos, está em consulta pública a partir desta terça-feira e até 25 de abril. Esta estratégia, que foi apresentada em 9 de março pelo Governo, em Coimbra, pode ser consultada no portal participa.pt.

Até às 14:30 desta terça, a “Água que une”, que é promovida pelos ministérios da Agricultura e do Ambiente, contava com 13 participações. A estratégia, que é assente nos eixos eficiência, resiliência e inteligência, tem um prazo de 15 anos e prevê acrescentar mais de 1.000 milhões de metros cúbicos (m3) de água para todos os usos no território nacional.

Segundo os dados avançados, à data, pelo Governo, Portugal tem disponíveis cerca de 51.000 milhões de m3 de água por ano, dos quais são captados, por ano, 4.324 milhões de m3. Até 2040, está prevista uma descida de 6% nas disponibilidades hídricas e um aumento de 26% nos consumos.

A estratégia “Água que une” contempla programas para a redução de perdas de água, para a reutilização de água tratada, para a inovação e digitalização do ciclo da água, para a reabilitação e restauro de rios e ribeiras, para o reforço do armazenamento, para a eficiência dos empreendimentos hidroagrícolas, para gerir o abastecimento ao polo industrial de Sines e para a resiliência hídrica do Alentejo.

Os investimentos regionais dividem-se em 479 milhões de euros para o Tejo e Oeste, 448 milhões de euros para o Norte, 267 milhões para Vouga, Mondego e Lis, 156 milhões de euros para o Alentejo e 126 milhões de euros no Algarve.

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Amoreiras Shopping lança campanha para mostrar que a “mudança está a acontecer”

  • + M
  • 25 Março 2025

A agência BBDO foi a responsável pela criatividade da campanha, que contou com a imagem da modelo Vitória Mota. É divulgada em telas exteriores, decoração de elevadores, rede mupis, rádio e digital.

No ano em que celebra o seu 40.º aniversário e em que dá continuidade ao seu processo de transformação com o arranque do projeto de renovação do seu pavimento, o Amoreiras Shopping Center lança uma nova campanha institucional. O objetivo é “reforçar a sua posição como símbolo de irreverência e sofisticação e referência na moda“.

Após o mote “Wow in Progress”, na campanha do ano passado, que procurou refletir a fase de preparação e planeamento das mudanças, o Amoreiras apresenta agora “Wow in Progress — Get Ready“, conceito que “simboliza um momento de concretização, transmitindo a mensagem clara de que a mudança está a acontecer“.

Produzida num “cenário inusitado” — a cave de uma grande oficina, que confere um ambiente industrial — a campanha conta com uma narrativa visual que mostra ferramentas, acessórios de construção e as próprias pedras escolhidas para o novo pavimento, refere-se em nota de imprensa.

Para além do registo fotográfico de Daryan Dornelles, a campanha inclui vídeos da autoria do videógrafo e músico JP Moreira, que é também responsável pela criação da banda sonora original da campanha.

A agência BBDO foi a responsável pela criatividade da campanha, que contou com a imagem da modelo Vitória Mota. A divulgação é feita em telas exteriores, decoração de elevadores, rede mupis, rádio e digital.

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Caso EDP. Defesa pede à Relação “coragem” para dizer que Manuel Pinho não foi corrupto

  • Lusa
  • 25 Março 2025

A defesa de Manuel Pinho apelou hoje ao Tribunal da Relação de Lisboa que tenha "a coragem de assumir" que o antigo ministro, condenado a 10 anos de prisão no caso EDP, "não foi uma pessoa corrupta".

A defesa de Manuel Pinho apelou hoje ao Tribunal da Relação de Lisboa que tenha “a coragem de assumir” que o antigo ministro, condenado a 10 anos de prisão no caso EDP, “não foi uma pessoa corrupta”.

“Foi formada uma necessidade de encontrar um culpado para mostrar como somos finos no combate à corrupção. Manuel Pinho é inocente do crime de corrupção […] e têm de ter a coragem de assumir que não foi uma pessoa corrupta”, afirmou o advogado Ricardo Sá Fernandes, durante as alegações finais do recurso da condenação, no Tribunal da Relação de Lisboa.

Manuel Pinho, titular da pasta de Economia entre 2005 e 2009, foi condenado em junho de 2024 pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa a 10 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

O ex-banqueiro Ricardo Salgado foi punido no mesmo processo com seis anos e três meses de prisão por corrupção ativa e branqueamento de capitais, enquanto a mulher do antigo ministro, Alexandra Pinho, foi condenada a quatro anos e oito meses de pena suspensa por branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Em causa está o alegado recebimento por Manuel Pinho, 70 anos, de cerca de 4,9 milhões de euros, incluindo uma mensalidade de cerca de 15.000 euros enquanto foi governante, para favorecer os interesses do Banco Espírito Santo (BES).

Na sessão, a defesa de Manuel Pinho reiterou que o dinheiro em causa, recebido em parte através de offshores, correspondia a prémios devidos ao antigo ministro da Economia por ter sido, até ir para o Governo, alto quadro do BES.

Ricardo Sá Fernandes insistiu, ainda, que há “uma ausência completa de indícios” de que o antigo ministro favoreceu o BES enquanto exerceu funções.

Já o advogado de Ricardo Salgado voltou a invocar a doença de Alzheimer de que o ex-banqueiro de 80 anos sofre para alegar que este não deveria ter sido julgado e que, a ser confirmada a condenação, a pena tem de ser suspensa.

“A suspensão não é só uma obrigação legal. Não vamos querer um doente de Alzheimer, incontinente e perdido num estabelecimento prisional”, salientou, nas suas alegações finais, Francisco Proença de Carvalho.

O Ministério Público contrapôs que a decisão sobre o modo de cumprimento de uma eventual pena tem de ser tomada pelo Tribunal de Execução de Penas de Lisboa e não pelo coletivo de juízes que decrete a condenação dos arguidos.

“O tribunal tem todos os elementos para manter as condenações”, considerou o procurador, que pediu igualmente que Alexandra Pinho seja chamada a pagar com o marido os cerca de 4,9 milhões de euros que este foi condenado, em primeira instância, a entregar ao Estado Português.

A data para a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa não foi agendada. Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, e Alexandra Pinho estiveram presentes na sessão desta terça-feira.

Embora as decisões sobre suspeita neste processo não envolvam a EDP, o caso resultou da investigação às chamadas rendas excessivas da elétrica, cuja acusação foi deduzida em outubro de 2024 pelo Ministério Público, incluindo contra o antigo ministro da Economia.

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UE tem 50 mil euros para os melhores ‘caça-dados’ da internet

Eurostat abriu um concurso para conhecedores de web intelligence, que irão ajudar a preparar o futuro da estatística europeia. Será preciso extrair resultados financeiros de multinacionais.

A União Europeia (UE) está a preparar o futuro da recolha de dados e análise estatística e precisa de apoio dos melhores ‘crânios’ da busca de informação na internet. O Eurostat organizou um concurso internacional que vai entregar prémios a quem se destacar na utilização da informação que está disponível na web para fins estatísticos.

O Eurostat tem 50 mil euros para distribuir em vários galardões consoante a competição, sendo que há dois novos desafios: o Data Discovery Challenge e o Data Extraction Challenge. “Estes concursos têm como objetivo estimular a inovação em inteligência web e incentivar o desenvolvimento de metodologias para identificar e extrair dados valiosos da web”, explica o o organismo de estatística europeu.

Uma das buscas para as quais os europeus são desafiados incidirá sobre resultados financeiros de multinacionais. Como? Os participantes vão receber uma lista de 200 grupos empresariais e, a partir daí, fazem a extração das suas contas de forma automatizada, “sendo os dados tão recentes quanto possível, credíveis e fiáveis, e extraídos no formato correto”.

Para a UE esta informação é relevante, dado que quase um terço da sua população (28%) trabalha em multinacionais. “Os grupos de empresas multinacionais desempenham um papel importante na economia europeia. Em todos os países da UE e da EFTA [Associação Europeia de Comércio Livre], contribuem substancialmente para a produção de bens e serviços, o emprego e os investimentos”, contextualiza o Eurostat.

Os participantes concorrem aos prémios de Precisão, Reutilização e Inovação em ambos os desafios (Data Discovery Challenge e o Data Extraction Challenge) e têm a possibilidade de ganhar até 50 mil euros se ficarem em primeiro lugar em todas as categorias.

As inscrições decorrem até ao próximo dia 22 de abril no site oficial do programa, que se insere no European Statistics Awards Programme para a área de Web Intelligence.

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Tarifas nos EUA? Galp garante “flexibilidade” para exportar gasolina para novos destinos

Face à ameaça de tarifas por parte de Donald Trump, a Galp diz-se "flexível" para exportar para novos destinos.

Face à ameaça de tarifas por parte da administração Trump, a Galp assegura que consegue ser “flexível” nas exportações de gasolina para os Estados Unidos, que para a petrolífera portuguesa são atualmente o destino de mais de 60% da produção deste combustível.

A Galp produz 2 milhões de toneladas de gasolina por ano e exporta cerca de 60% a 75%, entre 1,2 e 1,5 milhões de toneladas, para a maior economia do mundo.

Recorde-se que o sucessor de Joe Biden ameaçou impor tarifas sobre todos os produtos europeus que entrem nos Estados Unidos a partir de 2 de abril.

O administrador executivo com o pilar industrial, Ronald Doesburg, assinala que já existiram outras disrupções no mercado, como foi o caso da guerra na Ucrânia, e que houve uma adaptação.

“Os circuitos de gasolina irão mudar”, prevê o responsável, no caso de Trump avançar mesmo com as tarifas anunciadas. “Claro que vai ter um impacto, mas podemos ser flexíveis”, acrescentou, apontando a hipótese de exportar para outros mercados.

Já Cristina Cachola, diretora da refinaria de Sines, indicou que os Estados Unidos representam o maior valor acrescentado para a Galp, mas salientou que África e América do Sul são outros destinos possíveis e que se podem tornar mais competitivos perante a imposição de tarifas.

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Gigante suíço de gestão de fortunas já tem escritório em Lisboa

Suíços da Julius Baer acabaram de se instalar na Avenida da Liberdade para captar estrangeiros abastados que se mudaram para Portugal. Escritório no Edifício Victoria tem 800 metros quadrados.

O gigante suíço de gestão de fortunas Julius Baer acabou de se instalar em Lisboa, mais concretamente no Edifício Victoria, na Avenida da Liberdade, onde ocupa um piso de cerca de 800 metros quadrados.

Há pelo menos um ano que o banco suíço tinha em mente a abertura de um escritório na capital portuguesa para aproveitar o facto de cada vez mais estrangeiros abastados escolherem Portugal para morar, conforme noticiou a Bloomberg em abril.

Para esta operação, como contou a agência de notícias na altura, seriam transferidos 14 trabalhadores que estavam em Madrid, com a equipa a ser liderada por dois antigos funcionários do Credit Suisse: José Maria Cazal-Ribeiro e Gonçalo Maleitas.

Até agora a estratégia da Julius Baer passava por desenvolver o mercado português com base numa lógica transfronteiriça, a partir da capital espanhola. Agora passa a ter uma equipa e liderança própria em Portugal, com Lisboa a juntar-se às mais de seis dezenas de localizações onde os suíços estão presentes.

A consultora imobiliária JLL, que assessorou a colocação a Julius Baer no Edifício Victoria, frisa que a “localização foi um fator decisivo” para o banco suíço se instalar na requisitada avenida da capital lisboeta.

Ocupando 791 metros quadros num piso elevado, o espaço permite a criação de duas áreas distintas, “respondendo à necessidade do cliente de ter uma zona dedicada à equipa e outra especialmente concebida para o atendimento aos seus clientes”, explica a JLL em comunicado.

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Acesso a tecnologia não garante notas melhores no secundário, indica estudo da Nova IMS

Importa mais a forma como a tecnologia é utilizada, do que ter somente acesso a essas ferramentas. Novo estudo sugere ajustes na política educativa para melhorar desempenho no secundário.

Ter um computador ou acesso à internet não tem um impacto significativo no desempenho dos alunos do ensino secundário, “contrariando a ideia amplamente difundida”. A conclusão consta de um novo estudo conduzidos por investigadores da Nova Information Management School (Nova IMS), que teve por base os dados de “praticamente todos os alunos que realizaram os exames nacionais de matemática e português” no ano letivo de 2021/2022.

“Com uma abordagem inédita, a investigação revela que alguns dos fatores tradicionalmente considerados determinantes para o sucesso escolar podem não ter o impacto esperado“, sublinha a referida escola numa nota enviada às redações.

No que diz respeito especificamente ao acesso à tecnologia, os investigadores realçam que “o verdadeiro fator diferenciador” não é ter um computador ou aceder à internet, mas, sim, a forma como as ferramentas tecnológicas são utilizadas no processo de aprendizagem.

Perante estes resultados, os especialistas defendem que é necessário ajustar as políticas educativas. “A ideia de que basta garantir acesso à tecnologia para melhorar o sucesso escolar não se confirma. O nosso estudo demonstra que a questão não está na presença da tecnologia, mas sim na forma como é utilizada. O desafio agora passa por investir na literacia digital e na integração pedagógica eficaz dos meios tecnológicos”, assinala Frederico Cruz Jesus, professor da NOVA IMS e coautor do estudo.

Por outro lado, novo estudo frisa que a escolaridade dos encarregados de educação é um dos fatores mais determinantes do sucesso no ensino secundário. “O nível de escolaridade dos pais ou tutores legais tem um impacto direto no desempenho dos alunos, independentemente do seu contexto geográfico. Jovens cujos encarregados de educação possuem formação superior apresentam, em média, melhores resultados nos exames nacionais“, explicam os investigadores.

O estudo sinaliza, assim, que estes dados reforçam “a necessidade de políticas que promovam o envolvimento parental no percurso educativo dos estudantes“.

Já o estatuto socioeconómico tem um impacto diferenciado em função do contexto. Nos centros urbanos, alunos de famílias de menores rendimentos registam, em média, um desempenho inferior. Já nas zonas rurais, a relação entre estatuto socioeconómico e sucesso académico “é menos evidente”, o que sugere que outros fatores, como o capital cultural e o envolvimento comunitário, podem “desempenhar um papel mais relevante”.

Com base em dados de 38 mil alunos do ensino secundário, este estudo é “um dos mais abrangentes” já realizados no país sobre os fatores determinantes do sucesso académico “e um dos primeiros a comparar, com um elevado grau de detalhe, as diferenças entre alunos em contextos urbanos e rurais”, observa a Nova IMS.

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BCP já vale mais do que EDP Renováveis e passa a 4.ª maior cotada em Lisboa

Banco liderado por Miguel Maya acumula uma valorização de 25% este ano, e já vale mais 8,3 mil milhões de euros, tornando-se na quarta maior cotada na bolsa de Lisboa, à frente da EDP Renováveis.

O BCP BCP 3,63% já vale mais do que a EDP Renováveis na bolsa, tendo-se tornado na quarta maior cotada em Lisboa, com o banco liderado por Miguel Maya a apresentar um valor de mercado acima dos 8,34 mil milhões de euros.

Esta terça-feira, as ações do BCP voltaram a disparar à boleia de notas de research positivas do Deutsche Bank e do JPMorgan Chase. Os títulos avançaram 3,8% para 0,5728 euros, liderando os ganhos no PSI. O banco está a cotar em máximos desde março de 2016.

EDP Renováveis EDPR 1,19% caiu 0,94% para 7,905 euros, apresentando-se com uma capitalização de mercado nos 8,31 mil milhões de euros, menos 200 milhões de euros que o BCP.

Esta evolução reflete o sentimento geral dos investidores em relação às diferentes perspetivas que BCP e EDP Renováveis enfrentam atualmente.

A beneficiar de um ambiente de taxas de juro altas, o BCP acumula um ganho de 23% desde o início do ano e tem colecionado notas de research positivas umas atrás das outras. Deutsche Bank e JPMorgan acabaram de subir o preço alvo do título. No caso do banco americano, reviu o price target dos 0,60 euros por ação para os 0,65 euros, apontando para um potencial de valorização de 16% até final do ano.

Cita, entre outros fatores, “as perspetivas de crescimento atrativas” das economias de Portugal e Polónia, o que permitirá ao BCP conquistar mais quota de mercado no setor empresarial perante o alívio das taxas de juro.

Lembra ainda que o banco deverá atingir lucros anuais na ordem dos mil milhões de euros e que pretende distribuir pelos acionistas 75% dos resultados nos próximos anos, tal como anunciou no plano estratégico. Isto “traduz-se numa dividend yield atrativa de cerca de 11%”, explica a analista Sofie Petersens na nota a que o ECO teve acesso.

Em sentido contrário, a EDP Renováveis já perde 21% este ano — — em cima das perdas de 45,8% no ano passado — e transaciona em mínimos de 2019. A eleição de Trump nos EUA em novembro do ano passado colocou 0 título numa rota altamente depressiva, reação que a empresa considera “exagerada”. Recentemente viu a Exane BNP Paribas e Barclays cortarem o preço alvo para menos de 10 euros. Esta terça-feira o Morgan Stanley também reviu em baixa o price target dos 12 para os 10 euros.

Neste momento, a casa-mãe EDP mantém-se como a cotada mais valiosa em Lisboa, com um market cap de perto dos 13 mil milhões. Tem resistido às perdas, somando 0,4% desde o início do ano.

Seguem-se Jerónimo Martins e Galp, com valorizações bolsistas de 12,15 mil milhões de euros e 11,73 mil milhões, respetivamente. A retalhista soma mais de 6% este ano, acompanhando os ganhos de 7% do PSI, enquanto a petrolífera cede terreno.

BCP avança

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

(Notícia atualizada às 17h08 com cotações de fecho)

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Refinaria da Galp com paragem de 50 dias. Petrolífera investe 200 milhões em manutenção

Intervenção de quase dois meses será no final do ano. O investimento de 200 milhões serve para "aumentar a competitividade, com redução de custos de energia, e reduzir as emissões“.

A Galp GALP 1,59% vai avançar com trabalhos de manutenção e aumento da eficiência energética da refinaria da Galp em Sines, que representam um investimento de 200 milhões de euros. Está ainda prevista uma paragem de 50 dias, que apenas vai afetar uma das três fábricas, ou seja, aquela em que será feita a manutenção e o investimento em eficiência.

A paragem programada servirá para garantir a substituição de equipamento, tendo em conta o ciclo de vida do mesmo. Quanto às restantes intervenções, espalhadas ao longo do ano, “o objetivo é aumentar a competitividade, com redução de custos de energia, e reduzir as emissões“, afirmou Cristina Cachola, diretora da refinaria de Sines da Galp.

“De forma cíclica, fazemos grandes paragens para manutenção. Investimos na integridade dos ativos”, acrescentou, num encontro com os jornalistas, no âmbito de uma visita às instalações da Galp em Sines.

A mesma responsável disse que estes gastos fazem parte da “gestão normal da refinaria” e que os trabalhos de manutenção pesam dois terços nos custos da refinaria. Estas intervenções terão lugar na chamada fábrica 1, que faz 47 anos em 2025. A Galp tem ainda duas outras fábricas no complexo industrial de Sines.

Em anos anteriores estes trabalhos de manutenção acabam por ter reflexo nos resultados da empresa, porque há uma redução da capacidade de refinação.

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CMVM e autoridade europeia alertam para riscos na utilização de IA nos investimentos

  • Lusa
  • 25 Março 2025

"Estas ferramentas podem gerar aconselhamento impreciso ou enganador, conduzindo a decisões de investimento inadequadas e a perdas financeiras significativas", alertam as entidades.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) alertaram esta terça-feira para os riscos de utilizar inteligência artificial nos investimentos, apontando que podem gerar aconselhamento impreciso.

“Não obstante o seu potencial inovador, estas ferramentas podem gerar aconselhamento impreciso ou enganador, conduzindo a decisões de investimento inadequadas e a perdas financeiras significativas”, refere uma nota divulgada e assinada esta terça-feira pelas duas entidades.

A ESMA e a CMVM admitem que as ferramentas de IA “podem oferecer um apoio relevante em diversas áreas”, mas que “também têm subjacente um conjunto de riscos”.

Nesse sentido, lançam várias sugestões para os investidores, como procurar múltiplas perspetivas, evitar esquemas de enriquecimento rápido, atentar na regulamentação, compreender os riscos e proteger a sua privacidade.

A ESMA e a CMVM também pedem uma “abordagem cautelosa” na utilização destas ferramentas, uma vez que têm a capacidade de fornecer aconselhamento altamente persuasivo”.

O alerta aponta ainda que as ferramentas públicas de IA disponíveis online “não são autorizadas nem supervisionadas”, “não foram explicitamente concebidas para prestar consultoria para investimento”, “operam frequentemente de formas que nem quem as desenvolveu compreende na totalidade” e “não estão sujeitas aos mesmos padrões e regras rigorosas comparativamente às entidades autorizadas”.

Sobre os sinais de negociação, as duas entidades apontam que a negociação de instrumentos financeiros é “inerentemente arriscado” e que prever os movimentos de preços é “extremamente difícil, senão impossível”.

“A imprecisão das previsões geradas por IA pode ser significativa, pelo que a dependência exclusiva destas ferramentas pode conduzir a perdas financeiras substanciais”, apontam, apelando para que os investidores realizem “sempre uma pesquisa cuidadosa”.

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Lucros do grupo dono do El Mundo e Marca sobem 8,8% para 62 milhões de euros em 2024

  • Lusa
  • 25 Março 2025

O grupo de comunicação italiano alcançou 819,2 milhões de euros no ano passado em termos de receitas líquidas consolidadas, com a atividade digital a representar 26,7% do total.

O RCS MediaGroup, grupo de comunicação italiano, lucrou 62 milhões de euros em 2024, mais 8,8% do que em 2023, quando registou um lucro líquido de 57 milhões de euros, informou a empresa esta terça-feira em comunicado.

A RCS, à qual pertencem os jornais espanhóis El Mundo, Marca e Expansión, explicou que os números aprovados pelo seu Conselho de Administração refletem um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de 148 milhões de euros, mais 8,6% do que em 2023.

Em termos de receitas líquidas consolidadas, o grupo atingiu 819,2 milhões de euros em 2024, com a atividade digital a representar 26,7% do total.

Em Espanha, a Unidad Editorial (grupo dono dos jornais espanhóis) alcançou um EBITDA de 43 milhões de euros em 2024, mais 2,2% do que no ano anterior, e receitas de 218 milhões de euros, dos quais 41,4% correspondem ao negócio digital.

No final de dezembro de 2024, os títulos do grupo contavam com um total de 1,2 milhões de assinantes digitais, 685.000 no Corriere della Será, 251.000 no La Gazzetta dello Sport, 163.000 no El Mundo, e 110.000 no Expansión.

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Montenegro “dá audiência” a cartaz do Chega, dizem especialistas em comunicação. É a melhor estratégia?

Montenegro tentou, por via judicial, retirar um cartaz do Chega que o compara a Sócrates. Entre o direito ao bom nome e a estratégia de comunicação, o que dizem os especialistas?

Cartaz Chega, março 2025

O Chega e o seu líder não têm limites. Não se confunda liberdade de expressão com ofensas e calúnias gratuitas.” Luís Montenegro justifica assim, no X, a providência cautelar que interpôs contra o Chega, para retirar os cartazes nos quais o ainda primeiro-ministro surge lado a lado com José Sócrates como rosto de “50 anos de corrupção”.

A providência cautelar foi apresentada no dia 14 e a juíza recusou que a ação fosse decidida sem contraditório, como pretendia o autor, e notificou o partido no dia 20 .“A providência cautelar entrou no passado dia 14. Sem notícias, deixamos para o tribunal a sua discussão e decisão. Hoje veio a público porque o Chega foi notificado e logo quis condicionar a justiça“, acusa Montenegro na rede social de Elon Musk.

O certo é que esta segunda-feira a ação foi conhecida e o caso tornou-se notícia, com o cartaz, e ação no sentido de o eliminar, a ganharem escala.

As pessoas decentes olham para o cartaz e equacionam o tamanho do problema. Uma coisa é o problema de Sócrates, outra o de Montenegro.

Manuel Soares de Oliveira

Mosca

O outdoor é claramente excessivo, de muito baixo nível“, aponta Manuel Soares de Oliveira, diretor-geral da agência Mosca. E “é falso. A maioria das pessoas olha para aquilo e acha que não faz sentido“, prossegue o responsável da agência que trabalha a comunicação da Iniciativa Liberal, sobre o teor da comunicação.

Mas, para Manuel Soares de Oliveira, o cartaz pode até ser favorável a Luís Montenegro. “As pessoas decentes olham para o cartaz e equacionam o tamanho do problema. Uma coisa é o problema de Sócrates, outra o de Montenegro“. Em suma, é um “desserviço do Chega a si próprio“.

Há, no entanto, uma ressalva. A maioria das pessoas achará que não é desprovido de sentido comparar Luís Montenegro com José Sócrates, mas “para o público do Chega é uma maravilha. Gostam de ver o circo a arder“, aponta.

É a linha de comunicação internacional que visa desacreditar o pseudo sistema e afirmar a via política defendida pelo Chega. É a cartilha do Trump.

João Tocha

F5C

Tendo o primeiro-ministro “direito à imagem”, a providência cautelar é vista pelo criativo como “estar a dar audiência ao problema“.

A opinião é partilhada por João Tocha. “No plano da defesa da imagem e da honra, a providência cautelar ou qualquer outra ação faz todo o sentido”, começa por referir o CEO da First Five Consulting (F5C). Já no plano da comunicação política, prossegue, “a pergunta é se isto não vai aumentar a audiência e conhecimento deste cartaz”.

Quanto ao conteúdo em si, Tocha descreve-o como fazendo parte “da linha de comunicação internacional que visa desacreditar o pseudo sistema e afirmar a via política defendida pelo Chega”. “É uma estratégia, é a cartilha do Trump”, concretiza.

Já Edson Athayde recorda que a liberdade de expressão, embora fundamental, não é um direito absoluto e encontra limites no respeito pelos direitos de terceiros, nomeadamente a honra, o bom nome e a reputação. “Luís Montenegro apresentou a ação não apenas como figura pública, mas também como cidadão, pai e marido, o que sublinha a ideia de que o ataque não se limita à esfera política, mas toca também a sua esfera pessoal e reputacional“, defende o CEO e diretor criativo da FCB Lisboa. “Em democracia, não se deve retirar a ninguém o direito de se indignar e recorrer aos tribunais. Negar isso seria, paradoxalmente, um atentado à liberdade que se invoca”, resume.

Quanto à forma e conteúdo, o criativo considera que o cartaz entra claramente na tradição da contra propaganda política, que sempre vive de exageros, simplificações e provocações. Não é, à partida, muito diferente de outros cartazes já usados em campanhas em Portugal, inclusive pelo próprio PSD ou outras forças políticas, em que se associaram adversários a figuras polémicas ou se caricaturaram intenções e comportamentos”, aponta.

O debate político torna-se cada vez mais tóxico, recorrendo a insultos visuais e associações violentas, o que enfraquece o espaço democrático saudável. Se não houver um travão institucional ou jurídico, este tipo de comunicação corre o risco de se banalizar ainda mais.

Edson Athayde

FCB Lisboa

No entanto, prossegue, “o cartaz pode não ser inédito em termos de forma, mas é especialmente agressivo na personalização e na associação direta entre Montenegro e corrupção, sem qualquer base judicial para tal, o que o torna potencialmente excessivo”, caracteriza o publicitário. “Dizer que ‘não há problema porque sempre se fez assim’ é, em si, uma forma de normalizar a degradação do discurso público”, diz o publicitário.

O caso mais parecido com este, recorda Edson Athayde, foi o dos cartazes dirigidos a António Costa, em que surgia com nariz de porco e lápis espetados nos olhos, durante o Dia de Portugal no Peso da Régua, em 2023. Na altura, o então primeiro-ministro classificou esses cartazes como “um pouco racistas”, mas optou por não avançar com qualquer ação judicial, compara. “Esses episódios, tal como o atual, mostram uma tendência preocupante de degradação do discurso público. O debate político torna-se cada vez mais tóxico, recorrendo a insultos visuais e associações violentas, o que enfraquece o espaço democrático saudável. Se não houver um travão institucional ou jurídico, este tipo de comunicação corre o risco de se banalizar ainda mais”, conclui.

Quanto a efeitos práticos da decisão de Luís Montenegro na comunicação do Chega, Manuel Soares de Oliveira deixa o alerta. “Está a abrir o flanco para que tire o cartaz e ponha outro a dar seguimento. Imagine se o Chega tivesse um criativo inteligente… ‘fomos censurados, não nos deixam escrever os nomes dos corruptos'”, dá como exemplo.

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