Hoje nas notícias: PRR, inquilinos e Defesa

  • ECO
  • 25 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Das 26 mil casas que o Governo anterior prometeu disponibilizar até 2026 no âmbito do PRR, menos de 10% foram entregues às famílias. A partir de agosto, os inquilinos com contratos de arrendamento que não tenham sido comunicados ao Fisco pelos senhorios poderão eles próprios efetuar essa comunicação, inclusive dos contratos que já tenham terminado. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

A um ano do fim do PRR, foram entregues menos de 10% das casas prometidas

Com os prazos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a pouco mais de um ano de chegarem ao fim, as candidaturas ao 1.º Direito, maior programa de habitação a nível nacional, estão aprovadas e mais de 90% da primeira tranche do dinheiro disponível está contratualizado. Mas menos de um quarto desse valor foi já pago às entidades promotoras dos projetos habitacionais e a execução das obras é menor ainda. Das 26 mil casas que o Governo anterior prometeu disponibilizar até 2026, menos de 10% foram entregues às famílias; das restantes 33 mil prometidas pelo atual Governo até 2030 (que estão fora do PRR), não há sequer contratos fechados.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Inquilinos podem comunicar ao Fisco contratos já terminados

A partir de agosto, os inquilinos com contratos de arrendamento que não tenham sido comunicados à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) pelos senhorios poderão eles próprios, se assim o desejarem, efetuar essa comunicação e, inclusivamente, declarar contratos que já tenham terminado. Segundo fonte oficial do Ministério das Finanças, “podem ser registados os contratos que estejam em vigor, que tenham sido alterados ou que tenham cessado, devendo ser indicado o motivo da comunicação”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Cortes orçamentais na Defesa ultrapassam os três mil milhões na última década

Entre 2014 e 2024, o setor da Defesa Nacional contribuiu com uma poupança (corte face ao orçamentado) de 3,2 mil milhões de euros para a consolidação das contas públicas, um valor equivalente a mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo cálculos do Diário de Notícias a partir dos dados da Conta Geral do Estado e da execução orçamental. Se este valor tivesse sido executado, permitiria que o país já tivesse atingido a meta de 2% do PIB em Defesa, como exige o acordo com a NATO.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Maioria das vagas disponíveis do concurso de professores situa-se no sul do país

O concurso de professores deste ano deixa em evidência a enorme assimetria existente nas escolas de Portugal continental, pois a maioria das vagas disponíveis situam-se no Sul e na Grande Lisboa, onde a falta de docentes mais se faz sentir. Enquanto o concurso interno abriu 5.433 vagas para quadros de agrupamento e de escola não agrupada, o que permite a docentes efetivos mudar de escola, há também 4.729 vagas negativas — que deixam de existir caso os docentes que as ocupam se aposentem ou mudem de escola. Estas vagas negativas concentram-se a norte, o que torna mais difícil conseguir ali colocação.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Tribunal de Contas Europeu quer mais fiscalização de importações extracomunitárias

Em 2024, entraram no espaço europeu 4,6 mil milhões de mercadorias de baixo valor — isto é, de menos de 150 euros. Parte destas encomendas entra sem se conhecer o vendedor nem o valor, fugindo ao controlo de qualidade, ao pagamento de IVA e de taxas aduaneiras e gerando concorrência desleal com as empresas europeias. O aviso consta de uma auditoria do Tribunal de Contas Europeu (TCE), que descobriu uma importação de um telemóvel inteligente por 1 cêntimo, sem que as autoridades do país onde a mercadoria entrou tenham dado por isso.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

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Cheque Formação Digital: obter apoio de 750€

  • Conteúdo Patrocinado
  • 25 Março 2025

Este apoio financeiro pode chegar até aos 750€ por beneficiário. Saiba quem é que pode beneficiar do Cheque Formação Digital.

Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de competências digitais, o Governo disponibilizou o Cheque Formação Digital, um apoio financeiro que pode chegar até aos 750€ por beneficiário. Esta medida visa impulsionar a qualificação profissional na área digital, promovendo o acesso a cursos de Marketing Digital com certificação. Quem tiver interesse em beneficiar deste reembolso pode validar previamente se é elegível para aceder a esse apoio.

Quem pode beneficiar do Cheque Formação Digital?

  • Para ter acesso ao apoio, é necessário cumprir todos os seguintes critérios:
  • Idade igual ou superior a 18 anos;
  • Residência legal em Portugal Continental;
  • Ausência de dívidas à Autoridade Tributária e à Segurança Social;
  • Possuir vínculo laboral como trabalhador por conta de outrem ou por conta própria.

Se reunir as quatro condições, pode avançar com a sua candidatura para obter o reembolso das despesas com formações nas áreas de Marketing Digital, Redes Sociais ou Inteligência Artificial. Sendo a Web2Business uma entidade formadora certificada pela DGERT, todos os cursos de Marketing Digital da Vasco Marques Digital Academy estão abrangidos por este apoio.

Escolha o seu curso de Marketing Digital

O curso com maior adesão é o Master Marketing Digital de A a Z, por ser uma formação prática, reconhecida e abrangente nas principais vertentes do marketing digital. Atualmente está com condições especiais: oferta de livros e preço igual ao reembolso – recebendo assim o valor integral.

Para quem preferir o curso mais completo de marketing digital, o Master Marketing Digital 360 é a escolha adequada. Se estiver à procura de um curso de Inteligência Artificial, também tem essa opção.

Estas formações foram desenhadas de acordo com as necessidades dos negócios, desenvolvendo competências valorizadas e muito procuradas no mercado de trabalho.

Como inscrever no curso de Marketing Digital

As inscrições podem ser realizadas a pronto pagamento ou divididas até 12 prestações mensais sem juros. Além do reembolso de 750 euros, estão incluídos diversos bónus adicionais, nomeadamente livros de Vasco Marques.

Vantagens das formações da Vasco Marques Digital Academy:

  • Possibilidade de receber um reembolso até 750€ do valor total investido;
  • Apoio na submissão do pedido de apoio ao IEFP;
  • Facilidade de pagamento faseado, em prestações mensais sem juros;
  • Acesso permanente e flexível à plataforma online;
  • Total liberdade de horários, podendo fazer o curso ao teu ritmo;
  • Apoio personalizado de excelência, esclarecendo todas as dúvidas durante a formação;
  • Cursos práticos e valorizados pelo mercado de trabalho.

Como receber o Cheque-Formação + Digital?

Os interessados em aproveitar o Cheque-Formação + Digital devem submeter a candidatura no portal do IEFP. Para simplificar todo o processo, a Vasco Marques Digital Academy oferece um guia passo-a-passo, uma checklist detalhada e um vídeo explicativo com todas as etapas essenciais.

Além disso, a equipa está sempre disponível para auxiliar na candidatura e esclarecer dúvidas através de uma linha gratuita de apoio: 800 450 360.

O Cheque-Formação + Digital é uma excelente oportunidade para trabalhadores e empresários que pretendem melhorar as suas competências digitais, aumentando assim a sua competitividade profissional, além de beneficiar de um significativo reembolso do valor investido.

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Wall Street fecha em alta com investidores de olho nas tarifas

  • ECO
  • 25 Março 2025

Ao longo desta terça-feira, 25 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Depois do Brasil, sheerMe traz Sal(On) da L’Oréal para Portugal e Espanha

Chile é o próximo mercado a receber a app profissional criada para a L'Oréal, mas há mais mercados na mira na Europa — Itália, França e Reino Unido – e na América Latina, como México e Argentina.

Depois de lançar no Brasil a Sal(On), a sheerMe traz agora para Portugal e Espanha a aplicação profissional que desenvolveu para a L’Oréal. Chile é o próximo mercado a receber a plataforma, mas há mais mercados na mira. “Já discutimos com a L’Oréal a possibilidade de lançarmos, em conjunto, novos mercados na Europa – como Itália, França e Reino Unido – e na América Latina, incluindo México e Argentina”, adianta Miguel Alves Ribeiro, cofundador e CEO da sheerMe ao ECO. Startup prepara nova ronda de financiamento pré-série A.

O desejo de trazer a Sal(on) para o mercado ibérico já estava nos planos da startup portuguesa logo no arranque no verão passado do projeto-piloto no Brasil com a multinacional, com cerca de 60 salões de cabeileiro. E os planos são ambiciosos. “O nosso objetivo é ultrapassar os 10.000 parceiros entre Portugal e Espanha — não apenas salões, mas toda a gama de serviços de beleza e experiências de bem-estar. Pretendemos alcançar mais de um milhão de utilizadores até ao final de 2025“, adianta Miguel Alves Ribeiro.

A solução da sheerMe – que assenta na plataforma sheerMe Pro dirigida aos comerciantes, independentemente da área de atividade – propõe fazer a ligação entre comerciante e consumidor, promovendo a digitalização do setor. Através da plataforma, o comerciante pode gerir o seu negócio, avançar, por exemplo, com ofertas promocionais junto aos clientes que, por sua vez, podem usar a app para fazer reservas.

 

Depois do mercado ibérico, o Chile será o próximo mercado com entrada prevista para “em breve”. “No segundo semestre, avaliaremos a possibilidade de expandir para outros mercados na Europa e na América Latina, contando com o apoio da L’Oréal – assim como tem ocorrido nos mercados já lançados”, aponta o CEO da sheerMe.

“O Brasil figura entre os mercados de beleza e bem-estar de maior crescimento mundial, e Portugal destaca-se como um dos mais dinâmicos da Europa. Continuaremos a apostar nesses dois mercados como o nosso core, enquanto Espanha e Chile serão utilizados para testar o arranque junto à L’Oréal e suas equipas. Se tudo correr conforme planeado, avançaremos com confiança para novos países, pois já construímos um playbook de lançamentos eficiente, com custos controlados e alta escalabilidade”, explica o responsável.

Uma estratégia de expansão com mercados já definidos. “Já discutimos com a L’Oréal a possibilidade de lançarmos, em conjunto, novos mercados na Europa — como Itália, França e Reino Unido — e na América Latina, incluindo México e Argentina“, adianta. Contudo, ressalva, “pretendemos afinar o produto, o playbook e a estratégia antes de avançarmos para territórios ainda não previstos. No entanto, sabemos que a expansão será inevitável, com novos mercados a serem abertos em 2025 e uma intensificação do crescimento no início de 2026″, garante.

Brasil: será dos “mercados de maior crescimento”

A colaboração “decisiva” com a L’Oréal no Sal(On) também tem ajudado a sheerMe a alavancar o negócio no Brasil, mercado onde a startup está presente há cerca de dois anos.O mercado que está a crescer mais rapidamente é, sem dúvida, o Brasil, impulsionado pelo investimento da L’Oréal e pelas características únicas do país. No Rio de Janeiro e em São Paulo, as maiores cadeias e os salões mais prestigiados já aderiram à sheerME, graças à nossa proposta — e à ajuda da L’Oréal — de atrair mais clientes”, afirma Miguel Alves Ribeiro.

Um total de 300 salões está já hoje na Sal(On), centrados em São Paulo e Rio de Janeiro, de um universo potencial de 78 mil espaços parceiros da L’Oréal em todo o país. Mas há planos de aumentar o número de adesões. “Uma task force conjunta entre as equipas da L’Oréal e da sheerME está a trabalhar para incorporar mais de 1.000 salões parceiros da L’Oréal, todos altamente posicionados, até junho de 2025″, refere.

“O Brasil será um dos mercados mais importantes para a sheerME nos próximos anos. Trata-se de um mercado vibrante, onde o culto ao corpo é altamente valorizado, e o nosso produto se revela a solução ideal para as necessidades deste público”, considera.

Crescimento em 2025 e nova ronda

Se 2024, “foi um ano de foco total em desenvolvimento, aprimoramento das nossas aplicações web e mobile e refinação da estratégia”, em que “apesar de não termos priorizado a faturação, a sheerME cresceu mais de 600% em todas as métricas de tração”, para este ano os objetivos estão definidos.

Estamos mesmo a finalizar o fecho de uma nova ronda de investimento, uma pré-série A. Para estarmos preparados para escalar depressa posicionando a sheerME como a super-app de beleza e bem-estar mais usada nos mercados em que estamos presentes. Esta será uma ronda bridge para uma série A muito composta.

“Para 2025, o nosso foco será escalar o negócio e consolidar a nossa posição nos mercados onde já estamos presentes, bem como expandir para novos territórios. Prevemos um crescimento superior a 1000% em todas as métricas, impulsionado pelo lançamento e pela expansão em mais países”, diz.

Com a expansão geográfica, a startup estuda ainda uma nova injeção de capital. “Estamos mesmo a finalizar o fecho de uma nova ronda de investimento, uma pré-série A. Para estarmos preparados para escalar depressa posicionando a sheerME como a super-app de beleza e bem-estar mais usada nos mercados em que estamos presentes. Esta será uma ronda bridge para uma série A muito composta”, revela, sem precisar valores.

Depois desta ronda, espera-nos uma série A, daqui a 12/16 meses, porém já temos um investidor grande internacional que possivelmente assumirá a ronda na totalidade, assim que cumprirmos alguns milestones propostos”, revela.

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30 anos depois, CES muda de casa. “Temos agora condições de ter portas mais abertas à sociedade civil”

Conselho Económico e Social já está no primeiro piso do Palácio das Laranjeiras. Próximas reuniões do plenário do CES e da Concertação Social já acontecem no novo espaço. Presidente prevê colóquios.

Ao fim de mais de 30 anos no número oito da Rua João Bastos, em Belém, o Conselho Económico e Social (CES) mudou agora de “casa” para o Palácio das Laranjeiras. Em declarações ao ECO, Luís Pais Antunes, presidente desse órgão, explica que as novas instalações permitirão desenvolver “outro tipo de atividades mais abertas à sociedade civil”, como colóquios.

É uma mudança importante. Ao fim de mais de 30 anos nas antigas instalações, estamos num local com condições para termos as portas mais abertas à sociedade civil, com mais espaço e com a possibilidade de desenvolver outro tipo de atividades“, salienta o presidente do CES, em conversa com o ECO.

A mudança de instalações do CES não é um tema recente, mas a sua concretização não tinha sido possível, até ao momento. Em março de 2023, o Público chegou a noticiar que o Governo e o Conselho Económico e Social tinham chegado a um acordo quanto à mudança para o Palácio das Laranjeiras, estando a transferência prevista para o início de 2024, depois de o Ministério da Ciência passar para o Campus XXI.

No entanto, tal não aconteceu. Entretanto, o país foi às urnas e o novo Governo eliminou o Ministério da Ciência, deixando o referido palácio livre.

Ainda assim, em setembro do ano passado, o presidente do CES adiantou, em entrevista ao ECO, que o processo estava apenas apalavrado, isto é, não tinham sido desencadeados os procedimentos legais. “Isso foi feito, entretanto, e estamos, neste momento, a avançar com esse procedimento“, explicou Pais Antunes, na altura.

Agora, seis meses depois, o CES está finalmente na sua nova casa. Por enquanto, ocupa somente o primeiro piso do palácio, mas, “numa fase mais avançada”, Pais Antunes admite aumentar o espaço ocupado.

Nova sala do CES onde se reunirá a CPCS.

“O espaço que já temos é um upgrade em comparação com o que tínhamos em Belém. É uma melhoria significativa“, assinala o responsável. Por exemplo, indica, a sala onde se reunirá a comissão permanente da Concertação Social (fotografia cima) tem outra dignidade, diz.

A próxima reunião da Concertação Social está marcada para o arranque de abril e já acontecerá neste novo espaço. “Foi a primeira sala a estar totalmente equipada”, garante Pais Antunes.

Também o plenário do CES deixará de se reunir na Sala do Senado da Assembleia da República e passará a ter lugar no Teatro Thalia, face à proximidade ao Palácio das Laranjeiras. A primeira reunião no novo espaço acontecerá já esta semana, aponta Pais Antunes.

Tenho a expectativa de no segundo semestre ter as portas mais abertas à sociedade civil.

Luís Pais Antunes

Presidente do CES

Além disso, o presidente do CES tem a expectativa de a partir do segundo semestre “ter as portas mais abertas à sociedade civil“. Pais Antunes lembra que, em Belém, a organização de colóquios e seminários era limitada, mas acredita que as novas instalações possibilitarão esse tipo de eventos.

Questionado quanto aos custos desta mudança, o responsável adianta que o CES fica responsável pela qualidade e conservação do imóvel (que é classificado), o que traz alguma responsabilidade. Mas realça que a diferença nos custos “não é materialmente significativa”.

Por outro lado, Luís Pais Antunes defende que o CES precisará de mais recursos humanos, por efeito das novas atividades. Esclarece, porém, que “não é adepto de macro estruturas” e que o próprio CES tem de ter maior capacidade de angariação de financiamento (fundos europeus, mas não só). “Tem de haver outro dinamismo”, remata o presidente.

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ActiveCap investe em fábrica de ovos moles e fecha negócio mais doce do Consolidar do Banco de Fomento

Em termos globais, a ActiveCap fechou sete investimentos em 2024 num valor global de 21 milhões de euros. Este ano já fechou dois negócios e espera concluir mais quatro ou cinco.

A ActiveCap fechou o segundo investimento no âmbito do programa Consolidar, do Banco Português de Fomento. A Fabridoce, uma empresa de referência na produção de ovos moles e outros doces conventuais, foi a escolhida. O reforço de capital vai servir para diversificar a gama de produtos, mas também conquistar novos mercados de exportação, avançou ao ECO Salvador Correia de Barros, partner da capital de risco.

A Fabridoce foi fundada em 1989 e é líder no segmento de doces tradicionais portugueses, “com elevado grau de sofisticação”. Além dos tradicionais ovos moles, a empresa tem sabido “ampliar a sua gama de produtos”, nomeadamente com a “produção de gelados, sob a insígnia Gelados de Portugal, de mochis e de brigadeiros”. No seu conjunto, já representam cerca de 50% da faturação da empresa, avançou ao ECO a ActiveCap.

“A faturação da Fabridoce ascende a dez milhões de euros e 20% das suas vendas são provenientes da exportação para os Estados Unidos e outros mercados europeus”, nomeadamente Espanha e França, detalhou Salvador Correia de Barros.

A ActiveCap decidiu investir nesta empresa que conta com 130 colaboradores, para “a fazer crescer nos mercados europeus e diversificar a gama de produtos a exportar para os EUA”, explicou o responsável, sem revelar o valor do investimento, que acabará por ser publicado no site do Banco de Fomento.

O business plan definido, feito a seis anos, prevê que a exportação passe a representar 40 ou 50% das vendas, mas para tal não será necessário contratar mais pessoas, nem aumentar as instalações da maior fabricante de ovos moles de Aveiro.

O negócio fechado a 14 de março é a segunda aposta da ActiveCap no âmbito do Consolidar e o segundo investimento que a capital de risco faz este ano.

“Estamos neste momento a analisar 36 oportunidades de investimento na indústria e serviços”, revelou Salvador Correia de Barros, “num investimento total de 180 milhões de euros”.

“Vamos ter de ser seletivos”, admitiu, porque “o objetivo é fazer mais quatro ou cinco investimentos este ano”, disse sem querer adiantar montantes.

Em termos globais, a capital de risco fechou sete investimentos em 2024 num valor global de 21 milhões de euros. Deste montante faz parte o investimento de 1,74 milhões de euros, no âmbito do Consolidar, feito na Agrocate, uma empresa dedicada à produção de abacate com explorações entre Faro e Vila Real de Santo António, que somam mais de 300 hectares de plantação.

As 11 capitais de risco que integram o Programa Consolidar, já investiram em 44 empresas – sem contar com a Fabridoce – num total de 170 milhões de euros do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), que foi lançado no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O programa tem uma dotação de 500 milhões.

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Lisboa e Porto elegem mais de um terço dos deputados. Veja o calendário das legislativas

A capital, com 48 eleitos, e a Invicta, com 40, continuam a ser os círculos com direito a mais lugares de um total de 230. Já Portalegre só consegue dois parlamentares. Voto antecipado é a 11 de maio.

Um ano depois, os portugueses voltam a ser chamados às urnas para eleger os 230 deputados à Assembleia da República, nas legislativas antecipadas de 18 de maio. Um ato eleitoral que resultou do chumbo da moção de confiança que ditou a queda do Executivo da AD, liderado por Luís Montenegro. Normalmente, o líder do partido mais votado é nomeado primeiro-ministro pelo Presidente da Assembleia da República e depois forma o Governo.

A distribuição dos eleitos pelos 22 círculos mantém-se inalterada face ao mapa de 2024, de acordo com o documento da Comissão Nacional de Eleições (CNE), publicado esta segunda-feira em Diário da República. Mas, há um ano, Setúbal tinha ganho um lugar, passando de 18 para 19, e Viana do Castelo tinha perdido outro, baixando o número de eleitos de seis para cinco.

Lisboa, com direito a eleger 48 deputados, e Porto, com 40, continuam a ser os distritos com mais cadeiras no Parlamento. Ao todo, os 88 deputados da capital e da Invicta são responsáveis por mais de um terço do hemiciclo (38%).

No ranking dos círculos com mais deputados, surgem ainda Braga e Setúbal, com 19 cada um, Aveiro, com 16, e Leiria com 10. Coimbra, Faro e Setúbal têm direito a nove deputados cada um. Viseu consegue eleger oito e Madeira seis. Viana do Castelo, Vila Real e Açores surgem empatados com cinco deputados.

Entre os círculos eleitorais com menor número de parlamentares, estão Portalegre, Europa e Fora da Europa. Cada região só tem direito a dois lugares na Assembleia da República. Beja, Bragança, Évora e Guarda elegem apenas três deputados, cada um.

Voto antecipado é a 11 de maio. Veja o calendário

As candidaturas às eleições legislativas podem ser apresentadas até ao 41.º dia anterior à data das eleições ao juiz presidente do tribunal da comarca com sede na capital do círculo eleitoral. Ou seja, os partidos devem entregar as listas até 7 de abril, segundo o calendário divulgado pela CNE.

A 8 de abril, dia seguinte ao termo do prazo para apresentação de candidatos, será sorteada a ordem das candidaturas nos boletins de votos, de acordo com o mesmo documento.

A campanha eleitoral inicia-se a 4 de maio e termina a 16 de maio. E o voto antecipado, isto é, em mobilidade, decorre uma semana antes do ato eleitoral, a 11 de maio. Quem quiser optar por esta modalidade, deve manifestar a sua intenção entre 4 e 8 de maio. Para o voto em mobilidade, os boletins serão enviados entre 6 e 10 de maio aos presidentes dos municípios através das forças de segurança.

O voto para eleitores internados e presos deve ser pedido até 28 de abril, para que esses cidadãos possam entregar o boletim nas urnas, entre 5 e 8 de maio.

De salientar que desde 20 de março, quando foi publicado o decreto presidencial que dissolveu a Assembleia da República e marcou as eleições antecipadas, “é proibida a publicidade institucional por parte dos órgãos do Estado e da Administração Pública de atos, programas, obras ou serviços, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública”, segundo a CNE. Também desde aquela data, “é proibida a propaganda política feita direta ou indiretamente através dos meios de publicidade comercial”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a 13 de março a marcação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio, na sequência da demissão do Governo PSD/CDS, liderado por Luís Montenegro, na sequência do chumbo da moção de confiança ao Executivo.

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Os 22 mil votos que mudaram a Assembleia Regional da Madeira

Entre os 142.960 votantes válidos nas eleições deste domingo, mais de 22 mil votos representaram uma mudança de sentido. O PSD foi quem mais ganhou e os abstencionistas quem mais perderam.

A Eleição Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira 2025, realizada este domingo, levou a uma mudança política substancial, mas essa mudança foi conseguida com uma troca de sentido de voto de apenas 15% do universo votante, segundo cálculos feitos pelo ECO/Local Online.

De um total de 255.380 inscritos, mais 858 que na eleição de 26 de maio de 2024, votaram 142.960 pessoas, mais 7.060 votos do que há um ano. A redução da abstenção, de 46,4% para 44%, foi a maior fonte de votos, representando uma mudança da decisão dos eleitores que, desta vez, se sentiram motivados a participar.

A quebra do PS em 6.624 votos – com uma redução de 21,3% dos votos para 15,6% – foi a segunda maior fonte de mudança de intenção de voto, seguindo-se o Chega, com menos 4.720 votos.

A força não esteve com a coligação do PTP, MPT e RIR que baixou 1.537 votos, ficando reduzida a 789. A líder da Força Madeira afirmou mesmo que “a Madeira tem de ser estudada do ponto de vista sociológico”, já que, defende Raquel Coelho, “há um défice democrático” no arquipélago, com “vícios [políticos] graves”.

A IL quebrou 385 votos, enquanto o Bloco de Esquerda desceu 326 votos — ponto curioso, este é precisamente o número de acréscimo de votantes para a CDU/PCP –, enquanto o PAN quebrou 209 votos e perdeu o lugar conquistado em 2024. Já o ADN perdeu 81 votos, ficando com 691.

Em resumo, a soma da redução de abstenção (7.051), e das quebras do PS (6.626), Chega (4.720), Força (1.537) CDS (1.096), IL (385), BE (326), PAN (209) e ADN (81) resultou em 22.031 votos distintos, sejam por alteração de sentido de voto, seja pela transumância entre abstenção e participação. Estes mais de 22 mil votantes correspondem a 15% do total dos 142.960 madeirenses e porto-santenses que foram às urnas neste domingo.

Para onde foram os votos perdidos

Os 22.031 votos que se alteraram dirigiram-se, em média, em primeiro lugar ao PSD, que arrecadou 12.982, para atingir uma votação total de 62.085. O JPP conseguiu mais 7.136, enquanto a CDU/PCP obteve mais 326 votos e o Livre mais 48.

Os novos partidos concorrentes este ano, e que não se tinham candidatado no ano passado, conseguiram mais de um milhar de votos, 576 para o PPM e 487 para a Nova Direita (ND).

Também se verificou um acréscimo de 104 votos brancos, para 713, e de 372 nulos, para 2.554, contribuindo para os 22.031 votos ganhos por uns e perdidos por outros.

Coincidências, ou talvez não

  • Os votos ganhos pelo PSD (12.982) são menos 270 que a soma da redução da abstenção e das perdas de Chega, IL e CDS;
  • Os votos ganhos pela CDU/PCP são exatamente iguais (326) aos perdidos pelo BE;
  • Os votos ganhos pelo JPP (7.136) quase coincidem com a redução de abstenção (7.051). Também se pode considerar a eventualidade de transferência entre os partidos de Élvio Sousa e Paulo Cafôfo.

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Apoio para grandes empresas ajudou Autoeuropa a garantir novo elétrico low-cost

"Negociação para o veículo elétrico estava avançada", garantiu ao ECO o ex-ministro Costa Silva, através do Regime Contratual de Investimento da RCM 34/2023. Mas há outro regime contratual envolvido.

“Conseguimos trazer para Portugal e para a Autoeuropa a produção de um novo carro elétrico da Volkswagen”, disse o primeiro-ministro, Luís Montenegro, no dia da votação da moção de confiança, a 10 de março. Mas, que contrapartidas ofereceu Portugal para garantir a produção do elétrico low cost do construtor alemão em Palmela?

Os apoios deste tipo de investimentos nunca são públicos, porque há sempre várias geografias a concorrer entre si. Acresce que em causa está uma grande empresa que à partida não é elegível para apoios com fundos europeus de coesão, esses sim com obrigatoriedade de publicitação. Para contornar este constrangimento o Governo anterior criou um mecanismo para garantir o apoio às mesmas até 2027, o RCM34/2023, de abril desse ano. Em causa estavam 150 milhões de euros por ano a alocar ao Regime Contratual de Investimento. Mas um outro regime contratual, o RCM 49, também determinante nesta negociação, só ganhou materialidade já com Pedro Reis à frente da Economia. Quando o atual Governo, agora em gestão, tomou posse, faltava a aprovação em sede de cabimentação orçamental do regime de incentivos (RCM49) bem como aprovação do Regime de Apoio ao Investimento pela própria Comissão Europeia.

Ora, o ID. EVERY1, cujo lançamento está previsto para 2027, beneficiou deste regime, revelou ao ECO o ex-ministro da Economia, António Costa Silva. “A Autoeuropa já tinha assegurado o veículo híbrido, mas não estávamos satisfeitos. O Ministério da Economia e a Aicep reuniram com a Autoeuropa e com a Volkswagen na Alemanha e apresentámos os argumentos de Portugal, como a qualidade dos trabalhadores, para tentar vencer a concorrência das outras unidades”, explicou o antigo responsável.

O trabalho de atração do novo carro elétrico continuou a ser desenvolvido pelo atual Governo, até porque o novo investimento da VW num veículo elétrico na Autoeuropa ainda não estava assegurado (pode ler aqui). Havia nove destinos na corrida, mas Portugal venceu e a própria gestão da empresa elogiou publicamente o envolvimento da atual governação na decisão final.

A Autoeuropa já tinha assegurado o veículo híbrido, mas não estávamos satisfeitos. O Ministério da Economia e a Aicep reuniram com a Autoeuropa e com a Volkswagen na Alemanha e apresentámos os argumentos de Portugal.

António Costa Silva

Ex-ministro da Economia

“A negociação para o veículo elétrico estava avançada, com apoios previstos no âmbito do Regime Contratual de Investimento da RCM 34/2023, de 19 de abril, e também com o apoio da Agenda do PRR Drivolution em que a Autoeuropa não participa diretamente por questões relacionadas com as metas ambientais muito rigorosas impostas pela Comissão Europeia no âmbito da regulamentação Do No Significant Harm (DNSH)”, revelou António Costa Silva.

Apesar de não participar “diretamente” nesta agenda mobilizadora, que acabou por ficar com a Faurécia como líder do consórcio, a Autoeuropa “vai colaborar e testar as tecnologias desenvolvidas”, disse Costa Silva, acrescentado que a empresa “assinou uma carta de compromisso com a Agenda a 11 de dezembro de 2023”.

Mas além dos apoios previstos neste Regime Contratual de Investimento que apoia projetos que “aumentem a oferta de bens e serviços inovadores, que fomentem a procura de bens complementares noutros setores e que tenham efeitos de arrastamento em diferentes agentes económicos”, a Autoeuropa contou ainda nesta negociação com o Banco Português de Fomento.

O novo CEO da instituição, Gonçalo Regalado, revelou que o banco está “a criar em parceria, não só com a Volkswagen, mas sobretudo com o setor industrial português, uma linha para todo o ecossistema de reindustrialização portuguesa, que faz o fornecimento do automóvel, mas também de outros setores”. Na Conversa Capital da à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Regalado disse que esta “linha de mil milhões de euros , com uma garantia robusta”, foi mais um dos argumentos apresentados aos administradores da Volkswagen a nível global.

Volkswagen ID. EVERY1 concept carVolkswagen

“Em cima disso, percebemos que a Volkswagen precisaria de um financiamento na casa dos 400 milhões de euros para ampliar a fábrica e meter lá a linha elétrica. Fizemos, em parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI), e também estamos agora a trabalhar com a banca nacional, para criar um sindicato bancário que permita que esses 400 milhões adicionais possam ser aportados para que façamos a transição do motor a combustão para o motor elétrico”, revelou ainda o responsável.

Com a construção do novo elétrico do grupo, a fábrica portuguesa da multinacional alemã “assegura o futuro da unidade de Setúbal de uma fábrica de nova geração da Volkswagen, e de uma enorme cadeia de valor de fornecedores nacionais, por muitos anos”, como realçou o Ministério da Economia, em comunicado a confirmar o anúncio do investimento.

Com os argumentos que Portugal pôs em cima da mesa, os nove destinos que estavam na corrida ficaram para trás (na reta final a Polónia e a Eslováquia) e a unidade de Palmela vai converter-se, como dizia o comunicado do Ministério liderado por Pedro Reis, numa “fábrica eletrificada de nova geração e a adoção de processos de produção e logísticos, bem como a assemblagem robotizada de sistemas de baterias”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 25 Março 2025

No mesmo dia em que é divulgado um estudo sobre o impacto económico de Alqueva são conhecidas as vendas de novos automóveis de passageiros em fevereiro. É também lançado o Eurobarómetro inverno 2025.

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva apresenta esta terça-feira o Estudo de Avaliação do Impacto Económico da Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. Já a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis mostra como evoluíram as vendas em fevereiro de novos automóveis de passageiros, enquanto a Comissão Europeia divulga o Eurobarómetro, que espelha as prioridades e expetativas dos cidadãos europeus em relação a a um conjunto de temas. Nas empresas Santos Barosa e Schmitt Elevadores os trabalhadores avançam para a greve.

Apresentação do Estudo de Avaliação do Impacto Económico de Alqueva

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA) apresenta esta terça-feira o Estudo de Avaliação do Impacto Económico da Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), num evento onde marcam presença Joaquim Miranda Sarmento (ministro de Estado e das Finanças) e José Manuel Fernandes (ministro da Agricultura e Pescas). O estudo visa “compreender os efeitos estruturantes da implementação do EFMA na economia local e nacional, analisando os benefícios gerados de forma holística, considerando as diferentes fases do projeto e os efeitos multidimensionais resultantes da sua natureza de fins múltiplos”.

Como evoluem as vendas de automóveis novos na UE?

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) divulga números sobre as vendas em fevereiro de novos automóveis de passageiros. Segundo os dados mais recentes, o mercado automóvel europeu registou uma queda de 2,6% nos registos de veículos novos, com os maiores declínios registados em França (-6,2%), Itália (-5,8%) e Alemanha (-2,8%). A economia espanhola foi a única das quatro principais da UE em que os registos de novos veículos aumentaram (+5,3%).

Como estão as prioridades dos europeus?

São divulgadas esta terça-feira as conclusões da mais recente edição do Eurobarómetro, estudo que examina as prioridades dos cidadãos da União Europeia em relação ao futuro e que destaca as suas expectativas quanto a crises globais, segurança, defesa e competitividade enquanto cidadãos europeus.

Greves na Santos Barosa e Schmitt Elevadores

Tem início esta terça-feira a greve de trabalhadores do setor vidreiro da empresa Santos Barosa, que exigem aumentos salariais e melhores condições de trabalho. Também os trabalhadores da Schmitt Elevadores avançam hoje para uma greve para exigir aumentos salariais e a redução do horário de trabalho.

Organização Europeia de Patentes publica Patent Index 2024

A Organização Europeia de Patentes (OEP) publica esta terça-feira o relatório anual de estatísticas que analisa os países, as empresas e os setores por detrás dos pedidos de patentes a nível mundial. Esta edição inclui uma análise da procura de patentes na Europa em 2024, rankings dos principais países, regiões, empresas e tecnologias, estatísticas atualizadas sobre a percentagem de mulheres inventoras na Europa, um panorama geral da utilização da Patente Unitária no seu primeiro ano completo de funcionamento e uma análise aprofundada dos domínios tecnológicos mais dinâmicos.

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37% dos diplomados do EFP encontram emprego menos de três meses após a conclusão dos estudos

  • Servimedia
  • 25 Março 2025

De acordo com o “Relatório de Perceção dos Jovens sobre a Formação Profissional em Espanha” do Centro Rainha Sofia da Fad Juventud.

Trinta e sete por cento dos licenciados entram no mercado de trabalho menos de três meses depois de concluírem os seus estudos, enquanto 39% encontram emprego em setores diretamente ligados à sua especialização.

Serafín Barrios, diretor do Centro de Formação Profissional do The Core, salienta que “cada vez mais empresas procuram talentos que combinem formação técnica com experiência prática desde o primeiro dia. O EFP oferece essa combinação única, preparando os estudantes para se integrarem no mercado de trabalho de uma forma ágil e eficaz”.

Segundo ele, isso se deve à capacidade dessa modalidade de ensino de oferecer uma formação alinhada com a realidade do mundo dos negócios, combinando conhecimento técnico com experiências práticas que impulsionam a empregabilidade desde o primeiro dia. Esta mudança na perceção dos cursos superiores responde não só à sua elevada taxa de empregabilidade, mas também à sua capacidade de formar profissionais com competências práticas para que possam responder aos desafios do mercado de trabalho.

Empresas de vários setores valorizam a formação profissional pela sua capacidade de fornecer talentos qualificados em áreas-chave como a tecnologia, o audiovisual, a saúde e a indústria digital. Num contexto em que a especialização e a adaptação à digitalização são fatores decisivos para a empregabilidade, o EFP posiciona-se como um motor estratégico para o desenvolvimento económico e social, defende.

Salienta ainda que a sua combinação de aprendizagem teórica e formação prática permite aos estudantes desenvolver competências técnicas essenciais, bem como competências transversais como a resolução de problemas, o trabalho em equipa e a capacidade de adaptação a ambientes em mudança. Como resultado, explica que cada vez mais empresas veem o EFP como uma fonte fundamental de talento especializado, reconhecendo o valor de uma formação que se centra não só na teoria, mas também na experiência da vida real desde o primeiro dia.

Atualmente, setores como a tecnologia, o audiovisual, a saúde e a indústria digital lideram a procura de perfis formados neste tipo de formação, garantindo oportunidades de emprego concretas e bem remuneradas. Neste contexto, The Core salientou que está a trazer o futuro do setor audiovisual para a AULA 2025.

Neste contexto, a The Core School indicou que reafirma o seu compromisso “com a empregabilidade dos seus alunos através de programas inovadores em contacto direto com a indústria. Com o seu modelo pedagógico baseado na prática e na colaboração com empresas líderes no setor audiovisual, a instituição oferece aos seus alunos uma formação alinhada com as atuais exigências do mercado. E, como parte deste compromisso com a empregabilidade e a inovação na formação profissional, The Core participará na AULA 2025, a maior feira educativa de Espanha, enquadrada na Semana da Educação”.

Segundo ele, no seu stand, os participantes poderão ver em primeira mão como a tecnologia, a realidade virtual e a produção audiovisual são integradas nos seus programas de formação para preparar os futuros profissionais do setor. Além de conhecer a oferta académica de The Core, os participantes poderão mergulhar em experiências inovadoras, como a produção virtual em tempo real, a interação com áreas de chroma key e a simulação de condução com realidade alargada.

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Envelhecimento e queda da natalidade podem baixar em 0,6 pontos por ano crescimento do PIB até 2050

Se não forem tomadas medidas, número de pessoas em idade ativa passará de 2,6 para 1,6, e a população ativa encolherá para 53%. McKinsey prevê que alterações demográficas roubarão 0,6 pontos ao PIB.

A queda da natalidade e o envelhecimento da força de trabalho poderão “roubar” ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português 0,6 pontos percentuais por ano até 2050. A previsão é da consultora McKinsey, que sublinha que as alterações demográficas poderão, assim, eliminar o equivalente a “mais de metade” do crescimento económico anual dos últimos 25 anos.

“As alterações demográficas, por si só, poderão reduzir o crescimento de Portugal até 0,6 pontos percentuais ao ano, até 2050. Como referência, o crescimento anual nos últimos 25 anos foi de 1,1%, o que significa que o impacto demográfico poderá eliminar mais de metade desse crescimento“, lê-se no novo estudo intitulado “Dependency and depopulation? Confronting the consequences of a new demographic reality”.

Depois de ter atingido o seu ponto máximo em 1999, a população ativa portuguesa tem estado a encolher, situando-se atualmente em 63%. Até 2050, recuará para 53%, estima a McKinsey. “Prevê-se que o número de pessoas em idade ativa por cada pessoa com mais de 65 anos diminua dos atuais 2,6 para 1,6, dentro de apenas 25 anos“, acrescenta a consultora.

Para se adaptarem a esta realidade, as empresas terão de repensar as suas estratégias para “captar o mercado sénior, gerir equipas multigeracionais e investir em tecnologias que impulsionem a produtividade“, aponta o novo estudo.

Já os governos terão a responsabilidade de desenhar políticas públicas, que “incentivem este investimento, bem como o reforço da poupança para a reforma, a saúde pública e a promoção da longevidade saudável“.

Citado em comunicado, o investigador Marc Canal argumenta que “Portugal tem um enorme desafio demográfico, que só poderá ser superado com uma maior participação no mercado de trabalho e um aumento substancial da produtividade“. “Além disso, é fundamental repensar o contrato social entre gerações”, sugere.

Um desafio global

Os referidos desafios demográficos não afligem apenas Portugal. “A transformação demográfica global, caracterizada pela diminuição das taxas de natalidade e pelo envelhecimento da população, está a mudar radicalmente a estrutura económica mundial“, realça a McKinsey no seu novo estudo.

Em concreto, dois terços da população mundial vivem em países com taxas de natalidade inferiores ao nível de reposição de 2,1 filhos por mulher. “As pirâmides populacionais já não se assemelham a pirâmides e estão a assumir a forma de obeliscos, caracterizados por um aumento acelerado da população idosa e uma redução significativa do número de jovens”, avisa a consultora.

Nos próximos 25 anos, as economias avançadas e a China verão a população ativa cair para 59%, contra os atuais 67%, o que retirará 0,5 pontos percentuais ao crescimento do PIB em vários países, “a menos que a produtividade e a participação no mercado de trabalho aumentem”.

A pressão sobre os sistemas de pensões e as finanças públicas continuará a intensificar-se. Prevê-se que o número de pessoas em idade ativa por cada reformado diminua dos atuais 3,9 para dois em 2050.

McKinsey Global Institute

A pressão sobre os sistemas de pensões e as finanças públicas continuará a intensificar-se. Prevê-se que o número de pessoas em idade ativa por cada reformado diminua dos atuais 3,9 para dois em 2050″, salienta o estudo.

Esta transformação demográfica terá, de resto, um impacto direto no consumo. Se hoje as pessoas com mais de 65 anos são responsáveis por 2,1 euros em cada dez euros gastos, em 2050 prevê-se que este valor aumente para 3,1 euros, “o que trará implicações significativas para as estratégias empresariais“, alerta a McKinsey.

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