A Tesla está a recrutar em Lisboa. Quer concorrer?

A fabricante de automóveis elétricos tem sete vagas abertas para Lisboa. De consultores a gestores de loja, conheça as oportunidades e os requisitos para cada uma delas.

A Tesla está a recrutar em Portugal. Ao todo, são sete as vagas disponíveis em Lisboa, para os departamentos de vendas e serviço, de acordo com a informação que consta no site oficial da empresa:

  • Especialista em entregas: A empresa assume estar “comprometida em dar a melhor experiência ao cliente desde que é feita a encomenda até ao dia da entrega”. E, por isso, está à procura de um especialista nesta área, numa oportunidade que, garante, “é ótima para ter um impacto direto na experiência dos clientes da Tesla”. Entre os requisitos estão a disponibilidade para viajar “20% do tempo” e licenciatura ou grau equivalente. O candidato(a) deve ainda saber falar bem inglês e, claro, português.
  • Especialista em produto: O especialista em produto é, basicamente, o vendedor: “O principal objetivo é proporcionar uma experiência engraçada e educacional aos clientes que entram nas lojas de retalho da Tesla”, explica a empresa. Será alguém que terá de dar boas-vindas aos clientes e responder às questões que lhe forem colocadas. Mais uma vez, saber português e inglês é obrigatório. Assim como ter carta de condução.
  • Consultor de vendas: A Tesla procura alguém que reporte diretamente ao gestor de loja, no sentido de lançar com o máximo de força o automóvel Model X no mercado. Esse consultor irá apresentar o carro a potenciais compradores e pessoas influentes, levá-los a testar o veículo e, em último caso, visitar clientes fora da loja. O sucesso das vendas será a sua principal responsabilidade, refere a empresa. Um dos requisitos é ter experiência neste tipo de serviço e ser capaz de criar uma rede de contactos relevante para o trabalho. Precisa também de ter carta de condução e boa capacidade de comunicação.
  • Consultor de serviços: A fabricante procura um consultor de serviços com experiência”, começa por explicar a empresa. O cargo implica muita interação com os clientes, pelo que o candidato(a) terá de ser uma pessoa astuta e capaz de atender muitos telefonemas e responder a e-mails. Uma das responsabilidades, avisa a Tesla, é “devolver chamadas em menos de cinco minutos”. Terá também de ter carta de condução há mais de dois anos e ser uma pessoa multi-tarefa, capaz de lidar com várias prioridades ao mesmo tempo.
  • Gestor de serviços: Uma pessoa fluente em português e inglês, com certificação para reparar sistemas de ar condicionado e licenciatura ou certificado em Tecnologia Automotiva. Este é o tipo de gestor de serviços que a empresa de Elon Musk quer recrutar, ao mesmo tempo que terá de ser alguém capaz de manter a integridade profissional e aparência. Carta de condução também é obrigatória.
  • Técnico de serviços: Como o gestor de serviços, o candidato(a) a técnico desta área tem de ser uma pessoa “tecnicamente sagaz”, indica a Tesla. Basicamente, a empresa está à procura de um mecânico, com conhecimento dos “métodos, técnicas, partes, ferramentas e materiais usados na manutenção e reparação de veículos”. Uma “certificação relevante” é um atributo valorizado.
  • Gestor de loja: Das sete vagas, esta será a mais curiosa, tendo em conta que a empresa ainda não está representada em Lisboa. A Tesla procura uma pessoa “enérgica, extremamente organizada e muito trabalhadora”, com “paixão por veículos elétricos e que goste de trabalhar em equipa”. Entre as responsabilidades estão a de “maximizar as vendas através da experiência do cliente, conhecimento do produto, apresentação e promoção”. A empresa dá primazia a licenciados (ou equivalentes), fluentes em português e inglês, com boas capacidades comunicativas e “forte conhecimento” e entre três e seis anos de experiência em “operações de loja de retalho e sistemas”, avisa a empresa.

Todos estes cargos podem ser consultados nesta página. Para concorrer, basta clicar na vaga, consultar os requisitos e carregar em “Apply”. Boa sorte.

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Junto da Tesla, Portugal tem um trunfo: o lítio

Na hora de convencer a Tesla a instalar-se em Portugal, o país tem um trunfo: alberga importantes explorações mineiras de lítio, um elemento essencial na produção das baterias dos carros elétricos.

Portugal está a tentar atrair uma mega fábrica da Tesla Motors, a fabricante norte-americana de baterias e automóveis elétricos. A localização do empreendimento só deverá ser decidida em 2017 e, para além de Espanha, estão ainda em cima da mesa opções como França e Holanda.

Esta sexta-feira, o jornal espanhol Faro de Vigo indicou que a Península Ibérica surge bem posicionada para receber essa nova unidade da Tesla devido à forte exposição solar, que poderá permitir a instalação de painéis fotovoltaicos no topo da instalação, à semelhança do que a empresa fez na fábrica que construiu no Nevada.

Contudo, o país tem um trunfo que poderá pesar na hora de convencer Elon Musk, fundador da Tesla, a escolher Portugal como destino. O país é um importante exportador de lítio, detendo algumas das mais relevantes explorações mineiras desse material que é parte essencial da produção das baterias para os carros elétricos.

Em 2011, o Expresso noticiava que Portugal ocupava a quinta posição entre os países exportadores desse elemento, apontando, no entanto, um problema: o país “apenas vai até à produção de concentrado de lítio”. E isso não chega.

Para ser usado, o lítio tem de passar pelas fundições. No entanto, na altura, o mesmo jornal referia que “o principal produtor de lítio” português estaria a ser sondado por “empresas multinacionais da indústria das baterias para carros elétricos” com vista a “formar parcerias” para criar uma fundição de lítio em Portugal. Segundo a revista Visão, a produção de lítio em Portugal está concentrada nas regiões de Guarda, Viseu, Vila Real e Viana do Castelo.

Recorde-se que o ECO apurou esta sexta-feira que o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, está a empregar esforços no sentido de encontrar uma solução que aproxime Portugal da Galiza, numa altura em que já há algum desconforto entre os galegos por o norte do país ter atraído fortes investimentos industriais no valor de dezenas de milhões de euros. O facto de a exploração mineira de lítio concentrar-se no Norte do país poderá ser uma vantagem adicional.

Segundo a empresa austríaca de exploração mineira European Lithium, a Europa “não tem um fornecimento interno de lítio” para além de Portugal, “uma pequena produção ibérica para utilização local em cerâmica e vidro”. A União Europeia é ainda uma grande importadora deste elemento, consumindo 24% de todo o mercado. À frente, só a China, com uma fatia de 35%. Os principais importadores europeus de lítio são a Alemanha, a Bélgica, França, Itália e Espanha.

A nível mundial os principais exportadores deste minério são a Austrália, Chile, Argentina, a própria China (cuja produção de 2.200 toneladas métricas não chega para o seu consumo). Portugal surge em, sexto lugar, logo depois do Zimbabué.

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Portugal tenta atrair fábrica da Tesla

Portugal está a disputar, em conjunto com outros países europeus, a localização de uma fábrica da Tesla, confirmou o ECO. Já houve contactos em Portugal e nos EUA.

Portugal está a tentar convencer Elon Musk a localizar uma fábrica da Tesla Motors em Portugal. Não vai ser tarefa fácil já que na corrida estão países como Espanha, França, Holanda e alguns Países da Europa de Leste. A notícia é avançada em primeira mão pelo Faro de Vigo, que explica que o fabricante automóvel e de baterias elétricas vai decidir em 2017 a localização da fábrica que pretende instalar na Europa.

“A Península Ibérica, pela quantidade de horas de sol anuais, estará entre os destinos preferenciais para receber este novo investimento caso a empresa norte-americana queira replicar a fábrica fotovoltaica que instalou no telhado da sua outra megafábrica em construção em Sparks, no Nevada”, escreve o Faro de Vigo.

O ECO confirmou que já houve contactos do Governo português com a Tesla. Contactos esses que “se iniciaram no primeiro semestre deste ano e que se desenvolveram agora no final do ano”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. “Os contactos tiveram início nos Estados Unidos e, entretanto, já decorreram aqui em Portugal”. Um dos contactos foi feito pelo secretário de Estado adjunto do Ambiente, José Mendes, que reuniu a 8 de setembro com uma delegação de alto nível da TESLA Motors, liderada por Douglas Alfaro e que incluía o responsável pelas Infraestruturas de Carregamento na Europa. Um dos tópicos do encontro foi “a possibilidade de atração de projetos de investigação e desenvolvimento da TESLA, tirando partido da infraestrutura rodoviária de classe mundial existente em Portugal”, revelou o Ministério do Ambiente na nota de agenda do encontro.

Este tipo de negociações é feito com a oferta de incentivos por parte dos países que pretendem acolher o investimento. Portugal usa normalmente os Regimes Contratuais de Investimento (RCI) negociados através da AICEP e que permitem oferecer um mix de ofertas que passa por fundos comunitários, incentivos, etc. As ofertas dependem também do que as empresas pretendem fazer, nomeadamente durante quanto tempo se pretendem fixar em Portugal e o número de postos de trabalho que se comprometem a criar.

Imagem conceptual de como poderá ser a nova fábrica da Tesla
Imagem conceptual de como poderá ser a nova fábrica da Tesla

Segundo o Faro de Vigo, a decisão da Tesla não está tomada. A nova instalação fabricará tanto modelos elétricos como baterias Li-Ion (iões de lítio). Presentemente, a empresa de Elon Musk tem apenas um pequeno centro de montagem de carros em Tilburg, na Holanda, onde se montam as unidades do Tesla Model S que é comercializado na Europa com componentes e peças que são despachadas diretamente dos Estados Unidos, da fábrica principal da marca em Freemont na Califórnia.

Em Espanha, sobretudo na Galiza, começa a haver algum mal-estar pelo conjunto de investimento que o norte de Portugal tem conseguido captar em detrimento da opção espanhola. A 28 de junho, o La Voz de Galicia escreveu um artigo no qual lamentava o facto de, ao contrário do que aconteceu nos últimos 40 anos, a Galiza já não é a opção para as fábricas de carros que lançam novos modelos.

“Portugal é que está a levar centenas de milhões de investimento”, aponta o jornal, dando como justificação “a proximidade e as boas comunicações com a fábrica da PSA de Vigo e a sua filial Lusa, em Mangualde”. “Apenas nos seis primeiros meses do ano, do outro lado da raia, conseguiram captar 100 milhões de quatro multinacionais do automóvel”, precisa o jornal.

Aqui incluem-se a francesa Eurostyle Systems, que anunciou um investimento de 18 milhões em duas novas fábricas em Viana do Castelo, que em 2019 terão criado 100 novos postos de trabalho; a alemã Saertex especializada em componentes que também vai investir 3,5 milhões numa nova fábrica em Viana do Castelo, onde já marca presença desde 2008; a Continental que investiu 50 milhões em Vila Nova de Famalicão, a asiática Sakthi que prometeu investir 36,7 milhões na Maia e ainda os projetos de 50 milhões da Bosch em Braga.

Consciente deste desconforto, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, teve uma reunião em Ponte de Lima, no último mês, para garantir que é “encontrada uma solução win win que aproxime Portugal da Galiza”, acrescentou a mesma fonte oficial. Não se conhecem números desta fábrica, mas em Sparks foram investidos mais de cinco mil milhões de dólares com a previsão de criar 6.500 postos de trabalho diretos e onze mil indiretos, segundo a imprensa americana.

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