A fabricante mais lucrativa na bolsa? É a Ferrari

A Tesla é a mais valiosa fabricante dos EUA, mas é a Ferrari quem dá mais razões para sorrir aos investidores. Em 12 meses, as ações da marca italiana avançaram 74% na bolsa.

A Ferrari tem lucrado acima das expectativas, com o aumento da produção de alguns supercarros de luxo.Pixabay

Qual é a empresa, qual é ela, que mais sorrisos dá a quem investe nela? No setor automóvel, será a Telsa? Não, é a Ferrari. Apesar de a empresa de Elon Musk ter ultrapassado a General Motors e ser já a mais valiosa fabricante dos Estados Unidos, é a marca de luxo italiana aquela cujas ações mais valorizaram ao longo dos últimos doze meses. Desde abril de 2016, os títulos da Ferrari acumularam já 74% de valor, comparando com o pulo de 25% nas ações da Tesla.

Segundo a Bloomberg, por um lado, o sucesso das ações da Ferrari na bolsa de valores deve-se, sobretudo, aos lucros acima do esperado, apoiados na decisão de aumentar a produção de alguns modelos desportivos de luxo, como o LaFerrari Aperta, que custa 2,1 milhões de dólares. Por outro, o crescimento da Tesla no mercado de ações é suportado pelo entusiasmo e confiança que os investidores depositam no presidente executivo Elon Musk, que muitos consideram ser um visionário.

"Os investidores estão a descobrir a Ferrari e a sua capacidade de impulsionar as margens desde a IPO, enquanto a Tesla, que beneficia do facto de ser vista como estando na vanguarda do mercado dos elétricos, ainda precisa de gerar lucros adequados.”

Vincenzo Longo

Estratega da IG Market, em declarações à Bloomberg

No ano passado, a Ferrari lucrou 425 milhões de euros, ou cerca de 450 milhões de dólares. Em contrapartida, lucros é coisa que a Tesla nunca viu: em 2016, a empresa registou prejuízos de 2,3 mil milhões de dólares e, este ano, deverá perder outros 950 milhões de dólares. É, de qualquer forma, um ano importante para a fabricante elétrica, com o lançamento do Model 3, o primeiro automóvel da marca destinado a um público mais generalizado.

A Ferrari começou a negociar em Wall Street em 2015 e, desde a oferta pública inicial (IPO), já valorizou 38%. À agência Bloomberg, Vincenzo Longo, estratega da consultora italiana IG Market, explicou que “os investidores estão a descobrir a Ferrari e a sua capacidade de impulsionar margens desde a IPO, enquanto a Tesla, que beneficia do facto de ser vista como estando na vanguarda do mercado dos elétricos, ainda precisa de gerar lucros adequados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A Tesla acelerou. E bateu a General Motors na bolsa

A fabricante de automóveis elétricos continua a ultrapassar a concorrência em valor de mercado. Esta segunda-feira bateu a General Motors e é agora a mais valiosa fabricante norte-americana.

No mundo das empresas, existem dois circuitos: o da bolsa e o das contas. São diferentes, com curvas apertadas e onde só correm as melhores empresas. No das contas, a Tesla fica para trás face à maioria das fabricantes automóveis. Mas, no da bolsa, o caso é diferente: a firma segue a todo o gás e, este mês, acelerou. Mas acelerou muito.

Acelerou tanto que já vale mais do que a General Motors, o que significa que a Telsa é agora a mais valiosa fabricante automóvel dos Estados Unidos. O valor de mercado da empresa tem vindo a aumentar este mês, praticamente desde a apresentação de números positivos sobre as vendas no primeiro trimestre do ano. Logo no início de abril, o salto foi suficiente para ultrapassar a Ford em capitalização bolsista.

Esta segunda-feira, a firma de Elon Musk deu um pulo de 3,4% no início da sessão, com o conjunto das ações a valerem qualquer coisa como 51 mil milhões de dólares. São mais 1,7 mil milhões de dólares do que a General Motors, considerada uma empresa histórica nos Estados Unidos e cujas contas, outrora, influenciavam em muito a economia do país, recorda a Bloomberg.

Isto mostra que os investidores continuam confiantes no potencial da Tesla, mesmo tendo em conta que os elétricos Chevrolet Bolt da General Motors já andam na estrada e os Model 3, da Tesla, ainda nem sequer saíram da fábrica. São automóveis que concorrem ao mesmo nível de preço e de tipo, mas o da Tesla só chegará ao mercado lá mais para o final do ano.

Mas este é só um número. Olhando para a paisagem geral, a General Motors deverá ter lucros de nove mil milhões este ano, enquanto os da Ford deverão rondar os 6,3 mil milhões. Em contrapartida, da Tesla esperam-se prejuízos de 950 milhões. Em 2016, empresa registou um prejuízo de 2,3 mil milhões de dólares e gerou apenas sete mil milhões de dólares de receita, vendendo 80.000 automóveis. A General Motors entregou mais de dez milhões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesla atinge recorde, mas Wall Street fecha no vermelho

O efeito Trump começa a ser posto em causa pelos investidores, dadas as dificuldades em implementar medidas. A Tesla foi a empresa que mais brilhou, mas não impediu o Nasdaq de fechar em queda.

Os investidores estão entusiasmados com a Tesla: as ações da empresa atingiram um recorde esta segunda-feira, depois de Elon Musk ter comunicado que as vendas superaram as expectativas no primeiro trimestre. Este entusiasmo, no entanto, não foi suficiente para animar Wall Street que encerra em terreno negativo no primeiro dia de transação do segundo trimestre do ano. Os mercados estão a aguardar os resultados das cotadas que começam a ser divulgados nas próximas semanas.

As bolsas europeias, incluindo a lisboeta, encerraram no vermelho e pelo mesmo caminho foi Wall Street. A bolsa norte-americana encerrou a desvalorizar, principalmente o Nasdaq, mesmo com a performance positiva das ações da Tesla. Nos primeiros meses do ano, os índices foram subindo com a expectativa da reforma fiscal de Trump, assim como a prometida desregulação e grandes investimentos em infraestruturas. Contudo, esse efeito já desvaneceu agora que começa o segundo trimestre de 2017.

As dificuldades que a nova administração está a ter para implementar o seu programa estão a começar a preocupar os investidores. O índice tecnológico Nasdaq foi o que mais desvalorizou: caiu 0,29% para os 5.894,68 pontos. Seguiu-se o S&P 500 com uma desvalorização de 0,14% para 2.359,37 pontos e o Dow Jones que sofreu uma queda de 0,06% para os 20.650,93 pontos.

Uma ação da Tesla já vale quase 300 dólares. Esta segunda-feira as ações da empresa aumentaram 6,73% para os 297,03 dólares, catapultando a valorização da empresa. De tal forma que a organização liderada por Elon Musk ultrapassou a Ford no valor de bolsa. A valorização acontece após o comunicado da empresa onde esta informava que fechou o primeiro trimestre deste ano com mais de 25.000 automóveis vendidos, um número acima das estimativas dos analistas.

Segundo a MarketWatch, o primeiro trimestre do ano, que terminou na semana passada, acumulou ganhos sólidos: os principais índices de Wall Street valorizaram entre 4,6% e 9,8%. Estes números não são surpreendentes até porque foi nestes primeiros três meses de 2017 que os índices bateram recordes, como foi o caso do Dow Jones ultrapassar os 20.000 pontos. Já o arranque do segundo trimestre parece não trazer boas novidades.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street começa segundo trimestre em terreno positivo

Depois de um primeiro trimestre de recordes, o segundo trimestre do ano começa com valores positivos, mas tímidos. A Tesla é uma das cotadas que mais valoriza esta segunda-feira.

Esta segunda-feira marca o primeiro dia do segundo trimestre para os mercados. Wall Street abriu a subir ligeiramente em terreno positivo. O Nasdaq é o índice que mais se destaca esta segunda-feira com a Tesla a ser a estrela do dia, após Elon Musk ter divulgado os números das entregas no primeiro trimestre. Esta semana os investidores estão expectantes quanto ao encontro de Trump com o Presidente da China, assim como novidades sobre a reforma fiscal nos EUA.

O Presidente dos Estados Unidos vai encontrar-se esta semana com o Presidente chinês, Xi Jinping, um encontro que o próprio Donald Trump apelidou de “muito difícil”. Em causa estão as políticas de comércio internacional: os EUA continuam com um considerável défice comercial com a China, um problema que a nova administração quer resolver. Os investidores receiam que haja mais protecionismo em breve para melhorar a posição comercial internacional.

Além disso, os mercados estão expectantes quanto à reforma fiscal que a Casa Branca está a preparar. Trump tem prometido um Estado norte-americano mais pequeno, ou seja, menos impostos a serem cobrados aos contribuintes e às empresas. Acresce que esta semana vários responsáveis da Reserva Federal vão falar, nomeadamente William Dudley (Nova Iorque), Patrick Harker (Filadélfia) e Jeffrey Lacker (Richmond). E no final da semana são revelados os dados do mercado de trabalho com os economistas a esperarem, depois de um forte primeiro trimestre, que o crescimento do emprego seja menor.

O Nasdaq é o índice que mais sobe no primeiro dia de transação do segundo trimestre do ano: o índice abriu a valorizar 0,21% para os 5.923,30 potnos. O Dow Jones abriu a subir 0,11% para os 20.685,19 pontos e o S&P está na linha de água a aumentar 0,01% para 2.363,05 pontos.

Esta manhã a Tesla comunicou que nos primeiros três meses do ano entregou 25 mil veículos, batendo as estimativas dos analistas. Este número representa um crescimento de 69%, face ao registado no período homólogo, e um novo recorde de produção. Comprova ainda a recuperação da empresa de Elon Musk após os problemas nas entregas registados nos últimos meses de 2016. Os analistas estão otimistas: as ações da Tesla sobem 2,51% para os 284,45 dólares por título.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesla: Novo modelo leva a nova injeção de capital

Mais uma fase na vida da empresa de Elon Musk, o empresário que dá que falar pelos carros autónomos e até pelos foguetões: a produção do modelo para as "massas" Tesla 3 implica um aumento de capital.

O automóvel “mais acessível” da empresa até agora vai começar a ser produzido no segundo semestre deste ano, mas esse investimento vai implicar um aumento de capital da empresa. A Tesla anunciou que pretende reunir mais de mil milhões de dólares para ganhar margem quando a começar produção do primeiro modelo para as “massas”, o Model 3.

Nos seus planos, Elon Musk planeia comprar mais ações da empresa no valor de 25 milhões de dólares, reforçando a sua posição de 21%. Mas o principal do plano para colocar o modelo mais barato até agora no mercado passa por aumentar o capital da Tesla em 1,15 mil milhões de dólares. Apesar de garantir que, de acordo com o plano financeiro, não é preciso fazer essa injeção de capital, o presidente executivo da empresa diz preferir fazê-lo para ganhar margem e reduzir o risco futuro.

De acordo com a Bloomberg, uma venda em larga escala de ações leva frequentemente a desvalorização uma vez que dilui o valor das participações dos investidores. Dada a peculiaridade da Tesla — uma empresa que tem sido notícia pela sua inovação, ainda que tenha dificuldades em ser lucrativa –, as ações de quarta-feira subiram mais de 4%, em vez de desvalorizarem. Contudo, esta quinta-feira as ações da Tesla estão em queda ligeira de 0,88%.

Este aumento de capital vai ter duas vias: 250 milhões de dólares em ações e 750 milhões de dólares em obrigações convertíveis. Ambas serão usadas para reforçar o balanço da empresa e reduzir o risco associado com a incursão do Model 3 no mercado. A produção deve começar em julho e prevê-se que o carro custe cerca de 35 mil dólares, sendo que os preços em cada país serão anunciados ainda este ano.

Segundo a Bloomberg, este novo esforço da empresa para angariar dinheiro significa que o próprio Elon Musk vai aumentar a sua dívida de mais de 100 milhões para os 624 milhões de dólares. Parte do dinheiro foi financiado pela Morgan Stanley com a garantia de ações que o líder da Tesla detém da própria empresa. A agência noticiosa refere que esta forma de reforçar o capital poderá colocar o preço das ações em risco, uma vez que se desvalorizarem, os credores podem pedir-lhe mais garantias ou até para vender a sua posição.

Tanto a Morgan Stanley como a Goldman Sachs têm um papel no aumento de capital de 1,15 mil milhões, tendo já sido subscritores de dívida convertível no passado. A própria Morgan Stanley é o oitavo acionista da Tesla com 2,4% da empresa. A Bloomberg escreve que este tipo de empréstimos é comum e, no caso de Musk, representam uma pequena parte da sua fortuna pessoal dado que só os 21% que detém da Tesla valem 8,6 mil milhões de dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O homem que nos vai levar Marte e pode investir em Portugal

Aos 12 anos criou um jogo que vendeu por 500 dólares. Agora é um dos mais ricos do mundo. Quem é Elon Musk, o dono da Tesla que quer investir em Portugal e enviar o Homem a Marte?

De génio e louco todos temos um pouco. No caso de Elon Musk, o dono da Tesla que pode vir a instalar-se em Portugal, as doses de loucura e genialidade estão bem mais salientes do que a maioria. Explodir bombas nucleares em Marte? É uma boa ideia, disse recentemente o excêntrico empresário norte-americano, que pretende levar a Humanidade onde ela sempre sonhou: ao planeta vermelho. Já mudou de ideias, entretanto.

Tinha apenas 12 anos quando o pequeno Elon criou o videojogo o Blastar (clique no link para jogar), que vendeu mais tarde por 500 dólares a uma revista de tecnologia chamada PC and Office Technology, da África do Sul, de onde é originário. Já nessa altura sabia o que era ser empreendedor. O pequeno negócio abriu-lhe o voraz apetite no mundo empresarial.

Atualmente, Elon Musk é proprietário de várias empresas de forte componente tecnológica. Ele é o fundador e atual presidente da SpaceX, empresa que está a desenvolver um plano com a NASA para colocar o Homem em Marte até 2025. “O futuro da humanidade estará bifurcada em duas direções: ou vai ser multiplanetária ou estará confinada a um planeta e eventualmente à espera da extinção”, diz este self-made man de 45 anos.

A ideia de lançar duas bombas termonucleares nos polos gelados de Marte pode parecer um pouco louca. Mas conforme explicou Musk no The Late Show, de Stephen Colbert, “eventualmente, poderíamos transformar Marte num planeta parecido com a Terra” se a atmosfera fosse aquecida. Salvar a Humanidade da sua própria extinção, perguntou Colbert a Musk. “Estou a tentar fazer coisas boas”, respondeu. O apresentador não perdeu tempo e voltou à carga: “Está a tentar a fazer coisas boas e é bilionário. Parece-me que é como ser um super-herói ou um super-vilão. Tens de escolher um”.

Em junho de 2016, a sua fortuna estava avaliada em 11,4 mil milhões de dólares (10,9 mil milhões de euros), colocando-se na “modesta” 34ª posição do ranking dos mais ricos do mundo elaborado pela Forbes. Formado em Física (Universidade da Pensílvania) e Economia (Wharton School of Business), Elon Musk valeu-se sobretudo da sua criatividade e excentricidade para chegar até aqui.

Depois da venda do videojogo que criou na infância, a veia inventora de Musk nunca mais parou de bombear ideias que se transformaram em negócios milionários. Foi ele quem fundou a X.com, em 1999, uma companhia de serviços financeiros e pagamentos por e-mail, com os 10 milhões de dólares que recebeu da venda de uma outra empresa que fundara anteriormente, a Zip2. Um ano depois, fundiu a X.com com a Confinity, que detinha a plataforma de transferência de dinheiro online Paypal — que deu o nome à empresa a partir de 2001. Em outubro do ano seguinte, mais um negócio milionário: vendeu o Paypal ao eBay por 1,5 mil milhões de dólares. Musk recebeu 165 milhões com esta venda.

"Quando Henry Ford produziu carros baratos e fiáveis, as pessoas dissera; ‘Nah, qual é o problema com os cavalos?’ Isso foi uma grande aposta que Ford fez. E funcionou.”

Elon Musk

Fundador da Tesla

Adicionalmente, ele é um dos fundadores da SolarCity, empresa com a qual pretende revolucionar o mercado energético através da autonomização das casas alimentadas com energia renovável e que foi recentemente adquirida por dois mil milhões de dólares pela Tesla Motors, da qual também é um dos co-fundadores. É esta a fabricante de automóveis elétricos que poderá vir a instalar uma unidade de produção em Portugal. As negociações com o Governo português estão em andamento, mas Portugal não corre sozinho neste concurso.

Musk também é um dos maiores entusiastas de automóveis de condução inteligente. Polémica em torno de carros sem condutores? A história está do seu lado, assume Musk: “Quando Henry Ford produziu carros baratos e fiáveis, as pessoas disseram: ‘Nah, qual é o problema com os cavalos?’ Isso foi uma grande aposta que Ford fez. E funcionou”. E Musk quer o mesmo com os seus Tesla, automóveis que já têm capacidade autónoma total. Modelos que estão agora disponíveis em Portugal. Os preços arrancam nos 76 mil euros, mas os extras são caros.

Mas o impacto de Musk ao nível da mobilidade dos transportes será bastante maior no futuro. E isto sem contar com as viagens humanas a Marte, que podem ainda parecer algo do domínio da ficção científica. Em 2013, apresentou ao mundo o Hyperloop, um novo conceito de transporte que permitirá viajar a 1.200 quilómetros por hora. Já tem um contrato para a construção de uma ligação entre Los Angeles e San Francisco, na ordem dos seis mil milhões de dólares.

Super-herói ou super-vilão? Seja qual for a personagem, Musk escapa à nossa realidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A Tesla tem concorrência: chama-se Faraday Future

O FF 91 pode bem ser o carro elétrico mais rápido do mundo, se se confirmar que é mesmo capaz de chegar aos 100 quilómetros por hora em 2,39 segundos. Destrona o Model S P100D da Tesla.

O FF 91 foi apresentado na feira de tecnologia CES, em Las Vegas.Faraday Future

Talvez não saiba, mas a Tesla Motors tem concorrência direta: a Faraday Future. Esta quarta-feira, a empresa apresentou um automóvel elétrico que bate o Tesla Model S P100D em aceleração. Alegadamente, o novo modelo FF 91 vai dos zero aos 100 quilómetros por hora em 2,39 segundos, enquanto o carro da Tesla é capaz de chegar à mesma velocidade em 2,5 segundos, refere a agência Bloomberg.

A ser verdade, é o carro elétrico mais rápido alguma vez desenvolvido. Tem 1050 cavalos (sim, mil e cinquenta) e uma só carga “é suficiente para viajar de Los Angeles a Sillicon Valley” e ainda sobra, garantiu Peter Savagian, responsável da empresa. Tem também algumas funcionalidades de automatização, como a possibilidade de encontrar estacionamento sozinho.

“Não estamos só a construir um veículo, mas um ecossistema de mobilidade partilhado online”, frisou Jia Yueting, o multimilionário chinês que investiu 300 milhões de dólares (cerca de 287,3 milhões de euros) do próprio bolso nesta ambiciosa empresa. É, atualmente, presidente executivo, estando ainda envolvido em diversas outras empresas de tecnologia.

O preço do automóvel não foi revelado. A Faraday Future prevê que o carro chegue ao mercado em 2018, mas é possível reservar uma unidade por 5000 dólares, cerca de 4770 euros. O evento de apresentação da Faraday Future decorreu em Las Vegas no âmbito da Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de tecnologia e eletrónica de consumo do mundo, que está a decorrer esta semana nos Estados Unidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Panasonic investe em fábrica da Tesla

A tecnológica japonesa Panasonic vai injetar quase 250 milhões de euros na fábrica da Tesla em Nova Iorque. Aí, irá produzir células fotovoltaicas já a partir do verão de 2017.

Em 2017, a Panasonic vai produzir células e módulos fotovoltaicos numa fábrica da Tesla em Buffalo, Nova Iorque. A informação foi avançada por ambas as empresas, sendo que a tecnológica japonesa irá investir quase 250 milhões de euros (30 mil milhões de ienes) na unidade fabril da fabricante automóvel, de acordo com a agência Reuters.

Ambas as empresas começarão a produzir os componentes já no verão do próximo ano, prevendo-se ainda um aumento de produção dos módulos em 2019. Por um lado, além de fornecer a fábrica, a Tesla assinou um compromisso de compra a longo prazo com a Panasonic. Por outro, a Panasonic assumirá os custos de produção.

O acordo vem reforçar a parceria entre a Tesla e a Panasonic anunciada em outubro, que contempla projetos conjuntos no setor da energia solar. Segundo a Reuters, a Panasonic tem vindo a focar-se mais em componentes para a indústria automóvel e nos clientes corporativos do que na eletrónica de consumo. Por sua vez, a Tesla mantém-se de olhos postos na era elétrica e nos veículos elétricos de alta performance.

A Panasonic também está envolvida no investimento de cinco mil milhões de dólares da gigafábrica que está a ser construída no Nevada, segundo o jornal espanhol Cinco Dias. O empreendimento servirá para produção de baterias de lítio para automóveis elétricos. E por falar em baterias, a Panasonic é a empresa que fornece as dos novos automóveis Tesla Model 3, sendo também a fornecedora exclusiva de baterias para os Model S e Model X, já no mercado.

Com o anúncio, as ações da Tesla TSLA 0,00% dispararam na abertura. A poucos momentos do final da sessão, estavam a subir 2,81%, com os títulos a valerem 219,33 dólares. Já as da Panasonic caíram 0,65%, para 1215 ienes, na sessão desta terça-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Holanda também está na corrida pela fábrica da Tesla

Ministro da Economia holandês confirmou interesse do país em receber fábrica da Tesla.

Também o Governo holandês está a tentar atrair a fábrica da Tesla Motors, segundo avançou o ministro da Economia Henk Camp numa carta dirigida ao Parlamento do país, citada pela Bloomberg.

O facto de a empresa de Elon Musk já estar presente na Holanda, onde tem um pequeno centro de montagem de carros em Tilburg pode ser um trunfo na manga para o governo holandês ganhar a corrida a outros países interessados como Portugal e Espanha e outros países.

De resto, é nesta unidade de produção em Tilburg que a Tesla está a montar o seu modelo Tesla Model S, que é comercializado na Europa com componentes e peças que são despachadas diretamente dos EUA, da fábrica principal da marca em Freemont, Califórnia.

A decisão final quanto à localização da fábrica que a Tesla pretende instalar na Europa só deverá ser tomada no próximo ano. Até lá, os vários governos europeus vão tentar convencer Musk de que o seu país é o melhor para receber este investimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesla de olhos postos na realidade aumentada

A empresa de Elon Musk contratou dois especialistas na tecnologia, vindos diretamente da equipa que está a desenvolver os Microsoft HoloLens. Integração no automóvel Model 3 é uma hipótese.

O que estará Elon Musk a preparar? De acordo com o site Electrek, a Tesla foi buscar à Microsoft dois peritos da equipa que tem vindo a desenvolver os óculos HoloLens. As contratações parecem indicar que a fabricante de automóveis elétricos estará a voltar-se para a realidade aumentada, segundo a Business Insider.

Andrew Kim, designer sénior da equipa dos óculos de realidade aumentada da Microsoft, terá sido a primeira contratação — e, segundo o site, já atualizou o perfil no LinkedIn, indicando chefiar o departamento de design da Tesla em Hawthorne, Califórnia. A segunda terá sido Yekeun Jeongm, especialista em computer vision na mesma equipa, que desde o ano passado trabalha no departamento homónimo, na Tesla.

A imprensa especializada aponta como provável que a Tesla esteja a trabalhar no sentido de integrar a tecnologia da realidade aumentada nos automóveis Model 3. Outra hipótese é a de integrar a tecnologia no segmento das vendas, permitindo aos potenciais clientes interagirem de formas diferentes com a gama de veículos da empresa.

Recorde-se que a Tesla também está à procura de oportunidades em Portugal, como já confirmou ao ECO fonte da fabricante norte-americana. A empresa está também a recrutar pessoal em Lisboa, para os departamentos de vendas e serviços.

Além disso, Elon Musk deverá decidir em 2017 onde instalar a nova gigafábrica da empresa na Europa e Portugal surge como um dos destinos em cima da mesa, apurou o ECO — quer pela elevada exposição solar, quer pelas importantes reservas de lítio, um recurso mineral usado nas baterias dos automóveis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Namoro à Tesla começou em 2014

O segredo é a alma do negócio. O ditado é velho mas mantém-se. Qualquer país europeu adoraria receber o investimento que a Tesla pretende fazer com a instalação de uma gigafábrica no Velho Continente.

Portugal há muito que iniciou o namoro. A primeira abordagem começou como tantas outras e que infelizmente não tiveram qualquer consequência. Uma visita aos Estados Unidos, um road show para tentar atrair investimento direto estrangeiro. Entre as empresas abordadas estiveram a Google, o ebay, a Amazon e… a Tesla.

Os protagonistas da viagem recusam ficar com os louros de uma possível negociação com a empresa de Elon Musk. Foram apenas “conversas”, “atividade comercial”. Um piscar de olho.

“Discutir um investimento é muito mais do que isso. É necessário ter uma proposta. A empresa analisar a informação do país, avaliar o mercado, fazer visitas de campo”, explica ao ECO um dos responsáveis envolvidos.

Meses mais tarde, ainda em 2014, o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu “soube do interesse da Tesla” e “passou a informação”, disse o responsável ao ECO.

A partir daí começou uma ‘soft approach’. O ECO sabe que foram envolvidos privados para dar continuidade ao assunto. Chegaram mesmo a ser procuradas localizações na margem Sul, por exemplo na zona do ex-projeto Manhattan, que hoje denominado de cidade da água, em Almada, mas também em Palmela.

As démarches parecem não ter tido seguimento, mas, largos meses depois, já com o Governo de António Costa em funções, houve novo contacto. Mais uma vez, a informação foi passada a quem de direito no seio do Executivo. “A oportunidade parecia voltar a apresentar-se”, contou ao ECO um responsável.

Assim, tal como o ECO já avançou houve contactos do Governo português com a Tesla que “se iniciaram no primeiro semestre deste ano e que se desenvolveram agora no final do ano”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. “Os contactos tiveram início nos Estados Unidos e, entretanto, já decorreram aqui em Portugal”.

Um desses encontros foi com o secretário de Estado adjunto do Ambiente, José Mendes, que reuniu a 8 de setembro com uma delegação de alto nível da TESLA Motors, liderada por Douglas Alfaro e que incluía o responsável pelas Infraestruturas de Carregamento na Europa. Um dos tópicos do encontro foi “a possibilidade de atração de projetos de investigação e desenvolvimento da TESLA, tirando partido da infraestrutura rodoviária de classe mundial existente em Portugal”, revelou o Ministério do Ambiente na nota de agenda do encontro.

Não foi possível confirmar qual é o ponto das relações entre a Tesla e o Governo português. A Tesla confirmou ao ECO que “está à procura de oportunidades em Portugal”, mas ninguém levanta a ponta do véu sobre eventuais negociações, que impliquem a atribuição de benefícios fiscais, fundos comunitários, alterações de PDM, licenciamentos facilitados por contrapartida de um investimento milionário, criação de postos de trabalhos e do tempo que a empresa garante que ficará em Portugal.

Este tipo de negociações normalmente é feita através dos Regimes Contratuais de Investimento (RCI) negociados através da Aicep. Portugal tem ainda a oferecer, além dos incentivos, a rede de mobilidade eléctrica — o Mobi.e — que funciona e que permite aos fabricantes fazer testes, mas também uma rede de fabricantes de componentes para automóveis, tradição nesta indústria, custos de trabalho baixos quando comparados com a média europeia e, claro, produção de lítio, explicou ao ECO uma fonte envolvida no processo. Contudo, o lítio que Portugal produz — é o sexto maior produtor mundial — não é adequado para baterias de automóveis. É necessário passar primeiro por uma fundição. Um processo que exige um investimento avultado.

Mas Portugal não é o único pretendente neste casamento. Na corrida estão Espanha, França, Holanda e alguns Países da Europa de Leste, como avançou o Faro de Vigo. O fabricante automóvel e de baterias elétricas deverá decidir em 2017 a localização da fábrica que pretende instalar na Europa.

Quem vai casar com a carochinha?

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesla: “Estamos à procura de oportunidades em Portugal”

  • Rita Atalaia
  • 22 Novembro 2016

Depois do Governo, a Tesla também confirma que está à procura de oportunidades em Portugal. Independentemente da fábrica, a empresa de Elon Musk está a recrutar para a representação no país.

O Governo confirma que há contactos para trazer uma fábrica da Tesla para o país. E a Tesla? Também. A fabricante de automóveis norte-americana, liderada por Elon Musk, diz ao ECO que está à procura de oportunidades em Portugal, embora não tenha ainda uma decisão tomada. É que além de Portugal, Espanha também está a ser considerada. A decisão quanto à localização da unidade deverá ficar decidida no próximo ano.

“Podemos confirmar que estamos a recrutar talentos e à procura de oportunidades em Portugal”, confirma um porta-voz da Tesla em resposta às questões colocadas pelo ECO relativamente à intenção de implantar no país uma fábrica modelos elétricos, bem como de baterias Li-Ion (iões de lítio). A empresa não entra em detalhes, dizendo que “não tem mais nada para anunciar neste momento”.

A reação da empresa norte-americana acontece depois de o ECO ter confirmado que já houve contactos do Governo português com a Tesla. Contactos esses que “se iniciaram no primeiro semestre deste ano e que se desenvolveram agora no final do ano”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. “Os contactos tiveram início nos Estados Unidos e, entretanto, já decorreram aqui em Portugal.”

Um dos contactos foi feito pelo secretário de Estado adjunto do Ambiente, José Mendes, que reuniu a 8 de setembro com uma delegação de alto nível da Tesla Motors, liderada por Douglas Alfaro e que incluía o responsável pelas Infraestruturas de Carregamento na Europa. Um dos tópicos do encontro foi “a possibilidade de atração de projetos de investigação e desenvolvimento da Tesla, tirando partido da infraestrutura rodoviária de classe mundial existente em Portugal”, revelou o Ministério do Ambiente na nota de agenda do encontro.

Nesta reunião, terá sido discutida a possibilidade de se estender a Portugal a rede de supercarregadores de carros elétricos. Isto além do estabelecimento de uma representação formal do fabricante do país. E é para essa presença da marca em Portugal que a Tesla tem abertas várias vagas num processo de recrutamento que está a decorrer.

Mais um passo para a Tesla

O pedido para um representante oficial do fabricante em Portugal não é de agora. Os proprietários de carros da marca Tesla há muito que tinham de andar milhares de quilómetros para terem assistência aos seus automóveis. E chegaram mesmo a pedir a Elon Musk para terem uma assistência às viaturas mais próxima. Na altura, o líder da empresa partilhou uma notícia sobre o assunto nas redes sociais. E respondeu afirmativamente.

O responsável da Zeev, Carlos Jesus — que tem dado apoio à venda em Portugal de automóveis elétricos Tesla — confirmou ao Expresso que a empresa norte-americana iria abrir uma oficina no Prior Velho, em outubro.

“Começa a haver necessidade desta marca ter um apoio de oficinas dedicadas, que assegurem a manutenção regular destes veículos, pelo que a Zeev vai avançar com a abertura, a 13 de outubro, no Prior Velho, em Lisboa, de instalações que assegurem o apoio técnico aos carros elétricos que circulam na zona da Grande Lisboa e também pretendemos abrir outro espaço semelhante no Porto, até ao fim do ano”, uma vez que já havia cerca de 110 automóveis elétricos da Tesla a circularem em Portugal, com matrículas nacionais, disse o responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.