Elon Musk já não quer tirar a Tesla da bolsa. Ações derrapam mais de 5%

O presidente executivo da Tesla recuou esta sexta-feira na intenção de retirar as ações da empresa dos mercados de capitais. O avanço e recuo do gestor está a passar fatura aos títulos da fabricante.

As ações da Tesla cotadas na Alemanha estão sob pressão significativa esta segunda-feira, depois dos avanços e recuos do presidente executivo, Elon Musk, na intenção de retirar da bolsa a fabricante de automóveis elétricos. Os títulos da empresa estão a cair 5,27%, para 262,85 euros, de acordo com a Reuters.

Elon Musk, fundador da Tesla e um dos principais acionistas, publicou uma nota na última sexta-feira, na qual informa ter cancelado o plano para retirar dos mercados de capitais os títulos da companhia. “Estive reunido ontem [quinta-feira] com o Conselho de Administração da Tesla e dei-lhes a conhecer que acredito que o melhor caminho para a Tesla é que continue a ser uma empresa de capital público”, escreveu o gestor nessa nota.

O comunicado surgiu algumas semanas depois de Elon Musk ter revelado no Twitter a intenção de retirar a Tesla da bolsa. É pública a aversão do líder da Tesla aos investidores que apostam contra a empresa (short sellers), pelo que, na visão do gestor, a cotação dos títulos da bolsa desviam o foco da companhia daquilo que é a sua verdadeira missão: desenvolver e fabricar automóveis elétricos e acabar com os motores de combustão, um propósito assumido pela Tesla desde a primeira hora.

Na altura, Elon Musk disse que o financiamento para a operação de retirada da bolsa estava “garantido”. Uma informação que veio a provar ser imprecisa e que já mereceu ao fundador da Tesla um processo de averiguações por parte da SEC, a homóloga norte-americana da CMVM, que regula os mercados.

Antes da Tesla, Elon Musk, um dos homens responsáveis pela criação do PayPal, fundou a SpaceX, a primeira empresa privada de exploração espacial, que desenvolveu foguetões reutilizáveis e oferece lançamentos a preços muito abaixo do mercado. A Tesla é outro dos projetos do gestor. Nas últimas semanas, Elon Musk tem estado sucessivamente sob a luz dos holofotes, com algumas figuras públicas a questionarem o estado mental do gestor, conhecido pelo ritmo de trabalho avassalador e pelas noitadas laborais na principal fábrica da Tesla.

É o caso de Arianna Huffington, da administração da Uber e que faz parte do círculo de pessoas mais chegadas ao gestor. Huffington escreveu uma carta aberta ao fundador da Tesla, pedindo-lhe que trabalhe menos horas e que se foque também na sua saúde. Em resposta, através do Twitter, Elon Musk, respondeu: “Tu acreditas que isso é uma opção. Mas não é.”

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Afinal, Tesla vai ficar em bolsa. Garantia é de Elon Musk

  • Lusa
  • 25 Agosto 2018

Elon Musk voltou atrás na decisão de retirar a empresa de bolsa com base no feedback de acionistas, incluindo investidores institucionais.

O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, anunciou na sexta-feira que não vai tirar a empresa de carros elétricos de bolsa, depois de ter ameaçado que o poderia fazer.

De acordo com um comunicado, Elon Musk tomou a decisão com base no feedback de acionistas, incluindo investidores institucionais.

No dia 7 de agosto, o presidente executivo da Tesla escreveu, na sua conta Twitter, estar a “considerar tornar a Tesla privada a 420 dólares [cerca de 360 euros]”.

O ‘twitt’ de Musk surgiu horas depois de o Financial Times ter reportado que o Fundo de Saúde soberano da Arábia Saudita (país exportador de petróleo) comprou uma participação significativa (entre 3% e 5%) na Tesla Inc.

O ‘twitt’ de Musk surge também duas semanas após a Tesla ter revelado que teve prejuízos de 717,5 milhões de euros no segundo trimestre do ano.

A Tesla perdeu milhões para atingir o objetivo de produzir cinco mil exemplares do Modelo 3 por semana até junho. A empresa diz que a produção está a aumentar, com o objetivo e seis mil por semana até ao final e agosto.

Em meados de agosto, Elon Musk, deu uma entrevista ao New York Times, na qual confessou estar a viver “o ano mais difícil e mais doloroso da (sua) carreira”.

O estilo de Musk tem sido criticado por ser visto como conflituante com Wall Street. No início do ano, excluiu dois analistas de uma conferência, depois de perguntas que o incomodaram.

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Administração da Tesla quer conhecer o plano de financiamento de Musk

O conselho de administração da Tesla estará a avaliar a proposta de Musk, para tirar a empresa de carros elétricos da bolsa a 420 dólares por ação. O empresário garantiu que tinha financiamento.

O conselho de administração da Tesla não conhece na totalidade o plano de financiamento de Elon Musk, que anunciou que estava a considerar tirar a empresa de bolsa. Pedem assim mais informações ao CEO.

O conselho já terá tido várias discussões sobre a proposta, mas ainda não recebeu informação detalhada, avança a Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês). As intenções de Elon Musk foram reveladas através do Twitter, onde o empresário explicou que queria tirar a empresa de carros elétricos de bolsa a 420 dólares por ação.

No tweet Musk revelou também que o financiamento estava garantido, mas não deu a conhecer publicamente mais detalhes sobre a sua origem. O pedido do conselho de administração vem mostrar que os próprios administradores não estão a par de todas as informações.

O preço das ações que o CEO indica têm implícita uma avaliação da Tesla a rondar os 72 mil milhões de dólares, portanto, para conseguir garantir financiamento, o investidor tem de ter uma alta capacidade financeira.

Segundo a Reuters, o conselho estará a deliberar se vai pedir uma revisão formal da proposta de Musk, e a considerar pedir assistência a analistas financeiros. Se o fizerem, poderá ter de ser formado um comité especial.

As ações da Tesla têm sofrido variações com estas notícias, mas os últimos registos veem os títulos a desvalorizar, já cerca de 7%. A rentabilidade da Tesla já tem sido discutida pelos meios de comunicação e analistas, que duvidam da capacidade da procura pelos carros elétricos ser suficiente para a empresa lucrar.

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Tesla anuncia receitas recorde, mas ainda dá prejuízo

  • ECO
  • 1 Agosto 2018

A Tesla registou receitas recorde no segundo trimestre, mas voltou a apresentar prejuízos. Elon Musk conta aumentar a produção do seu Model 3 para regressar aos lucros dentro de dois trimestres.

A Tesla registou receitas recorde no segundo trimestre, mas voltou a apresentar prejuízos. Elon Musk conta aumentar a produção do seu Model 3 para regressar aos lucros dentro de dois trimestres.

A fabricante de automóveis apresentou esta quarta-feira os resultados do último trimestre. Até viu o volume de negócios aumentar dos 2,79 mil milhões de dólares para os quatro mil milhões. Ainda assim, agravou prejuízos para 717,5 milhões, o dobro face ao mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo, a Tesla anunciou que espera aumentar a produção do Model 3 para 6.000 unidades por semana até final de agosto. Desta forma, deverão sair das suas fábricas entre 50 mil e 55 mil unidades do Model 3 durante o terceiro trimestre.

Elon Musk tem estado sob pressão para provar que a Tesla consegue apresentar uma produção consistente do seu mais recente modelo, cujo fabrico se apresentou um desafio e consumiu muitos recursos financeiras à companhia. A Tesla sempre recusou um novo aumento de capital, mas os analistas esperam que a empresa venha a anunciar uma operação deste género até final do ano.

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A Tesla terminou o trimestre com 2,78 mil milhões de dólares em cash, após gastos de capital de 609,8 milhões no trimestre.

Já o fluxo de caixa livre, um indicador importante sobre a saúde financeira de uma empresa, foi de -739,5 milhões de dólares no segundo trimestre, uma melhoria face aos mil milhões negativos apresentados no trimestre anterior.

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Trabalhador sabotou a Tesla. Queria ser promovido

Um funcionário da fabricante automóvel Tesla foi apanhado a praticar atos de sabotagem contra a empresa, acusou Elon Musk num email interno enviado aos funcionários. "É muito mau", diz o gestor.

O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, acusou um funcionário de “sabotagem”. O gestor enviou um email aos funcionários da fabricante automóvel, onde se lê que um trabalhador levou a cabo “atos de sabotagem continuados e lesivos” à companhia. O trabalhador acusado queria ser promovido na empresa, o que nunca chegou a acontecer.

Em causa estarão, sobretudo, atos de sabotagem como alterar partes do código informático do sistema operativo de origem dos automóveis da marca. Mas o alegado sabotador também terá enviado dados sensíveis que são propriedade da empresa a terceiros, de acordo com a mesma mensagem, assinada por Musk. A notícia foi avançada pela Reuters, que teve acesso ao email interno da Tesla.

Como sabem, há uma longa lista de organizações que querem que a Tesla morra.

Elon Musk

Presidente executivo da Tesla

O líder da Tesla tomou conhecimento da situação este fim de semana e admite que não sabe até onde foram os alegados atos de sabotagem. “A total dimensão das suas ações não é clara, mas o que ele admitiu até agora é mesmo muito mau”, escreveu Elon Musk.

Para já, sabe-se que o funcionário acusado teria a ambição de ser promovido. “Ele disse que o que o motivava era uma promoção que não chegou a receber”, refere Elon Musk no mesmo email, citado pela Reuters.

A empresa desconhece se o funcionário agiu sozinho ou de forma concertada com outras pessoas ou organizações, pelo que já abriu uma investigação interna para tentar apurar até onde foram os alegados atos de sabotagem. “Como sabem, há uma longa lista de organizações que querem que a Tesla morra”, confessa Elon Musk na mensagem enviada aos trabalhadores.

A Tesla fabrica automóveis de alta performance com motores elétricos. A empresa, com sede em Palo Alto, na Califórnia (EUA), conta com um valor de mercado de cerca de 62,96 mil milhões de dólares.

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Tesla na falência? Musk prega partida do dia das mentiras no Twitter

  • Juliana Nogueira Santos
  • 2 Abril 2018

Depois de um mês de más notícias, o anúncio de falência parecia óbvio. Mas Musk enganou milhões através do Twitter. No dia das mentiras vale tudo.

O alerta foi lançado entre suspense. “Notícias importantes daqui a umas horas…”, escreveu Elon Musk no seu Twitter. Depois de um mês de más notícias para a sua marca de automóveis elétricos, o anúncio parecia muito óbvio.

Horas depois, chega um texto em formato de comunicado. “Tesla abre falência – Palo Alto, Califórnia, 1 de abril”, lê-se noutro tweet do fundador da Tesla e da Space X. “Apesar dos esforços intensos por angariar financiamento, incluindo um lançamento massivo de uma venda de Easter Eggs, é com tristeza que anunciamos que a Tesla entrou completamente e totalmente em falência. Está tão falida que nem dá para acreditar.

Na impossibilidade de escrever todo o comunicado numa publicação, visto que cada tweet só comporta 240 carateres, seguiu-se uma sequência ainda mais surpreendente. “Há vários capítulos de falência a apresentar e, tal como os críticos destacaram corretamente, a Tesla apresentou-os todos, incluindo o capítulo 14 e meio (o pior)”, continuou Musk, referindo-se a um documento que não existe.

Depois do texto, a fotografia da desgraça. Acompanhado por uma fotografia que mostra o empresário sentado no chão, de olhos fechados, encostado a um dos seus carros, envergando um cartaz a dizer “Bankwupt!”, aparecia o texto: “Elon foi encontrado desmaiado contra um Tesla Model 3, rodeado de garrafas de “Tesquilla”, com sinais de lágrimas secas ainda visíveis nas suas bochechas“.

Despedindo-se com um “feliz mês novo”, Musk denunciou a sua partida do dia das mentiras, celebrado por todo o mundo no dia 1 de abril. Serviu-se do Twitter, a sua rede social favorita, na qual também já tinha anunciado — mas de verdade — o encerramento das páginas de Facebook das suas empresas.

No mês passado, as ações da Tesla caíram mais de 22%, a maior queda mensal desde dezembro de 2010, altura em que a empresa entrou em bolsa. Os receios de as metas de produção não serem alcançadas a tempo e o último acidente com um carro autónomo, que causou um morto, tem levado muitos a criticar o plano de negócio de Musk e a duvidar da sustentabilidade das suas empresas.

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Inovação grega atrai investimento da Tesla para centro de pesquisa tecnológica

  • Lusa
  • 11 Março 2018

Tesla anunciou no final de fevereiro que estabelecerá perto de Atenas um centro de pesquisa e desenvolvimento dos seus motores. Um investimento de 750 mil euros considerado "importante" para o país.

Um protótipo de carro elétrico projetado em Atenas atraiu o interesse da americana Tesla, que contratou engenheiros gregos e estabelecerá na Grécia um centro de pesquisa, inovação simbólica num país atingido por quase dez anos de profunda crise.

Desenvolvido na Escola Politécnica de Atenas, este veículo chamado Pyrforos já foi premiado várias vezes nos últimos anos na competição ecológica Eco-Marathon da Shell, que visa encontrar o veículo que consegue viajar a maior distância possível com a menor energia possível.

A sua reputação “já permitiu que muitos engenheiros gregos fossem contratados em Palo Alto, Califórnia, na sede da Tesla“, o fabricante de automóveis elétricos do bilionário Elon Musk, mas também por outros fabricantes estrangeiros, congratula-se Antonios Kladas, chefe do laboratório de motores elétricos da Ecole Polytechnique.

A Tesla anunciou no final de fevereiro que estabelecerá perto de Atenas um centro de pesquisa e desenvolvimento dos seus motores. Um investimento de 750 mil euros considerado “importante” para o país, que surge de um longo período de recessão.

A Tesla vai contratar cerca de 40 engenheiros gregos que estão atualmente a trabalhar no exterior, um passo muito positivo para reverter a fuga de cérebros que o país sofreu durante a crise“, disse George Nounesis, diretor de Demokritos, o centro de pesquisa onde a Tesla será estabelecida.

Nounesis espera um maior investimento na inovação na Grécia, observando que as grandes empresas do setor “aproveitarão o valor agregado do capital intelectual disponível para o país”.

Cerca de 500 mil pessoas, na sua maioria jovens diplomados com idades entre os 20 e os 40 anos, deixaram o país desde o início da crise da dívida em 2010, que fez cair o produto interno bruto (PIB) do país cerca de um quarto.

"A Tesla vai contratar cerca de 40 engenheiros gregos que estão atualmente a trabalhar no exterior, um passo muito positivo para reverter a fuga de cérebros que o país sofreu durante a crise.”

George Nounesis

Diretor de Demokritos

Mas depois de um crescimento de 1,4% em 2017, não muito longe dos 2,3% de toda a Zona Euro, e “com as reformas realizadas, a Grécia beneficiará de um crescimento de 2% em média nos próximos três anos graças ao retorno do modelo económico tradicional baseado no aumento do consumo, exportações e investimentos”, prevê Panayiotis Petrakis, professor de economia da Universidade de Atenas.

Entre 3 e 4 mil milhões de euros foram investidos na Grécia nos últimos dois anos, “um recorde” dos últimos quinze anos.

Philip Morris International, que em 2003 comprou a Papastratos, uma das mais antigas empresas de tabaco gregas, investiu 300 milhões de euros na produção de seu novo cigarro Iqos, de tabaco aquecido.

“Este investimento é um voto de confiança na economia grega”, disse Christos Harpantidis, diretor da Papastratos. Duas fábricas semelhantes já existem em Itália e na Roménia.

No entanto, os especialistas permanecem cautelosos cinco meses depois da saída da Grécia da tutela dos seus credores, da UE e do FMI e do retorno aos mercados de dívida após um longo período de austeridade, marcado pela queda dos salários e das pensões.

“Os atrasos permanecem nos setores agrícola e industrial, que devem tornar-se mais competitivos e continuar as reformas”, disse Panayiotis Petrakis.

O mercado imobiliário, que tem um grande potencial para a Grécia, favorecido por condições geográficas e climáticas, está lutando para recuperar a cor devido a problemas burocráticos.

O desafio para a Grécia, diz Petrakis, é agora a “estabilização”, não só dentro, mas também fora, dada a sua posição geopolítica sensível, entre a Europa, a Turquia e o Médio Oriente.

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Automóveis de teste da Tesla terão sido usados para minerar criptomoedas

Hackers encontraram uma conta da Tesla na cloud sem password e usaram o serviço para minerar moedas digitais. Alguns carros de teste da empresa terão sido comprometidos.

O problema não terá afetado carros vendidos pela empresa e detidos por clientes. Só veículos de teste.Elon Musk/Tesla/Twitter

Alguns automóveis da Tesla poderão ter sido usados para minerar criptomoedas, na sequência da invasão por desconhecidos de uma conta da empresa na cloud da Amazon. Segundo a fabricante, o problema ter-se-á limitado a carros usados pela Tesla para testes e não afetou automóveis adquiridos e usados por clientes.

O caso foi descoberto por uma startup de cibersegurança, chamada RedLock. Os especialistas encontraram uma conta na cloud que não tinha password e pertencia à Tesla, mas aperceberam-se de que a mesma já tinha sido descoberta por alguém. Terá sido esse “alguém” a instalar nos servidores um programa para minerar criptomoedas, ou seja, usar os recursos daquelas máquinas para gerar novas moedas virtuais a seu próprio proveito, às custas da Tesla. Como consequência, alguns automóveis de testes da marca poderão ter tido os computadores de bordo a minerar criptomoedas também.

A descoberta desta conta da Tesla totalmente exposta na internet fez parte de um programa de “caça aos bugs”, ou bug bounty. Em linhas gerais, é um método em que as empresas permitem a terceiros que explorem e encontrem vulnerabilidades nas respetivas infraestruturas, pagando por cada erro encontrado. Quem se dedica a esta atividade é obrigado a reportar os problemas às empresas antes de os levarem a público, para permitir que os mesmos sejam corrigidos.

Foi o que aconteceu. A Tesla tratou do problema e, à Business Insider, fonte oficial indicou: “Nós temos um programa de bug bounty para encorajar este tipo de investigações e resolvemos esta vulnerabilidade poucas horas depois de tomarmos conhecimento do mesmo.” A empresa acrescentou ainda: “O impacto parece ter sido limitado a veículos internamente usados por engenheiros para testes e a nossa investigação inicial não encontrou indícios de que a privacidade dos clientes ou a segurança dos veículos tenha sido, de alguma forma, comprometida.”

Segundo o jornal, a invasão poderá ter comprometido, ainda assim, informação gerada e detida pela Tesla relativamente a telemetria, mapeamento e serviços associados aos automóveis elétricos que a empresa faz e comercializa. Estes dados representarão propriedade intelectual da empresa que, caindo nas mãos erradas, pode tornar-se numa grande dor de cabeça para a empresa liderada por Elon Musk.

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Tesla faz aposta de peso com novo camião elétrico

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Agosto 2017

Elon Musk poderá revelar nos próximos meses um reforço de peso: um camião elétrico com autonomia entre 321 e os 482 quilómetros.

Para quê parar nos carros quando existem camiões? Terá sido esta questão que assolou a mente de Elon Musk durante algum tempo e parece ter surtido efeito. A Tesla poderá revelar, nos próximos meses, um camião elétrico com autonomia entre os 321 e os 482 quilómetros, para competir diretamente com os camiões a diesel.

A novidade foi avançada pela Reuters que já contactou a fabricante de automóveis, mas não conseguiu uma confirmação. “A política da Tesla é recusar comentar especulações, sejam verdadeiras ou falsa, e fazer isso seria absurdo. Absurdo!”, afirmou a marca por email.

"A política da Tesla é recusar comentar especulações, sejam verdadeiras ou falsa, e fazer isso seria absurdo. Absurdo!”

Tesla

Mesmo sendo “absurdo”, na reunião anual da marca, no passado mês de junho, Musk repetiu a sua promessa de ir além dos limites, afirmando que “muitas pessoas não acham que conseguimos fazer grandes trabalhos, como veículos de longa distância elétrico, mas estamos confiantes que isso pode ser feito”.

O plano da Tesla estará de acordo com aquilo que os investigadores da área pensam ser possível fazer com a tecnologia atual. Em declarações à agência, Sandeep Kar, responsável de estratégia da tecnológica Fleet Complete, garantiu que, “assim que consiga quebrar a barreira das 200 milhas [482 quilómetros], estará tecnicamente certo”.

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O Model 3 da Tesla visto por dentro

O interior é minimalista com as funcionalidades agregadas num ecrã tátil. O teto é quase todo feito de vidro para dar dimensão a um carro que é mais pequeno do que o habitual.

Foi uma madrugada de revelações para a Tesla. Elon Musk entregou finalmente os primeiros Model 3 ao público. Esta é a aposta da empresa para lançar carros elétricos para as massas. Com pompa e circunstância, Musk entrou no evento a conduzir o novo carro em tons de vermelho. Este é o primeiro modelo dirigido a um público mais alargado com a aposta a recair num interior minimalista, contrastando com os carros tradicionais.

Há duas semanas, foi o próprio presidente executivo da empresa quem mostrou uma fotografia de um Model 3 novo em folha. Mas na apresentação desta sexta-feira foi possível ver como é o carro por dentro. Foram entregues 30 automóveis deste novo modelo durante o evento da Tesla para assinalar o início da venda do novo carro elétrico. No evento, Musk disse estar “confiante de que este será o melhor carro neste intervalo de preços”.

As pré-encomendas do Model 3 começaram em março, pouco depois da apresentação do automóvel, mediante o pagamento de 1.000 dólares — o carro custa 35 mil dólares. Segundo os números mais recentes, terão sido encomendados já 500 mil Model 3, segundo a Bloomberg. No início do mês, Elon Musk prometeu que a produção irá “crescer exponencialmente” e passará de 100 unidades produzidas em agosto para mais de 1.500 em setembro. O objetivo anual para 2018 é de 500 mil unidades produzidas.

As características deste novo modelo passam por um design minimalista. Mas ao lado do volante há um ecrã com um tamanho semelhante a um tablet que ajudará o condutor. A condução é semi-autónoma, existindo poucos botões nas imagens divulgadas. Uma das características mais surpreendente é o teto do carro que é quase todo feito de vidro.

Segundo a Bloomberg, o consumidor pode optar entre duas baterias para o carro: uma mais modesta, que corresponde aos 35 mil dólares, e uma com maior alcance, o que coloca o preço do carro nos 44 mil dólares. A Motor Trend teve acesso ao carro em primeira mão, cujo vídeo do test drive pode ser visto aqui.

Na sexta-feira as ações da Tesla em Wall Street subiram 0,18% para os 335,07 dólares.

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As primeiras imagens do Model 3, o bebé da Tesla

Elon Musk, o presidente executivo da Tesla, partilhou no Twitter as primeiras fotos do novo automóvel elétrico da marca. Veja as imagens do Model 3, o primeiro dirigido a um público mais alargado.

Já existem fotografias do Model 3, o primeiro automóvel da Tesla voltado para um segmento de mercado mais alargado. As imagens chegaram via Twitter pelas mãos do próprio presidente executivo da empresa, Elon Musk. A cereja no topo do bolo? As fotos são já de um veículo final. Ou seja, não se trata de um protótipo mas sim de uma unidade que seria vendida ao público numa situação normal.

Além do mais, há história por trás. É contada pela Business Insider: o automóvel elétrico Tesla Model 3 de cor preta que aparece nas imagens é do próprio Elon Musk e trata-se da primeira unidade a ser produzida para venda. Essa unidade deveria ir para um cliente que se dá pelo nome de Ira Ehrenpreis, o primeiro a fazer o depósito do valor necessário para a pré-encomenda. Deveria ser ele, por isso, a receber o primeiríssimo Model 3. Mas não foi.

Segundo avançou Elon Musk no Twitter, Ira Ehrenpreis cedeu esse direito a Elon Musk como prenda de aniversário — Musk fez 46 anos no passado dia 28 de junho. De acordo com o jornal, 30 automóveis deste novo modelo serão entregues aos clientes já no dia 28 de julho, para assinalar o início da venda do novo carro elétrico da Tesla. Em setembro deverão ser produzidas outras 1.500 unidades. Em dezembro, o número deverá chegar aos 20.000 automóveis vendidos.

As pré-encomendas do Model 3 começaram em março, pouco depois da apresentação do automóvel, mediante o pagamento de 1.000 dólares. Em pouco tempo, a empresa registou 325.000 pré-encomendas num volume de negócios futuro de cerca de 14 mil milhões de dólares. O número terá chegado já às 400.000 pré-encomendas do novo automóvel, conhecido pela performance avançada, pelo design elegante e pelas tecnologias inovadoras, como a condução semi-autónoma.

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Reportagem expõe más condições em fábrica da Tesla

Stress, baixos salários e um número anormal de acidentes. O 'The Guardian' publicou uma reportagem onde expõe as más condições numa fábrica da Tesla na Califórnia. Elon Musk está a par da situação.

A fábrica da Tesla em Fremont emprega 10.000 pessoas.Wikimedia Commons

As condições de trabalho numa fábrica da Tesla estão a ser postas em causa, após uma reportagem do jornal britânico The Guardian que pôs a descoberto as queixas de diversos trabalhadores sobre o stress, a dor e até os ferimentos que sofrem. A unidade em causa é a de Fremont, na Califórnia, outrora tradicional, mas que, depois de ser comprada pela fabricante elétrica, se transformou numa “fábrica do futuro”.

Em Fremont existem robôs gigantes e muita, muita tecnologia. Mas quem lá trabalha vê as coisas de outra forma: “Tudo parece ser o futuro, exceto nós”, disse ao jornal Richard Ortiz, um trabalhador da Tesla naquela unidade fabril. Outro trabalhador, Jonathan Galescu, afirmou: “Tenho visto pessoal a desmaiar, a cair no chão como uma panqueca e a partirem a cabeça. Eles dizem-nos para continuarmos a trabalhar enquanto ele ainda está no chão.”

A fábrica emprega 10.000 trabalhadores e, apurou o jornal, desde 2014 que já se deslocaram à unidade mais de uma centena de ambulâncias para assistirem trabalhadores que desmaiaram, que se sentiram mal, que tinham respiração anormal ou dores no peito.

Em fevereiro deste ano, Jose Moran, trabalhador da Tesla, escreveu um artigo na plataforma Medium, onde descreve o regime exigente da empresa. Entre os problemas, Moran fala de horas extraordinárias, altas taxas de ferimentos e baixos salários. Alguns trabalhadores têm ponderado juntar-se ao sindicato “United Auto Workers”.

"Tenho visto pessoal a desmaiar, a cair no chão como uma panqueca e a partirem a cabeça. Eles dizem-nos para continuarmos a trabalhar enquanto ele ainda está no chão.”

Jonathan Galescu

Trabalhador da Tesla

Musk: Não somos “capitalistas gananciosos”

O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, é visto como um visionário. Confrontado com estas informações pelo The Guardian, reconheceu que os trabalhadores têm atravessado “tempos difíceis, a trabalhar durante longas horas e em tarefas duras”. No entanto, acrescentou que se “preocupa profundamente” com a segurança e bem-estar dos empregados, refere o jornal.

“Somos uma empresa que perde dinheiro. Isto não é um caso em que, por exemplo, sejamos capitalistas gananciosos que decidimos descorar a segurança para termos lucros e dividendos maiores, ou esse tipo de coisa. É tudo uma questão de quanto dinheiro perdemos. E como é que sobrevivemos? E como é que não morremos e toda a gente perde os seus empregos”, rematou Musk. Recorde-se que a Tesla registou 330 milhões de dólares de prejuízos nos primeiros três meses do ano.

"Somos uma empresa que perde dinheiro. Isto não é um caso em que, por exemplo, sejamos capitalistas gananciosos que decidimos descorar a segurança para termos lucros e dividendos maiores, ou esse tipo de coisa.”

Elon Musk

Presidente executivo da Tesla

Além disso, explicou que não se deve comparar a Tesla com outras fabricantes automóveis em termos de capitalização bolsista. A empresa superou recentemente o valor da Ford e, por breves instantes, o da General Motors. Sobre isso, Elon Musk disse: “Acredito que o nosso valor de mercado é mais alto do que merecemos.” E assume isso na medida em que a produção da Tesla é 1% da produção da General Motors.

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