Elon Musk torna-se o segundo homem mais rico do mundo

  • Lusa
  • 24 Novembro 2020

A fortuna do patrão da Tesla e da SpaceX ascendeu a 128 mil milhões de dólares na segunda-feira, superando Bill Gates e ficando apenas atrás de Jeff Bezos.

O líder da Tesla, Elon Musk, tornou-se no segundo homem mais rico do mundo, ultrapassando Bill Gates, de acordo com a classificação de multimilionários da agência Bloomberg.

A fortuna do fundador da Tesla, fabricante de veículos elétricos, aumentou na segunda-feira em 7,2 mil milhões de dólares e ascendeu a 128 mil milhões de dólares (107,7 mil milhões de euros).

O mediático dirigente da Tesla, que é também co-fundador da empresa espacial SpaceX, já tinha visto a sua fortuna superar a de Mark Zuckerberg, líder do Facebook, e a de Bernard Arnault, que dirige o grupo de artigos de luxo LVMH.

Segundo esta classificação, à frente de Musk, de 49 anos, está apenas o fundador da Amazon, Jeff Bezos, com uma fortuna calculada em 182 mil milhões de dólares. Bill Gates é o terceiro, com 127,7 mil milhões de dólares. O antigo co-fundador da Microsoft tem dedicado parte da sua fortuna à fundação Bill e Melinda Gates.

A ascensão fulgurante de Musk está associada à subida dos títulos da Tesla em Wall Street, com ganhos de 500% desde o início do ano.

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Wall Street afasta-se de recordes. Tesla sobe 12% com entrada no S&P 500

As bolsas norte-americanas estão a desvalorizar, afastando-se dos recordes da sessão anterior. No entanto, as ações da Tesla estão a ganhar 12% com a notícia de que a empresa vai entrar no S&P 500.

Depois dos ganhos sólidos das últimas sessões, as bolsas norte-americanas estão em queda, com o S&P 500 e o Dow Jones a afastarem-se dos recordes atingidos na sessão anterior, mas com o tecnológico Nasdaq a negociar praticamente na linha de água.

Porém, as atenções estão centradas na Tesla, que valoriza quase 12% com a notícia de que a empresa liderada por Elon Musk vai mesmo ser integrada no S&P 500 já em dezembro. A inclusão da fabricante já era aguardada pelos investidores, que ficaram dececionados em setembro com a decisão do comité responsável de incluir outras duas empresas no índice.

Com a confirmação da decisão na segunda-feira à noite, os investidores voltam agora a comprar ações da Tesla, na expectativa de ganhos quando os fundos de investimento começarem a investir nos títulos, para repercutir a carteira do índice. Haverá milhares de milhões de dólares em ordens de compra sobre os títulos.

Tanto o índice de referência como o industrial Dow Jones perdem valor, depois de terem renovado máximos históricos na sessão anterior com as notícias positivas sobre uma vacina para a Covid-19. O S&P 500 cai 0,77% e o Dow Jones recua 1,24%, à medida que os investidores vão aproveitando para encaixar mais-valias. O tecnológico Nasdaq negoceia com uma perda marginal de 0,02%.

Outro destaque do dia é a Walmart. A retalhista norte-americana revelou ter registado lucros no trimestre acima do esperado pelos analistas e as vendas online dispararam 79%. Apesar destes números, a empresa avisou os investidores de que os custos relacionados com a pandemia deverão continuar a refletir-se nas contas da empresa durante “algum tempo” e as ações caem 0,56%, para 151,64 dólares.

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Nas notícias lá fora: Covid, Glovo e Trump

A Covid-19 está a provocar problemas cardíacos em doentes recuperados há meses. A Glovo pode ser forçada a reconhecer os estafetas como seus funcionários.

A ciência continua a dar passos no conhecimento da Covid-19, uma doença que, apesar de amplamente propagada, ainda representa um mistério em diversos aspetos. Na imprensa internacional, destaque ainda para a notícia de que a justiça espanhola declarou que há relação laboral entre os estafetas e plataformas como a Glovo. Conheça estes e outros assuntos que marcam o dia lá fora.

The Wall Street Journal

Doentes “Covid-19” com problemas cardíacos meses depois

Apenas detetada no final de 2019, a doença Covid-19 é agora globalmente conhecida. Pelo contrário, o vírus que a induz continua a ser, em grande medida, um mistério para a ciência. Uma investigação recente notou que algumas pessoas que foram infetadas e recuperaram da doença vieram a apresentar problemas cardíacos meses depois da recuperação, mesmo em casos de infeção pouco severos. A descoberta pode ajudar a explicar o facto de alguns pacientes apresentarem problemas como falta de ar, dor no peito e palpitações mesmo depois de dados como curados da Covid-19, um fenómeno que tem vindo a ser apontado pelos médicos mas que ainda não tem cura nem justificação. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

CincoDías

Justiça declara existir relação laboral entre Glovo e estafetas

O Supremo Tribunal de Espanha declarou pela primeira vez que a relação que existe entre plataformas como a Glovo e os seus estafetas é de natureza laboral, uma decisão que poderá trocar as voltas ao negócio destas empresas. A justiça espanhola declarou ainda que os estafetas são falsos trabalhadores autónomos. A análise do tribunal é particularmente relevante, pois significa o reconhecimento pela justiça de que estas plataformas eletrónicas não são meros intermediários no negócio, tendo responsabilidades laborais sobre quem distribui os bens adquiridos através das mesmas. Leia a notícia completa no CincoDías (acesso livre/conteúdo em espanhol).

The New York Times

Trump recusa compromisso com transição pacífica de poder

Donald Trump, presidente dos EUA, recusou comprometer-se com uma transição pacífica de poder caso venha a perder as eleições de 3 de novembro. Instado a apresentar esse compromisso, o chefe de Estado respondeu apenas: “Francamente, não vai haver transferência. Vai haver uma continuação.” Esta questão tem ganhado relevância na política norte-americana. Trump tem vindo a levantar dúvidas infundadas sobre a fiabilidade do sistema eleitoral, concretamente o voto por correspondência, suscitando receios de que uma eventual derrota não seja aceite e provoque um choque democrático. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago).

CincoDías

BCE estuda criar uma “Amazon” para o crédito malparado

O BCE está a tentar antecipar-se a problemas no setor financeiro do euro por causa da pandemia do novo coronavírus. Tem dado o seu apoio às fusões no setor, procurando bancos mais fortes para enfrentar a crise, mas tem outros “truques” na “manga”. Um deles poderá passar pela criação de um “banco mau” digital, uma espécie de “Amazon” de malparado para facilitar a venda destes créditos tóxicos por parte dos bancos. Leia a notícia completa no CincoDías (acesso livre/conteúdo em espanhol).

The Guardian

Fabricantes automóveis processam EUA por causa das tarifas à China

Vários grupos fabricantes de automóveis, onde se inclui nomes como Tesla, Volto, Ford e Mercedes, colocaram vários processos contra a Administração Trump, alegando que alguns impostos aplicados sobre a importação de certas componentes vindas da China é “ilegal”. Concretamente, a Tesla considera que essas tarifas de 25%, onde se incluem produtos como os terminais, são “arbitrárias” e “caprichosas”. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Neste rent-a-car só pode escolher um Model… da Tesla

Dezassete sócios e aficcionados da marca de Elon Musk juntaram-se para criar uma rent-a-car que permite alugar ao dia todos os modelos existentes da Tesla. E até a Tesla gosta do negócio.

O ecrã marca 60% de bateria. Coloca-se o destino, de Lisboa ao Porto. Mais uma paragem obrigatória em Fátima. Para recarregar.

João Marcos Marchante explica, um por um, os passos para fazer uma viagem sem sobressaltos. Quer dizer, mais ou menos: é que, na verdade, João só passa a palavras o que se pode ver no ecrã assente no tablier do Model X, um dos oito automóveis Tesla que a Watts on wheels tem para alugar. Este carro é “anti-erro”, garante.

João é um dos 17 sócios fundadores da empresa, criada por apaixonados e aficionados da Tesla, em particular, e da mobilidade elétrica, em geral. A ideia de começar uma rent-a-car dedicada a veículos elétricos surgiu no grupo de Facebook “Tesla Club de Portugal”. “É um grupo que junta os entusiastas todos de Portugal. Eu estava lá porque gosto dos carros, às vezes dizia coisas que já sabia quando aparecia alguém que sabia ainda menos do que eu. A ideia surgiu no meio de uma conversa a propósito do quinto modelo anunciado pela Tesla e que a marca vai lançar, um Roadster 2, um super carro: faz dos 0 aos 100 em 1,9 segundos, autonomia gigantesca e uma performance brutal comparada com outros ‘supercarros’ e que vai custar 250 mil euros, um preço baixo para um hiper carro. Um elétrico, ninja, espetacular, por 250 mil”, relembra João.

Comentário puxa comentário, a Tesla tinha pré-reservas anunciadas e houve uma pessoa no grupo que propôs, “meio a brincar, meio a sério”, a compra conjunta do carro, numa operação que poderia ser gerida através de um modelo de time sharing. “52 pessoas, 52 semanas num ano, uma para cada investidor. Havia o problema do titular do carro, e surgiu a ideia de criar uma rent-a-car para evitar semanas sem ocupação e fazer render o investimento. Só que uma rent-a-car, por lei, tem de ter pelo menos sete carros”, explica João Marcos Marchante. Foi daí que pareceu surgir a oportunidade de negócio.

No grupo, os mais entusiastas da ideia decidiram marcar encontro presencial. Local escolhido? Fátima. E não foi só por fé no negócio. “Fátima foi onde foi inaugurado o primeiro supercarregador da Tesla em Portugal, é literalmente um ponto de peregrinação na A1″. Esse foi apenas o primeiro encontro. Os sócios juntaram-se mais vezes, numa série de reuniões, e perceberam que o fornecedor poderia bem ser potencial cliente.

Vejamos: a Tesla, como política de manutenção e costumer service, dá um carro de cortesia quando o veículo do proprietário demora mais de quatro horas a ser devolvido. Problema: a Tesla tem carros de cortesia mas, muitas vezes, faltam. “E não há carros destes para alugar em Portugal”, assegura João. Oportunidade: um dono de um carro que anda “a eletrões” não ficará muito satisfeito se, ainda que temporariamente, lhe derem um carro a gasóleo em troca do seu veículo verde. “Juntou-se a fome à vontade de comer porque, por um lado, a Tesla não tinha carros suficientes e queria desfazer-se dessa frota, alugando mais carros. Se esta rent-a-car fosse só Tesla, serviríamos a Tesla para nós próprios. Abordou-se a Tesla de alguma forma: foi uma mistura da brincadeira do Roadster com a lei para abrir uma empresa com um mínimo de sete carros, mais o argumento de ajudar a própria Tesla a servir melhor os seus clientes”, detalha João. Negócio pensado, negócio feito.

Isto é uma experiência, é como ir jantar a um restaurante com duas estrelas Michelin. É uma experiência, sobre rodas.

João Marcos Marchante

Cofundador da Watts on wheels

“Isto é uma experiência, é como ir jantar a um restaurante com duas estrelas Michelin. É uma experiência, sobre rodas”, defende João Marcos Marchante. “Claro que serve para suprir necessidades de mobilidade de alguém mas isso é extremamente redutor”, sublinha.

Lançada no final do ano passado, a Watts on Wheels tem atualmente oito Tesla disponíveis para aluguer — Model S, Model X e Model 3 –, assegurando pelo menos um exemplar de cada modelo lançado pela marca de Elon Musk. Os preços por dia/carro começam nos 165 euros e incluem o seguro contra todos os riscos, uma franquia, caução, carregamentos ilimitados na rede Tesla e não tem limite de quilómetros. O valor por dia diminui mediante a duração do período de aluguer: quantos mais dias, menor o preço diário.

Presença em casamentos

“Este fez uma presença num casamento”, conta João, a propósito do Model X, o maior da Tesla e com espaço para sete pessoas. O carro é único na frota da Watts on wheels e um dos favoritos dos clientes. Estes variam muito em termos de perfil: vão desde mulheres que querem surpreender os seus maridos a um avô que, em vez de comprar um presente ao neto, alugou o seu Tesla favorito para o levar a dar um passeio.

João Marcos Marchante, um dos 16 sócios da Watts on wheels.Hugo Amaral/ECO

O serviço está disponível em duas localizações no país — Lisboa e Porto — e, além do negócio B2C, a Watts on wheels começa agora a dar os primeiros passos em B2B. “Estamos a abordar empresas com posicionamento verde que queiram experimentar, apaparicar um cliente ou tenham, por exemplo, uma bolsa de rent-a-car dentro da empresa”, conta o cofundador. Tudo baseado na simplicidade do serviço.

“Dizemos muito que isto é para tratar como um telemóvel: o cliente chega a qualquer lado, o carro vai carregar como carrega o seu telefone. Como quando chegamos a um restaurante e estamos sem bateria e pedimos se se pode pôr a carregar um bocadinho. É só perguntar se tem uma ficha”, explica.

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Tesla reduz número de administradores. Saem quatro até 2020

A Tesla quer tornar o Conselho de Administração "mais ágil e eficiente". Por isso, anunciou ao regulador planos para reduzir o número de membros de 11 para sete. Vão sair quatro gestores até 2020.

A Tesla vai reduzir o número de administradores de 11 para sete. Quatro dos atuais membros do board da fabricante não serão reeleitos e vão deixar a empresa até final do próximo ano, segundo uma informação divulgada pela empresa ao regulador norte-americano dos mercados financeiros.

A decisão da empresa liderada por Elon Musk visa tornar o Conselho de Administração “mais ágil e eficiente” e, segundo a Tesla, não resultou da existência de qualquer conflito ou desacordo entre os administradores.

Segundo a Reuters, Stephen Jurvetson, Linda Johnson Rice, Brad Buss e Antonio Garcias são os quatro gestores em vias de deixar a administração da Tesla. Os dois últimos nomes fazem parte do comité responsável por assegurar que a empresa cumpre os termos do acordo assinado com o regulador, na sequência da polémica dos tweets de Elon Musk.

Desde que foi processado no ano passado por ter publicado informação falsa no Twitter, Elon Musk não deixou de continuar a publicar tweets por sua conta e risco, sem aprovação prévia do comité. Isso levou a que o processo fosse reaberto por alegada violação dos termos acordados entre Musk e a SEC (o regulador) e, na quinta-feira, a Justiça norte-americana deu a ambos mais uma semana para que possam chegar a um novo acordo.

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Carros da Tesla vão ficar mais caros. Marca desiste de encerrar lojas

Os preços de todos os modelos da Tesla vão ficar 3% mais caros ainda este mês, à exceção do Model 3. A subida visa compensar os custos com as lojas físicas que, afinal, vão permanecer abertas.

A Tesla desistiu do plano de fechar todas as lojas físicas. Em contrapartida, vai aumentar os preços ao nível global. O custo de todos os modelos vai subir 3% ainda este mês, à exceção do automóvel Model 3. A decisão vai no sentido de compensar a despesa com a manutenção desses espaços presenciais.

Os carros elétricos Model 3s, Model S e Model X vão ficar mais caros a partir de 18 de março, informou a empresa liderada por Elon Musk. Só escapa o Model 3, o mais acessível, que custa 35.000 dólares nos EUA e tem um preço base em Portugal de 56.900 euros. A informação foi avançada pela fabricante num comunicado, citado pelo The Verge.

A decisão de voltar atrás nos planos foi tomada depois de os responsáveis terem passado “duas semanas” a analisar “a localização de todas as lojas de retalho da Tesla”. A conclusão foi a de que muitas podem continuar abertas ao público “com menos trabalhadores”. Contudo, admite que “vai continuar a avaliar” a manutenção destes espaços ao longo dos próximos meses, pelo que algumas lojas físicas vão ser mesmo encerradas e outras continuarão abertas.

A ideia de Elon Musk, anunciada a 28 de fevereiro, era a de encerrar todos os espaços físicos e passar a vender os automóveis apenas na loja online, como forma de eliminar despesas correntes. A notícia tinha sido recebida com surpresa pelo mercado e até algum ceticismo, pois poderia significar a impossibilidade de os clientes experimentarem os veículos, o que poderia resultar em quebras nas vendas.

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“Eu não respeito a SEC”, diz Elon Musk após multa de 20 milhões de dólares

Elon Musk diz que não respeita a SEC, a autoridade que o multou em 20 milhões de dólares por causa de um tweet. Reportagem mostra ainda como a Tesla criou uma linha de montagem do Model 3 numa tenda.

Um mês depois de ser multado em 20 milhões de dólares por ter dado informações falsas aos investidores, Elon Musk ainda tem uma palavra a dar ao supervisor norte-americano dos mercados de capitais. “Eu quero ser claro: não respeito a SEC” (a congénere da CMVM nos EUA), disse o presidente executivo de empresas como a Tesla TSLA 0,00% e a SpaceX.

O polémico gestor volta a causar polémica, devido à postura pouco ortodoxa e às declarações ousadas numa entrevista exclusiva ao 60 Minutes, da CBS News, pouco depois de concluído um processo que o obrigou a pagar 20 milhões de euros e que condenou ainda a Tesla a um pagamento no mesmo valor. Depois de ter publicado no Twitter que tinha assegurado o capital para retirar a fabricante automóvel da bolsa, informação que se revelou falsa, Elon Musk foi ainda obrigado a abdicar do cargo de chairman da empresa.

Na entrevista, transmitida este domingo, Lesley Stahl pergunta ao gestor se, ainda assim, está a cumprir o acordo fechado com a SEC ao abrigo deste processo. Musk responde que sim, mas apenas por “respeito ao sistema judicial”. Garantiu ainda que, mesmo depois da acusação da SEC, ninguém na Tesla verifica os tweets que escreve antes de serem publicados, por uma questão de “liberdade de expressão”.

Sobre a possibilidade de voltar a publicar um tweet que se revele prejudicial para a empresa, o presidente executivo da Tesla acrescentou que “qualquer pessoa está sujeita ao erro”. Desconsiderou ainda as informações de que a nova chairwoman da empresa, a australiana Robyn Denholm, foi posta no cargo com a missão de supervisionar e conter o comportamento de Elon Musk.

A reportagem exclusiva do 60 Minutes no universo da Tesla revela também que a marca criou uma nova linha de produção do Model 3 no interior de uma tenda montada no parque de estacionamento da empresa, o que permitiu à fabricante aumentar a produção em 50%, de acordo com a CBS News. O Model 3 deverá chegar a Portugal em fevereiro.

Outro dos pontos quentes abordados no 60 Minutes foi as alegadas más condições de trabalho nas fábricas da empresa. As acusações foram totalmente rejeitadas pelo gestor, que argumentou que, na altura a que dizem respeito, ele próprio “vivia” na fábrica.

Elon Musk é conhecido pelos extensos horários de trabalho durante a semana e por estabelecer prazos apertados que, muitas vezes, se revelaram irrealistas. Mas, a par das polémicas e dos escândalos em que se vê envolvido, criou várias empresas que desafiaram os limites da tecnologia moderna.

Evolução das ações da Tesla em Wall Street

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Pressionada pela guerra comercial, Tesla abre concurso público para construir megafábrica na China

A empresa fundada por Elon Musk abriu um concurso público para a construção da megafábrica em Xangai, avaliada em dois mil milhões de dólares. Já há construtoras interessadas.

As tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos têm efeitos em várias empresas, e a Tesla não é exceção. A empresa fundada por Elon Musk abriu um concurso público para encontrar construtoras interessadas em participar na construção da megafábrica na China, avança a Reuters (conteúdo em inglês). E, segundo a agência, pelo menos uma construtora já começou a comprar materiais, um sinal de que a construção da fábrica, avaliada em dois mil milhões de dólares, está iminente.

O Shangai Construction Group também está na corrida, disseram duas fontes próximas do processo, acompanhada pela China Minmetals Corp, através da subsidiária Shanghai Baoye Group. Um funcionário desta última confirmou o envolvimento no processo, enquanto as restantes recusaram fazer comentários, assim como a própria Tesla.

A fábrica, avaliada em dois mil milhões de dólares (1,76 mil milhões de euros) é a primeira que a Tesla terá em território chinês. O objetivo de a instalar naquele país é reforçar a presença naquele que é o maior mercado automóvel do mundo, cujas receitas foram afetadas pelo aumento das tarifas sobre os produtos importados dos Estados Unidos, o que levou a empresa a reduzir os preços dos carros na China. Além disso, a Tesla está sujeita a uma forte concorrência no mercado chinês, por isso, todos os ganhos de competitividade são importantes.

Esta quarta-feira, o Governo de Xangai pediu à Tesla que “acelerasse” o processo de construção da fábrica, cujo início da produção tem data prevista para o segundo semestre do próximo ano.

O terreno para a construção desta fábrica — com 864.885 metros quadrados –, foi comprado em outubro, na área da Lingang, em Xangai. A empresa criou uma conta oficial no WeChat para contratar funcionários locais.

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Model 3 dá lucro à Tesla. Ações disparam

Contrariando todas as expectativas, a Tesla apresentou lucros no terceiro trimestre do ano, fruto do aumento das vendas do Model 3. Elon Musk promete uma empresa lucrativa daqui em diante.

Espera-se que o Model 3 seja o primeiro automóvel da Tesla voltado para o fabrico em massa.Elon Musk/Tesla/Twitter

A Tesla surpreendeu os investidores ao apresentar lucros de 311,5 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, um resultado positivo que compara com os prejuízos de 619,4 milhões de dólares registados no mesmo período do ano passado. As receitas dispararam mais de 70%, resultado do crescimento das vendas de automóveis, especialmente do Model 3.

Elon Musk carregou no acelerador e a Tesla está produzir mais unidades do carro mais recente da marca, que a empresa espera conseguir produzir em larga escala para as massas. A promessa do fundador da Tesla era a de que a companhia ia voltar aos lucros com o aumento da produção deste veículo elétrico, mas vários anos de promessas não cumpridas têm feito com que as promessas de Musk sejam recebidas com algum ceticismo no mercado.

Desta vez, o controverso gestor fez valer as expectativas, naquele que é apenas o terceiro trimestre de lucros da empresa em 15 anos de existência. Entre julho e setembro, a fabricante entregou 56.065 unidades do Model 3. No total, contando com todos os modelos, a empresa entregou quase 70.000 novos automóveis aos clientes norte-americanos neste trimestre.

"Daqui em diante, podemos ter um cash flow positivo e sermos lucrativos em todos os trimestres.”

Elon Musk

Presidente executivo da Tesla

Em relação a outros mercados, a Tesla confirmou que vai passar a aceitar encomendas do Model 3 na Europa e na China ainda este ano, prevendo começar a entregar os carros na Europa em fevereiro ou março de 2019, e na China durante o segundo trimestre do próximo ano.

Estas previsões levaram o presidente executivo da Tesla a apresentar boas perspetivas para os próximos trimestres. “Daqui em diante, podemos ter um cash flow positivo e sermos lucrativos em todos os trimestres”, afirmou Elon Musk, citado pela Reuters. As previsões de Musk estão a ser bem recebidas pelos investidores. Logo após os resultados, os títulos chegaram a disparar quase 15%. Antes da abertura dos mercados em Wall Street, as ações da fabricante somavam 8,67%, para 313,5 dólares.

Esta foi a primeira vez que o gestor apresentou resultados da Tesla depois de ter abandonado o cargo de chairman, resultado de um acordo extrajudicial com o regulador norte-americano dos mercados de capitais, na sequência de um processo em que o gestor foi acusado de prestar informação enganadora aos investidores. Apesar da cedência, Musk continuará a ser o presidente executivo da companhia.

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Depois de esgotarem, Tesla traz de volta carregadores para telemóvel wireless… E com um preço mais baixo

Quando foram postos à venda pela primeira vez, esgotaram em menos de dia. A marca vai agora descer o preço e reembolsar os clientes que pagaram mais pela primeira edição.

Carregadores sem fios são um dos novos gadgets mais desejáveis, e o da Tesla não foi exceção. A fabricante de automóveis pôs uma quantidade limitada de carregadores à venda no fim de agosto, mas não durou mais de um dia. Agora, vão voltar e com um novo preço na etiqueta.

A edição seria limitada mas a adesão aos aparelhos motivou a Tesla a produzir mais, de acordo com o Business Insider (acesso livre/conteúdo em inglês). A dimensão maior das encomendas permitiu baixar o preço, de 65 dólares para 49, diferença que a marca vai pagar àqueles que compraram do primeira lote, revelam tweets partilhados pelos compradores.

Nestes carregadores são utilizados os mesmos componentes presentes na bateria dos veículos da Tesla. Os aparelhos portáteis têm uma bateria de 6.000mAh, e o output sem fios é de 5W, e através de cabo USB de 7,5W. Têm capacidade para carregar smartphones com tecnologia Qi, como iPhones ou outros compatíveis, e têm integrado um cabo USB-C para Androids.

Os carregadores estão disponíveis para compra no site da marca, mas são enviados apenas para os Estados Unidos. A marca já tem no seu catálogo produtos que se expandiram dos automóveis para lifestyle, onde se inclui, além deste carregador para smartphones, um carregador para desktop e… até uma prancha de surf.

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Quer um Tesla cinza prata? Não há. Só se pagar mais

Elon Musk vai remover duas das sete opções do catálogo de cores da Tesla. Se quiser um automóvel preto metalizado, ou cinza prata, vai ter de pagar (ainda) mais.

A Tesla até pode ser maior que a Ford em valor de mercado. A diferença é que entregou pouco mais de 100 mil automóveis em 2017, enquanto a concorrente vendeu 6,6 milhões de veículos no mesmo período. Ou seja, apesar das várias conquistas na mobilidade elétrica, há um objetivo que a empresa liderada por Elon Musk ainda não atingiu: produzir um automóvel elétrico… mas em larga escala.

O polémico empresário norte-americano está consciente disso. E tem um plano para acelerar mais um pouco a produção das fábricas da Tesla: vai deixar de produzir automóveis com duas das sete cores do catálogo, para “simplificar o fabrico” dos carros elétricos.

Como já é habitual, foi no Twitter que Elon Musk anunciou a medida para acelerar a produção dos automóveis: “Vou retirar duas das sete cores do menu da Tesla esta quarta-feira para simplificar a produção. Obsidian Black [“preto obsidian metalizado”] e MetallicSilver [“cinza prata”] vão continuar disponíveis para pedidos especiais, mas a um preço mais elevado”, afirmou o gestor.

Na prática, os clientes da Tesla vão ter de abrir os cordões à bolsa se quiserem um automóvel totalmente preto metalizado, ou prateado metalizado. Nas restantes opções permanece o “preto sólido”, o “prateado midnight metalizado”, o “azul-oscuro metalizado”, o “branco pérola multicamadas” e o clássico “vermelho multicamadas”. Ainda não se sabe quanto vai custar a mais as duas cores retiradas do catálogo.

Em contrapartida, são conhecidos os problemas que a empresa tem enfrentado para dar resposta a todas as encomendas, embora os dados mais recentes mostrem que a capacidade de produção da Tesla está a aumentar. Entre abril e junho, produziu 53.339 automóveis, mais 55% do que no trimestre anterior.

A medida anunciada pelo presidente executivo da Tesla poderá indiciar que a empresa ainda enfrenta dificuldades na produção do novo modelo em grande escala: o Model 3. Segundo a Fortune, a Tesla prevê fabricar entre 50.000 e 55.000 automóveis desta gama neste terceiro trimestre. No segundo trimestre, produziu 28.578 unidades.

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Acordo com México anima Wall Street. Bolsas renovam máximos

Com o acordo entre os EUA e o México, as cotadas do setor automóvel e financeiro foram as mais beneficiadas, ajudando os índices a tocarem recordes. A Tesla contrariou a tendência.

As bolsas norte-americanas fecharam a primeira sessão da semana em alta, depois de os Estados Unidos e o México terem anunciado que as negociações foram bem-sucedidas e que irão substituir o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA, na sigla em inglês) por um novo acordo. Os principais índices acionistas de Wall Street tocaram novos máximos históricos.

O S&P 500 valorizou 0,77%, para os 2.896,74 pontos, um novo recorde para o índice acionista de referência em Nova Iorque. O Nasdaq também tocou novos máximos, ao ultrapassar a fasquia dos 8 mil pontos. O índice tecnológico subiu 0,91%, para os 8.017,90 pontos. Já o industrial Dow Jones avançou 1,01%, para os 26.049,64 pontos.

Os investidores estiveram animados com as notícias resultantes das negociações entre os Estados Unidos e o México. Os dois países anunciaram que decidiram substituir o antigo NAFTA por um novo acordo e esperam agora que o Canadá se junte às negociações.

Com este anúncio, as cotadas do setor automóvel e financeiro foram as mais beneficiadas e registaram os melhores desempenhos em bolsa. No entanto, não todas.

Do lado das quedas, destaque para a Tesla que recuou 1,6% para os 317,68 dólares, depois de durante o fim de semana Elon Musk ter voltado atrás com a ideia de retirar a empresa de bolsa. Musk garantiu que a fabricante de automóveis elétricos vai manter-se no mercado após consultar os seus acionistas.

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