A região Norte foi uma das que registou o maior aumento de turistas desde o início do ano, face a 2015. O ECO foi conhecer as startups que estão a dinamizar o setor e perceber o que têm de inovador.
Só nos primeiros sete meses do ano, o país recebeu mais de 10 milhões de turistas, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística. A região Norte foi das que mais cresceu a este nível: contabilizaram-se cerca de 3,7 milhões de dormidas, mais de metade por parte de turistas estrangeiros. O número significa um aumento de mais de 15% face ao mesmo período do ano passado.
O norte do país é procurado principalmente por espanhóis, franceses, ingleses e alemães para short breaks, eventos de negócios e turismo cultural, nomeadamente pela sua gastronomia e, claro, o vinho.
Com estes números, o que é que está a ser feito atualmente para continuar a promover o turismo na região? A Associação de Turismo do Porto (ATP) responde: “Depois de 2015 ter sido um ano de referência para o turismo do Porto e Norte, onde foi atingido um valor histórico e recorde nas dormidas de estrangeiros no destino, o plano de atividades para este ano tem definida uma linha de continuidade em termos estratégicos, com foco no aumento da notoriedade internacional do destino e na captação de mais negócio para a região em termos turísticos”, com destaque “para as ações realizadas em parceria com companhias aéreas na promoção do destino e na captação de novas rotas e novas ligações aéreas”. Além disso, a ATP, em parceira com outros parceiros, tanto privados como públicos, têm apostado no posicionamento do Porto e Norte “como destino internacional de referência para a realização de eventos internacionais e corporativos”.
O fascínio pelo Norte
E por que é que os turistas vêm para a região? Para a ATP, existem vários motivos: “O facto de o Porto e o Norte concentrarem uma oferta diversificada capaz de ir ao encontro de vários tipos de turista pode ser apontada como uma das principais razões”, refere. O “caráter acolhedor, afável e genuíno das pessoas” é outro dos motivos apontados, assim como a ” interessante relação qualidade-preço que os visitantes encontram nos restaurantes, nos hotéis e nos serviços em geral” e a “degustação da gastronomia local, acompanhada da diversidade de vinhos de qualidade, muitos deles já premiados internacionalmente”.
Na rua, três jovens alemãs afirmam ter escolhido o Porto essencialmente por ser um destino barato – voaram pela Ryanair. Mas também há quem visite a cidade, não por lazer mas por questões profissionais: à porta da Livraria Lello, um jovem mexicano que se deslocou a Portugal no âmbito da Semana do México de Braga, capital ibero-americana de juventude 2016, aproveitou os dias de viagem para conhecer outras cidades da região Norte.
De acordo com José Lopes, diretor da easyJet para Portugal, o perfil do turista que viaja para o Norte do país é “o de turista de fim de semana – short-break“. Ainda assim, realça que os passageiros tipo da companhia aérea que voam para o Porto são pessoas na casa dos 40 anos, “refletindo também um aumento no business travel, que este ano foi de 20%”, conta.
O empreendedorismo no turismo
A nível nacional, em setembro, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral assinou um protocolo com 27 incubadoras, o Foresting Innovation in Tourism, para que as startups que prestam serviços na área do turismo possam “florescer e fazer com que os seus serviços cheguem às empresas, aos turistas que nos visitam com ofertas diferenciadoras”, explicou na altura. Também em 2016 foi lançado o +Património +Turismo, um programa do Governo que tem como objetivo estimular a criação de startups associadas ao setor e que se dediquem à valorização do património cultural e natural de Portugal.
Ainda que não existam números oficiais da evolução do número de startups relacionadas com este setor na região Norte, a ATP, em parceria com o município portuense, tem “vindo a desenvolver um programa, denominado ‘Inovação Aberta’, direcionado a empresas e empreendedores — sobretudo startups inovadoras de base tecnológica, científica e criativa — que tenham como objetivo o desenvolvimento de serviços e produtos de turismo”. Em entrevista ao ECO, a associação refere que “até ao momento, já foram desenvolvidas e implementadas no âmbito deste programa 12 aplicações móveis e websites e sete estão em fase de implementação”.
O ECO foi à procura de empresas inovadoras na área e com atividades no Norte para tentar perceber de que forma é que estão a dinamizar e potenciar o setor do turismo.
A Inviita é uma aplicação móvel que funciona como um guia de uma cidade com base no estado de espírito do utilizador. Foi criada em 2014 depois de os fundadores, Joana Baptista e Bernardo Véstia, terem vencido o concurso Vodafone Big Apps. E o que é que a Inviita tem de diferente de outras aplicações do género? Os fundadores explicam que, além de “a Inviita ter mais de 65 milhões de coisas para fazer no mundo inteiro”, há outros aspetos inovadores, nomeadamente a possibilidade de escolher as opções disponíveis de acordo com a disposição do utilizador — os chamados moods —, que vão do romantismo à natureza, passando pelos museus ou pelos espetáculos. Além disso, a app pode ser utilizada em qualquer cidade do mundo e os conteúdos são acionáveis, isto é, podem efetuar-se reservas diretamente a partir da aplicação.
“Com a Inviita, o utilizador não só tem as informações sobre os locais com base naquilo que lhe apetece fazer, como pode ter ação sobre isso e criar listas de coisas que quer ver ou fazer, reservar e partilhar tudo com os amigos”, explica Bernardo Véstia.
Então, e a quem é que se destina esta aplicação móvel? A viajantes mas não só: “Quando desenhámos o projeto, o target que tínhamos identificado eram os viajantes de todo o mundo mas depois fomo-nos apercebendo que a nossa base de utilizadores era composta também por locais. Muitos! Pessoas que estavam à descoberta da sua própria cidade”, realça o fundador.
A By Cool World foi criada em 2012, altura em que Braga era a capital da juventude, com o objetivo de criar experiências memoráveis para as pessoas. A ideia surgiu depois de a responsável, Júlia Vilaça, perceber que “planear uma viagem dá uma trabalheira”. E daí surgiu a Braga Cool, um site com aplicação móvel que define o itinerário para o turista de acordo com o estilo de viagem que quer fazer e de quantos dias vai estar na cidade. E nem é preciso estar sempre conectado à internet: tanto o roteiro como o mapa funcionam offline.
Além da Braga Cool, já nasceu também a Lisboa Cool e este ano foi lançado o New York Cool. A seleção dos espaços é sempre feita pela equipa By Cool World para perceber se se enquadram no conceito. “Queremos garantir que as experiências são sempre boas, que as pessoas não vão ter surpresas desagradáveis. Esta fase de seleção é fulcral para nós no processo”, refere.
Quanto aos utilizadores da apps, tal como aconteceu com a Inviita, Júlia afirma que “tanto temos o público local, que nos procura para saber o que vai fazer no fim de semana, como temos os turistas que, quando pesquisam pela cidade, facilmente encontram o Braga Cool e usam a app para procurar sugestões e planear a viagem”.
Vicente Bento criou a Greenstays em 2013, “um portal que agrega toda a informação sobre o turismo sustentável em Portugal”. A necessidade surgiu depois de Vicente ter percebido que não existia nenhum projeto semelhante que divulgasse apenas este segmento de turismo. Avançou com a ideia e associou-se ao Turismo do Porto e Norte.
O engenheiro do ambiente conta ao ECO que nunca tinha trabalhado no setor do turismo e que a Greenstays quer “desmistificar essa ideia de que o turismo sustentável está apenas ligado ao turismo rural ou de natureza”. Pelo contrário: “O turismo sustentável não é um tipo de turismo mas todos os tipos de turismo podem ser sustentáveis. Uma pessoa que visite uma cidade como o Porto pode ser um turista ecológico, só tem de fazer as opções certas”.
O portal agrega parceiros com certificação ambiental — como a ISO 14001, Green Key ou Rótulo Ecológico Europeu — e outros alojamentos de turismo de menor dimensão, sem certificação oficial mas aprovados pela startup.
“Quando achamos que determinado alojamento se enquadra no perfil do nosso projeto não podemos pô-lo de parte só por não ser certificado. Mas temos de garantir que cumprem vários requisitos em termos de preocupação ao nível da energia, poupança da água e envolvimento com a comunidade local”, por exemplo. Além do portal, a Greenstays têm mais dois projetos: uma loja online, onde o turista pode comprar um voucher para uma unidade hoteleira parceira da startup, e uma agência de viagens, onde podem criar-se programas personalizados, para quem “quer experiências autênticas e conhecer aquilo que ninguém conhece”.
Quanto ao perfil do turista sustentável, Vicente Bento refere que os “portugueses ainda não está muito sensibilizados para estas questões mas lá fora já estão há muito tempo. Por isso, queremos atacar o estrangeiro”.
Criada no início do ano, a ideia da Portuguese Table, uma plataforma online dedicada à gastronomia portuguesa, surgiu mais cedo, em 2012. Na altura, Paulo Castro trabalhava em Barcelona e foi convidado para um evento que consistia em ir jantar a casa de um conhecido chef de cozinha. Adorou a experiência e resolveu trazê-la para Portugal. O projeto foi criado por ele e por mais dois sócios: Jorge Azevedo e Paulo Lopes. “A área da gastronomia ainda tem muito para desenvolver”, conta Paulo Castro.
Mas como funciona a Portuguese Table? Simples: o cliente — português ou estrangeiro — faz uma reserva no site, onde pode também consultar os menus e escolher o host. Depois, é só aparecer na casa do anfitrião e provar as iguarias preparadas pelo mesmo. Quanto a planos futuros, a startup pretende internacionalizar-se. Mas não para já: “Um passo de cada vez”.
"A área da gastronomia ainda tem muito para desenvolver.”
Da Liiiving fazem parte os jovens Afonso Guimarães, Gustavo Barata e José Monteiro, amigos e, desde o final de 2015, também sócios. A startup portuguesa atua na áreas da venda de imóveis e na do arrendamento temporário a turistas de classe média e média-alta.
“A ideia é, sempre que possível, levar um cliente das vendas para a short stay ou da short stay para as vendas”, afirma Afonso Guimarães. A empresa não se fica pelo Porto e aposta também noutras cidade da região Norte: “Achamos que há bastante potencial noutras zonas não tão exploradas mas é preciso fazer um bocado de malabarismo para conseguir ter uma estrutura em zonas”, nem sempre “fácil”, refere. Além disso, a Liiiving também já chegou ao Algarve, onde já conta com mais de uma dezena de imóveis.
O nosso objetivo não é sermos os maiores do mercado, é sermos os melhores do mercado.
“O nosso objetivo não é sermos os maiores do mercado, é sermos os melhores do mercado”, afirma o jovem empreendedor, em entrevista ao ECO. E como tem funcionado o negócio? Apesar de estarem presentes em várias plataformas, a maioria dos clientes conhecem a Liiiving através dos amigos: “Ou voltam eles ou voltam amigos deles”, assegura.
Mais uma vez, o atendimento personalizado é o que diferencia a Liiiving: a empresa faz planos para os seus clientes de acordo com o que pretendem fazer ou perfil da viagem e estão sempre em contacto com eles “via Whatsapp”, fornecendo um dispositivo hotspot para garantir que têm internet sempre e em qualquer lado. “E eles adoram! Ligam-nos até a perguntar onde é que podem ir jantar ou jogar minigolfe. Estamos em contacto constante e isso é uma das coisas que nos diferencia e que os faz voltar”.
A The Getaway Van é uma startup familiar de aluguer de vans que iniciou a sua atividade em 2014. Criada por Graça e Abílio Ferreira, depois de se reformarem, os dois decidiram comprar uma van e dedicar-se à aventura. “Mas por que é que não havemos de montar um negócio?”, questionaram-se. E assim foi. Juntaram o lazer ao negócio e criaram a The Getaway Van.
“Não temos férias há dois anos”, afirma Graça Ferreira. A startup tem atualmente 3 vans — que não têm tido descanso. “Este ano, por exemplo, tivemos um ano atípico, em que o mês de outubro parecia agosto. E também já temos reservas para os próximos meses”, afirma a empreendedora.
Queremos vender o Norte.
O objetivo da empresa é ter mais vans brevemente, pois precisam “de crescer em termos de unidades, de forma a rentabilizar o negócio”, dado que a The Getaway Van tem mais clientes do que consegue gerir o que, em épocas altas, é um problema. Ainda assim, salientam que a maioria dos negócios do género localizam-se em zonas conhecidas pelo surf mas, “com os voos low cost, temos uma grande quantidade de turistas que entram em Portugal pelo Norte, independentemente de depois seguirem para o Sul do país. E nós queremos vender o Norte”, remata.
O diamante em bruto
Para a The Getaway Van não há dúvidas: “O turismo no Norte é um diamante em bruto”, acrescentando que, apesar de as entidades oficiais estarem muito focadas na gastronomia e vinhos, os turistas procuram cada vez mais o contacto com a natureza.
Vicente Bento não nega que o turismo no norte de Portugal tem “crescido a olhos vistos, também graças às low cost e à dinamização que o Porto tem sofrido nos últimos tempos”. Também Bernardo Véstia justifica este crescimento com o facto de cada vez mais companhias aéreas apostarem na região” mas, “também pelo Porto ter muita coisa para explorar, pela sua oferta cultural e áreas envolventes, como Gaia, Braga ou Guimarães”. No entanto, não deixa de referir que há um aspeto que marca o turista que vai ao Porto: “As pessoas sabem acolher”.
Da mesma opinião é Afonso Guimarães: “O Porto está a explodir, Portugal está a explodir, toda a gente adora vir para cá porque são super bem recebidos”. Além disso, acrescenta, “o preço por noite que os turistas estão dispostos a pagar, tanto pelo alojamento como pelos serviços, está a aumentar, o que nos diz que estamos no caminho certo”. No entanto, de acordo com o último estudo do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, citado pela Associação de Turismo do Porto, o consumo médio dos turistas que visitam a região manteve-se inalterado de 2014 para 2015: os turistas gastaram, em média, 68 euros por noite, sendo que os norte-americanos e os brasileiros foram os que gastaram mais — 122 euros e 110 euros, em média, respetivamente. Por outro lado, os turistas luxemburgueses, suíços, belgas e franceses foram os que se revelaram mais poupados mas são os que ficam mais dias no Norte do país.
Outra coisa que é notória para o empreendedor é o facto de a cidade estar a renovar-se. “Veem-se guindastes e andaimes por toda a cidade e isso também é bom para nós, significa que estamos a atrair investimento”.
No entanto, a Greenstays realça que nem tudo é positivo: “Em termos de sustentabilidade, este crescimento também levanta outro tipo de questões. Já se fala de uma descaracterização de cidades como Lisboa ou Porto, que estão a ser pensadas para os turistas e não para quem vive nelas. Isso é um problema que tem de ser discutido”.
O poder do online
Que a internet veio globalizar o tecido empresarial não é novidade, e o setor do turismo não é exceção. De acordo com o estudo do Observatório Cetelem, a categoria Viagens e Lazer é a que mais conquistou os portugueses no online: 44% dos internautas reservou viagens pela internet.
“O digital é o novo papel”, afirma Júlia Vilaça, na medida em que os turistas planeiam a viagem no computador e já no destino procuram aplicações que as ajudem.
No entanto, para a fundadora da Inviita, não foi só a internet: “O mobile veio — e vai continuar — a revolucionar o turismo. O futuro é mobile e não tanto desktop“.
O boom das low cost
Foi em 2005 que a Ryanair começou a operar no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, seguida da easyJet, em 2007. A partir da chegada das duas companhias aéreas low cost, o número de turistas a visitarem a região Norte não parou de aumentar: só de 2006 para 2008 foram cerca de 400 mil turistas.
Uns anos mais tarde, em 2009, a Ryanair estabeleceu a primeira base no aeroporto do Porto, tornando-se a primeira transportadora aérea a ter uma base naquele local. A easyJet não quis ficar atrás mas foi só em 2015 que inaugurou a sua base no aeroporto Sá Carneiro.
A operação das companhias low cost afetaram a TAP. Desde 2010 que a companhia aérea portuguesa tem vindo a perder quota de mercado no segundo aeroporto mais importante do país, enquanto o número de transportadoras de baixo custo não tem parado de aumentar.
O aeroporto do Porto acompanhou a tendência de crescimento. Em 2004 eram apenas 2,9 milhões de passageiros a aterrar no local. Em 2015, este número ascendeu para os 8,1 milhões.
2015 foi mesmo o melhor ano de sempre para o aeroporto Sá Carneiro. De 2014 para 2015, o número de passageiros a aterrar no Porto aumentou 16,7%, tendo sido considerado o 3º melhor aeroporto europeu pelo Airports Council International. Já em 2007 tinha sido considerado o melhor aeroporto na Europa e, entre 2006 e 2011, também ficou entre os três primeiros lugares.
Neste aeroporto, em 2015, os voos operados pelas seis companhias low cost presentes (Ryanair, easyJet, Germanwings, Transavia, Vueling e Wizz) representaram mais de 60% do tráfego total. Com todo o crescimento e sucesso que tem tido, o Sá Carneiro não quer desiludir ninguém, muito menos os passageiros e, este ano, já investiu cerca de 1,6 milhões de euros na renovação da zona comercial da área restrita de partidas.
Para a easyJet, a aposta no aeroporto Sá Carneiro “é uma boa aposta por se tratar o ponto de entrada para uma das regiões mais bonitas do mundo, o Douro e toda a região norte de Portugal”, além de que “tem vindo a ser descoberta internacionalmente e que podemos classificar como um das melhores opções mundiais para uma viagem de city break“, afirma José Lopes em entrevista ao ECO, acrescentando que “é um destino all in one” e que, por isso “só podia ser uma aposta de êxito”.
Só a transportadora aérea britânica fechou o ano fiscal de 2016 contabilizando 1,4 milhões de passageiros, “o que correspondeu a um excelente crescimento de 40% relativamente ao ano anterior”. Para 2017, a easyJet tem a meta de “ultrapassar pela primeira vez a fasquia dos 1,5 milhões de passageiros anuais”. Como? Aumentando a oferta em 100 mil lugares anuais.
É importante para nós fazermos a nossa quota-parte e, assim, ajudar a diminuir a taxa de desemprego local e a estimular a economia.
Mas nem tudo é tão cor-de-rosa. A ATP afirma que “o crescimento do turismo na região tem consequências diretas na dinamização e estimulação da economia local, as quais são materializadas no aumento da receita gerada pelos negócios associados a este setor”.
Também José Lopes acredita que o impacto para a economia local “tem sido extraordinário”. “Compare-se o dinamismo verificado na baixa da cidade hoje com o que era há uns anos. Orgulhamo-nos de sermos um grande motor deste boom turístico e do que ele ajudou a redinamizar”, sublinha. Com mais de 100 colaboradores a “vestir a camisola” no Porto, a easyJet orgulha-se de “ter também criado emprego direto local com a abertura da nossa base no Porto. É importante para nós fazermos a nossa quota-parte e, assim, ajudar a diminuir a taxa de desemprego local e a estimular a economia”.
No entanto, muitos comerciantes não têm a mesma opinião. Na Rua de Stª. Catarina, uma das mais movimentadas e conhecidas ruas de comércio no Porto, alguns comerciantes com quem o ECO falou afirmam que o aumento dos turistas na região não se traduz obrigatoriamente num aumento do volume de vendas. Pelo contrário, alguns afirmam mesmo que até tem diminuído. Porquê? Porque quanto mais turistas, maior é o número de lojas que abrem e, dessa forma, as receitas estão mais distribuídas.
Texto editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)
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