Novo imposto sobre património afeta 43 mil pessoas
Mariana Mortágua diz que só há 43 mil contribuintes com património acima dos 500 mil euros. Mas, se a taxa for aplicada a património imobiliário acima de 1 milhão, o número baixa para oito mil.
Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, disse numa entrevista à TVI, na quarta-feira à noite, que há apenas 43 mil contribuintes com património acima dos 500 mil euros que serão afetados pelo novo imposto sobre o imobiliário.
“Estamos a falar de 1% da população, os mais ricos. O que ficou acordado no grupo de trabalho foi que a medida exclui a larga maioria dos contribuintes”, disse a deputada na entrevista. “E se falarmos de contribuintes com património acima de 1 milhão, estamos a falar de oito mil pessoas”, acrescentou.
No entanto, Mariana Mortágua não confirmou se o novo imposto avançará com um patamar mínimo de 500 mil euros ou de um milhão.
Estamos a falar de 1% da população, os mais ricos. O que ficou acordado no grupo de trabalho foi que a medida exclui a larga maioria dos contribuintes
A deputada tem sido alvo de críticas e polémica depois de ter dito que é preciso “perder a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular dinheiro”, contribuindo para o aumento das tensões entre os partidos.
Em relação ao facto de ter sido a primeira pessoa a comentar publicamente esta medida, Mortágua disse na entrevista que rejeita as interpretações de excesso de protagonismo do bloco neste caso.
“Houve infelizmente uma fuga de informação que deu origem a uma notícia no Jornal de Negócios sobre uma matéria que estava a ser discutida no grupo de trabalho de política fiscal. Isso levou a que esse grupo se reunisse com o governo e decidisse entre o PS, o governo e o BE, com o conhecimento do secretário do Estado dos Assuntos Fiscais, que um deputado do BE e um do PS prestariam declarações comunicando qual o entendimento dos dois partidos e do Governo em relação a esta medida”, disse a deputada.
O primeiro-ministro, António Costa, disse na terça-feira que é prematuro discutir os prós e os contras do imposto, uma medida que ainda não está “concluída, finalizada”.
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