Miró vai descansar finalmente no Porto
Depois de uma nacionalização, uma tentativa fracassada de venda cheia de polémica e processos judiciais em curso, os quadros do artista espanhol Joan Miró vai finalmente poder descansar no Porto.
São 84 obras de arte plástica que sobem ao Porto a partir desta sexta-feira e por lá vão ficar. Esta foi a garantia dada pelo primeiro-ministro em Lisboa na abertura da III Cimeira do Turismo Português. O objetivo é “consolidar” a invicta como uma cidade de turismo cultural.
Com esta decisão, o Porto vai ser a casa do maior conjunto de obras mundial do artista espanhol Joan Miró, que é detido pelo Estado desde que o BPN foi nacionalizado, em 2008. A ida ao Norte antecipa-se com a exposição “Joan Miró: Materialidade e metamorfose” este fim de semana no Museu Serralves, mas a estadia vai ser permanente. O anúncio foi feito por António Costa esta terça-feira, no Museu do Oriente, em Lisboa, num evento para assinalar o Dia Mundial do Turismo.
"O Governo já tomou a decisão de fixar definitivamente na cidade do Porto a famosa coleção dos quadros de Miró de forma a que o Porto possa ter um novo pólo de atratividade que ajude a consolidar e a reforçar a que tem tido ao longo dos últimos anos”
Este era um dos objetivos do Bloco de Esquerda, partido que faz parte do acordo de incidência parlamentar. Tanto que, em julho, uma comitiva do BE foi recebida pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, para avaliar potenciais espaços para acolher a coleção de Mirós. O objetivo foi alcançado, mas ainda não foi revelado qual o espaço onde vão, finalmente, descansar os quadros de Joan Miró.
Certa é a aposta na cultura, garantiu António Costa, que já mudou de ministro da Cultura, com a saída de João Soares e a substituição por Luís Castro Mendes. Esta é também a prioridade do Presidente da República, com quem o primeiro-ministro vai visitar, esta sexta-feira, a exposição temporária, que vai ficar na Fundação Serralves pelo menos até janeiro do próximo ano. No início do mês, Marcelo Rebelo de Sousa organizou a Festa do Livro, em Belém, com o consultor cultural Pedro Mexia.
Editado por Paulo Moutinho
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