Brexit: Bancos norte-americanos confirmam saída do Reino Unido
Ministro das finanças francês disse que os bancos norte-americanos confirmaram a mudança de algumas das suas atividades financeiras para outros países europeus, quando o Reino Unido sair da UE.
Michel Sapin, ministro das Finanças francês, disse que os bancos norte-americanos confirmaram a mudança de algumas das suas atividades para fora do Reino Unido, quando forem oficialmente levadas a cabo as conversações para a saída da União Europeia. O destino escolhido vão ser outros países europeus.
“Para eles, até agora, a questão era ‘será que o Brexit vai mesmo acontecer? Vai mesmo ser implementado?’ Tem-se falado em dois anos mas pode ser que seja só daqui a três ou quatro anos?”, referiu Sapin, citando os responsáveis dos bancos, que visitou Washington na semana passada, citado pelo Guardian.
“Já não existe mais o ‘se’. É ‘vai mesmo acontecer o Brexit nos próximos dois anos, e depois desses dois anos nós vamos ter de tomar decisões”, explicou Sapin.
Paris está entre as cidades que esperam vir a acolher as instituições financeiras sediadas na City, se os bancos avançarem com a decisão revelada por Michel Sapin, para que os negócios europeus estejam salvaguardados.
Sapin acrescentou que os bancos norte-americanos tinham adotado uma posição de “esperar para ver”, o que acontecia relativamente aos investimentos britânicos.
Dirigentes do Bank Of England alertaram esta semana o governo britânico a propósito da perda de postos de trabalho bem pagos no setor financeiro, que podem mesmo abrir um buraco no orçamento do país, refere o Guardian.
Carmen Nuzzo, economista de um banco em Londres, escreveu numa nota aos seus clientes esta quarta-feira:” A maior ameaça provém das potenciais migrações que podem vir a prejudicar a colaboração internacional e a atratividade do Reino Unido”.
“Isto é um risco a longo prazo, mas pode ainda ser maior se o governo do Reino Unido der prioridade ao controlo da imigração antes de se preocupar com o acesso ao mercado único europeu”, acrescenta Nuzzo.
O ministro das Finanças acrescentou que a França está a trabalhar num plano para promover Paris no sentido de ser a futura capital financeira do velho continente.
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