Dúvidas com as contas ditam queda de 3% da NOS
O pessimismo em torno dos resultados da NOS para o terceiro trimestre estão a arrastar a cotada para o vermelho. As ações da empresa liderada por Miguel Almeida estão a cair quase 3%.
A NOS NOS 0,00% está a ser bombardeada com previsões pessimistas para os seus resultados referentes ao terceiro trimestre. Primeiro foi o CaixaBI, depois o BPI e agora o Haitong. Os títulos da empresa liderada por Miguel Almeida estão a cair quase 3%.
“Prevemos algum abrandamento do ritmo de crescimento [da NOS] em relação aos trimestres anteriores, em termos das receitas, mas sobretudo do EBTIDA“, diz o Haitong numa nota de research a que o ECO teve acesso. Mas não é o primeiro banco a prever uma desaceleração. O BPI baixou o preço-alvo para 6,40 euros no seguimento da revisão em baixa das estimativas de resultado. Isto devido ao crescimento dos custos com os direitos de transmissão desportivos.
O CaixaBI também cortou o preço-alvo. Acredita, ainda assim, que os resultados vão continuar a crescer, o que levará os títulos até aos 7 euros. “Apesar de haver um impacto na margem de EBITDA até pelo menos 2019, [o investimento da NOS nos conteúdos desportivos] também vai abrir espaço para novos aumentos dos preços dos pacotes de serviços o que poderá aumentar o potencial para o crescimento das receitas”, refere o analista Artur Amaro numa nota em que reviu em baixa as suas previsões.
O Haitong mantém o preço-alvo e a recomendação, mas também o pessimismo. “Não só a base comparável em termos homólogos está a tornar-se mais difícil, como os números vão ser penalizados este trimestre pelo aumento dos custos com o conteúdo desportivo”, diz o banco. A NOS deve registar encargos na ordem dos seis milhões de euros com custos adicionais relacionados com o conteúdo desportivo, em comparação com o primeiro e o segundo trimestres, de acordo com contas do Haitong.
"Prevemos algum abrandamento do ritmo de crescimento [da NOS] em relação aos trimestres anteriores, em termos das receitas, mas sobretudo do EBITDA”
No entanto, acrescenta que “embora o abrandamento possa ser de cerca forma dececionante, pensamos que deve ser temporário“. Isto porque a empresa já sinalizou que haverá um aumento dos preços para os clientes a partir de dezembro deste ano.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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