Quais são os produtos financeiros mais conhecidos pelos portugueses?
Depósitos, seguros, cartões de crédito, crédito à habitação e ações são alguns dos produtos financeiros mais conhecidos. Sabe o que cada um significa? Um deles é o mais conhecidos dos portugueses.
Os depósitos à ordem são os produtos financeiros mais conhecidos pelos portugueses. E há agora uma maior consciência no que respeita o controlo dos movimentos da conta e maior conhecimento sobre a comissão de manutenção. Praticamente todos têm depósitos, mas o produto que está a conquistar mais portugueses são os seguros. E a bolsa? A maior parte não sabe o que é.
“Os depósitos à ordem são conhecidos por todos os entrevistados e mais de 90% já ouviram falar de seguros, depósitos a prazo, cartões de crédito, crédito à habitação e ações”, lê-se no inquérito à literacia financeira da população portuguesa em 2015 do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Este relatório não era divulgado desde 2010.
No geral, os inquiridos optam mais pelos depósitos à ordem e seguros. “A generalidade dos inquiridos tem depósitos à ordem (92,5%) e seguros (73,1%). Os outros produtos financeiros mais frequentes são os depósitos a prazo (38,7%), os cartões de crédito (31,6 %) e o crédito à habitação (21,9%). Cerca de 6% não possuem qualquer produto financeiro”, de acordo com o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.
"Os depósitos à ordem são conhecidos por todos os entrevistados e mais de 90% já ouviram falar de seguros, depósitos a prazo, cartões de crédito, crédito à habitação e ações.”
No entanto, os seguros foram o produto financeiro mais contratado recentemente e não os depósitos à ordem. O cartão de crédito surge logo de seguida como o produto mais procurado. Em 2015, mais de metade dos entrevistados refere pagar a totalidade do saldo em dívida no final do mês. Mas, dos 43,1% que afirmam que pagam parcialmente, 17,3% dos inquiridos diz não saber que pagam juros por não reembolsarem a totalidade no final do mês.
Contas vistas à lupa
Nas contas de depósito à ordem verifica-se uma melhoria dos resultados, face a 2010, quando foi divulgado o primeiro relatório. O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros diz que esta melhoria observa-se a nível do “controlo dos movimentos e ao conhecimento da comissão de manutenção de conta”. Em 2015, cerca de dois terços dos entrevistados controlava os movimentos da sua conta de depósito à ordem mais do que uma vez por semana, percentagem que se situava em cerca de 54% em 2010.
Para além disso, cerca de três quartos dos entrevistados referem conhecer a comissão de manutenção da sua conta de depósito à ordem. Mas apenas 19% dos inquiridos sabia o seu valor exato, o que compara com cerca de 60 por cento, em 2010.
Na aplicação de poupança e no recurso ao crédito, apenas um em cada cinco entrevistados sabe o valor exato das taxas de juro aplicadas em 2015, mas a percentagem dos que afirmam não saber de todo o valor dessas taxas diminuiu de cerca de um quinto no primeiro relatório para 15% em 2015.
Como é que escolhem um crédito?
Quando os portugueses escolhem um crédito, o valor da prestação continuou a ser o fator mais importante face a 2010, quando era igualmente o fator de escolha mais frequente. Neste caso, estamos a falar de 44,2% dos entrevistados.
A proporção de entrevistados que refere a taxa anual efetiva (TAE) no crédito à habitação e a taxa anual efetiva de encargos globais (TAEG) no crédito aos consumidores como principais fatores de escolha dos empréstimos também é superior em 2015. “No caso da TAE/TAEG, referidas por 13,5% dos entrevistados em 2015, o acréscimo é significativo pois compara com percentagens em 2010 de 3,8%, no crédito à habitação, e de 4,9%, no crédito aos consumidores”, explica o relatório.
Ações. O que é isso?
As ações, obrigações ou fundos de investimento continuam a atrair muito pouco os portugueses. O motivo poderá ser a falta de conhecimento sobre os mesmos. O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros mostra que a “maioria assume-se pouco ou nada conhecedora dos produtos do mercado de valores mobiliários”.
Olhando para as percentagens, 37,7% diz conhecer muito pouco deste tipo de produtos, enquanto 31,6% diz não conhecer mesmo nada. Quem conhece faz parte de uma pequena minoria: apenas 0,5%. O conhecimento sobre o mercado de valores mobiliários aumenta a par da formação académica. “44,4% dos que se assumem como conhecedores ou muito conhecedores têm o ensino superior, percentagem que baixa para 10,9% entre os que se afirmam nada conhecedores”, explica o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.
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