Iraque dá um passo atrás no acordo com a OPEP
O segundo maior produtor de petróleo da OPEP "lançou" um obstáculo ao caminho do grupo para o acordo final sobre o corte da produção petrolífera.
O Iraque deu um passo atrás no acordo da OPEP, no momento em que decidiu parar os esforços para controlar os preços do petróleo, que até à reunião da OPEP, no fim do passado mês de setembro, estavam abaixo do previsto, e sobretudo, do recomendado.
“O Iraque devia estar isento dos cortes definidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) porque está envolvido numa guerra com os militares Islâmicos”, disse o ministro Jabber Al-Luaibi este domingo numa conferência em Bagdade, citado pela Bloomberg.
Os níveis de produção petrolífera no Iraque superaram os 4,7 milhões de barris por dia em setembro, e a produção pode ser ainda maior, mesmo num momento em que o governo iraquiano apela às companhias internacionais que impulsionem a produção nos seus campos, acrescentou o ministro.
O ministro disputou as medidas da OPEP que fixam a produção no Iraque num valor inferior a 4,2 milhões de barris por dia.
“Estamos com a política da OPEP”, disse Al-Luaibi. “Mas isto não pode ser a nossa despesa”, acrescentou. O encontro na Argélia no mês passado durou sete horas e o Iraque argumentou sobre o nível de produção que devia ser usado como base para a determinação das quotas de cada país.
Segundo a Bloomberg, a OPEP está a tentar “namorar” outros produtores para que se juntem ao primeiro corte na produção em oito anos, uma política com a qual os países concordaram na reunião se setembro.
O crude tem negociado em mínimos de 12 anos. A queda nos preços permitiu à OPEP abandonar a política dos dois anos em que todos os países aumentaram a produção, numa tentativa de proteger o mercado petrolífera.
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