Europa afunda. Lisboa não escapa à maré vermelha
Foi um dia negro nas principais praças europeias. O índice de referência da região atingiu o nível mais baixo desde julho. Caiu pela oitava sessão, naquele que é o maior ciclo de perdas em dois anos.
Dia negro nas praças europeias, com os principais índices a encerrarem no vermelho. Quedas de mais de 1% na generalidade das bolsas, incluindo a de Lisboa. Nenhuma das cotadas do PSI-20 conseguiu valorizar.
O índice português desvaloriza há três sessões e, esta quarta-feira, derrapou 1,66% para 4.548 pontos. O Stoxx 600 caiu 1,07% para 331,66 pontos, o valor mais baixo desde julho. É já a oitava sessão consecutiva de perdas, o ciclo de quedas mais longo desde 2014.
A pressionar os investidores estiveram fatores como a queda nos preços do petróleo e a incerteza quanto às eleições norte-americanas — Donald Trump segue à frente nas sondagens. Além disso, a Reserva Federal norte-americana pondera aumentar as taxas de juro para fazer frente ao aumento da inflação. A decisão final será conhecida ainda hoje, ao final do dia.
Tal como nas restantes praças, as quedas foram generalizadas na bolsa nacional. Mas foram particularmente expressivas no setor da energia, ainda que a banca também tenha sido fustigada. A instituição bancária Banca Popolare de Milano destacou-se ao afundar 7,69% para 38 cêntimos.
A EDP Renováveis protagonizou a maior queda da sessão, com os títulos da empresa a derraparem 4,03% para 6,57 euros por ação. Seguiu-se a EDP, com uma queda de 2,63% para 2,89 euros. Recorde-se que, esta quarta-feira, soube-se que a EDP está a ser alvo de uma investigação por parte da Autoridade da Concorrência.
Ainda no setor energético, os títulos da Galp Energia desvalorizaram 1,6% nesta sessão. As ações negoceiam-se agora a 11,99 euros, isto numa altura em que o petróleo está a afundar mais de 3%.
Destaque também para o desempenho negativo da Corticeira Amorim, que encerrou a sessão com perdas de 2,53% para 8,78 euros. O BCP, que na sessão anterior valorizou, voltou a cair: cedeu 1,79% para 1,2041 euros.
BPI teve a melhor prestação da sessão, ainda que negativa: os títulos do banco caíram 0,09% para 1,13 euros, já a Jerónimo Martins fechou com um descida de 0,13% para 15,71 euros.
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