Petróleo regista maior queda semanal desde janeiro
Em apenas uma semana, o barril de crude desvalorizou quase cinco dólares. Este é o efeito de um acordo por cumprir da OPEP, organização que volta a reunir dia 30 de novembro.
Desde janeiro que o barril não desvalorizava tanto numa só semana. A culpa é do acordo da OPEP: primeiro puxou pelo preço, que ultrapassou os 50 dólares, mas as dificuldades recentes nas negociações fizeram descarrilar o preço do petróleo.
Esta sexta-feira o barril de crude, negociado nos EUA, está a ser transacionado a 44 dólares (a cair mais de 1,7%). Na outra sexta-feira, dia 28 de outubro, o valor estava perto dos 49 dólares, o que se traduz numa desvalorização de cerca de 5 dólares numa semana. Este foi o efeito de um só anúncio: ao contrário do que foi acordado, os países da OPEP estão a produzir mais petróleo.
Pior: foi atingido um novo recorde de produção em outubro, o que reflete a inexistência de um travão no excedente já existente. A estimativa da Bloomberg falava em 34 milhões barris por dia no mês passado.
Desvalorização do barril de crude esta semana
Ao todo o preço do barril desvalorizou 9,4% esta semana. Foi a queda mais elevada desde a semana de 15 de janeiro. A pressão do não cumprimento do acordo voltou a levar o preço para números inferiores a 45 dólares em Nova Iorque. Em Londres, o Brent segue a perder 1,92% para cotar nos 45,46 dólares.
Não prevemos que haja um caminho possível para existir um acordo na OPEP.
Até dia 30 de novembro, data do próximo encontro da OPEP, a evolução do preço do barril de crude será marcada pelas posições dos países que estão a negociar o acordo. A Goldman Sachs não prevê que haja um acordo nesse encontro, mas o Bank of America e o Citigroup estão mais confiantes.
Já o analista da Again Capital, John Kilduff, mostra desconfiança: “Não prevemos que haja um caminho possível para existir um acordo na OPEP”, afirma à Bloomberg. “Pedir à Arábia Saudita e aos seus aliados do Golfo para fazerem os cortes necessários para que o acordo resulte é demasiado”, classifica.
Editado por Paulo Moutinho
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