E se a política fosse uma startup?
Julia Hartz, CEO da Eventbrite, esteve em palco com o ex-primeiro ministro grego, George Papandreou. Falaram de liderança, de política e de startups.
O que é que um político e um empreendedor têm em comum? George Papandreou diz que é a inovação. “Fazemos inovação em todos os setores. E, uma boa política é também inovação. Criar confiança é inovação”, disse George Papandreou, ex-presidente do governo da Grécia. O grego comparou a situação de crise política com o momento em que alguém tem um ataque cardíaco. Precisamos de novas perspetivas para perceber o que se passa. Depois de ter um ataque cardíaco é preciso repensar a vida. Os líderes podem mobilizar para ser parte da solução? A liderança divide ou traz diversidade?”, questionou o político.
Sob o tema Leadership: you can’t do it all, George Papandreou subiu ao palco principal do Web Summit com a CEO da Eventbrite, Julia Hartz. A conversa passou por tópicos como a “confiança”, a “família”, o “negócio” e o “comprometimento”.
“A tecnologia pode ser o catalisador da empatia. (…) E a empatia é muito importante para perceber as crenças e motivações de outras pessoas. Empatia cognitiva é uma das mais importantes ferramentas da liderança”, considera Julia Hartz.
Para uma boa liderança, contribui também afastar-se do “ego” em momentos de transição. “É um equilíbrio difícil porque estou preocupada com a minha equipa. Mas num momento de transição, foi muito importante fazer exercícios mentais para andar para trás e perceber do que é que o negócio precisava. Os medos e os egos separam os bons líderes dos outros”, garante a CEO do Evetbrite que, recentemente, teve de assumir a total liderança da empresa, que antes dividia com o marido.
Para o político grego, as palavras-chave para uma liderança bem sucedida são as seguintes: honestidade, confiança, diálogo, tentar perceber o outro lado, falar com o outro lado, trabalhar com ele. “E perceber as diferenças, aquilo que nos divide. Já vi líderes que eram capazes de fazer isso mas que dividem a audiência para manter o poder”, explica. Mas garante: “não há desenvolvimento técnico que não seja também político”.
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