FMI alerta para subida dos preços das casas

  • ECO
  • 11 Dezembro 2016

Preços das casas estão próximos dos níveis pré-crise, o que segundo os economistas do FMI impõe um reforço da vigilância. Portugal entre as maiores subidas de preços.

O mercado imobiliário está a recuperar, sendo que os preços dos imóveis já estão a aproximar-se dos níveis anteriores à crise. Este facto levou o FMI a alertar para a necessidade de monitorizar o comportamento dos preços, apesar de não considerar existirem razões para pânico.

O alerta é deixado num estudo levado a cabo por economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na última semana, citado na edição de hoje do Diário de Notícias. Portugal está entre os maiores aumentos de preços: 15º lugar num ranking que inclui 60 nações.

“Entre 2007-08, os preços dos imóveis colapsaram, marcando o início da crise. Agora, o índice de preços de habitação do FMI mostra que estamos quase de volta a preços pré-crise”, apontam Hites Ahir e Prakash Loungani, do FMI. “É hora de voltarmos a preocupar-nos?”

Os economistas do organismo internacional dizem que não é hora de entrar em pânico, mas que esta é a altura certa para apertar a vigilância para se evitar o erro de achar “que desta vez é diferente”. De acordo com o FMI não há ainda razões para entrar em pânico porque a evolução dos preços não está a ocorrer de forma sincronizada em todos os países e cidades, ao contrário do que aconteceu antes da crise, e hoje já existe alguma regulação para contrariar estas “bolhas”.

A falta de crédito em países como Portugal é uma das razões para os responsáveis do FMI recomendarem “vigilância”. “Muitos dos booms no imobiliário foram alimentados pelo excesso de crescimento do crédito.” Desta vez, o detonador é outro, a falta de oferta.

Segundo a análise do FMI, Portugal é o 15º país com a subida de preços mais elevada em termos anuais do conjunto analisado, com uma valorização de 6,4% no último ano. O ranking de subidas é encabeçado pela Hungria (14,8%) e pela Suécia (11,8%), segundo os dados divulgados pelo Diário de Notícias.

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