Governo prepara nova linha de crédito para PME
A linha de crédito sucessora da PME Crescimento 2015 vai ser anunciada em breve.
O presidente do IAPMEI, Miguel Cruz, anunciou que está “em preparação a linha de crédito que vai substituir a atual PME Crescimento 2015″.
A linha vai ser “anunciada muito brevemente”, acrescentou o responsável num seminário sobre o Financiamento para as Empresas. Esta linha “procura responder às necessidades de financiamento, incluindo as soluções que não podem ser encontradas nos fundos estruturais, nomeadamente em Lisboa e Algarve”, disse.
Ao ECO, o responsável explicou que a linha vai funcionar em complementaridade com a linha, entretanto, disponibilizada pela Instituição Financeira de Desenvolvimento. Em causa estão mil milhões de euros de dotação alimentados por fundos comunitários, o que torna algumas operações impossíveis de financiar. Por isso, a nova linha de crédito vai permitir financiar as operações que caem fora do âmbito dos fundos estruturais — que de acordo com as regras comunitárias estão impedidos de financiar a atividade estrita das empresas — como fundo de maneio e operações de mais longo prazo.
Miguel Cruz, na sua intervenção na conferência organizada pela AIP, garante que “as linhas de crédito, sendo soluções de dívida, continuam a ser uma necessidade sentida pela generalidade das empresas”. E, por outro lado, “a procura dirige-se cada vez mais para a necessidade de fundos de maneio, canalizados para investimentos específicos”
O responsável não avançou montantes ou taxas de juro da nova linha de crédito. No entanto, tendo em conta que a linha será complementar à da IFD as duas deverão perfazer um montante em torno dos dois mil milhões de euros, para ser idêntica à linha atualmente em vigor.
Recorde-se que a PME Crescimento 2015 foi lançada em abril desse ano, com uma dotação global de 1.650 milhões de euros e com uma taxa de juro negociada entre as empresas e os bancos. O limite máximo corresponde à taxa Euribor (6 meses) acrescida de um spread que varia entre 2,7% para as PME líder e 4,3% para as empresas que apresentam mais riscos nas linhas de crédito comercial. Entretanto, a dotação foi reforçada para dois mil milhões de euros.
Miguel Cruz revelou ainda que, em 2015, pela primeira em Portugal, as empresas com menos de dez anos passou a ser maioritárias no tecido económico nacional, um sinal de que é necessário encontrar “formas diferentes e inovadoras de financiamento” como crowd funding, peer to peer, “interessantes para capacidade de resposta à inovação”.
Notícia atualizada às 12:54
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