Oferta da Lone Star pelo Novo Banco caduca a 4 de janeiro
A Lone Star, um dos interessados no Novo Banco, vai cancelar a sua oferta pelo banco a 4 de janeiro. A notícia é avançada numa altura em que a decisão final sobre a venda pode ser adiada para janeiro.
O fundo norte-americano Lone Star, um dos interessados no Novo Banco, pode cancelar a sua oferta pelo banco se a decisão não for tomada até 4 de janeiro. O fundo oferece 750 milhões de euros pelo banco que resultou da falência do Banco Espírito Santo, e contempla a possibilidade de injetar outros 750 milhões de euros na instituição financeira.
O Jornal de Negócios avança que esta decisão já foi comunicada a Sérgio Monteiro, que está a liderar o processo de venda do Novo Banco. O jornal diz que o Lone Star enviou-lhe um email, com data de 14 de dezembro, dizendo que a validade da proposta de compra caduca a 4 de janeiro.
Este email é uma forma de o fundo norte-americano demonstrar a sua insatisfação pelo adiamento da decisão final sobre o comprador do Novo Banco. Esta derrapagem foi provocada pela falta de garantias do principal candidato à compra — o Minsheng.
Os chineses assinaram um memorando de entendimento que prevê um aumento de capital a dois tempos, primeiro de 600 milhões de euros e, depois, de 150 milhões. E, a prazo, a possibilidade de comprar uma parte da participação do Fundo de Resolução, com um teto de investimento de 150 milhões de euros.
O problema é que, depois de assinarem o acordo com o Banco de Portugal e a equipa liderada por Sérgio Monteiro, tinham uma semana para apresentarem a prova de fundos e não o fizeram.
“Mais importante é Novo Banco ter bom acionista”
Mas este adiamento não incomoda o presidente da Associação Portuguesa de Bancos. Faria de Oliveira desvaloriza esta derrapagem no calendário, dizendo que o mais importante é conseguir bons acionistas.
“Penso que seria de toda a conveniência tentar cumprir o que estava previsto, que era finalizar a negociação ate ao fim do ano. Mas vamos ter de aguardar”, diz Faria de Oliveira em declarações aos jornalistas. O presidente da Associação Portuguesa de Bancos diz que o “que é importante é que o processo de venda corra de maneira a obter o melhor resultado possível e um bom acionista, ou bons acionistas, para o Novo Banco”.
"Penso que seria de toda a conveniência tentar cumprir o que estava previsto, que era finalizar a negociação ate ao fim do ano. Mas vamos ter de aguardar”
Faria de Oliveira aplaudiu entretanto a escolha para a liderança do banco público. Paulo Macedo “cumpre todos os requisitos necessários para o exercício da função de presidente Executivo da CGD”, diz o presidente da Associação Portuguesa de Bancos.
O presidente da APB foi um dos que criticou o arrastar da polémica na Caixa. Numa entrevista ao jornal Público, no dia 17 de novembro, veio dizer que todo o ruído que estava a ser gerado em torno da entrega ou não das declarações de rendimentos da equipa de gestão da CGD é “extremamente negativo”, não só para o banco público como o setor.
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