E se o seu Airbnb incluísse voo?
Empresa quer cobrir toda a escala de valor dos clientes e deve preparar-se para investir numa nova área de negócio.
O Airbnb está a desenvolver um serviço de reserva de viagens aéreas para tentar competir com as plataformas Priceline e Expedia e aumentar a quota dos gastos online dos clientes que compram viagens.
O desenvolvimento da modalidade de reserva de voos é incipiente e a empresa está ainda a analisar vários caminhos para entrar no negócio. No entanto, o Airbnb poderá comprar uma agência de viagens online ou licenciar dados de um fornecedor como Amadeus IT Group ou Sabre, disseram fontes ligadas ao processo à Bloomberg. Dentro da empresa, o projeto é conhecido simplesmente como Flights, disseram as mesmas fontes.
O Airbnb quer que o Flights seja lançado antes de começarem a procurar investimento para o projeto, o que deverá acontecer nos próximos 18 meses. Nick Papas, porta-voz do Airbnb, prefere não comentar o projeto que envolve reservas de voos, e diz que a companhia não planeia captar investimento nos próximos tempos.
Desde que o negócio começou, há oito anos, o Airbnb ajudou a criar uma indústria global com base no alojamento em casas de desconhecidos. No entanto, a empresa tem tentado encontrar novas fontes de receita à medida do seu crescimento. No mês passado, adicionou roteiros, reservas em restaurantes e outros serviços de viagens com uma variante chamada Airbnb Trips. A startup, avaliada em 30 mil milhões de dólares por investidores, quer ajudar a planear as viagens dos clientes em vez de limitar a oferta a um sítio para dormir.
A entrada no setor dos voos deixaria empresas como a Priceline e a Expedia, que operam os maiores sites de busca e reserva de voos, em alerta. As margens do setor de viagens online são normalmente superiores às praticadas no segmento de hotéis e alojamento, mas os voos ajudam a atrair clientes para os sites. A Alphabet entrou neste negócio em 2010, ao comprar o fornecedor de dados de empresas aéreas ITA Software por 700 milhões de dólares para reforçar a própria ferramenta de busca de voos.
Steve Hafner, CEO do site Kayak, disse no mês passado que muitas empresas de alojamento tentaram, sem sucesso, entrar no negócio. “Não estou nada preocupado com a entrada do Airbnb no setor dos voos”, disse, numa conferência de imprensa.
O CEO do Airbnb, Brian Chesky, fez uma apresentação no mês passado, em Los Angeles, quando exibiu os novos designs do site e das apps da empresa. Uma das imagens mostrava um pequeno gráfico de um avião numa secção chamada Itinerário de Viagem. É neste espaço que o Airbnb pretende oferecer sugestões para as melhores opções de passagens aéreas com base em fatores como preço, tempo de viagem e condições climáticas esperadas.
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