Fed acalma recordes em Wall Street

Tudo indica que na próxima reunião a Fed vai subir a taxa de juro, ou seja, o preço de emprestar dinheiro. As minutas da reunião anterior divulgadas esta quarta-feira acalmaram os recordes da bolsa.

As minutas da Fed arrefeceram Wall Street. Os principais índices continuaram a estabilizar, com quedas ou subidas ligeiras, após a normalização do otimismo com a eleição de Donald Trump e o anúncio da desregulação da economia norte-americana.

As minutas da Reserva Federal norte-americana relativas à reunião dos dias 1 e 2 de novembro, conhecidas esta quarta-feira, indicam como quase certa uma subida da taxa de juro. Alguns responsáveis do banco central norte-americano acreditam numa subida dos juros na próxima reunião que se realiza a 13 e 14 de dezembro, atendendo à melhoria das condições no mercado de trabalho.

Após uma série de recordes, Wall Street acalmou esta quarta-feira. Segunda-feira foi dia de recorde histórico transversal a todos os índices. Na terça-feira tanto o S&P 500 como o Dow Jones atingiram valores recorde nos pontos.

Dos três principais índices, um fechou em terreno negativo, outro ficou quase neutro e outro avançou de forma positiva. Respetivamente, o Nasdaq desvalorizou 0,11% para os 5.380,68 pontos. Já o S&P 500 andou entre o terreno negativo e o terreno positivo, estabilizando na hora de fecho nos 2204.04 pontos, com uma subida de 0,05%.

O Dow Jones foi o que registou um melhor desempenho esta quarta-feira: valorizou 0,31% para os 19.083.18 pontos. Em causa está o bom desempenho da construtora Caterpillar, tal como se tinha verificado esta terça-feira, com uma valorização de 2,76%. O índice registou mais um recorde depois de ter ultrapassado os 19.000 pontos.

Os dados económicos revelados esta quarta-feira foram positivos. Os pedidos de subsídio de desemprego caíram na semana passada para um mínimo de quatro anos, indicando que o mercado laboral norte-americano está robusto. Por outro lado, a encomenda de bens duradouros na indústria norte-americana recuperou em outubro, num sinal de confiança dos empresários.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Shell e Total estão de regresso a Portugal

  • Rita Atalaia
  • 23 Novembro 2016

O mercado de combustíveis vai receber novamente a Shell e a Total após anos de ausência. Os dois operadores vão entrar num mercado dominado pela Galp Energia, Repsol e BP.

A Shell e a Total vão regressar a Portugal. Entram assim dois novos operadores no mercado de combustíveis dominado pela Galp Energia, Repsol e BP. O regresso das duas petrolíferas foi hoje anunciado pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC).

“A Shell, através da sua representada DISA para os postos de abastecimento na Península Ibérica, iniciará a sua atividade em Portugal até ao final do ano”, diz a entidade, liderada por Paulo Carmona, num comunicado enviado às redações. A petrolífera estava ausente do país há 12 anos. À marca da concha junta-se também a francesa Total. “Também a Total regressará em janeiro de 2017 após oito anos de ausência, depois de ter vendido a sua rede à CEPSA”, explica a ENMC.

As duas petrolíferas regressam a um mercado que é dominado pela Galp Energia, Repsol e BP. A ENMC nota que “estes investimentos são positivos, pois vão ao encontro de um desejado aumento da concorrência no setor dos combustíveis”. E este regresso deve-se à entrada em funcionamento do porto da Trafaria, que “será o primeiro porto de abastecimento de combustíveis em águas profundas não controlado pelo único refinador nacional”. Portanto, a Galp Energia.

Novos investimentos no GPL

À Shell e à Total juntam-se ainda mais dois operadores ibéricos de comercialização de garrafas de gás butano e, eventualmente, uma cadeia de supermercados na venda de botijas de marca branca.

O mesmo comunicado refere que “estas entradas decorrem sobretudo da regulamentação levada a cabo pela ENMC, com o apoio do Governo, nomeadamente a obrigatoriedade da troca de garrafas entre operadores, que que tem permitido e facilitado a mudança de fornecedor de garrafas, eliminando as barreiras à entrada de novos operadores e uma maior concorrência, com correspondente baixa de preços na luta por quota de mercado”.

A ENMC diz que apesar de os preços do GPL engarrafado em Portugal serem dos mais baixos em mercado livre, existe margem para descerem com o aumento da concorrência entre novos e antigos operadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Guia Michelin: Portugal tem melhor ano de sempre

Apesar de não duplicar o número de estrelas, Portugal regista o melhor ano de sempre no Guia Michelin. Os 'inspetores' galardoaram os restaurantes portugueses como nunca tinham feito.

Já é oficial: Portugal conseguiu mais nove estrelas no Guia Michelin este ano, acumulando agora 26 estrelas. Com a marca de duas estrelas ficam o The Yeatman, do chefe Ricardo Costa, em Vila Nova de Gaia, e Il Gallo D’Oro, de Benoît Sinthon, no Funchal.

Para além de ter conquistado mais estrelas, a boa notícia para Portugal é que nenhum restaurante perdeu a que tinha. Pelo contrário, o L’And, de Miguel Laffan, em Montemor-o-Novo, recupera a estrela Michelin que tinha perdido em 2016.

Ainda não existe nenhum restaurante com três estrelas em Portugal, mas o país pode celebrar o melhor ano de sempre. Ao todo, feitas as contas, vão ser 21 estabelecimentos portugueses com estrelas Michelin: cinco restaurantes com duas e 16 com uma.

José Avillez, que já tem duas estrelas Michelin, reagiu ao anúncio:

Há sete restaurantes a ficar com uma estrela:

  • William, de Joachim Koerper/Luís Pestana, no Funchal
  • Casa de Chá da Boa Nova, de Rui Paula, em Leça da Palmeira
  • Antiqvm, de Vítor Matos, no Porto
  • Alma, de Henrique Sá Pessoa, em Lisboa
  • Loco, de Alexandre Silva, em Lisboa
  • Lab, de Sergi Arola/Milton Anes, em Sintra (Penha Longa)
  • L’And, de Miguel Laffan, em Montemor-o-Novo

Eis a lista anterior:

chefs-01-01

O Guia Michelin, uma publicação francesa, distingue restaurantes de referência, em Girona, Espanha.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

QREN apoiou 12 mil empresas

O QREN ainda não encerrou totalmente mas já se podem fazer contas ao que foi apoiado no anterior quadro comunitário. Portugal não vai ter de devolver dinheiro.

Foram construídos ou reabilitados 4.466 quilómetros de estrada, 456 quilómetros de ferrovia, 3.412 quilómetros de rede de abastecimento de água, 158 equipamentos de saúde, 28 universidades, 12.777 bolseiros, 249.444 estágios ou 848 centros escolares do primeiro ciclo do ensino básico.

Estes são apenas alguns exemplos de projetos que foram apoiados com 25 mil milhões de euros que Portugal tinha para investir de verbas comunitárias entre 2007 e 2013, e que estão sistematizados no terceiro relatório trimestral do Portugal 2020 (o quadro comunitário atual).

No capítulo da competitividade foram apoiadas diretamente 12.062 empresas, o que representou um investimento de 9,27 mil milhões de euros. Destas 1.838 foram novas empresas das quais 812 trabalhavam em setores intensivos em conhecimento e média-alta tecnologia. O quadro comunitário anterior apoiou ainda 2,22 mil milhões de euros de investimento em investigação e desenvolvimento (I&D).

No relatório do terceiro trimestre com o ponto de situação dos fundos comunitários é sublinhado que “o nível de execução é de 102% num montante de 21,4 mil milhões de euros, que corresponde a um investimento total de perto de 30 mil milhões de euros”. Quer isto dizer que foram aprovados projetos em valor superior à dotação global do programa para garantir que se houver problemas na validação das despesas de algum projeto há outros no pipeline para substituir e assim não ter de devolver verbas à Comissão Europeia.

As autoridades de gestão estão nesta fase, “após terminada a validação das despesas, a proceder ao encerramento administrativo e financeiro dos Programas Operacionais, assegurando taxas de execução superiores a 100% e garantindo dessa forma a total absorção dos fundos do QREN“. Ou seja, Portugal não vai ter de devolver dinheiro a Bruxelas.

O relatório garante ainda que “os montantes de despesa executada garantem a total absorção dos fundos programados para o período 2007-2013 e preveem igualmente uma margem de segurança para fazer face a constrangimentos que se venham a apresentar na despesa apresentada”.

A meta é concluir os trabalhos para pedir o saldo final à Comissão Europeia — 5% do valor global do QREN — “sendo expectável que uma parte dos Programas Operacionais apresentem as suas contas finais ainda este ano”.

2016nov23_qren-03
Fonte: Agência para o Desenvolvimento e Coesão

A agenda Potencial Humano representa representa mais de 40% dos fundos executados, sendo de destacar a execução nas infraestruturas da rede escolar e na qualificação de jovens e na formação avançada.

2016nov23_qren-01
Fonte: Agência para o Desenvolvimento e Coesão

Os investimentos em estradas foram feitos maioritariamente através dos programas operacionais do Norte e Centro e que permitiram a construção e reabilitação de 4.466 quilómetros de estradas.

2016nov23_qren-02
Fonte: Agência para o Desenvolvimento e Coesão

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vídeo: Um ‘mannequin challenge’ gravado na Casa Branca

Bill Gates, Tom Hanks, Ellen DeGeneres e Robert DeNiro. O que têm em comum? Aceitaram ficar parados e gravar um "desafio do manequim" na Casa Branca. O melhor é ver o vídeo.

A Casa Branca encheu-se de gente famosa na última terça-feira. Ao todo, 21 celebridades foram oficialmente condecoradas com a Medalha da Liberdade pelo presidente Barack Obama, uma lista que inclui nomes como Bill Gates, Tom Hanks, Ellen DeGeneres, entre muitos outros.

E o que acontece quando muita gente conhecida se junta? Publicações virais. Como este vídeo de mannequin challenge que vários condecorados decidiram, a dada altura, fazer. Não sabe o que é? Trata-se de um desafio que se tem popularizado nas últimas semanas, onde os figurantes têm de fingir que são estátuas. Ou manequins.

Durante o vídeo (que começa com Robert DeNiro a piscar os olhos e a falhar o desafio), é possível ver o fundador da Microsoft completamente imóvel, assim como Bruce Springsteen e Diana Ross. Até Ellen DeGeneres falhou.

Mas sabe qual foi o principal problema? A música. Normalmente, usa-se o tema Black Beatles, do rapper Rae Sremmurd. Um estilo musical que talvez não se enquadre bem na Casa Branca. Por isso, optaram por… uma balada de piano. O melhor mesmo é ver — e ouvir:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Minutas da Fed apontam para subida de juros em dezembro

Dados do emprego levam alguns dos responsáveis da Fed a verem como quase certo um movimento de subida dos juros nos EUA na próxima reunião da entidade liderada por Janet Yellen.

Os responsáveis da Reserva Federal dos EUA sinalizam que uma subida de juros na maior economia do mundo, em dezembro, é quase certa. As minutas da Fed, hoje conhecidas, indicam que alguns responsáveis do banco central norte-americano acreditam numa subida dos juros na próxima reunião que se realiza a 13 e 14 de dezembro, atendendo à melhoria das condições no mercado de trabalho.

“Alguns participantes notaram que as recentes comunicações do comité eram consistentes com um aumento no intervalo das taxas de juro da Fed, no curto prazo, ou argumentaram que, para preservarem a credibilidade, uma subida dessa natureza deveria ocorrer na próxima reunião”, revelaram os registos do Comité de Operações no Mercado Aberto (FOMC), citados pela Bloomberg. Muitos responsáveis terão dito que uma subida das taxas de juro seria apropriada “relativamente em breve“, sustentada pelos dados económicos.

As incertezas em torno das políticas que Donald Trump vai assumir na presidência dos EUA, não alteraram as previsões que apontavam para um movimento de subida de juros no final de 2016, pela primeira vez no último ano. Os investidores atribuem uma probabilidade de 100% a esse cenário, segundo apontam os contratos de futuros para as taxas de juro.

As minutas de novembro também mostraram que os membros da Fed enfatizaram que as alterações de médio prazo no custos de financiamento de referência estariam dependentes dos dados económicos, demonstrando que a expectativa de que “apenas subidas graduais” estariam garantidas. Elementos do comité notaram que as condições no mercado de trabalho melhoraram “de forma apreciável”.

“Foi referido que permitir que a taxa de desemprego fique ligeiramente aquém do nível normal de mais longo prazo pode alimentar o regresso da inflação para o alvo de 2% do FOMC, a médio prazo”, dizem as minutas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montepio pede estatuto de empresa em reestruturação e prevê mais saídas de trabalhadores

  • Lusa
  • 23 Novembro 2016

O Montepio pediu ao Governo o estatuto de "empresa em reestruturação", o que permite uma nova redução de efetivos nos próximos meses. Corte poderá superar os 100 trabalhadores.

A Caixa Económica Montepio Geral pediu ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação, em que prevê uma nova redução de efetivos nos próximos meses, que poderá mesmo superar os 100 trabalhadores.

A notícia foi adiantada hoje pelo Público e à Lusa fonte oficial do Ministério da Economia disse que o pedido deu entrada por aquele ministério e está agora “a ser analisado”.

O estatuto de empresa em reestruturação foi pedido em outubro, tendo o banco mutualista justificado esse pedido com a necessidade de “libertação de quota”, para garantir que trabalhadores que saiam em rescisões por mútuo acordo acedam ao subsídio de desemprego, segundo fontes envolvidas no processo.

Em geral, um trabalhador apenas tem direito ao subsídio em caso de desemprego involuntário. Contudo, a lei laboral permite às empresas fazerem acordos com trabalhadores com vista a uma rescisão amigável mantendo estes o direito ao subsídio de desemprego. Cada empresa dispõe assim de uma quota (que depende da sua dimensão) para estes casos, a qual pode ser excecionalmente alargada caso o solicite, alegando motivo de reestruturação, viabilização ou recuperação, tendo de obter autorização do Governo.

A quota que a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) tem atualmente é de cerca de 60 vagas e está praticamente consumida, pelo que a entidade liderada por Félix Morgado pede agora mais 120, argumentando que há trabalhadores que manifestaram recentemente a intenção de sair – aproveitando condições semelhantes às oferecidas no processo de reestruturação que decorreu no primeiro semestre – e que a quota atual a não comporta todas as situações.

No entanto, a informação obtida junto de fonte do setor indica que o banco mutualista admite usar o estatuto de empresa em reestruturação para recorrer a um processo mais agressivo de saída de trabalhadores, inclusivamente com despedimentos, caso não chegue a um entendimento com os sindicatos até final do ano quanto ao novo acordo de empresa.

A CEMG tem vindo a discutir com os sindicatos que representam os bancários um novo acordo de empresa, depois de não ter assinado a recente revisão do Acordo Coletivo de Trabalho do Setor Bancário.

O acordo coletivo de trabalho específico do Montepio, entre outros pontos, permite reduzir os custos nos próximos dois anos, através de mecanismos como congelamentos salariais e de contribuições e do aumento da idade de reforma.

A Caixa Económica Montepio Geral levou a cabo, já este ano, um processo de reestruturação com venda de ativos e emagrecimento da estrutura (agências e trabalhadores) com o objetivo de melhorar a solidez da instituição e reduzir gastos. Através daquele processo saíram cerca de 350 pessoas, por pré-reformas, reformas antecipadas e rescisões amigáveis.

Foram ainda cortados os subsídios de isenção de horário a centenas de trabalhadores.

A Caixa Económica Montepio Geral registou nos primeiros nove meses deste ano um prejuízo de 67,5 milhões de euros, que compara com perdas de 59,5 milhões de euros em igual período de 2015, justificando este resultado com os “impactos específicos ocorridos no primeiro semestre relacionados com os custos com o processo de redimensionamento da estrutura operativa, com as contribuições sobre o setor bancário para o Fundo Único de Resolução e para o Fundo de Resolução Nacional e com perdas em investimentos financeiros”.

Já apenas no terceiro trimestre, a instituição destacou no comunicado enviado a semana passada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que conseguiu um resultado líquido positivo, na ordem dos 144 mil euros, “invertendo a tendência recente de resultados trimestrais negativos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas confirma: Domingues negociou CGD quando ainda estava no BPI

  • Lusa e ECO
  • 23 Novembro 2016

A Comissão Europeia confirmou ter-se reunido com o atual presidente da CGD para debater a recapitalização do banco quando este ainda não tinha sido nomeado para o cargo e pertencia aos quadros do BPI.

A Comissão Europeia confirmou hoje ter-se reunido com o atual presidente da CGD para debater a recapitalização do banco quando este ainda não tinha sido nomeado para o cargo e pertencia aos quadros do BPI.

Em resposta a uma questão do eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD), a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, salientou que “o novo plano de atividades para a CGD foi apresentado à Comissão pelas autoridades portuguesas, que também consideraram necessário que o então futuro conselho de administração da CGD (que, entretanto, foi nomeado) participasse em algumas das reuniões e fosse informado sobre requisitos em matéria de auxílios estatais.”

A comissária, segundo a resposta a que a Lusa teve acesso, disse “ter sido contactada pelas autoridades portuguesas pela primeira vez em abril de 2016” sobre uma nova recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

A comissária adiantou que “compete às autoridades nacionais decidir quem deve estar presente ao seu lado nas reuniões”.

A questão já tinha sido levantada por Passos Coelho que, em entrevista ao Público, criticou o Governo por ter proposto “fazer um processo de reestruturação preparado por quem nem era ainda administrador do banco”. António Domingues, presidente do Conselho de Administração do banco, desmentiu depois que tenha tido acesso a informação privilegiada antes de tomar posse, numa carta enviada àquela publicação.

Em resposta, Passos Coelho salientou que António Domingues “não responde às observações” feitas. “Não se negoceia com a Direção-Geral da Concorrência um plano de capitalização sem ter informação da carteira de clientes“, salientou.

O eurodeputado José Manuel Fernandes questionou o Governo sobre a indicação, como representante do banco público, de “alguém que à data ainda não tinha entrado em funções na CGD e, ainda mais grave, era administrador executivo de um banco privado e concorrente da mesma?”

Considerou ainda que tal põe em causa as regras de transparência e alertou para um possível conflito de interesses.

António Domingues só a 31 de agosto assumiu funções como presidente da CGD, tendo renunciado ao cargo que mantinha no conselho de administração do BPI a 30 de junho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passos acusa Governo de “falsificação da concertação social”

  • Lusa
  • 23 Novembro 2016

Presidente do PSD acusou o Governo de promover uma "falsificação da concertação social" ao avançar com uma proposta de aumento do salário mínimo.

O presidente do PSD acusou hoje o Governo de promover uma “falsificação da concertação social” ao avançar com uma proposta de aumento do salário mínimo, e defendeu que os aumentos salariais têm de ser suportados pela economia.

“Quando o Governo diz que vai à concertação social mas já decidiu isso significa uma falsificação da concertação social. Não vai haver concertação nenhuma, o Governo já decidiu, vai perguntar aos parceiros se querem assinar aquilo ou se querem que a coisa vá para a frente conforme o Governo decidiu”, afirmou Pedro Passos Coelho.

O líder social-democrata e ex-primeiro-ministro foi questionado sobre a reunião da concertação social convocada pelo Governo para quinta-feira, para discutir o aumento do salário mínimo nacional, que o executivo se comprometeu a aumentar de forma progressiva, de modo a que este atinja os 600 euros em 2019.

O salário mínimo foi fixado nos 530 euros este ano, devendo chegar aos 557 euros em 2017 e aos 580 euros em 2018.

Para Pedro Passos Coelho, neste tema, não se trata de saber o que se deseja, mas o que o crescimento da economia permite.

Não creio que se o fixássemos em 1000 euros isso representasse alguma coisa que deixasse alguém rico.

Pedro Passos Coelho

Presidente do PSD

“Porque é que não devemos fixar o salário mínimo em 1000 euros? Ou a pensão em 1000 euros? Porque quer salários, quer pensões, são pagos pela economia, nuns casos pelas empresas e noutras pelas empresas e pelos ativos”, sustentou.

O ex-primeiro-ministro defendeu que, se houver “salários muito elevados, as empresas terão de ter resultados que lhes permitam suportar esses salários, sem perda de competitividade e de capacidade de crescer no futuro“.

“Dificilmente a economia pode sustentar aumentos de rendimentos na casa dos 10 a 15% se não mais, como está a ser prometido até ao fim da legislatura”, afirmou.

Passos Coelho falava aos jornalistas durante uma visita à 11.ª edição do ‘Portugal Exportador’, um evento organizado no Centro de Congressos de Lisboa, pela Fundação AIP, Novo Banco e AICEP Portugal Global, com o objetivo de estimular a internacionalização da economia portuguesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dívida sai cara… a Portugal e às bolsas

Os juros subiram... mais uma vez. E as bolsas caíram... outra vez. Lisboa não foi exceção, num dia marcado pela forte queda da Mota-Engil.

O stress no mercado de dívida voltou… e em força. As taxas de juro da dívida do euro registaram fortes subidas em todos os países, com a periferia a ser claramente a mais castigada pelos investidores. Um clima de tensão que pesou nas bolsas. Lisboa não escapou, num dia de forte queda da Mota-Engil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estudo: portugueses vão gastar 359 euros no Natal

Os portugueses vão gastar mais 45 euros este Natal do que gastaram em 2015. A previsão de gastos está nos 359 euros, diz a Deloitte, o que corresponde a mais de dois terços do salário mínimo.

Em contraciclo com os restantes países europeus, os portugueses estão mais confiantes no estado atual da economia e, por isso, vão gastar mais este Natal, em comparação com o valor previsto no ano passado.

A previsão feita pelo Estudo de Natal 2016 da Deloitte revela que os portugueses vão gastar 359 euros (mais 45 euros do que em 2015), o que corresponde a 68% do salário mínimo. Em Portugal vai-se gastar mais de dois terços do salário mínimo em presentes (51% do valor), alimentação e bebidas (35%) e eventos sociais (14%).

O estudo da Deloitte prevê que os portugueses gastem mais no Natal de 2016 face a 2015, mas esta comparação faz-se em termos do consumo esperado. No entanto, é preciso ressalvar que o consumo declarado no ano passado, por lar, foi de 373 euros e, por isso, superior aos 314 euros inicialmente previstos para 2015 pela consultora.

Se se comparar o consumo esperado para 2016 e o consumo declarado em 2015, é possível concluir que vai haver uma diminuição do orçamento para presentes, alimentação e bebidas. Por outro lado, o orçamento para os eventos sociais sobe ligeiramente. “Apenas Portugal, Grécia e Bélgica consideram cortes no orçamento”, refere o comunicado da empresa.

“Desde 2014 que os portugueses têm declarado ter gasto mais do que as suas expectativas e acreditamos que essa tendência se irá manter este ano, o que indicia um clima de consumo mais favorável. Pela primeira vez desde 2009, a expectativa relativa à evolução do poder de compra é também menos pessimista em Portugal do que a média da Europa, o que poderá explicar este sentimento mais positivo”, destaca Pedro Miguel Silva, associate partner de consultoria da Deloitte.

A tendência crescente em termos de consumo no Natal regista-se desde 2013, após uma “queda superior a 50%” na época natalícia entre 2008 e 2013, altura em que a crise mais afetou o país. Prevê-se assim que 2016 siga essa trajetória com um aumento de 40 euros no total do consumo esperado por lar.

O que faz os portugueses gastarem mais?

  1. As promoções típicas da época (48%)
  2. O fator de se quererem divertir e evitar pensar na incerteza económica (33%)
  3. O aumento do rendimento disponível (25%)

Por outro lado, “a necessidade de diversão e evitar pensar na incerteza económica perde relevância a nível nacional face a 2015, embora seja o facto mais referido pelos europeus. Em posição contrária estão aqueles que esperam gastar menos este Natal, sobretudo devido à redução do rendimento disponível (42%) e à expectativa de continuidade da recessão económica (36%), motivos também apontados pelos europeus”, explica a consultora.

Esta edição do estudo de Natal 2016 abrange nove países e foi desenvolvida com base numa amostra representativa de consumidores europeus, num total de 6.580 inquiridos, dos quais 760 portugueses.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sócio do Benfica por 20 euros? Será possível, a partir de segunda-feira

A partir de segunda-feira haverá um novo cartão do Benfica que custará 20 euros. Oferece um cachecol do clube e... 24 euros em quotas.

A partir da próxima semana haverá um novo cartão de sócio do Benfica SLBEN 0,00% , que custará 20 euros e oferece 24 euros em quotas, mais um cachecol oficial do clube encarnado. Foi desenvolvido, em parceria com a norte-americana ePay, pela Lop Consulting e, segundo a empresa portuguesa, tem “um código de barras que é desbloqueado e ativado no ato da compra, à semelhança de um serviço pré-pago”.

Em comunicado, a empresa informa que o novo cartão de sócio do Benfica pode ser adquirido pelos adeptos na Worten, Continente, Jumbo, Intermarché, Media Market, El Corte Inglês, Repsol e lojas Benfica. A Lop Consuting é “especializada em marketing comercial” na área das Tecnologias da Informação e Comunicação e o novo cartão do Benfica surge no âmbito de uma “estratégia de ativação global da marca Sport Lisboa e Benfica, que permitirá a adesão a serviços e produtos nos pontos de venda aderentes”.

Segundo o site desportivo Mais Futebol, o Benfica é, com 157 mil sócios, o terceiro clube com mais sócios do mundo (em primeiro lugar está o Bayern Munique, com 258 mil associados). No quinto lugar do pódio mundial está o Sporting, com 136.389 sócios. Em décimo lugar, o Porto, com 110 mil sócios. Portugal tem três dos 10 clubes com mais associados do mundo e, com o novo cartão, o clube vermelho e branco espera, porventura, aumentar este número.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.