5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Da reação dos mercados ao resultado do referendo italiano às palavras de vários membros da Fed e do Governador do banco do Japão, há muito a que os investidores devem estar atentos no dia de hoje.

Após um período marcado pelos receios dos investidores em torno do resultado do referendo italiano que se realizou este domingo, será importante acompanhar a reação dos mercados financeiros. Na Europa, serão também conhecidos novos dados que confirmarão, ou não, uma melhoria da situação económica da Zona Euro, ao mesmo tempo que o Eurogrupo se reúne para discutir os orçamentos dos diversos estados-membros. A política monetária dos principais bancos centrais também promete estar no centro das atenções. Três responsáveis da Fed falam hoje em diferentes eventos, enquanto o Governador do Banco do Japão participa no fórum Paris Europlace.

Reação dos mercados ao referendo italiano

Apesar de os especialistas anteciparem que a permanência de Itália na União Europeia não estaria em causa, independentemente do desfecho do referendo sobre as propostas de reformas à constituição italiana realizado este domingo, os últimos dias foram marcados por alguma incerteza nos mercados financeiros. Os investidores devem assim estar atentos aquele que será o rumo dos mercados nesta segunda-feira, dia em que se dissipam as dúvidas suscitadas nos últimos dias em relação à permanência ou não de Matteo Renzi no Governo.

Novo teste à saúde económica da Europa

A leitura final do índice de gestores de preços (PMI) compósito para novembro deve confirmar os sinais de recuperação na Zona Euro. A leitura preliminar de novembro e os dados de outubro, mostram que o indicador ficou nos 53,7 pontos, 0,8 pontos acima da média do terceiro trimestre. Os dados do PMI para Itália e Espanha, também vão ser publicados pela primeira vez. No Reino Unido, o mesmo indicador deve confirmar uma subida para 54,8 pontos, acima dos 53,9 anteriores. Se este nível for mantido durante o resto do trimestre, será consistente com um crescimento trimestral de 0,4%.

Eurogrupo discute propostas de orçamento

Os ministros das finanças da Zona Euro reúnem-se hoje, em Bruxelas, para discutirem as propostas de orçamento dos Estados-membros para 2017. O Eurogrupo também vai falar sobre a segunda avaliação ao programa de ajustamento económico da Grécia.

Que novidades há sobre a Fed?

Quando já é dado como quase certo um movimento de subida de juros na maior economia do mundo já este mês, vários membros da Reserva Federal dos EUA podem dar hoje novas pistas sobre os próximos passos da entidade liderada por Janet Yellen. O presidente do banco da Reserva Federal de Nova Iorque, William Dudley, vai apresentar uma perspetiva macroeconómica, enquanto Charles Evans, responsável pelo banco de Chicago, fala sobre as condições económicas atuais e a política monetária. Em St. Louis, James Bullard, pronuncia-se acerca da economia dos Estados Unidos.

Kuroda fala em Paris

O Governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, é um dos oradores no fórum Paris Europlace. Será interessante acompanhar as palavras do responsável pela política monetária do Japão, numa altura em que o país continua a injetar estímulos na economia.

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OE2017: Centeno explica hoje ao Eurogrupo como pretende alcançar metas

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2016

Mário Centeno deverá explicar hoje aos seus homólogos do Eurogrupo, em Bruxelas, como é que o Governo pretende alcançar as metas orçamentais com que se comprometeu através da execução do Orçamento.

De acordo com a agenda do Eurogrupo, que se reúne hoje pela última vez em 2016, os trabalhos começarão com um debate sobre os projetos orçamentais para o próximo ano que os países da zona euro apresentaram a Bruxelas, e que terá por base os pareceres adotados pela Comissão Europeia a 16 de novembro passado.

Um alto responsável do Eurogrupo indicou que a discussão centrar-se-á nos planos que o executivo comunitário identificou como estando em risco de incumprimento, devendo os ministros dos oito Estados-membros abrangidos serem convidados a explicar como tencionam cumprir os objetivos do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Nesse sentido, Centeno será um dos ministros convidados a explicar aos seus parceiros como tenciona o Governo português cumprir as metas, já que Portugal foi um dos países cujo plano orçamental Bruxelas considerou acarretar riscos de incumprimento, juntamente com Bélgica, Chipre, Finlândia, Itália, Lituânia, Eslovénia e Espanha.

O caso português não é todavia dos mais preocupantes para a Comissão, que no parecer adotado a 16 de novembro considerou que o esboço orçamental de Portugal “coloca um risco de incumprimento” tendo em conta as exigências para 2017 a que o país está obrigado”, mas assinalando que o desvio encontrado tem uma “margem muito estreita”.

A Assembleia da República aprovou a 29 de novembro passado a versão final global do OE2017.

Os trabalhos do fórum de ministros da zona euro, presidido por Jeroen Dijsselbloem, prosseguirão depois com um ponto da situação sobre a segunda avaliação do programa de ajustamento económico da Grécia, na sequência da missão de avaliação que teve lugar em meados de novembro, devendo o Eurogrupo abordar a questão do alívio da dívida grega.

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Oficial: Não vence em Itália com 59,95% dos votos

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2016

Apuramento oficial dos votos no referendo celebrado no domingo em Itália confirmou a vitória do ‘Não’ à reforma constitucional proposta pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, com 59,95% dos boletins.

O apuramento oficial dos votos no referendo celebrado no domingo em Itália confirmou hoje a vitória do ‘não’ à reforma constitucional proposta pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, com 59,95% dos boletins depositados nas urnas.

A reforma do chefe do Governo foi apoiada por 40,05% dos eleitores que foram votar.

Votaram contra a reforma 19.019.197 eleitores e a favor 12.706.340.

Renzi anunciou hoje que apresentará a sua demissão ao Presidente da República, Sergio Mattarella, como consequência do resultado.

A derrota de Renzi foi avançada pelas 22:00 de domingo, por sondagens à boca da urna, divulgadas por vários meios de comunicação.

Falta ainda apurar o resultado oficial do escrutínio dos votos dos italianos residentes fora do país, cerca de quatro milhões de pessoas, das quais 27,25% votaram.

O escrutínio do voto exterior mostrava, pelas 03:00, uma tendência oposta ao voto de Itália, com quase 65% dos votos apurados a favor da reforma de Renzi e 35% contra.

Os italianos votaram em referendo no domingo uma reforma constitucional que visava reduzir o poder do Senado e aumentar a estabilidade política, mas que se transformou num plebiscito ao primeiro-ministro, Matteo Renzi.

Apoiantes e detratores da reforma fizeram campanha como se o referendo fosse de facto um teste à gestão de Renzi, mas foi o próprio quem personalizou a reforma e anunciou que se demitiria se ela fosse chumbada.

A reforma, como a caracterizou Renzi, pretendia modernizar Itália, reduzir os custos da política, agilizar o processo legislativo e facilitar a estabilidade num país que teve 63 governos nos últimos 70 anos.

O principal ponto da reforma era a eliminação do chamado “bicameralismo perfeito”, retirando quase todo o poder legislativo ao Senado, que passaria a ser um órgão consultivo formado por 100 senadores, contra os atuais 315, escolhidos pelos governos regionais e locais.

Para a oposição, pelo contrário, a reforma era “um fato à medida de Renzi”, segundo o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, e uma iniciativa ilegítima por não assentar num consenso, segundo o Movimento 5 Estrelas (M5E).

Para estes críticos, ao não eliminar o Senado, a reforma criaria uma duplicação de funções entre as duas câmaras e, ao determinar a escolha dos senadores pelos governos regionais e locais, corria o risco de transformar a câmara alta num refúgio de corruptos.

A derrota de Renzi no referendo pode ter um importante impacto económico, como sugerem a repetida subida das taxas de juro da dívida soberana das últimas semanas e a preocupação crescente com os créditos de cobrança duvidosa que ensombram a banca italiana. Pode também reforçar a posição de partidos populistas como a Liga do Norte e o M5E, que defendem um referendo sobre a permanência de Itália no euro.

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Monte dei Paschi reúne-se de emergência com consultores após vitória do “não” no referendo

Banco italiano reage com preocupação à vitória do 'não' no referendo de Itália, que levou à demissão do primeiro ministro italiano.

O banco Monte dei Paschi di Siena vai reunir-se com consultores da JP Morgan e da Mediobanca esta segunda-feira, um encontro marcado de urgência depois da vitória do “não” no referendo italiano, que levou ao anúncio da demissão do primeiro ministro Matteo Renzi.

A notícia, avançada pelo Financial Times, dá conta da reação do banco na sequência dos resultados do referendo deste domingo, em Itália, depois de a maioria dos italianos terem considerado desnecessária uma revisão constitucional proposta por Renzi.

Na reunião desta segunda-feira, Monte dei Paschi, JP Morgan e Mediobanca deverão decidir se vão prosseguir com a recapitalização do banco, de acordo com fontes ligadas ao processo citadas pelo jornal internacional. Em cima da mesa estará a nacionalização do banco, um objetivo do Governo italiano.

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“Não” vence referendo em Itália. Renzi demite-se

"Quem luta por uma ideia não pode perder", disse. Depois de uma participação recorde e da vitória do "não" no referendo que previa uma reforma na Constituição, primeiro ministro italiano demite-se.

O primeiro ministro italiano Matteo Renzi apresenta esta segunda-feira a demissão, anunciou na noite de domingo, após terem sido conhecidas as primeiras projeções do referendo, que dão a vitória ao “não” com 56 a 60% dos votos. “A minha experiência no Governo termina aqui, hoje”, disse o primeiro ministro italiano.

Depois de uma participação recorde — os dados apontam para 69,1% dos votantes –, os italianos decidiram que não querem avançar com a reforma constitucional. Renzi já tinha manifestado a vontade de se demitir por considerar que, sem reforma na constituição, não teria condições para assegurar o cargo.

Renzi elogiou a participação recorde dos italianos no referendo. “Dou os parabéns a Itália e aos italianos”. “Este não dá legitimidade aos defensores do não para continuarem com as suas propostas. Há uma rejeição, este sonho de reforma foi rejeitado mas quero agradecer a todos os que votaram sim. Demos uma alternativa de mudança. Assumo todas as responsabilidades do resultado. Quem luta por uma ideia não pode perder”, disse.

“Fazer política por causas é a coisa mais bonita”, assegurou, acrescentando: “Perco o referendo mas não perco o humor. (…) Não consegui alcançar a vitória. Fiz tudo o que era possível neste sentido”, lamentou. “Acredito na democracia e, por isso, quando alguém perde, não se pode regressar a casa a pensar que não se pode fazer nada”.

Tanto a moeda europeia como a libra estão em queda, que começou logo após as primeiras projeções que davam a vitória ao “não” com 56 a 60% dos votos. Renzi deixa agora a decisão nas mãos do Presidente italiano, assegurando que está ansioso por “cumprimentar” o seu sucessor, “seja ele quem for”, disse.

Antes, Renzi fazia as primeiras declarações públicas pós-referendo, via Twitter.

A reforma, que passaria a contar com um Senado de 100 membros em detrimento dos mais de 300 atuais, foi negada pelos italianos.

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Bloco do “não” pede demissão imediata de Renzi

Liga Norte, Forza Italia e Fratelli d'Italia, a principal coligação pró-não, reclamam afastamento de Renzi.

Ainda não tinha passado uma hora da divulgação das primeiras projeções que davam a vitória ao “não” no referendo italiano quando a Liga Norte, Forza Italia e Fratelli d’Italia pediram a demissão imediata de Matteo Renzi.

O bloco do “não” quer que o primeiro ministro italiano se demita. Renzi deverá falar cerca das 23:30, hora de Lisboa, adiando em cerca de meia hora as suas declarações. O primeiro ministro ameaçou demitir-se caso o “não” vença as votações, por considerar que não tem condições de governar.

O primeiro a pedir a demissão do primeiro ministro de Itália foi Matteo Salvini, líder da Liga Norte, que reclamou eleições antecipadas e uma nova lei eleitoral, caso se confirmem os resultados das projeções.

“Renzi deve demitir-se. Num país normal, os eleitores devem votar em eleições de seguida, sem meios governos”, sublinhou.

Beppe Grillo, líder do Movimento Cinco Estrelas que poderá vir a tornar-se uma das grandes forças políticas em Itália, pediu também eleições “o mais rapidamente possível”. “Precisamos de cinco dias de trabalho. Desafio todos a que comecemos a trabalhar amanhã para termos uma nova lei eleitoral dentro de uma semana”, escreveu Grillo no blog, sublinhando a importância de não “prolongar a situação indefinidamente”.

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Queda da bolsa italiana? Compre, diz o JPMorgan

O banco de investimento norte-americano prevê uma queda da bolsa italiana, mas em vez de recomendar vender diz que é oportunidade para comprar.

A vitória do não no referendo italiano vai provocar estragos nas bolsas. E a praça italiana deverá ser fortemente penalizada, com o JPMorgan a antecipar quedas de 2% a 4%, mas essa desvalorização poderá ser oportunidade para comprar.

Poderá haver uma queda de 2% a 4% na bolsa italiana após a vitória do não no referendo. Mas ao contrário do que aconteceu com as eleições norte-americanas e com o Brexit, esta vitória do não não se trata de uma surpresa”, diz Mislav Matejka. As sondagens já iam nesse sentido.

O estratego do banco norte-americano diz que os investidores já tinham reduzido a exposição ao mercado italiano antes da votação, daí que o impacto da vitória do não seja menos expressivo. A bolsa italiana tem um dos piores registos na Europa, caindo cerca de 20% este ano.

É neste sentido que o especialista diz ao MarketWatch que “qualquer queda acentuada da bolsa é uma boa oportunidade de compra. Nós compraríamos porque no final do dia o contágio será contido pelo Banco Central Europeu“, remata.

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Itália: Projeções dão vitória ao não com 56 a 60% dos votos

Moeda europeia já está em queda, depois de as primeiras projeções indicarem que o "não" terá ganho no referendo em Itália. Renzi deverá demitir-se.

De acordo com as primeiras projeções do IPR Marketing-Piepoli Institute para a RAI , o “não” terá ganho o referendo em Itália. Os italianos escolheram não avançar com a revisão constitucional, o que deverá resultar na demissão do primeiro ministro italiano, Renzi, que deverá falar às 00:30 (23:30 em Portugal), segundo o jornal Corriere della Sera. As projeções dão conta de que o não deverá ter vencido com 56 a 60% dos votos.

Uma participação recorde de 69,1%, Itália votou através de referendo para aprovar ou rejeitar uma reforma constitucional que pretende sobretudo reduzir os poderes do Senado. No entanto, aquilo que era apenas uma alteração de leis rapidamente ganhou escala: as atenções viraram-se para a liderança de Renzi. O primeiro-ministro prometeu demitir-se se o ‘não’ ganhasse.

Cerca das 19 horas (menos uma em Portugal), mais de 57% dos italianos já tinham ido às urnas, de acordo com dados do Ministério do Interior.

Com a vitória do “não”, os partidos eurocéticos podem ganhar algum espaço, com os analistas a admitirem cenários que podem passar pela saída da moeda única ou até mesmo o Italexit.

Nos mercados, o euro e a libra já começaram a descer, fruto das primeiras projeções que dão a vitória ao “não”.

A história, passo a passo

O bloqueio político em Itália começou com a aprovação da primeira versão da reforma, pelo Senado, a 15 de abril de 2014. O documento é aprovado com dois terços dos votos, um ano depois, mas os números não são suficientes para evitar o referendo. A 26 de setembro de 2016, o socialista Renzi marca o referendo para 4 de dezembro, depois de uma campanha pelo “sim” que recolheu 500.000 assinaturas.

Pouco menos de uma hora depois de serem conhecidas as primeiras projeções, os partidos Liga Norte e Forza Italia pediam a demissão imediata de Matteo Renzi. Ao contrário do esperado, as primeiras declarações do primeiro ministro italiano foram feitas via Twitter.

Poucos minutos depois, Renzi anunciava que apresentaria a demissão esta segunda-feira. “A minha experiência no Governo termina aqui”, referiu.

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Novo Banco: Proposta dos chineses “é financeiramente mais forte”

Luís Marques Mendes diz que os bancos portugueses vão ficar fora da corrida ao Novo Banco. Os chineses têm a melhor proposta.

O Novo Banco deverá conhecer o seu novo dono até ao final do ano. Mas, diz Marques Mendes, o comprador não deverá ser nacional. Tanto BCP como BPI deverão ficar de fora, sendo a proposta dos chineses a mais forte.

“Em princípio, tudo aponta para que até ao final do ano vai ser tomada a decisão de vender, não vender, e a quem. Ao que sei, estão a decorrer negociações com os vários candidatos”, disse Marques Mendes no comentário semanal na SIC.

Entre esses candidatos estão bancos portugueses, mas não deverão ser bem-sucedidos. “BPI e BCP estão, na prática, fora da corrida. As suas propostas não vão contar para a decisão final“, disse, notando que as ofertas dos fundos “não serão propostas muitos competitivas para vencer”.

A proposta dos chineses, que é uma proposta diferente das outras, parece ser a proposta financeiramente mais forte“, disse. O China Minsheng Financial propõe comprar o Novo Banco numa operação feita parcialmente através do mercado de capitais.

“Os chineses já uma tem presença enorme na economia portuguesa, notou Marques Mendes. “Agora, se a proposta é financeiramente mais forte, se mantiver assim, o que tem que ser analisado pelas autoridades competentes é a qualidade do acionista. A qualidade é importante”, rematou.

 

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Passos: “O país podia estar a crescer muito mais, mas Governo PS não quer”

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2016

Pedro Passos Coelho disse hoje que o país podia estar a crescer “muito mais”, mas isso é algo que o Governo PS não quer, pretendendo apenas “iludir” as pessoas para conquistar votos.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse este domingo que o país podia estar a crescer “muito mais”, mas isso é algo que o Governo PS não quer, pretendendo apenas “iludir” as pessoas para conquistar votos.

“Por isso, faz uma coisa que tenho a certeza que repugnaria Sá Carneiro [cuja morte se assinala hoje] e que me envergonha a mim, ou seja, programa de forma demográfica e populista a campanha eleitoral instrumentalizando o Estado ao serviço dos partidos que o apoiam”, afirmou num almoço de homenagem a antigos autarcas sociais-democratas, em Chaves.

Perante centenas de pessoas, o líder social-democrata frisou que a lei diz que os governos estão obrigados a imparcialidade e isenção em período de campanha eleitoral, mas o Governo de António Costa “fá-lo, programa-o e anuncia-o com antecedência”.

“Vai haver campanha em setembro, então em agosto vai haver aumentos extraordinários das pensões e do subsídio das refeições. Vai haver eleições em setembro ou outubro, então os precários vão entrar todos para o Estado, e isso não é bom”, afirmou.

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Marques Mendes: “Paulo Macedo tem mais mundo”

O comentador compara os perfis de António Domingues e de Paulo Macedo, o novo homem forte da Caixa.

Foi Marques Mendes o primeiro a chamar a atenção para aquilo que viria a grande polémica este ano na Caixa Geral de Depósitos (CGD) relacionada com a entrega das declarações de rendimento e de património dos administradores junto do Tribunal Constitucional.

A polémica terminou com a demissão de António Domingues que agora será substituído por Paulo Macedo que já foi vice-presidente do BCP, diretor-geral do Fisco e ministro da Saúde no último governo de Pedro Passos Coelho.

É uma ótima escolha. Se tivesse sido a primeira escolha tinha-se ganho tempo”, comentou Marques Mendes.

E Paulo Macelo é melhor do que António Domingues para a Caixa?

“São ambos tecnicamente competentes: Mas acho que Paulo Macedo tem mais mundo e capacidade de liderança que António Domingues não tinha. António Domingues nunca tinha sido número um em nenhuma organização. [Paulo Macedo] Está mais habituado a gerir situações complexas”, afirmou no seu comentário na SIC.

E acrescentou mais elogios a Macedo: “Ele tem este condão. Todos os sítios por onde passa, modo geral faz bem”.

"São ambos tecnicamente competentes: Mas acho que Paulo Macedo tem mais mundo e capacidade de liderança que António Domingues não tinha. António Domingues nunca tinha sido número um em nenhuma organização.”

Marques Mendes

Sobre a posição de Passos Coelho que afirmou no sábado que Paulo Macedo é “é competente”, mas que isso “não é suficiente para nos garantir que o futuro da Caixa está assegurado”, Marques Mendes defende que agora, passada a polémica, “é bom regressar à normalidade. A Caixa não pode ser uma caixa de boxe”.

Sobre Rui Vilar que transita da anterior administração e que será agora chairman do banco público, Marques Mendes não poupa nos elogios: “De longe o melhor presidente que a CGD teve até agora”. Vilar foi presidente da Caixa de 1989 a 1995.

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Áustria: extrema-direita derrotada nas presidenciais

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Dezembro 2016

Projeções dão vitória ao ecologista Alexander Van der Bellen, contra o candidato da extrema-direita Norbert Hofer.

O candidato independente apoiado pelo partido ecologista Alexander Van der Bellen venceu as eleições presidenciais austríacas.

De acordo com as projeções iniciais noticiadas pela estação pública de televisão ORF, e citadas pela Bloomberg, Alexander Van der Bellen conta com 53,6% dos votos. Já Norbert Hofer, do Partido da Liberdade, de extrema-direita, reúne 46,4%.

A contagem de votos continua mas os responsáveis das empresas de sondagens dizem que já será impossível reverter o resultado, indica o Público. Aliás, Hofer já admitiu a derrota na sua página de Facebook.

Esta é a primeira vez que um candidato do partido ecologista vence as eleições presidenciais na Europa. O vice-chanceler alemão Sigmar Gabriel já saudou a vitória de Van der Bellen, que vê como a “vitória da razão contra o populismo de extrema-direita”, indica o jornal alemão Bild, citado pela Bloomberg.

Em entrevista ao ECO, o economista da Nova Business School, Francesco Franco, já tinha sublinhado a “importância crucial para a Europa” deste escrutínio.

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