Reformados estrangeiros podem vir a pagar IRS mínimo

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

Medida está a ser estudada no âmbito do Orçamento do Estado. Trabalhos apontam para uma taxa plana, entre 5% e 10%, para os futuros residentes não habituais.

O Governo está a estudar uma taxa mínima de IRS para aplicar aos reformados estrangeiros que queiram vir para Portugal ao abrigo do regime de residentes habituais. De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), a medida está a ser estudada no âmbito do Orçamento do Estado.

Para já, os trabalhos apontam para uma taxa plana, entre 5% e 10%, para os futuros residentes não habituais; quem já obteve esse estatuto fica fora da medida.

Espera-se assim que a tributação seja suficientemente baixa para não desincentivar a vinda para Portugal mas, ao mesmo tempo, a nova taxa espera satisfazer países como a Suécia, que já escreveram ao Ministério das Finanças a pedir o fim da dupla não-tributação de pensões que Portugal oferece a estrangeiros.

No caso de pensões, Portugal oferece tributação zero no caso de residentes não habituais. Nos restantes casos, varia. O regime gera críticas sobretudo dos países nórdicos, que acusam Portugal de promover concorrência fiscal desleal.

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PS também avança projeto para travar novos casos como o da PT

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

Deputado diz que não se trata de uma alteração dirigida à PT/Meo, mas admite que o PS vai "a jogo", depois de PCP e Bloco já terem apresentado propostas.

Os socialistas devem apresentar esta sexta-feira uma proposta de alteração ao Código do Trabalho que reforce normas relacionada com a figura da “transmissão de empresa ou estabelecimento”, avança esta sexta-feira o Público [acesso pago].

Garantindo que não se trata de uma alteração dirigida à PT/Meo, o deputado Tiago Barbosa Ribeiro salientou, porém, que “o PS decidiu ir a jogo”, referindo-se assim ao facto de Bloco de Esquerda e PCP já terem apresentado projetos para garantir que não se repitam casos como o que afeta aquela empresa da Altice, que já transferiu 150 trabalhadores para três empresas.

O deputado salienta que o objetivo da alteração é “densificar conceitos e procurar reforçar algumas dimensões” da figura ligada a transmissão de empresa ou estabelecimento, em particular o conceito de unidade económica. Bloco e PCP têm o mesmo objetivo mas vão mais longe nas suas propostas, nomeadamente defendendo que a transmissão fique sujeita a autorização do Ministério do Trabalho, ainda que o PS e o Governo discordem da solução, diz o jornal.

A decisão de avançar com um projeto próprio do PS não é consensual no Governo, uma vez que o ministro Vieira da Silva já defendeu que qualquer mudança na lei do trabalho deve passar pela concertação social.

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PSI-20 regressa às perdas. BCP cai mais de 1%

  • Rita Atalaia
  • 15 Setembro 2017

Depois de cinco sessões no verde, o PSI-20 voltou a provar as perdas. A bolsa nacional está a acompanhar o pessimismo no resto da Europa, depois de a Coreia do Norte ter lançado outro míssil.

A praça portuguesa subiu cinco sessões consecutivas. Mas este otimismo foi interrompido, depois de a Coreia do Norte ter lançado outro míssil sobre o Japão pela segunda vez no mês. Esta provocação de Pyongyang deixou os investidores cautelosos, com as bolsas a começarem o dia no vermelho. O PSI-20 não é exceção, com a bolsa nacional a ser pressionada pelas quedas do BCP, mas também do setor energético.

O índice de referência nacional abriu a sessão a cair 0,45% para 5.176,75 pontos, num dia dominado por receios no mercado. A Coreia do Norte lançou esta sexta-feira um míssil que sobrevoou o Japão e caiu no Oceano Pacífico. O lançamento aconteceu horas depois de o regime de Kim Jong Un ter ameaçado “afundar” o Japão. Ameaças que vão manter os investidores à margem, preferindo não fazer grandes apostas. “A tensão que marca a conjuntura internacional deverá refletir‐se no mercado nacional”, afirmam os analistas do BPI, no Diário de Bolsa.

PSI-20 no vermelho após cinco sessões em alta

Entre as principais cotadas do PSI-20, destaque para o BCP. O banco liderado por Nuno Amado está a recuar 1,16% para 21,32 cêntimos, pressionando a bolsa nacional. Mas a queda da praça portuguesa reflete igualmente o mau desempenho no setor energético. A EDP cede 0,15% para 3,33 euros e a EDP Renováveis cai 0,69% para 7,01 euros. Já a Galp Energia cede 0,14% para 14,36 euros.

Ainda no vermelho, destaque para a Corticeira Amorim (-1,01%), Jerónimo Martins (-0,18%) e Mota-Engil (0,77%). Apenas a Ibersol e a Novabase escapam a esta tendência negativa.

O dia é também marcado pela decisão da agência de notação S&P sobre o rating da dívida portuguesa. A questão que se impõe é se irá melhorar a sua perspetiva para a dívida nacional. Se a agência acompanhar as pares, tudo indica que o passo a tomar será esse. “A maioria dos investidores acredita que esta agência siga os passos de outras agências. Há duas semanas, a Moody’s melhorou a perspetiva para o rating de Portugal de ‘estável’ para ‘positivo’ (com uma notação de Ba1), bem como a agência Fitch que fez o upgrade do outlook nacional em junho (com uma notação de BB+)”, referem os analistas do BPI.

(Notícia atualizada às 08h20 com mais informação)

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Patrões querem participar na plataforma para o malparado

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal quer que as empresas estejam representadas na plataforma de gestão comum de créditos malparados.

António Saraiva quer que as empresas participem na solução encontrada pelo Executivo de António Costa para os empréstimos em incumprimento. Para o presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, a estrutura da plataforma para o malparado, que avança em 2018, deve ser uma oportunidade para “salvar” as empresas e não apenas para limpar os balanços dos bancos. O pedido já foi enviado para o primeiro-ministro.

“As empresas exigem estar na estrutura de missão do crédito malparado”, afirma o presidente da CIF ao Jornal Económico (acesso pago), referindo-se à plataforma para o malparado criada pelo Governo com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e BCP. António Saraiva afirma que quer fazer parte da equipa de José Correia, que é, segundo avançou o ECO, o gestor executivo da plataforma, mas também de Esmeralda Dourado, para não resolver apenas os balanços das instituições financeiras, mas também para que haja a oportunidade de “salvar empresas”.

Os três bancos com os níveis mais elevados de malparado já chegaram a acordo para criarem uma nova plataforma de gestão do crédito malparado, o chamados Non Performing Loan (NPL). O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse que “são os bancos que estão a tratar” de operacionalizar esta solução e que “o Governo acompanha de perto, tal como o Banco de Portugal”.

O banco de fomento ficará fora desta plataforma e, a entrar, será depois, quando se colocar a venda destes créditos, em concorrência ou em alinhamento com os fundos de privat equity privados, e apenas para as empresas consideradas viáveis, apurou o ECO junto de diversas fontes envolvidas neste processo.

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Pelo menos 23 mil funcionários sem avaliação vão ser penalizados nas progressões

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

Número diz apenas respeito a trabalhadores não avaliados em 2014 e 2015, o que significa que o total pode ser mais elevado.

Há pelo menos 22.669 trabalhadores do Estado que não foram avaliados em 2014 e 2015 e que, por isso, vão serão penalizados quando as progressões forem descongeladas no próximo ano. O número apenas diz respeito a anos mais recentes, mas desde 2010 houve milhares de funcionários sem avaliação e que receberam administrativamente um ponto por cada ano, ficando assim em desvantagem.

O dado consta do relatório sobre o impacto do descongelamento das carreiras na Função Pública e faz esta sexta-feira manchete no Público [acesso pago]. O número pode ser ainda mais elevado, já que houve carreiras na área da defesa, saúde, forças armadas e justiça em que os dados ainda têm de ser verificados. No Ministério da Ciência e Ensino Superior, a aplicação do regime não foi validada, devido à “multiplicidade de situações existentes”.

Os sindicatos discordam da solução de atribuir um ponto aos trabalhadores por cada ano sem avaliação, dizendo que os coloca em desvantagem.

Dos 22.669 trabalhadores sem avaliação em 2014 e 2015, 7.332 estão integrados em carreiras gerais — abrangidos pelo Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP) — e 15.337 em carreiras especiais e não gerais, com sistemas próprios de avaliação, com destaque para enfermeiros e médicos.

Somando o número de pessoas sem avaliação entre 2010 e 2015, o número de ocorrências é de 107 mil, mas neste número pode haver pessoas que não foram avaliadas em nenhum desses anos.

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Mudanças no Montepio podem levar à saída de Félix Morgado

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

Depois da OPA, a Associação Mutualista está a considerar fazer mudanças na administração do Montepio Geral. Alterações que podem levar à saída do presidente do banco, José Félix Morgado.

A Associação Mutualista quer fazer alterações no conselho de administração do Montepio. Depois de concluída a Oferta Pública de Aquisição (OPA), o conselho geral da dona do banco vai reunir-se na próxima terça-feira para discutir se a administração liderada por José Félix Morgado é “adequado”. O presidente do Montepio pode estar de saída.

O Jornal Económico (acesso pago) avança que, segundo fontes ligadas ao processo, o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia, não conta com Félix Morgado para a nova fase do banco. Foi ontem que o Montepio Geral passou a sociedade anónima, passando a ter apenas ações. De acordo com estas fontes, o presidente do Montepio Geral “não tem o perfil social” necessário para transformar a instituição num banco social. Na administração não se sabe de nenhuma alteração. Já fonte da Associação Mutualista não comenta.

Num esclarecimento enviado à redação, a entidade refere que a informação veiculada não está correta, já que “nenhum dos pontos da ordem do dia contempla a abordagem de quaisquer matérias relativas ao conselho de administração executivo da Caixa Económica Montepio Geral”. Os pontos da próxima reunião incluem “informação sobre a OPA e desenvolvimentos subsequentes; transformação da CEMG em sociedade anónima e outros assuntos”.

O banco Montepio é agora uma sociedade anónima — os novos estatutos foram esta quinta-feira aprovados em assembleia e ratificados pela Associação Mutualista, que detém agora 99,7% da instituição. Fecha-se a porta da bolsa, abre-se uma janela: com o Fundo de Participação convertido em capital social, novos acionistas podem agora espreitar.

Tomás Correia acredita que este passo é um avanço na possibilidade de negociação com “os diversos parceiros da economia social que queiram participar neste projeto“, afirmou o próprio durante a apresentação de resultados do banco. Na perspetiva do presidente da Associação, “o país precisa de um grupo financeiro social forte“.

A participação da Santa Casa no capital da Caixa Económica Montepio Geral é uma hipótese há muito discutida. Esta, que “não será necessariamente uma aventura” — nas palavras de Santana Lopes –, ficou mais próxima com a recente parceria para “o desenvolvimento nacional da economia social”. Um protocolo assinado no final de junho que já vinha abrir a possibilidade da entrada da Santa Casa na CEMG.

Elisa Ferreira, a agora vice-governadora do Banco de Portugal, afirmou na altura na qualidade de administradora do banco central que existem mais interessados no banco de Félix Morgado para além da Santa Casa.

(Notícia atualizada às 11h58 com esclarecimento)

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O dia ficará marcado pelo relatório da Standard & Poor's, agência de notação financeira que deverá melhorar a perspetiva do rating da dívida portuguesa.

Portugal deverá fechar a semana em nota positiva, no dia em que se antecipa que a agência de notação financeira Standard & Poor’s melhore a sua perspetiva do rating da dívida portuguesa. No campo das estatísticas, o Banco de Portugal divulga novos dados sobre a concessão de crédito aos consumidores e o Eurostat publica dados relativos ao emprego e ao comércio internacional.

Standard & Poor’s revê rating de Portugal

A Standard & Poor’s vai rever, esta sexta-feira, o rating da dívida portuguesa e tudo indica que irá melhorar a sua perspetiva. Depois de a Fitch ter elevado o outlook da dívida portuguesa de estável para positivo e de a Moody’s ter feito o mesmo, a decisão da S&P deverá ser semelhante. Atualmente, a agência de rating atribui a Portugal uma classificação BB+, nível considerável “lixo”, com uma perspetiva “estável”.

Banco de Portugal lança novos dados sobre o crédito

O Banco de Portugal vai divulgar novos dados sobre a concessão de crédito aos consumidores, com informação desagregada por finalidade: automóvel, cartões de crédito ou outros fins. Nos primeiros seis meses do ano, os bancos emprestaram mais de três mil milhões de euros aos consumidores, um aumento de 11% face ao mesmo período do ano passado.

Novos dados do emprego e do comércio internacional

Ainda no campo das estatísticas, o Eurostat vai publicar o mais recente índice do custo do trabalho na União Europeia, relativo ao segundo trimestre deste ano. O gabinete de estatísticas europeu divulga ainda dados sobre as vagas de emprego no segundo trimestre, bem como estatísticas sobre o comércio internacional de mercadorias em julho.

Ministros europeus reúnem-se na Estónia

O ministros da Economia e Assuntos Internos (Ecofin) da União Europeia dão início a uma reunião informal que se prolonga até sábado. Portugal estará representado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, num encontro que surge no âmbito da presidência da Estónia do Conselho da União Europeia.

Nove anos da queda do Lehman Brothers

Uma efeméride que não passará ao lado dos mercados financeiros: esta sexta-feira, passam nove anos desde que foi declarada a falência do Lehman Brothers. A maior falência da história é um símbolo do subprime, a crise financeira que estalou um ano antes nos Estados Unidos e que trouxe ao de cima as fragilidades do sistema financeiro mundial e o risco associado aos ativos tóxicos.

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Gasóleo sobe e gasolina desce na próxima semana

O preço do litro da gasolina deve baixar um cêntimo a partir da próxima segunda-feira. Um cêntimo será também quanto o gasóleo irá ficar mais caro.

Os preços dos combustíveis vão apresentar rumos distintos nos postos de abastecimento na próxima semana. Quem tiver carro a gasolina deverá receber boas notícias, mas o mesmo não acontecerá para quem abasteça de gasóleo, já que este tipo de combustível deve ficar mais caro. As oscilações rondam um cêntimo por litro.

De acordo com cálculos do ECO com base nos dados da Bloomberg, o preço da gasolina deverá baixar em torno de um cêntimo. O mesmo valor deverá ser refletido no preço do gasóleo, mas no sentido de uma subida. Esta será assim a terceira semana consecutiva em que este tipo de combustível encarece.

O aumento do preço do gasóleo segue a tendência altista das cotações do petróleo nas últimas sessões, e que são o reflexo da revisão em alta das estimativas para a procura da matéria-prima. Na passada quarta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) elevou essas estimativas, tanto para este ano como para o próximo. Esta revelação levou o brent a disparar para máximos de cinco meses, acima da fasquia dos 55 dólares. Já o crude superou os 50 dólares na última sessão.

Numa altura em que a procura por gasolina tende a baixar em termos internacional com a aproximação do fim do verão, facto que baixa a pressão sobre os preços, os encargos de abastecer o carro com este tipo de combustível devem recuar.

Sendo assim, segundo os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, tudo aponta para que o litro da gasolina simples 95 desça para os 1,459 euros. Já o preço do gasóleo prepara-se para subir para cerca de 1,238 euros por litro.

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Dívida ainda é “lixo”. Mas Standard & Poor’s pode melhorar hoje o outlook

A S&P é a única das grandes agências que ainda não melhorou a perspetiva da dívida nacional para positiva. Esta sexta-feira pode dar esse passo, abrindo a Portugal a hipótese de sair do "lixo".

Seis meses depois, os destinos de Portugal e da Standard & Poor’s voltam a cruzar-se esta sexta-feira. A agência de notação financeira tem agendada para esta sexta-feira uma revisita ao rating da dívida portuguesa. A questão que se impõe é se irá melhorar a sua perspetiva para a dívida nacional? Se a Standard & Poor’s (S&P) acompanhar as pares, tudo indica que o passo a tomar será esse.

Depois de a Fitch ter elevado o outlook da dívida portuguesa de estável para positivo, em junho, e de a Moody’s — a mais mal disposta das agências — ter feito o mesmo no arranque deste mês de setembro, tudo aponta para que a decisão da S&P seja semelhante. Atualmente, a agência de rating atribui a Portugal uma classificação BB+, nível considerado “lixo”, com uma perspetiva “estável”.

A expectativa é de que essa perspetiva seja elevada para “positiva”. A confirmar-se esse cenário, as três principais agências rating ficam no mesmo patamar de avaliação da dívida soberana nacional. Em face disso, a possibilidade de Portugal abandonar a classificação de “lixo” fica também mais próxima.

O que vai estar em causa?

Se a S&P atualizar a sua notação da dívida nacional esta sexta-feira, fá-lo seis meses após a última vez em que emitiu uma opinião sobre Portugal. A 17 de março a agência de notação manteve o rating de Portugal em BB+, um nível considerado “lixo”, deixando estável a perspetiva da evolução da notação portuguesa. Nessa ocasião, a S&P salientava o crescimento económico observado na segunda metade de ano passado, antecipando uma aceleração da economia este ano.

Uma visão que foi reforçada cerca de um mês depois, num relatório em que a agência de rating fez uma avaliação positiva dos progressos feitos não só por Portugal, mas também por Espanha e Grécia. Nessa altura, dizia que Portugal estava no caminho certo para uma “recuperação moderada”.

Para a S&P a melhoria do rating português está dependente de um conjunto de fatores que devem ser observados:

  • Implementação de medidas que ajudem a reduzir de forma substancial os ativos problemáticos do sistema bancário e melhorem a transmissão da política monetária;
  • Melhoria acentuada nas perspetivas de crescimento, acima das expectativas da S&P.
  • Aceleração do ritmo de redução da dívida externa e das necessidades de financiamento;
  • Continuação da consolidação orçamental que coloque o saldo orçamental em terreno positivo ou baixe a dívida pública abaixo de 100% do PIB.

No que respeita aos ativos problemáticos do sistema bancário, trata-se de uma questão na ordem do dia, estando a ser avaliadas medidas que permitam encontrar uma solução para o elevado cargo do malparado. Nomeadamente a criação de uma plataforma que faça a gestão do crédito malparado que está nas mãos dos bancos. A Caixa Geral de Depósitos, o Millennium bcp e o Novo Banco já chegaram a um acordo nesse sentido, com o memorando de entendimento em que são definidas as condições para o funcionamento dessa plataforma a dever ser assinado nos próximos dias.

Enquanto são feitos progressos em torno da gestão dos Non Performing Loan (NPL) nas mãos dos bancos nacionais, os sinais da economia também dão pistas positivas. Portugal fechou o segundo trimestre do ano com o maior crescimento do PIB em 17 anos. Este indicador subiu 2,9% entre abril e junho, em termos homólogos, crescimento que teve o ligeiro contributo da procura externa líquida, mas também da aceleração da procura interna.

Dívida pública sempre em tendência de subida

Dados: Banco de Portugal

O elevado nível de endividamento acaba por ser a principal “pedra no sapato” de Portugal, e um dos fatores que poderá travar uma eventual revisão em alta da perspetiva nacional por parte da S&P. A dívida pública na ótica de Maastricht — a que conta para Bruxelas e que também é valorizada pelos investidores — subiu em junho para 249.084 milhões de euros, para passar a representar 132,4% do PIB, segundo o Banco e Portugal.

Este rácio de endividamento supera os valores registados em 2016 e ultrapassa também as metas para este ano. O Programa de estabilidade aponta para que este rácio atinja os 127,9% em 2017. Entretanto, os últimos dados do Banco de Portugal sinalizam um novo agravamento da dívida portuguesa que, em julho, terá chegado aos 249,2 mil milhões de euros.

Mas olhando para o comportamento dos mercados, nomeadamente da dívida, estes parecem estar confiantes relativamente a Portugal. Os juros soberanos nacionais continuam a aliviar mesmo perante os sinais de que o Banco Central Europeu poderá estar de saída. A taxa de juro a dez anos, a principal referência para a dívida nacional, continua a negociar abaixo da fasquia dos 3%, sendo que já chegaram a recuar aquém dos 2,75%.

Juro das emissões em queda

Fonte: IGCP

O resultado do leilão de dívida nesta maturidade levado a cabo pelo Tesouro português, nesta semana, é mais um sinal da melhoria das perspetivas dos investidores face a Portugal. O Tesouro conseguiu financiar-se na quarta-feira à taxa de juro mais baixa em quase dois anos, com esta a fixar-se nos 2,785%.

Grau de investimento em 2018?

A S&P é a única das três grandes agências de rating que ainda não colocou Portugal em perspetiva positiva para a melhoria da notação de crédito, mantendo a avaliação em estável. Se no final da semana tomar a decisão de melhorar também o outlook português, isso será uma nova indicação positiva de que Portugal está próximo de sair do grau especulativo (o chamado “lixo”), regressando ao nível de investimento.

Este objetivo pode ser alcançado já em 2018. Cristina Casalinho, presidente da Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), no final de julho apontava 12 meses como o horizonte mínimo para que Portugal merecesse uma subida do rating. “Antes de haver uma melhoria de rating ela passa por uma sinalização que é a melhoria da perspetiva. Isso significa que estamos a falar nunca em — eu gosto de ser conservadora — menos de 12 meses para ter o processo totalmente concluído“, afirmou em entrevista ao ECO a 31 de julho.

“Em setembro vamos ter já boas indicações sobre a forma como este cronograma irá evoluir. Temos a Moody’s no primeiro dia de setembro e 15 dias depois a S&P a publicar as suas avaliações”, antecipava Cristina Casalinho. A Moody’s já fez a sua parte nesse sentido, resta saber se a S&P também irá corresponder. Se tal acontecer, setembro do próximo ano poderá marcar o regresso da dívida portuguesa ao estatuto de grau de investimento.

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Coreia do Norte lançou novo míssil que sobrevoou o Japão

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

A Coreia do Norte lançou esta sexta-feira um míssil que sobrevoou o Japão e caiu no Oceano Pacífico. O lançamento acontece horas depois de o regime de Kim Jong Un ter ameaçado “afundar” o Japão.

O míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido às 07:06 de sexta-feira (horas em Tóquio), precisaram as autoridades japonesas, que indicaram que o sistema de aviso J-Alert foi acionado em várias regiões do norte do arquipélago.

Minutos antes da posição do executivo japonês, a agência de notícias sul-coreana, Yonhap, tinha afirmado que Pyongyang lançou um míssil não identificado.

A CNN cita um porta-voz do governo da vizinha Correia Sul que confirma a informação: “a Correia do Norte lançou um míssil a partir dos arredores de Sunan, na cidade de Pyongyang”. A mesma fonte acrescenta que o míssil “sobrevoou o Japão e caiu no Oceano Pacifico”.

A cadeia de televisão nipónica NHK confirma a passagem do míssil que sobrevoou Hokkaido, no norte do Japão, e acrescentou que “o governo local está a avisar a população para se afastar de qualquer objeto que se assemelhe a destroços de um míssil” que eventualmente possa encontrar.

A NHK, citando o governo japonês, diz ainda que o míssil aterrou “a 2.000 quilómetros do Cabo de Erimo, em Hokkaido, às 7h16” da manhã, horas locais.

O lançamento do míssil acontece horas depois do regime de Kim Jong Un ter ameaçado, em resposta às novas sanções aprovadas esta semana pelo Conselho de Segurança da ONU, “afundar” o Japão e reduzir os EUA a “cinzas e à escuridão”.

Segunda uma contabilização feita pela estação de televisão CNN, a Coreia do Norte já lançou 21 mísseis em 14 testes realizados desde fevereiro, aperfeiçoando cada vez mais a tecnologia. A última vez que um míssil vindo de Pyongyang sobrevoou o Japão foi a 29 de agosto.

A 4 de julho, o país levou a cabo o seu primeiro teste com um míssil balístico intercontinental (ICBM), que alegou “poder alcançar qualquer parte do mundo”.

O presidente norte-americano Donald Trump tem vindo a endurecer o discurso contra Kim Jong Un, e em agosto ameaçou a Coreia do Norte com “fogo e fúria como o mundo nunca viu”.

O regresso da tensão na Península coreana vai condicionar a evolução dos mercados este final de semana.

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Wall Street volta a fechar pressionada pela Coreia do Norte

  • Marta Santos Silva
  • 14 Setembro 2017

Após algumas sessões no verde, ameaças vindas de Pyongyang voltam a afetar Nova Iorque, e a fazer com que os principais índices fechem no vermelho. Os ganhos no petróleo abrandam.

O regresso das pressões da Coreia do Norte traz consigo a bolsa de Nova Iorque a fechar no vermelho novamente, após várias sessões em que os índices se aproximaram de valores recorde. Nem a subida contínua do petróleo salvou o S&P 500 de acabar a sessão abaixo da linha de água.

O principal índice de referência da bolsa dos Estados Unidos, o S&P 500, caiu 0,11%, para os 2.495,62 pontos. Uma queda mais acentuada foi para o Nasdaq, o índice tecnológico, que perdeu 0,48% para se ficar nos 6.429,09 pontos. O Dow Jones ignorou as pressões que afetaram os outros índices e continuou a subir, para atingir um novo recorde no seu quinto dia no verde, subindo 0,2% para os 22.203,48.

Apesar de tudo, a sessão foi calma, escrevem os analistas da Bloomberg: mesmo apesar das pressões norte-coreanas houve pouca volatilidade.

No petróleo, continua a tendência de subida: o barril de Brent em Londres negoceia, à hora de fecho em Nova Iorque, a subir 0,22% para os 55,28 dólares, e o WTI nos Estados Unidos sobe quase 1% para se estabelecer nos 49,75 dólares.

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Enfermeiros em greve a 3, 4 e 5 de outubro

  • Lusa
  • 14 Setembro 2017

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) decidiu convocar uma greve entre 3 e 5 de outubro depois de reunião "inconclusiva" com o ministro da Saúde.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) decidiu hoje convocar uma greve para 3, 4 e 5 de outubro, disse à Lusa o presidente da estrutura, José Carlos Martins.

A decisão foi tomada após uma nova reunião com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que o SEP considerou inconclusiva, apesar dos compromissos assumidos pela tutela sobre as 35 horas semanais de trabalho para todos os enfermeiros, a reposição das horas de qualidade e o aumento dos salários para os enfermeiros especialistas.

O anúncio da greve segue-se a uma paralisação de cinco dias, que termina na sexta-feira, convocada por outros dois sindicatos de enfermagem: Sindicato dos Enfermeiros e Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem.

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