Uma espécie de Davos nos Himalaias? A Índia quer
É uma ideia de um ministro indiano fascinado com Davos, mas pode tornar-se realidade num futuro breve dada a emergência económica da Índia e dos países que a rodeiam.
A cordilheira dos Himalaias, partilhada entre países como a Índia, a China e o Nepal, pode ser a casa da versão indiana de Davos. Uma nova cidade pode nascer para servir de cenário a um encontro dos líderes orientais, tal como acontece com a cidade de Davos na Suíça. A ideia foi dada pelo ministro dos Transportes Rodoviários, Nitin Gadkari, que esteve este ano no encontro do Fórum Económico Mundial.
“Depois de eu vir cá, passou-me pela cabeça um pensamento. Estou, neste momento, a começar a trabalhá-lo. Estamos a trabalhar em novas estradas de 1.000 km em Badrinath, Kedarnath, Gangotri e Yamunotri. Isso será certamente um algo histórico com túneis”, começou por dizer, revelando que vai levar muitas ideias de Davos para a Índia. Uma delas será a construção de uma nova localidade nos Himalaias, com temperaturas semelhantes a Davos, para simular o ambiente ali vivido.
“Somos capazes de construir o Taj Mahal no deserto. É preciso ter visão, um processo de decisão rápido, transparência e um sistema livre de corrupção. É importante o compromisso com a sociedade e o país, e o meu país também precisa de algo assim”, cita o Economic Times, referindo-se a Davos. É isso que a Índia tem vindo a fazer com a “lavagem de dinheiro” terminada no final do ano passado.
Uma cidade como Davos na Índia daria uma grande promoção a turismo, ao desenvolvimento, ao emprego e ao todo da economia, enquanto o número de pessoas a viajar para os locais sagrados nessa região iria também crescer.
Descrito pela imprensa indiana como um ministro com ideias “fora da caixa”, Nitin Gadkari valorizou a sustentabilidade do ambiente, defendendo que é necessário balancear a necessidade de construção e desenvolvimento com os objetivos ambientais. Por isso, acredita que é preciso uma “estratégia integrada” entre os vários ministérios do Governo indiano para fazer nascer uma aldeia nos Himalaias para receber um encontro ao estilo daquele que o Fórum Económico Mundial organiza.
“Há tantos hotéis que tiveram de ser construídos aqui em Davos. Também tiveram de cortar árvores algures. O que pode ser feito é que por cada três [árvores cortadas] se plante dez novas”, ou seja, mudando de sítio as árvores e assegurar a sua proliferação, defendeu Gadkari. “Uma cidade como Davos na Índia daria uma grande promoção a turismo, ao desenvolvimento, ao emprego e ao todo da economia, enquanto o número de pessoas a viajar para os locais sagrados nessa região iria também crescer“, garantiu Nitin Gadkari.
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