Citigroup: o tempo dos lucros na Europa está de volta?
O analista do banco considera que a macroeconomia na Europa tem melhorado e que o aumento dos lucros em 2016 pode alterar o sentimento de desconfiança dos investidores este ano.
O Citigroup está mais otimista com o novo ano. Não só antecipa melhorias nos Estados Unidos, como está confiante quanto ao cenário europeu.
O otimismo começa dentro de casa. O banco de investimento registou um aumento dos seus lucros no último trimestre do ano passado, sobretudo devido ao aumento das negociações no mercado acionista norte-americano, muito por causa da eleição de Donald Trump. Mas também na Europa as coisas correram bem. Segundo as estimativas do Citigroup, depois de três anos consecutivos a registar perdas, as receitas relativamente ao ano de 2016 no mercado europeu também deverão aumentar em cerca de 10%.
Na semana passada, o Citigroup divulgou os resultados do último trimestre de 2016: a instituição financeira registou um aumento dos lucros na ordem dos 7%: de 3,34 mil milhões de dólares (3,12 mil milhões de euros) no mesmo período de 2015, para os 3,57 mil milhões de dólares (3,33 mil milhões de euros).
"Apesar das manchetes políticas, há sinais de que a macroeconomia tem melhorado na Europa e em todo o mundo.”
Em termos de perspetivas globais, o Citigroup aposta as fichas na Europa. A partir de 2015, os investidores duplicaram o investimento no mercado acionista europeu, motivados pela promessa do aumento de estímulos do Banco Central Europeu (BCE). No entanto, com a ameaça do Brexit e dos seus potenciais impactos na economia europeia, os investidores estão receosos e querem vender essas ações.
Ainda assim, segundo o índice EPFR Global, os investidores que apostaram no mercado europeu no ano passado vão ganhar mais de dez mil milhões de dólares (9,34 mil milhões de euros), provenientes dos fundos europeus, o que quer dizer que o programa do BCE pode efetivamente estar a dar resultado.
Jonathan Stubbs, analista do Citigroup, espera que a melhoria dos resultados das empresas na Europa contrarie o sentimento de desconfiança no Velho Continente: “Isto pode contribuir para alterar o sentimento dos investidores”, disse Stubbs que considera que apenas um forte contração na produção industrial e a queda dos preços do barril de petróleo para os 20 dólares – algo improvável – poderiam travar os ganhos das empresas na Europa.
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