PS: “Não há nenhum boicote” à comissão da CGD
João Paulo Correia rejeita que haja um "boicote" à comissão da CGD. O deputado socialista diz que as 14 audições "não trouxeram nenhuma novidade que suscitasse a necessidade de novas audições".
O deputado socialista João Paulo Correia reagiu hoje às acusações de PSD e CDS-PP sobre o boicote às audições de Vara e Centeno na comissão de inquérito à CGD, considerando que é a hora de chegar a conclusões.
“Não há nenhum boicote. Já decorreram 14 audições até agora e não trouxeram nenhuma novidade que suscitasse a necessidade de novas audições. Neste momento, é importante que a comissão comece a chegar a conclusões e a preparar o relatório”, afirmou à Lusa o coordenador do grupo parlamentar do PS.
"Não há nenhum boicote. Já decorreram 14 audições até agora e não trouxeram nenhuma novidade que suscitasse a necessidade de novas audições. Neste momento, é importante que a comissão comece a chegar a conclusões e a preparar o relatório”
João Paulo Correia realçou que o PS propôs no início dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD mais de uma dezena de audições, e que só duas não foram realizadas, pelo que agora pretende ouvir Nogueira Leite e Álvaro Nascimento, antigos administradores do banco público. “Também demos consentimento às duas audições propostas pelo Bloco de Esquerda e o PCP entendeu que não é necessário chamar mais ninguém“, vincou, recordando que esta comissão de inquérito arrancou em julho do ano passado e que faltam cerca de 60 dias para terminar o seu prazo.
E reforçou: “A acusação por parte do PSD de que a esquerda estava a boicotar as audições era mentira, porque tanto o PSD como o CDS podem usar os agendamentos potestativos a que têm direito”. De resto, João Paulo Correia disse que o CDS vai chamar Armando Vara (antigo administrador da CGD) e Mário Centeno (ministro das Finanças) ao parlamento, pelo que a acusação feita contra o PS, BE e PCP “cai por terra”.
Paralelamente, o PS reagiu também à acusação feita na quarta-feira pelo PSD contra o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues. Nesse dia, o PSD acusou Ferro Rodrigues de colocar em causa “o regular funcionamento do parlamento” ao rejeitar o alargamento do objeto da comissão de inquérito sobre o banco estatal.
Os requerimentos para audições vão ser votados na próxima reunião ordinária da comissão de inquérito, quinta-feira, que é presidida pelo social-democrata Matos Correia.
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