PSD: “António Domingues já confirmou que tinha este acordo com Mário Centeno”
O cerco aperta-se à volta de Mário Centeno. António Costa, PS, PCP e Marcelo continuam ao lado do ministro, mas o PSD e CDS atacam a credibilidade de Centeno. BE exigirá explicações.
O deputado Hugo Soares atacou esta sexta-feira o ministro das Finanças por ter mentido “descaradamente aos portugueses”. No entanto, o PSD não pede a demissão de Mário Centeno, argumentando que essa decisão é da responsabilidade do primeiro-ministro. O responsável dos sociais-democratas na comissão de inquérito à CGD é direto: “O senhor ministro das Finanças perdeu toda a credibilidade”.
António Costa “é que tem que saber se quer ter um ministro das Finanças que mente descaradamente aos portugueses ou se o quer trocar por outro”, defendeu Hugo Soares, esta manhã, no Fórum TSF, referindo que, no entanto, avaliam as escolhas do primeiro-ministro e que “Portugal merecia muito mais”.
O senhor ministro das Finanças perdeu toda a credibilidade.
O deputado social-democrata vai mais longe: “António Domingues já confirmou que tinha este acordo com Mário Centeno“, afirma, dizendo que o “executante” foi Centeno, mas o “mandante” foi António Costa. Em causa está o facto de ser o primeiro-ministro a assinar, a par da secretária de Estado Carolina Ferra, o decreto-lei que retira os gestores da CGD do Estatuto de Gestor Público.
A acusação com mais consequências chegou esta quinta-feira pela voz dos centristas. No mesmo fórum, João Almeida reiterou que era preciso fazer-se justiça. “Não queremos fazer sensacionalismo ou judicialização. Um ministro não pode dizer a um Parlamento que não existem documentos que existem”, reforçou o deputado centrista esta manhã. “O Governo tem outras obrigações por isto ter acontecido numa comissão de inquérito e se tiver que se ir por aí, assim será”, argumenta João Almeida.
O Governo tem outras obrigações por isto ter acontecido numa comissão de inquérito e se tiver que se ir por aí, assim será.
Do lado do PS, o deputado João Paulo Correia voltou a sair em defesa de Mário Centeno. No entanto, tal como tinha referido esta quinta-feira, o socialista não respondeu a mais perguntas argumentando que não quer quebrar a confidencialidade dos documentos. Já o PCP, pela voz do deputado Miguel Tiago, refere que, consoante os dados, não encontra motivos para concluir que o ministro das Finanças mentiu.
“Nós temos informação parcial divulgada pela imprensa”, começa por dizer Moisés Ferreira, referindo que a comissão de inquérito é o “local ideal” para esclarecer o assunto. “Esse será o momento ideal para confrontar o ministro das Finanças”, diz o deputado bloquista, reforçando que quando Centeno for ao Parlamento o BE “exigirá explicações sobre toda esta situação e o exercício de transparência na CGD”.
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