Galp reduz investimento mas prevê duplicar produção
A Galp vai baixar o investimento em 20% por anos até 2021 para um valor global até 5.000 milhões de euros. Mas produção de petróleo e gás vai acelerar para o dobro nos próximos cinco anos.
A Galp GALP 0,00% vai investir até 5.000 milhões de euros entre 2017 e 2021 para duplicar a produção de petróleo e gás natural nos próximos cinco anos, anunciou a petrolífera no Capital Markets Day, que decorre esta terça-feira em Londres.
Isto representa um investimento médio anual entre os 800 mil euros e os mil milhões, uma redução de cerca de 20% em relação ao que a Galp investiu em média nos últimos cinco anos. “O que se explica com ganhos de eficiência nos processos de upstream, com diminuição dos custos associados e com a execução já conseguida nos projetos no Brasil”, explica a empresa.
Em 2017, o investimento deverá rondar entre mil milhões e 1,2 mil milhões de euros.
A Galp atualizou esta terça-feira a sua estratégia de crescimento até 2021, que vai passar sobretudo pelos projetos de Exploração e Produção. As novas estimativas apontam para uma duplicação da produção de petróleo e gás natural. Deverá crescer a uma média anual entre 15% e 20%, um desempenho que será sustentado nos projetos em operação ou já sancionados no Brasil e em Angola. Em 2016, a produção de petróleo e gás natural fixou-se nos 67,6 mil barris por dia, montante que deverá duplicar nos próximos cinco anos.
Até 2021, a petrolífera nacional deverá ter em operação naqueles dois países 16 unidades de produção, o dobro do número de unidades que tem atualmente em produção. “No Brasil, o principal foco será a continuidade do desenvolvimento dos projetos do bloco BM-S-11, onde a Galp já detém seis unidades em produção nos campos de Lula e Iracema, esperando-se em breve a entrada em produção da sétima unidade naquela área”, destaca a empresa.
No que toca ao gás natural, a Galp diz-se “empenhada” em iniciar o projeto da bacia do Rovuma, em Moçambique, tanto para a área de Coral Sul — onde prevê a instalação de uma unidade flutuante de liquefação de gás natural — como para as unidades localizadas em terra destinadas ao processamento do gás proveniente do reservatório de Mamba.
No segmento Refinação e Distribuição, o principal negócio da Galp, as prioridades vão passar “pelo aumento da eficiência energética e processual, assim com pela otimização dos custos e do capital empregue”. “A integração contínua das atividades de refinação e distribuição e o crescimento em novos mercados são igualmente importantes”, indica.
A Galp registou um lucro de 483 milhões de euros em 2016, um resultado que fica 24% abaixo do alcançado no ano anterior e que reflete sobretudo as imparidades registadas na operação em Angola.
Jornalista viajou a Londres a convite da Galp.
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