Tensão geopolítica nos Estados Unidos também atinge a bolsa
Síria e Coreia do Norte continuam a ser dores de cabeça para Donald Trump. Mas a escalada das tensões já se começa a refletir na bolsa, com os três principais índices a encerrarem no vermelho.
A escalada das tensões entre os Estados Unidos e países como a Síria e a Coreia do Norte voltou a pesar nas negociações em Wall Street. No entanto, ao contrário desta segunda-feira, os três principais índices norte-americanos fecharam com perdas, que foram mais acentuadas no início da sessão e que foram, depois, aliviando até à hora de fecho.
Com os investidores mais atentos aos sinais geopolíticos e com a economia em segundo plano, o S&P 500 encerrou a cair cerca de 0,1% para 2.349,03 pontos, com o setor financeiro e tecnológico a liderar as perdas. O industrial Dow Jones foi o que registou menos perdas, de 0,03% para 20.652,3 pontos. E o Nasdaq, que reúne as principais empresas do setor da tecnologia, recuou 0,24% para 5.866,77 pontos.
Do lado das commodities, o ouro assistiu a fortes ganhos na ordem dos 1,4% com cada onça a valer 1.272,67 dólares. Também o petróleo valorizou e somou 0,32% em Nova Iorque, com o barril a negociar-se nos 53,25 dólares.
O mundo continua de olhos postos nos Estados Unidos, face às informações do Observatório Sírio para os Direitos Humanos de que o Governo sírio bombardeou áreas controladas pelos rebeldes na província de Hama, uma atitude que poderá desencadear novos ataques dos Estados Unidos na Síria.
Além disso, a Coreia do Norte reagiu às manobras militares norte-americanas na península coreana e ameaçou o país com um ataque nuclear. Donald Trump reagiu no Twitter, garantindo que os Estados Unidos tratarão do “problema” da Coreia do Norte com ou sem a ajuda da China.
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Mas a travar ainda mais perdas estiveram as declarações de Donald Trump durante uma reunião com presidentes executivos de empresas norte-americanas, em que o presidente dos Estados Unidos falou em reduzir a regulação e em acabar com a lei Dodd-Frank e substituí-la por “qualquer outra coisa”. Ainda do lado das empresas, os investidores preparam-se para o arranque de mais uma temporada de apresentação de resultados trimestrais por parte das companhias.
E por falar em empresas, para terminar, destaque para uma: a United Continental chegou a derrapar 4,42% na sessão com uma polémica relacionada com um passageiro que foi arrastado para fora de um avião devido ao voo estar sobrelotado. As ações da empresa fecharam, ainda assim, a cair apenas 1,13% para 70,71 dólares, pondo fim a quatro sessões consecutivas de ganhos.
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