Weidmann à frente do BCE? “Mais importante são as políticas”, diz Centeno
Para Centeno, mais importante do que discutir nomes para suceder a Mario Draghi, é manter o Banco Central Europeu como importante dinamizador da economia da zona euro.
“Não é tão importante o nome, mas antes as políticas”. Foi esta a resposta do ministro das Finanças português, Mário Centeno, em declarações à Bloomberg TV, questionado sobre a notícia de que o Governo alemão pretende Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, para suceder a Mario Draghi na liderança do Banco Central Europeu (BCE).
“O senhor Weidmann é claramente um nome forte no setor bancário e financeiro na Europa. Não vejo qualquer problema”, declarou o ministro português. “Mas queremos que as políticas sejam discutidas. (…) Penso que é muito importante manter o papel do BCE enquanto instituição importante para uma economia como a da zona euro”, reforçou Centeno.
Notícias do fim de semana adiantaram que Merkel e Schäuble, chancheler e ministro das Finanças da Alemanha, estão prontos para apoiar Weidmann a assumir a posição de referência no banco central do euro. O mandato de Draghi termina dentro de dois anos e meio, em outubro de 2019.
Apesar de ainda nem sequer ter sido iniciado o processo de escolha de um sucessor do italiano, o futuro nome do presidente do BCE deverá implicar uma intensa negociação política no seio da região.
"O senhor Weidmann é claramente um nome forte no setor bancário e financeiro na Europa. Não vejo qualquer problema. Mas queremos que as políticas sejam discutidas. (…) Penso que é muito importante manter o papel do BCE enquanto instituição importante para uma economia como a da zona euro.”
Mario Draghi tem adotado uma política monetária altamente expansionista, com juros zero e um programa de compras de dívida alargado para estimular a economia do bloco da moeda única. Ainda assim, numa altura em que a inflação começa a dar sinais de subida, têm subido de tom as críticas da Alemanha em relação ao caminho seguido pelo banco central.
Por várias vezes os responsáveis da maior economia da Europa têm pedido o fim dos estímulos.
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