ISEG revê em alta previsão para o crescimento da economia em 2017
Instituto Superior de Economia e Gestão espera que o PIB cresça entre 2,4% e 2,8%, mais otimista do que o Governo e Bruxelas.
O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) reviu em alta a sua previsão para o crescimento da economia portuguesa este ano, situando-a entre os 2,4% e 2,8%, mais otimista do que o Governo e Bruxelas (1,8%).
Na síntese de conjuntura de maio, o grupo de análise económica do ISEG afirma que, “dado o crescimento do primeiro trimestre e a atual avaliação da conjuntura, a previsão para o crescimento do PIB em 2017 é revista para o intervalo [2,4% a 2,8%], condicional a uma evolução não negativa da conjuntura internacional”.
Anteriormente, a estimativa do instituto apontava para que o crescimento da economia portuguesa em 2017 se situasse num intervalo entre os 1,7% e os 2,1%.
“O crescimento registado no primeiro trimestre e a avaliação da conjuntura atual determinam a necessidade de uma revisão do crescimento anteriormente previsto para o ano de 2017”, refere.
O ISEG justifica a revisão com base na expectativa de crescimentos em volume de 2,4% no consumo privado, 7,5% no investimento, 7,0% nas exportações e de 7,0 a 8,0% nas importações.
No que respeita a fatores internos, esta previsão assume “um relativamente elevado crescimento da Procura Interna”, mas o fator principal a determinar o maior ou menor crescimento anual do PIB deverá ser a evolução da relação entre o crescimento real das exportações e das importações, ou seja, o contributo da procura externa líquida, que se espera venha a ser menos negativo do que o habitual e mais em linha com o acontecido no ano anterior e no primeiro trimestre deste ano.
No primeiro trimestre de 2017, o PIB português cresceu, em volume, 2,8% em termos homólogos e 1% face ao trimestre anterior.
Este valor prolonga a aceleração do crescimento do PIB, mas foi mais intenso do que o antecipado devido ao contributo positivo do saldo externo. No mesmo período a taxa de desemprego fixou-se em 10,1% (valores não corrigidos de sazonalidade), um decréscimo de 2,3 pontos percentuais em termos homólogos.
“Os poucos dados relativos ao segundo trimestre [abril] continuaram a ter uma evolução positiva e os indicadores de clima e de sentimento económico voltaram a subir. Também no conjunto da área euro o indicador de sentimento económico voltou a subir”, sinaliza.
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