Costa: “Ninguém deixa de ser ministro para ser presidente do Eurogrupo”
António Costa afirmou que uma eventual presidência do Eurogrupo pelo ministro das Finanças não o retira do seu ministério, porque as regras obrigam a que seja um governante o presidente da entidade.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta terça-feira que uma eventual presidência do Eurogrupo pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, não o retira do seu ministério, porque as regras obrigam a que seja um governante o presidente da entidade.
“A regra é que o presidente do Eurogrupo é ministro. Ninguém deixa de ser ministro para ser presidente do Eurogrupo”, assinalou Costa, que falava em conferência de imprensa no final da cimeira entre Portugal e Espanha, em Vila Real.
O chefe do Governo português foi questionado sobre uma eventual candidatura portuguesa à liderança das reuniões de ministros da zona euro, e lembrou que “o ministro Centeno já disse que se a questão se puser está disponível”.
"A regra é que o presidente do Eurogrupo é ministro. Ninguém deixa de ser ministro para ser presidente do Eurogrupo.”
O importante, disse António Costa, é que haja no caso ibérico uma “visão coincidente” dos interesses e do futuro da zona euro.
O chefe do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, foi também questionado sobre um eventual apoio de Madrid a uma candidatura portuguesa, e respondeu: “Sempre preferimos os amigos aos desconhecidos“.
A 29.ª cimeira bilateral entre Portugal e Espanha arrancou na segunda-feira e terminou hoje, em Vila Real, com os executivos de ambos os países a assegurarem reforço da cooperação transfronteiriça em áreas como energia, infraestruturas e ambiente.
As cimeiras ibéricas são reuniões anuais bilaterais lideradas pelo chefe do Governo de Espanha e pelo primeiro-ministro de Portugal e nas quais se discutem questões de interesse para ambos os executivos e projetos de cooperação entre os dois países.
Esta foi a primeira reunião do género com António Costa como chefe do Governo de Portugal, já que em 2016 não decorreu a cimeira devido à conjuntura política de Espanha, na altura com um executivo de gestão.
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