Ministro da Economia espanhol: Venda do Popular foi “aberta e neutra”
O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, defende que a operação de venda do Popular foi "aberta e neutra".
O Popular foi vendido na quarta-feira passada por um euro ao Santander Totta. Parte do compromisso passa por um aumento de capital de sete mil milhões de euros no banco. Defendendo a decisão tomada pelo Governo espanhol e o Mecanismo Único de Resolução (MUR), o ministro da Economia disse que a venda foi feita à melhor oferta. Luis de Guindos esteve esta segunda-feira de tarde a explicar a venda na comissão parlamentar de economia do Parlamento espanhol, escreve o El Confidencial.
A operação foi “aberta e neutra” — foi esta a expressão usada pelo atual ministro da Economia espanhol na explicação que deu aos deputados espanhóis. Luis de Guindos explicou que foram contactados os cinco bancos que se mostraram interessados no Popular e que a venda final foi feita à melhor proposta apresentada. A resolução foi aplicada na passada quarta-feira, na madrugada do dia 7 de junho, a primeira vez que o Mecanismo Único de Resolução atuou.
O El Confidencial escreve que o ministro não referiu se tinha existido outra oferta final, para além da do Santander Totta, mas revelou que as perdas acumuladas do banco deixaram o balanço em terreno negativo. De Guindos disse ainda que não houve manifestações de interesse por parte de bancos internacionais. O ministro espanhol referiu que a venda ao Totta permitiu que nessa manhã os balcões do Popular estivessem abertos e com liquidez suficiente para funcionar normalmente.
Caso não fosse assim, estavam em risco os depósitos que não estão protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos, uma vez que a linha de financiamento de emergência tinha acabado e o banco teria de ser liquidado. Isto aconteceu principalmente por causa de uma fuga de dinheiro do banco retirada pelos clientes perante as notícias sobre o banco espanhol.
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