Défice: Governo destaca rigor da gestão, sem falar da Caixa
Perante o valor de 2,1% do défice do primeiro trimestre, o Ministério das Finanças sublinha a "gestão rigorosa da execução orçamental". Mas não se refere à questão da Caixa Geral de Depósitos.
Pouco depois de o INE revelar que o défice do primeiro trimestre ficou em 2,1% do PIB, o Governo quis destacar a estabilidade da despesa corrente como “a expressão clara da gestão rigorosa da execução orçamental”. Mas nunca referiu que o número não conta ainda com o impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, realizada em março.
“A estabilidade da despesa corrente é uma expressão clara da gestão rigorosa da execução orçamental”, lê-se no comunicado enviado pelo Ministério das Finanças, tutelado por Mário Centeno, às redações. O Governo frisa que o défice corrente passou de 2,2% no primeiro trimestre de 2016, para 0,8% no arranque deste ano. Já o saldo de capital deteriorou-se 24%.
"A estabilidade da despesa corrente é uma expressão clara da gestão rigorosa da execução orçamental.”
No comunicado, o Executivo frisa que “a informação hoje publicada pelo INE corrobora a dinâmica positiva que caracteriza a economia portuguesa” neste momento, confirma a “tendência de diminuição do défice das contas públicas” e revela-se “compatível com as previsões apresentadas, quer no Orçamento do Estado para 2017, quer no Programa de Estabilidade 2017-2021.” A meta definida por Mário Centeno para o défice deste ano foi de 1,5% do PIB.
O comunicado diz ainda que os resultados estão em linha com o objetivo de assegurar a sustentabilidade das finanças públicas, ao mesmo tempo que se estimula o crescimento económico.
Fonte: INE
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