Táxi voador e drones incríveis do Paris Air Show
Táxis robóticos voadores, drones incríveis e viagens supersónicas. O Paris Air Show deste ano teve muitas surpresas.
O Paris Air Show é uma exposição dos extremos do setor de aviação. Além de acordos no valor de milhares de milhões de dólares, a exposição deste ano tem táxis robóticos voadores, drones incríveis e uma tentativa de ressuscitar as viagens supersónicas, como as do Concorde. A seguir, alguns destaques da maior reunião das mentes brilhantes do setor neste ano.
Táxi aéreo
O think tank A3 da Airbus no Sillicon Valley revelou mais detalhes sobre sua proposta de táxi voador, Vahana. O helicóptero elétrico que dispensa pilotos poderia ser usado como um táxi comum, mas não ficaria preso nas filas de trânsito como as das estradas de acesso ao aeródromo Le Bourget, onde se encontra a exposição.
A máquina voadora é capaz de transportar uma pessoa e, com um alcance de 80 quilómetros, poderia reduzir o tempo das deslocações nas cidades, segundo a Airbus. Mas não apague ainda a aplicação da Uber; a Airbus admite que o projeto precisa de aprimoramentos em tecnologias da automação e dos sensores para evitar obstáculos. E, se tudo isso falhar, o veículo estará equipado com um paraquedas balístico eficaz até mesmo em baixas altitudes.
Era dos drones
Alguns dos drones mais novos em Paris pertencem a extremos opostos. O modelo a jato Valkyrie, da Kratos Defense & Security, foi criado para funcionar como um “parceiro” para pilotos de caças em combates aéreos. Com mais de nove metros de comprimento, alcance de mais de 5.556 quilómetros e capacidade para se movimentar perto da velocidade do som, este drone deve fazer seu primeiro voo em 2018.
Já o modelo Falco, da Leonardo, é muito mais amigável e assumirá o papel de primeiros socorros em situações de combate a incêndios e ajuda humanitária através de uma parceria com a Heli Protection Europe, segundo a empresa italiana.
Concorde 2.0
As viagens supersónicas voltaram à programação do setor. A Boom Technology, com sede em Denver, EUA, prometeu colocar no mercado um avião Mach 2.2 com 55 assentos até 2023. Uma aeronave de teste menor será construída até o próximo ano.
Embora os mais céticos tenham descartado o plano por considerar que não passa de mais um falso ressurgimento que só os fãs incondicionais do Concorde levariam a sério, Blake Scholl, CEO da Boom, disse que os mais recentes compósitos e motores tornarão o modelo viável. Considerando que o antecessor desse avião de nariz inclinável falhou em parte por causa das preocupações com o barulho do estrondo sónico, que em inglês é “sonic boom”, talvez ele deva reconsiderar o nome da companhia.
Lightning II, um verdadeiro relâmpago
O F-35 Joint Strike Fighter, da Lockheed Martin, foi a estrela da exposição de voo. Também conhecido como Lightning II, nas exposições anteriores esse caça furtivo limitou-se a sobrevoar e a fazer outras manobras simples. No entanto, em Paris, o Lightning II impressionou o público com uma coreografia a todo vapor que incluiu uma descolagem vertical de alta aceleração e uma curva em queda. A Lockheed espera que a exibição dê mais qualificações ao avião na modalidade de combate dogfight.
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