PCP sem pressa para discutir OE2018
Comunistas criticam a pressa do Bloco de Esquerda em querer negociar o Orçamento do Estado. João Oliveira diz que "é preciso apurar responsabilidades políticas e criminais" no caso de Tancos.
“É melhor não fazer discussões à pressa, com maus resultados”, diz taxativo o líder parlamentar do PCP relativamente à negociação do Orçamento do Estado para 2018. João Oliveira, em entrevista à TSF, defende que “é preciso colocar cada coisa no tempo e no espaço adequado”, contrariando assim a posição assumida pelo Bloco de Esquerda que quer acelerar esta discussão.
“Se há vantagem em começar a fazer a discussão mais cedo, é obvio que há se é se é possível concluir antes de agosto é claramente impossível”, afirma o responsável respondendo assim às declarações de Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, no dia anterior, também aos microfones da TSF, onde defendeu que o partido gostaria de arrumar os temas quentes, como os escalões de IRS ou a integração de precários na Função Pública, antes do verão.
"Se há vantagem em começar a fazer a discussão mais cedo, é obvio que há se é se é possível concluir antes de agosto é claramente impossível.”
“É preciso colocar cada coisa no tempo e no espaço adequado. É preferível termos uma discussão feita de forma mais demorada com boas conclusões do que feita à pressa mas com más decisões”, disse ainda João Oliveira, precisando que para o PCP não existem questões propriamente novas para discutir no âmbito do OE2018. O partido considera que ainda não foram feitos avanços suficientes em termos de política fiscal e de recuperação de rendimentos e essas são áreas onde é preciso continuar a insistir.
"É preciso colocar cada coisa no tempo e no espaço adequado. É preferível termos uma discussão feita de forma mais demorada com boas conclusões do que feita à pressa mas com más decisões.”
Quanto aos temas da atualidade, nomeadamente o roubo de armamento de Tancos, João Oliveira defende que “é preciso apurar responsabilidade políticas e criminais”. Na audição do ministro da Defesa, que está agendada para sexta-feira, o PCP espera saber “que condições contribuíram para que o furto pudesse ocorrer com sucesso“.
“Se no apuramento que vier a ser feito da situação, se identificarem responsabilidades diretas deste ministro da Defesa, naturalmente a responsabilidade política deve ser assumida na extensão que se vier a revelar. Mas o que nos parece mais relevante é considerar as opções políticas que apontem um caminho alternativo”, disse o líder parlamentar do PCP, com muita cautela.
"Se no apuramento que vier a ser feito da situação, se identificarem responsabilidades diretas deste ministro da Defesa, naturalmente a responsabilidade política deve ser assumida na extensão que se vier a revelar.”
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