Incêndios: Bruxelas aguarda pedido para poder mobilizar fundos
A comissária europeia para a Política Regional disse hoje que aguarda ainda pedido de Portugal para recorrer ao fundo de solidariedade europeu. Governo vai apresentar candidatura esta semana ainda.
A comissária europeia para a Política Regional, Corina Cretu, disse esta terça-feira que aguarda ainda pedido de Portugal para recorrer ao fundo de solidariedade europeu após os danos causados pelo incêndio em Pedrógão Grande, Leiria. Ao ECO, o Executivo avançou que esse pedido deverá ser feito ainda esta semana.
“Não podemos acelerar o que não temos”, sublinhou, a comissária, em conferência de imprensa, citada pela Lusa. “As autoridades portuguesas pediram-nos para acelerar o processo, mas não podemos sequer iniciá-lo porque não recebemos nenhum pedido” formal, disse ainda.
"Não podemos acelerar o que não temos. As autoridades portuguesas pediram-nos para acelerar o processo, mas não podemos sequer iniciá-lo porque não recebemos nenhum pedido.”
“Os contactos técnicos entre o Governo português e a Comissão Europeia, relativos aos Fundo de Solidariedade, serão concluídos esta semana, após o que o Governo apresentará de imediato a candidatura”, disse ao ECO fonte oficial do gabinete do ministro do Planeamento, Pedro Marques, quando questionado por que razão Portugal ainda não tinha apresentado essa candidatura.
"Os contactos técnicos entre o Governo português e a Comissão Europeia, relativos aos Fundo de Solidariedade, serão concluídos esta semana, após o que o Governo apresentará de imediato a candidatura.”
A demora no processo foi ainda justificada, pela mesma fonte, com o facto de ser necessário proceder a uma reprogramação dos fundos europeus, “de forma a apoiar as populações mas autarquias e as empresas”. “Portugal iniciou um diálogo técnico e político com Bruxelas, logo após os incêndios de junho”, garantiu a mesma fonte, explicando que esse diálogo incluiu, por exemplo, uma reunião do ministro Pedro Marques e do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Nelson Souza, com a comissária Cretu, mas também reuniões com técnicos da Comissão, em Bruxelas e Portugal.
Além disso, no terreno, “as equipas multidisciplinares, envolvendo técnicos de vários departamentais governamentais, em colaboração com as autarquias, coordenadas pela CCDR, realizaram um recenseamento rigoroso e exaustivo dos prejuízos, trabalho esse que ficou concluído a 3 de julho“, precisou.
Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.
Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.
Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Incêndios: Bruxelas aguarda pedido para poder mobilizar fundos
{{ noCommentsLabel }}