Mota-Engil ganha recolha de resíduos e limpeza urbana na Costa do Marfim
Os três concursos públicos para a recolha e limpeza urbana na Costa do Marfim foram ganhos pelo grupo português, que apresentou um preço mais baixo. Contudo, só poderá assegurar dois.
A filial africana da Mota-Engil venceu três concursos públicos para recolha de resíduos e limpeza urbana na Costa do Marfim, tendo apresentado o preço mais baixo. A notícia é avançada esta manhã pelo Jornal de Negócios (acesso condicionado) que afirma que, como as regras só permitem que cada empresa assegure dois dos três lotes a concurso, à empresa liderada por Gonçalo Moura Martins apenas poderão ser entregues dois contratos, efetivando-se o negócio num valor máximo de 370 milhões de euros.
Cada um dos lotes pressupõe a prestação de serviços ambientais por sete anos, com a possibilidade de prolongamento por mais três e a contratação de mão-de-obra. O primeiro lote está avaliado em cerca de 193 milhões de euros e obriga à contração de 1.200 pessoas, enquanto o segundo vale 183 milhões e obriga à entrada de mil trabalhadores. O terceiro, e menos provável de ser assegurado pelo grupo português por valer menos, ronda os 137 milhões de euros, prevendo a contratação de mil pessoas.
Ao diário, fonte oficial da Mota-Engil confirmou que “o resultado do concurso e a fase de negociação em curso”. No entanto, “para já, e até à potencial celebração do novo contrato, prefere não adiantar mais elementos”. A assinatura dos contratos será feita em setembro, sendo que, para além da Mota-Engil África, foram qualificadas mais três empresas, mas ficaram atrás no fator que pesa 80% na adjudicação, o preço.
Com este negócio, a Mota-Engil inaugura um novo mercado em África, através da atividade ambiental. Em 2016, a empresa já tinha ganho o seu maior contrato de sempre em Moçambique, bem como dois projetos em Angola e conseguiu entrar em três novos mercados: Ruanda, Tanzânia e Guiné-Conacri.
“A atividade comercial do GRUPO promove-se, quase exclusivamente, por via de processos concorrenciais, nas suas diversas modalidades (e.g. concursos públicos, privados, por convite, com pré-qualificação, etc). Estes processos concorrenciais, usualmente estabelecidos sob acordos de confidencialidade entre as diferentes partes envolvidas, observam várias fases de desenvolvimento, só sendo efetivamente relevante, para a atividade futura da empresa, e como tal objeto de comunicação ao mercado, aqueles em que se venha a verificar a subsequente adjudicação e a celebração do contrato com o respetivo cliente“, afirmou entretanto a empresa portuguesa em comunicado enviado à CMVM, confirmando que submeteu uma proposta comercial ao concurso.
Notícia atualizada às 20h16 com informação do comunicado da Mota-Engil enviado à CMVM.
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