Grécia: BCE reduz de novo limite de provisão de liquidez de urgência
Desde que o BCE voltou a aceitar, em finais de junho de 2016, a dívida grega, o limite máximo do ELA desceu, porque os bancos puderam voltar a recorrer a este instrumento para adquirir liquidez
O Banco Central Europeu (BCE) reduziu esta quinta-feira em 1.600 milhões de euros, a pedido do Banco da Grécia, o limite máximo que as instituições financeiras gregas podem pedir através do mecanismo de provisão de liquidez de urgência, foi anunciado.
O Banco da Grécia informou hoje que a diminuição do teto máximo de crédito reflete a situação de liquidez das entidades gregas tendo em conta o fluxo de depósitos do setor privado e que, com o decréscimo de 1.600 milhões de euros, o limite máximo do mecanismo de provisão de liquidez de urgência (ELA, Emergency Liquidity Assistance) fixa-se em 38.900 milhões de euros até 7 de setembro.
A banca grega recebeu os créditos de emergência depois de, em meados de fevereiro de 2015, o BCE ter deixado de aceitar a dívida grega como garantia nas operações de refinanciamento.
Desde que o BCE voltou a aceitar, em finais de junho do ano passado, a dívida grega, o limite máximo do ELA desceu, porque os bancos puderam voltar a recorrer a este instrumento para adquirir liquidez.
O ELA foi neste período praticamente o único canal pelo qual os bancos podiam aceder a financiamentos de forma excecional e a curto prazo através do Banco da Grécia, ainda que a uma taxa de juro de 1,55%, muito acima da praticada pelo BCE nas operações ordinárias de refinanciamento, atualmente em 0,0%.
A única subida do limite ocorreu em 23 de março, quando o BCE aumentou o ELA em 400 milhões de euros devido a uma redução importante dos depósitos registados pelas entidades gregas devido à incerteza gerada pelos atrasos que estavam a ocorrer na negociação entre a Grécia e os credores.
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