Mortágua não seria ministra “deste Orçamento nem Governo”
Mariana Mortágua afirma que o atual Governo não tem um programa "transformador" mas foi uma solução para parar "o projeto político radical da direita que estava a ser implementado a todo o gás".
“Não seria ministra das Finanças deste orçamento (…), nem deste Governo, nem desta conjuntura”, resumiu a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, confrontada pelo Diário de Notícias com a opinião de Francisco Louçã de que viria a ocupar esse cargo. Numa entrevista publicada esta sexta-feira, Mortágua rejeitou exemplificar medidas que aplicaria como ministra das Finanças visto que só o seria noutras circunstâncias.
Para a deputada do Bloco, “Portugal não está a ter um programa transformador”. O partido do Governo, o PS, tem a maioria dos votos, e o Bloco de Esquerda manobra dentro dos seus 10%: “Um partido com 10% não faz um programa, tem poder com os seus 10% de viabilizar ou não viabilizar uma solução política, de permitir com isso, ou não, avanços específicos que travam a direita no seu programa de destruição e terraplanagem dos direitos laborais em Portugal”.
“O que se passou nas últimas eleições foi uma decisão, à escala dos 10% do BE, para travar o projeto político radical da direita que estava a ser implementado a todo o gás”, continua a deputada. “Mas está longe de ser um programa transformador, tanto que não o é que continuamos a ser brutalmente condicionados em investimentos que são importantíssimos para o país – em escolas, saúde, serviço público”.
Quando lhe é pedido para comparar o partido grego de governo Syriza com o Bloco de Esquerda, já que houve uma altura em que estiveram no mesmo pé, Mortágua começa por sublinhar as diferenças antes de dizer que “o que aconteceu ao Syriza” mostrou ao Bloco “a verdadeira natureza das instituições europeias” e que só poderá “ter um programa transformador para Portugal rompendo com esse quadro institucional”.
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