McDonald’s: Reino Unido tem primeira greve “no menu” em 43 anos
Após 43 anos da cadeia de fast food no Reino Unido, os trabalhadores do McDonald's entram em greve pela primeira vez esta segunda-feira. Protestam contra os salários e as condições de trabalho.
Pela primeira vez em mais de quarenta anos, cerca de quarenta trabalhadores dos restaurantes McDonald’s em Cambridge e em Crayford, no Reino Unido, vão entrar em greve. Os protestos que têm lugar esta segunda-feira são motivados pelos salários baixos e contratos de horário zero.
Nove em cada dez trabalhadores do McDonald’s têm um contrato de horário zero, isto é, sem qualquer garantia de trabalho regular e portanto instabilidade de rendimento. O restaurante de fast food é desta forma uma das empresas que mais recorre a este tipo de contrato, avança o The Guardian.
O deputado do partido trabalhista, Andy Sawford, diz que apesar dos contratos de horário zero a empresa vai acabar por exigir 20 a 30 horas por semana aos funcionários, pelo que não se justifica terem contratos tão flexíveis. Defende ainda que, a mesma informação que a cadeia de fast food utiliza para saber as quantidades de comida indicadas e assim evitar desperdício, poderiam ser usadas para aumentar as certezas entre os trabalhadores.
O McDonald’s diz que pergunta durante o processo de candidaturas a preferência dos trabalhadores em termos de dias de trabalho e que nunca é solicitado que “estejam disponíveis em cima da hora”. Acrescenta que os contratos estão em vigor desde que o McDonald’s se instalou no Reino Unido — em 1974 — e que não prejudicam os direitos de seguro de vida, descontos para trabalhadores e formação.
O Institute of Directors, que junta milhares de responsáveis das cotadas no índice britânico FTSE 100, defende que estes contratos são o que permitem um mercado de trabalho flexível e afastam o Reno Unido de uma situação económica semelhante à de Espanha ou Itália.
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