Ericsson pode despedir até 14 mil trabalhadores na Europa e América Latina
Os maus resultados no segundo trimestre do ano já se estão a refletir no grupo sueco. A Ericsson pode estar perto de despedir até 14 mil trabalhadores na Europa e na América Latina.
O grupo de telecomunicações sueco Ericsson, com atividade em Portugal, pode estar perto de despedir até 14 mil trabalhadores na Europa e na América Latina, depois dos maus resultados alcançados no segundo trimestre deste ano.
Esta possibilidade foi avançada pelo jornal sueco Svenska Dagbladet, que cita fontes próximas da administração do grupo, a empresa confirma que avançará em breve com um plano de redução de custos, mas considera “prematuro” falar em medidas específicas.
Contactada pela agência Lusa, fonte da empresa remeteu qualquer esclarecimento para o comentário oficial do grupo, disponível no site e publicado com a data desta quinta-feira, onde a Ericsson diz já ter comunicado que um dos grandes objetivos da empresa era o de reduzir custos e aumentar a eficiência.
“Relacionando [esta estratégia] com os resultados do segundo trimestre, a Ericsson comunicou que o grupo, à luz da conjuntura do mercado, vai acelerar as ações planeadas para assegurar que o objetivo de duplicar a margem de operações durante o ano de 2018 pode ser alcançada”, refere.
A Ericsson não comunicou ainda que unidades específicas ou países podem vir a ser afetadas, disse, considerando ainda prematuro “falar sobre medidas específicas ou excluir algum país”. “Quando a Ericsson implementar estes planos para reduzir custos, irá comunicar oportunamente as suas intenções e que trabalhadores poderão vir a ser afetados”, indica. Segundo o jornal sueco, o diretor executivo Börje Ekholm já terá informado todos os seus planos à administração.
No segundo trimestre a Ericsson perdeu 105 milhões de euros líquidos e a faturação em termos homólogos baixou 8%, penalizada por vendas fracas na Europa e América Latina, onde o grupo conta atualmente com 53.000 trabalhadores, um pouco menos de metade do total. Durante a apresentação das contas do grupo, o responsável já tinha declarado que era necessário poupar pelo menos 10 mil milhões de coroas suecas (cerca de 100 milhões de euros) até meados de 2018.
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