Jerónimo de Sousa: Geringonça “dificilmente se repetirá”
O líder do PCP diz que a aliança está dependente do "voto popular e prática de políticas patrióticas e de esquerda", práticas estas que não se verificam, afirma.
O secretário-geral do PCP declarou esta terça-feira que a denominada ‘geringonça’ foi uma solução “conjuntural” e que “dificilmente se repetirá” a assinatura de posições conjuntas no parlamento entre PS, BE, PCP e PEV, como aconteceu em novembro de 2015.
“O PCP vai para o Governo quando o povo português o entender. Naturalmente, esta nova solução política encontrada foi conjuntural e que dificilmente se repetirá”, anteviu Jerónimo de Sousa, à margem de uma ação de pré-campanha autárquica, em Algés, no concelho de Oeiras, ladeado pela cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) e líder parlamentar do partido ecologista “Os Verdes”, Heloísa Apolónia.
"O PCP vai para o Governo quando o povo português o entender. Naturalmente, esta nova solução política encontrada foi conjuntural e que dificilmente se repetirá.”
Em entrevista à Agência Lusa, publicada em 16 de julho, o líder comunista já afirmara que a integração dos comunistas num futuro executivo depende da expressão do voto popular e prática de políticas patrióticas e de esquerda, lamentando as contradições cada vez mais evidentes do Governo do PS. “Aquilo que dizemos é que estamos em condições de assumir soluções governativas para realizar uma política diferente, patriótica e de esquerda, que não é o caso daquela que está a acontecer“, reforçou, após ser novamente questionado sobre o assunto.
Relativamente às eleições autárquicas de 1 de outubro, Jerónimo de Sousa definiu como objetivo: “manter e reforçar votos, [eleição de] candidatos”. “Continuamos a considerar que a CDU faz falta em cada município e aqui também, em Oeiras”, concluiu.
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