Klaus Regling: “Bancos têm de lidar com elevados níveis de crédito malparado”
As taxas de crescimento e de desemprego em Portugal confirmam que o país é uma história de sucesso, diz Klaus Regling. Mas os bancos têm de lidar com o elevado nível de crédito malparado.
Os bancos em Portugal têm de lidar com o elevado nível de crédito malparado, avisou o diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Mas não há uma crise aguda, garante Klaus Regling, que coloca Portugal entre os países que são uma história de sucesso para o organismo.
Regling considera que a situação do crédito malparado (NPL, na sigla em inglês) em Portugal não é diferente da de outros países, como Itália ou Espanha. Ainda assim, o responsável defende que “os bancos têm de lidar com a situação já que muitos têm elevados níveis de NPL”.
“Mas isso não significa que estejam em crise, apenas que a sua rendibilidade é baixa, porque estes empréstimos não geram rendimento”, sublinhou aquele que já foi o responsável pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira, criado em 2010 para dar resposta à crise do euro. “Estas coisas têm de ser abordadas em muitos países e não só em Portugal ou Itália“, acrescentou num encontro com jornalistas no Luxemburgo.
"Os bancos têm de lidar com a situação já que muitos têm elevados níveis de NPL. Mas isso não significa que estejam em crise, apenas que a sua rendibilidade é baixa, porque estes empréstimos não geram rendimento.”
“Não é uma crise aguda em lado nenhum país, há apenas casos isolados”, acrescentou o responsável.
Portugal está, na sua opinião, entre “as histórias de sucesso do MEE”, dadas as “taxas de crescimento e de desemprego que apresenta”, depois de já ter saído do programa, afirmou. Uma distinção que partilha com a Irlanda, Espanha e Chipre.
Entre os países auxiliados pelo programa, só a Grécia permanece dependente da ajuda, aliás em marcha uma avaliação do MEE em Atenas para decidir o pagamento de mais uma tranche do empréstimo que já ascende a 86 mil milhões de euros.
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