Catalunha arrasa Espanha. Bolsa portuguesa cai mais de 1%
O principal índice bolsista nacional, o PSI-20, registou uma forte quebra, ainda assim inferior à do IBEX-35. Receios em torno da independência da Catalunha levaram a bolsa espanhola a cair 3%.
As principais bolsas europeias recuaram, mas as grandes quedas concentraram-se na Península Ibérica. As pressões independentistas da Catalunha levaram a bolsa espanhola a afundar, uma queda à qual a praça nacional não ficou indiferente. O índice português cedeu 1%, apesar das boas notícias em relação à economia portuguesa avançadas pelo Banco de Portugal.
Após o violento referendo que mede o desejo de independência dos catalães, a bolsa espanhola chegou a afundar 3,01%, e manteve-se perto desta fasquia até ao fecho da sessão. Foi a maior queda da praça madrilena desde junho de 2016, liderando as descidas entre as congéneres europeias: o Stoxx 600, o índice que agrega as maiores empresas europeias, caiu 0,08%. O IBEX-35 baixou dos 10 mil pontos, caindo para mínimos de março.
A bolsa nacional deixou-se contagiar pelos receios dos investidores em torno das pressões independentistas da Catalunha, com o PSI-20 a fechar a cair 0,99% para 5.385,92 pontos, com a generalidade das cotadas em queda. O BCP provocou, contudo, maior mossa ao ceder 2% para os 24,01 cêntimos, acompanhando a queda dos bancos espanhóis. CaixaBank e Sabadell afundaram mais de 5%, pressionados também pela subida dos juros da dívida de Espanha.
O setor energético também pressionou a bolsa nacional, com a EDP e a EDP Renováveis a perderem terreno, enquanto a Galp Energia foi uma das cinco cotadas que conseguiram terminar a sessão a valorizar. A pesar esteve também a Jerónimo Martins que recuou 2,30% para os 16,56 euros.
Nota negativa também para a Mota-Engil, que perdeu 2,95% na sessão, terminando a cotar nos 3,19 euros, enquanto a Altri foi a cotada que mais se destacou pela positiva, com uma subida de 4,84% para os 4,98 euros. Chegaram a superar os 5,00 euros por ação.
A quebra no índice nacional aconteceu num dia em que o Banco de Portugal até veio dar indicações positivas para a economia nacional. Reafirmou esta quarta-feira a projeção de crescimento de 2,5% para o ano de 2017 e considerou a subida do PIB sustentável.
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