Santana: “Nas poupanças e cativações, é meritório o trabalho de Mário Centeno”
Candidato à liderança do PSD elogia bom caminho do Governo de António Costa na frente económica e o trabalho meritório de Mário Centeno, mas considera que tem havido muitos sacrifícios na Saúde.
Santana Lopes considera que é “meritório” o trabalho do ministro das Finanças, Mário Centeno, nas poupanças e nas cativações orçamentais, mas diz que “tem havido um excesso de sacrifício” na área da Saúde.
Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso livre), o candidato à liderança do PSD elogia “o bom trabalho” do Governo, diz que o Executivo liderado pelo PS tem feito um caminho que tem sido “tanto melhor quanto não era esperado” e considera que o país tem de se congratular com a saída do défice estrutural. E, nesse aspeto, Santana Lopes deixa uma boa nota sobre o trabalho de Mário Centeno.
“De facto, nas poupanças que se fazem ou nas cativações, eu considero meritório o trabalho que tem sido conduzido pelo ministro Mário Centeno“, referiu o antigo primeiro-ministro que se candidata agora à liderança do PSD, juntamente com Rui Rio. “Já disse várias vezes que nunca serei um líder da oposição que só sabe dizer mal do trabalho que é feito, não sou mesmo. Sou português e congratulo-me com o bom trabalho que seja feito por quem esteja no Governo, mesmo que eu esteja a liderar um partido da oposição”, frisou ainda.
"De facto, nas poupanças que se fazem ou nas cativações, eu considero meritório o trabalho que tem sido conduzido pelo ministro Mário Centeno.”
Todavia, lembra que na área da Saúde “tem havido um excesso de sacrifício”. “E sei do que falo porque a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem desenvolvido um grande trabalho em cooperação com o Ministério da Saúde, mas em que sente de facto as dificuldades financeiras geradas por esse objetivo. Vou dizer que são opções terríveis, mas nós temos que, na vida, pôr o bem primeiro e a saúde é o bem primeiro”, referiu.
Mas promoveria um défice maior para investir mais na Saúde? “Tentaria poupar mais noutras despesas”, respondeu na entrevista publicada este domingo no Diário de Notícias.
Sublinhou que “o ritmo de consolidação é positivo para o país e é importante para o país”, mas não deixou de criticar a “folha de excel” que é utilizada em Bruxelas, que revela um “pensamento ortodoxo macroeconómico”.
Santana Lopes rejeitou que essa crítica da “folha de excel” seja para Rui Rio, que considera que “governou a Câmara do Porto e governou-a com equilíbrio económico e não sacrificou, até porque as câmaras têm pouca responsabilidade nessa matéria, a área social”.
"O ritmo de consolidação é positivo para o país e é importante para o país. Eu tenho de enfatizar isto, mas todos compreendemos a importância do crescimento, embora haja candidatos que se apresentam a dizer que o importante é o défice zero e outros que o importante é o crescimento.”
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